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Ecumenismo: Usain Bolt foi convidado para falar no Vaticano sobre a liberdade religiosa

(ACI/EWTN Noticias).- O homem mais rápido do mundo que tem o recorde mundial dos 100 metros planos com 9,58 segundos, o jamaicano Usain Bolt, recebeu um convite para dar uma conferência sobre liberdade religiosa no Vaticano.

“Buscamos um ponto em comum entre as diferentes religiões. Acima de tudo queremos concentrar-nos no valor absoluto da liberdade religiosa como direito humano”, disse ao grupo ACI em 31 de agosto a organizadora do evento, Giovanna Abbiati.

A conferência TEDx Via della Conciliazione será realizada em Roma dia 19 de abril de 2013 sobre o tema “Liberdade religiosa hoje” e conta com o auspício do Pontifício Conselho para a Cultura, através do projeto “Pátio dos Gentis”, criado para o diálogo com crentes e não crentes.

Entre os que já confirmaram a sua participação no evento estão o ex-jogador da NBA, Vlade Divac, a cantora cubana-americana Glorifica Estefan. Espera-se ainda a confirmação do jogador de futebol da Costa do Marfim e ex-membro do Chelsea inglês, Didier Drogba.

Usain Bolt, de 26 anos de idade, ganhou nas últimas Olimpíadas de Londres três medalhas de ouro. Como católico, é conhecido por fazer o sinal da cruz antes de cada uma das competências nas que participa.

Em declarações ao grupo ACI no dia 31 de agosto, a historiadora da arte e participante do evento, Elizabeth Lev, disse que está “emocionada por saber que a arte e a beleza vão juntas com a excelência física”.

Disse também que “espero com ânsias poder promover uma conversação hodierna entre a arte, a fé e as conquistas atléticas, da mesma forma que a primeira comunidade cristã elogiava as mesmas qualidades em seus Santos e a espiritualidade”.

A iniciativa TED – Tecnologia, Entretenimento e Desenho – foi fundada na Califórnia (Estados Unidos) em 1948 para promover “ideias que valem a pena compartilhar”. Permite aos oradores falar durante 18 minutos sobre um tema em particular eleito por eles.

“Ao acolher o TEDx no Vaticano queremos promover a mensagem de paz e que a liberdade religiosa constitui uma importante dimensão para a cultura de paz”, comentou Giovanna Abbiati.

O Site do evento é: www.tedxviadellaconciliazione.com

Pastora Romi Bencke é a nova secretária geral do CONIC

Reunida em Brasília entre os dias 30 de julho e 1° de agosto, a diretoria do CONIC concluiu o processo de seleção para a Secretaria Geral. Por unanimidade, foi escolhida como a nova secretária geral da entidade a pastora luterana (IECLB) Romi Márcia Bencke, conhecida no meio religioso e social por seu destacado papel em organizações ecumênicas, em especial, e por sua identificação com as lutas em favor de uma sociedade mais justa.

Romi, que é a primeira mulher a assumir a Secretaria, tem uma ampla vivência ecumênica, que inclui, entre outras experiências, o trabalho junto ao CECA – Centro Ecumênico de Capacitação e Assessoria, em São Leopoldo (RS), e a atuação nas comissões de elaboração da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010, além da colaboração na Comissão Teológica do CONIC.

Natural de Horizontina (RS), formada em teologia, é casada e, ultimamente, tem concentrado suas energias em trabalhos nas áreas de gênero e pastoral. “Acolhemos a pastora Romi e desejamos um ótimo trabalho à frente da Secretaria Geral do CONIC, especialmente neste ano que o Conselho comemora seus 30 anos de fundação”, afirmou o 1° vice-presidente do CONIC, dom Francisco de Assis.

Para Romi, o desafio de ficar à frente da Secretaria Geral é bastante motivador. “Fiquei muito feliz quando soube da escolha, afinal, este é um cargo de muita responsabilidade, e que nos permite atuar de forma ainda mais plena em favor da unidade das Igrejas, do ecumenismo, seja por meio de projetos em benefício da sociedade, ou por meio de ações de mobilização, como a Semana de Oração, Conferência da Paz, entre outras. Enfim, nosso comprometimento será com o fortalecimento do CONIC”, disse.

CNBB assina Carta das Religiões sobre cuidado da Terra

cupulaA Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é signatária de uma Carta das Religiões sobre o cuidado da Terra. O documento  foi elaborado e aprovado por iniciativa da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso no espaço da Coalizão Ecumênica Inter-religiosa “Religiões por Direitos” durante a Cúpula dos Povos na Rio + 20.

Leia a Carta na íntegra:

CARTA DAS RELIGIÕES E O CUIDADO DA TERRA

No Espaço da Coalizão Ecumênica e Inter-religiosa “Religiões por Direitos”, no quadro da Cúpula dos Povos na Rio+20 para a Justiça Social e Ambiental, contra a mercantilização da vida e em defesa dos bens comuns, os líderes religiosos do Brasil signatários, por iniciativa da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de Religiões pela Pazreuniram-se para debater a relação entre as religiões e as questões ambientais.   Como resultado do diálogo, concordou-se que a agenda das religiões na atualidade não deve desconsiderar a agenda do cotidiano da vida das pessoas na sociedade e das exigências da justiça ambiental.

A agenda das religiões deve incluir os elementos que traçam os projetos do ser humano na busca de realização da sua existência e afirmar compromissos efetivos com a defesa da vida no planeta.  Religiões, sociedade e meio ambiente não são realidades distanciadas, mas estreitamente correlatas.  As tradições religiosas contribuem para a ampliação da consciência dos seus seguidores sobre os valores fundamentais da vida, pessoal, social e ambiental, orientando para a convivência pacífica e respeitosa entre os povos, culturas e credos, e destes com toda a criação.

Assim, é fundamental na agenda das tradições religiosas hoje:

a)      Apresentar ao mundo o sentido da existência humana.  A humanidade vive momentos de pessimismo, com sensação de fracasso e desânimo, sobretudo nas situações e ambientes de crises econômicas, de injustiças, de violência e de guerras.

Comprometemo-nos em fazer com que as nossas tradições religiosas afirmem de modo concreto o valor da vida de cada pessoa, independente da sua condição social, religiosa, cultural, étnica e de gênero, ajudando-as na superação dos problemas que lhes afligem no cotidiano, sejam eles de caráter sócio-econômico-cultural e político, sejam eles de caráter pisíquico-espiritual.

b)      Afirmar juntos o valor sagrado da vida, sobretudo do ser humano, considerando as diferenças nas formas de compreensão e de explicitação desse valor.

Comprometemo-nos em promover um efetivo respeito pela dignidade da pessoa e dos seus direitos acima de interesses econômicos, culturais, políticos e religiosos.  Afirmamos que crer em um Ser Criador implica em desenvolver uma espiritualidade que tenha compromisso com a promoção e defesa da vida human, pois o ser humano é a razão do serviço religioso que nossas tradições de fé oferecem ao mundo.

c)      Promover a educação e a prática do respeito mútuo, do diálogo, da convivência pacífica e da cooperação entre as diferenças, fundamental no mundo plural em que vivemos.

Assumimos o compromisso de trabalhar para a convergência dos diferentes paradigmas culturais e religiosos dos povos, como uma possibilidade para melhor entendermos o mundo dentro de suas inter-relações e a convivência entre todos os seres humanos.

d)      Explicitar mais e melhor o que já possuímos em comum.  Nossas tradições já condividem valores religiosos, como a fé em um Ser Criador, o cultivo da relação com Ele, a compreensão da origem e do fim de cada pessoa.

Comprometemo-nos a partilhar as riquezas que possuímos para fortalecer as relações inter-religiosas que possibilitam a cooperação entre os credos na solução dos problemas que afligem o nosso país e o mundo em que vivemos.

e)      Discernir juntos os valores que constroem a paz no mundo.  Sabemos que a paz não é simples ausência da guerra, mas é fruto da justiça e da prática da caridade.

Comprometemo-nos na promoção da convivência pacífica entre os povos e o desenvolvimento do sentido da fraternidade e da solidariedade universal, superando todo fundamentalismo e exclusivismo, bem como o consumismo irresponsável que causam conflitos entre as pessoas e os povos.

f)       Viver a compaixão para com os mais necessitados, empobrecidos e excluídos da sociedade.

Assumimos realizar juntos projetos sociais que fortalecem a solidariedade nas comunidades religiosas e na família humana.

g)      Promover o valor e o cuidado da criação. Tomamos conhecimento das ameaças à vida do planeta, conseqüências dos interesses econômicos que constroem uma cultura utilitarista e consumista na sociedade em que vivemos.

Comprometemo-nos com o desenvolvimento de uma nova ética na relação com o meio ambiente, capaz de orientar novas atitudes defensoras de todas as formas de vida, sustentadas em políticas públicas de justiça ambiental e numa mística/espiritualidade que explicite a gratuidade e o dom da vida na criação.

h)      Contribuir efetivamente para com as iniciativas ligadas à construção e promoção da cidadania.

Comprometemo-nos na qualificação de uma vivência religiosa dos membros de nossas tradições que favoreça o convívio social dos credos, a afirmação da tolerância e da liberdade religiosa.

i)        Solicitar à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 reconhecer que os imperativos morais de todas as religiões, convicções e crenças exigem o cuidado da Terra, e que a cooperação inter-religiosa é uma dimensão imprescindível para alcançarmos o desenvolvimento sustentável de toda a humanidade.

Enfim, propomos-nos a desenvolver novos comportamentos, com prevalência da ética da tolerância, da liberdade, do respeito, da dignidade, da convivência da diversidade cultural e religiosa, dos direitos humanos.  São elementos de uma ética mínima que  devemos afirmar tanto a partir de uma consciência ética secular, como da consciência das convicções religiosas que possuímos.

Rio de Janeiro, 19 de junho de 2012

Exmo. e Revmo. Dom Francisco Biasin

Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso daConferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Rev. Pe. Peter Hughes

Secretário Executivo do Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM)

Revmo. Dom Francisco de Assis da Silva

Primeiro Vice-presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC)

Rev. Dr. Walter Altmann

Moderador do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI)

Rev. Nilton Giese

Secretário Geral do Conselho Latino-americano de Igrejas ( CLAI)

Rabino Sergio Margulies

Representante da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ)

Sami Armed Isbelle

Diretor do Departamento Educacional e de Divulgação da Sociedade Beneficente Mulçumana do Riode Janeiro (SBMRJ)

Ialorixá Laura Teixeira

Coordenadora Estadual do Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileiras – Rio de Janeiro (INTECAB)

Irmã Jayam Kirpalani

Direitora Européia da Universidade Espiritual Mundial Brahma Kumaris

Elias Szczytnicki

Secretário Geral e Diretor Regional de Religiões pela Paz América Latina e o Caribe

8º Dia da Semana de Oração pelo Cristãos e grande festa de Pentecostes: Unidos no Reino de Cristo

OITAVO DIA Tema: Unidos no Reino de Cristo
Texto: Ao vencedor, concederei sentar-se comigo no trono (Ap 3, 21)
Leituras
1 Cr 29, 10-13 A riqueza e a glória vêm de ti 
Sl 21, 1-7 Pões em sua cabeça uma coroa de ouro
Ap 3, 19b-22 AAo vencedor, concederei sentar-se comigo no trono
Jo 12, 23-26 e alguém me servir, o Pai o honrará

Comentário

Jesus Cristo é o primogênito entre os mortos. Ele se humilhou e foi exaltado. Cristo não tem ambição de vitória, mas partilha com todos seu reino e sua exaltação.

O hino de Davi, nascido da alegria do rei e do povo antes que o templo fosse construído, expressa a verdade de que tudo acontece pela graça. Mesmo um monarca terreno pode ser uma imagem do reino de Deus, que tem em suas mãos o poder de tornar todos grandes e dar-lhes força.

O salmo de ação de graças do rei dá continuidade a essa idéia. A tradição cristã também vê aí um sentido messiânico: Cristo é o verdadeiro rei, cheio de bênção e vida, a perfeita presença de Deus no meio do povo. Num certo sentido, essa imagem também pode se referir ao povo. Acaso não são os seres humanos o coroamento da criação? Não é verdade que Deus quer que nos tornemos co herdeiros com seu Filho e membros da sua Casa real?

As cartas do livro do Apocalipse às sete Igrejas locais constituem uma mensagem para a Igreja em todos os tempos e lugares. Todos aqueles que acolhem Cristo em suas casas serão convidados a partilhar com ele o banquete da vida eterna. A promessa a respeito de sentar em tronos, previamente anunciada aos Doze, é agora estendida a todos os que são vitoriosos.

Onde eu estiver, aí estará meu servo também. Podemos ligar a fala de Jesus (eu estou) ao impronunciável nome de Deus (eu sou aquele que sou, eu estou). O servo de Jesus, que o Pai honra, estará onde estiver o seu Senhor, que se sentou à direita do Pai para reinar.

Os cristãos sabem que a unidade entre eles, mesmo se requer esforço humano, é acima de tudo um dom de Deus. É uma participação na vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e o mal que causa divisão. Nossa participação na vitória de Cristo atinge sua plenitude no céu. Nosso testemunho comum do Evangelho deveria mostrar ao mundo um Deus que não nos limita nem nos derrota. Devemos anunciar com credibilidade, às pessoas de nossos tempos, que a vitória de Cristo vence tudo que nos impede de partilhar a plenitude da vida com Ele e uns com os outros.

Oração

Poderoso Deus, que a todos governas, ensina-nos a contemplar o mistério da tua glória. Concede-nos que possamos aceitar teus dons com humildade e respeitar a dignidade de cada pessoa. Que o teu Santo Espírito nos fortaleça nas batalhas espirituais que temos pela frente para que, unidos em Cristo, possamos reinar com Ele na glória. Concede-nos isso através dEle, que se humilhou e foi exaltado, que vive contigo e o Espírito Santo, para sempre. Amém.

Questões para refletir

1. De que maneiras se manifestam em nossa vida a falsa humildade e o desejo de glória terrena?

2. Como expressamos juntos nossa fé no Reino de Cristo?

3. Como vivemos nossa esperança na vinda do Reino de Deus?

ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vosso fiéis

E acendei neles o fogo do Vosso amor.

Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

OREMOS:
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente todas as coisa, segundo o mesmo Espírito,
E gozemos sempre da Sua consolação, por Cristo Senhor Nosso. Amém!

Espírito Santo que desce como em Pentecostes

7º Dia da Setena do Espírito Santo e Semana de Oração pelo Cristãos: Transformados pelo Bom Pastor

SÉTIMO DIA Tema: Transformados pelo Bom Pastor
Texto: Apascenta as minhas ovelhas (Jo 21, 17) 
Leituras
1 Sm 2, 1-10 Não é pela força que o homem triunfa 
Sl 23 Estás comigo com teu bastão e teu cajado
Ef 6, 10-20 Armai-vos de força no Senhor
Jn 21, 15-19 Apascenta as minhas ovelhas

Comentário

Os que superam o sofrimento necessitam de apoio do alto. Esse apoio vem através da oração. Lemos sobre o poder da oração de Haná no primeiro capítulo do livro de Samuel. No segundo capítulo, encontramos a prece de ação de graças de Haná. Ela percebeu que certas coisas acontecem somente com a ajuda de Deus. Foi por desejo dele que Haná e seu marido se tornaram pais. Esse texto é um exemplo com o qual alguém pode fortalecer a sua fé no que pareceria uma situação sem esperança. É um exemplo de vitória.

O bom pastor do Salmo 23 guia suas ovelhas mesmo através dos lugares mais escuros, confortando-as com a sua presença. Os que colocam sua fé no Senhor não precisam ter medo mesmo nas sombras da destruição ou desunião, pois seu pastor os guiará para os verdes pastos da verdade, para viverem juntos na própria casa do Senhor.

Na Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo nos incita a sermos fortes no Senhor e na força do seu poder, usando uma armadura espiritual: verdade, justiça, anúncio da Boa Nova, fé, salvação, a palavra de Deus, oração e súplica.

O Senhor ressuscitado estimula Pedro – e na pessoa dele, cada discípulo – a descobrir em si mesmo um amor àquele que é o Único Verdadeiro Pastor. Se tiveres esse amor, então apascenta minhas ovelhas! Em outras palavras: alimenta-as, protege-as, cuida delas, fortalece-as – porque elas são minhas e me pertencem! Sê meu bom servidor e cuida daqueles que me amaram e seguem a minha voz. Ensina-lhes o amor mútuo, a cooperação e a coragem à medida que eles caminham nos desvios e curvas da vida.

Como resultado da graça divina, o testemunho de Cristo que em nós foi confirmado nos obriga a agir conjuntamente pela causa da unidade. Temos a capacidade e a sabedoria para dar tal testemunho! Mas será que queremos? O Bom Pastor, que por sua vida, ensinamento e conduta fortalece todos aqueles que tiveram fé na Sua graça e proteção, nos convida a cooperar com ele incondicionalmente, Assim fortalecidos, seremos capazes de ajudar uns aos outros na estrada da unidade. Então, sejamos fortes no Senhor, para que possamos fortalecer outros num testemunho conjunto de amor.

Oração

Pai de todos, tu nos chamas para ser um só rebanho em teu Filho, Jesus Cristo. Ele é nosso Bom Pastor que nos convida a descansar em verdes pastos, nos conduz para águas calmas e restaura nossas almas. Ao segui-lo, possamos assim cuidar de outros para que todos vejam em nós o amor do único verdadeiro Pastor, Jesus Cristo nosso Senhor, que contigo vive e reina com o Espírito Santo, um só Deus para sempre. Amém.

1. Como pode o Bom Pastor inspirar-nos para a consolação, revitalizar e restaurar a confiança de aqueles que estão perdidos?

2. De que forma podem os cristãos de várias tradições reforçar-se mutuamente em confessar e testemunhar Jesus Cristo?

3. Que significado tem para nos hoje a exortação de São Paulo: “Fortalecei-vos no Senhor…revesti-vos de toda a armadura de Deus”?

 ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vosso fiéis

E acendei neles o fogo do Vosso amor.

Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

OREMOS:
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente todas as coisa, segundo o mesmo Espírito,
E gozemos sempre da Sua consolação, por Cristo Senhor Nosso. Amém!

6º Dia da Setena do Espírito Santo e Semana de Oração pelo Cristãos: Transformados pelo amor persistente de Deus

SEXTO DIA Tema: Transformados pelo amor persistente de Deus
Texto : Esta é a vitória, nossa fé (Cf 1 Jo 5,4)
Leituras
Hab 3,17-19 O Senhor é o meu Senhor, ele é a minha força
Sl 136,1-4.23-26 A fidelidade de Deus é para sempre
1 Jo 5,1-6 A vitória que venceu o mundo é a nossa fé
Jo 15,9-17 Ninguém tem maior amor do que aquele que se despoja da vida por aqueles a quem ama 

 Comentário

No texto do Antigo Testamento, é a fé em Deus que mantém viva a esperança, apesar de todo fracasso. A lamentação de Habacuc vira alegria na fidelidade de Deus que dá força em face ao desespero.

O salmo 136 confirma que a memória dos maravilhosos feitos de Deus na história de Israel é a prova da fidelidade do amor de Deus. Por causa da intervenção de Deus, o povo de Israel experimentou extraordinárias e surpreendentes vitórias. Relembrar as grandes obras de salvação de Deus é uma fonte de alegria, gratidão e esperança, que aqueles que crêem tem expressado ao longo dos séculos em oração, hinos de louvor e música.

A epístola nos relembra que aquele que nasceu de Deus é o que vence o mundo. Isso não significa necessariamente que as vitórias podem ser medidas por padrões humanos. A vitória em Cristo envolve uma conversão de coração, a percepção da realidade terrena desde a perspectiva da eternidade e a crença na vitória final sobre a morte. Essa força vitoriosa é a fé, que tem Deus como fonte e doador. E a sua mais perfeita manifestação é o amor.

Nas palavras do evangelho, Cristo garante a seus discípulos o amor de Deus, cuja confirmação final é a morte do Salvador na cruz. Ao mesmo tempo, ele os convida e os desafia a mostrar amor uns aos outros. O relacionamento de Jesus com seus discípulos é baseado no amor. Ele não os trata simplesmente como discípulos, mas os chama de amigos. O serviço que eles tem que prestar a Cristo consiste em moldar suas vidas de acordo com o mandamento do amor, que é resultado de convicção interior e fé. Num espírito de amor, mesmo quando parece lento o progresso no caminho da plena unidade visível, não perdemos a esperança. A fidelidade do amor de Deus nos tornará capazes de superar o maior oponente e as mais profundas divisões. É por isso que a vitória que vence o mundo é a nossa fé e o poder transformador do amor de Deus.

Oração

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, por tua ressurreição triunfaste sobre a morte, e te tornaste o Senhor da vida. Por causa de teu amor por nós, nos escolheste como amigos. Que o Espírito Santo nos una a ti e uns aos outros em laços de amizade, para que possamos fielmente te servir neste mundo como testemunhas de teu amor fiel; pois tu vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus para sempre. Amém.

Questões para refletir

1. Como devemos expressar o amor cristão em contextos de diferentes religiões e filosofias?

2. O que temos de fazer para nos tornar testemunhas da fidelidade do amor de Deus com mais credibilidade num mundo dividido?

3. Como os seguidores de Cristo podem se apoiar mutuamente de maneira mais visível pelo mundo afora?

ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vosso fiéis

E acendei neles o fogo do Vosso amor.

Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

OREMOS:
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente todas as coisa, segundo o mesmo Espírito,
E gozemos sempre da Sua consolação, por Cristo Senhor Nosso. Amém!

5º Dia da Setena do Espírito Santo e Semana de Oração pelo Cristãos: Transformados pela paz do Senhor ressuscitado

QUINTO DIA Tema: Transformados pela paz do Senhor ressuscitado
Texto: Jesus veio, pôs-se no meio deles e lhes disse: A paz esteja convosco (Jo 20, 19)
Leituras
Ml 3, 22-24 Ele reconduzirá o coração dos pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais
Sl 133 Que prazer, que felicidade encontrar-se entre irmãos! 
Ef 2, 14-20 Reconciliar os dois grupos com Deus, ambos num só corpo
Jo 20, 19-23  Jesus veio, pôs-se no meio deles e lhes disse: A paz esteja convosco! 

 Comentário

As palavras finais do último livro de profetas do Antigo Testamento trazem a promessa de que Deus enviará seu Escolhido para estabelecer harmonia e respeito em todos os lares. Geralmente tememos conflitos entre nações ou inesperadas agressões. Mas o profeta Malaquias chama a atenção para um dos conflitos mais difíceis de suportar: o coração partido nas relações entre pais e filhos. Essa restauração da unidade entre pais e filhos não é possível sem a ajuda de Deus – é o emissário de Deus que realiza o milagre da transformação no coração e nos relacionamentos das pessoas.

O salmo mostra que grande alegria tal união entre as pessoas pode trazer. O ser humano não foi criado para viver sozinho, e não pode viver contente numa atmosfera hostil. A felicidade consiste em viver numa comunidade humana com harmonia, paz, confiança e compreensão. Boas relações entre as pessoas são como orvalho que cai sobre a terra seca e como um óleo perfumado que intensifica a saúde e o prazer. O salmo se refere ao bem derivado de viver unidos como uma bênção, um dom de Deus que não depende de mérito, como o orvalho. Viver juntos em unidade não é coisa que se restrinja unicamente aos membros da família – temos aí uma declaração de proximidade entre pessoas que aceitam a paz de Deus.

A epístola nos fala daquele que o profeta Malaquias anunciou. Jesus traz unidade porque ele demoliu o muro de hostilidade entre pessoas em seu próprio corpo. Geralmente, a vitória de uma pessoa envolve a queda e a vergonha dos que foram derrotados, que preferem se retirar. Jesus não rejeita, destrói ou humilha; ele põe um fim à alienação. Ele transforma, cura e une a todos, para que possam ser membros da família de Deus.

O evangelho relembra o dom do Senhor ressuscitado, oferecido a seus inseguros e aterrorizados discípulos. A paz esteja convosco – essa é a saudação de Jesus e também o seu dom. É também um convite a buscar paz com Deus e estabelecer novas, permanentes relações dentro da família humana e de toda a criação. Jesus derrubou a morte e o pecado. Pelo dom do Espírito Santo, o Senhor ressuscitado convida seus discípulos a participar de sua missão de trazer paz, cura e perdão ao mundo inteiro. Enquanto os cristãos permanecerem divididos, o mundo não ficará convencido da plena verdade da mensagem do evangelho sobre a nova humanidade que Cristo nos trouxe. Paz e unidade são as marcas dessa transformação. As Igrejas precisam assumir e testemunhar esses dons como membros de uma única família de Deus, construída sobre o seguro fundamento da pedra angular que é Jesus.

Oração

Amoroso e misericordioso Deus, ensina-nos a alegria de partilhar a tua paz. Enche-nos com teu Santo Espírito para que possamos demolir as paredes de hostilidade que nos separam. Que o Cristo ressuscitado, que é nossa paz, nos ajude a superar toda divisão e nos una como membros de sua família. Isso te pedimos em nome de Jesus Cristo, em quem, contigo e com o Espírito Santo, está toda honra e toda a glória para sempre. Amém.

Questões para refletir

1. Que formas de violência em nossa comunidade podemos, como cristãos, enfrentar juntos?

2. Como experimentamos hostilidades ocultas que afetam nosso relacionamento de uns com os outros, como comunidades cristãs?

3. Como podemos nos acolher uns aos outros como Cristo nos acolhe?

ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vosso fiéis

E acendei neles o fogo do Vosso amor.

Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

OREMOS:
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente todas as coisa, segundo o mesmo Espírito,
E gozemos sempre da Sua consolação, por Cristo Senhor Nosso. Amém!

3º Dia da Setena do Espírito Santo e Semana de Oração pelo Cristãos: Transformados pelo Servo Sofredor

TERCEIRO DIA Tema: Transformados pelo Servo Sofredor
Texto: Cristo sofreu por nós (cf 1 Pd 2, 21)
Leituras
Is 53, 3-11 Homem das dores, familiarizado com o sofrimento
Sl 22, 12-24 Ele não rejeitou um infeliz na miséria
1 Pr 2, 21-25 Cristo sofreu por nós
Lc 24, 25-27 Não era preciso que o Cristo sofresse isso?

  Comentário

O divino paradoxo é que Deus pode transformar o desastre em vitória. Ele transforma todos os nossos sofrimentos e infelicidades, bem como a imensidão das dores da história, numa ressurreição que abrange o mundo inteiro. Embora pareça estar derrotado, Ele é no entanto a verdadeira vitória que nada nem ninguém pode superar.

A comovedora profecia de Isaías sobre o sofredor Servo do Senhor foi completamente cumprida em Cristo. Depois de sofrer enorme agonia, o Homem das Dores verá sua descendência. Nós somos essa descendência, nascidos do sofrimento do Salvador. Dessa maneira, nele nos tornamos uma família.

Alguém pode dizer que o salmo 22 não é apenas sobre Jesus, mas também para Jesus. O próprio Salvador recorreu a esse salmo na cruz, quando usou suas desoladoras palavras de abertura: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Mesmo assim, na segunda parte do salmo a lamentação, a súplica cheia de dor, se transforma em louvor a Deus por suas obras.

O apóstolo Pedro é uma testemunha dos sofrimentos de Cristo (1 Pd 5,1), que ele nos apresenta como exemplo: é a esse sofrimento motivado pelo amor que somos chamados. Jesus não amaldiçoou Deus, mas se submeteu a Ele, que julga com retidão. Suas feridas nos curaram e nos trouxeram de volta para o único Pastor.

Somente à luz da presença do Senhor e de sua Palavra o plano divino do sofrimento do Messias se torna claro. Assim como aconteceu com os discípulos a caminho de Emaús, Jesus é nosso constante companheiro na pedregosa estrada da vida, movendo nossos corações e abrindo nossos olhos para o misterioso plano de salvação.

Os cristãos experimentam o sofrimento como um resultado da condição frágil da humanidade; reconhecemos esse sofrimento na injustiça social e em situações de perseguição. O poder da cruz nos atrai para a unidade. Aí encontramos o sofrimento de Cristo como fonte de compaixão e solidariedade com a família humana inteira. É como disse um teólogo contemporâneo: quanto mais nos aproximamos da cruz de Cristo mais próximos ficamos uns dos outros. O testemunho dos cristãos unidos nas situações de sofrimento se reveste de notável credibilidade. Em nossa partilhada solidariedade com todos os que sofrem aprendemos do servo sofredor crucificado as lições de esvaziamento, desprendimento e auto sacrifício. Esses são os dons do seu Espírito de que necessitamos em nosso caminho para nele viver a unidade.

Oração

Deus da consolação, tu transformaste a vergonha da cruz num sinal de vitória. Concede-nos que sejamos unidos ao redor da cruz de teu Filho para adorá-lo pela misericórdia que nos ofereceu através do seu sofrimento. Que o Espírito Santo abra nossos olhos e corações para que possamos ajudar os que sofrem e com isso experimentar a tua proximidade. Assim nos dirigimos a ti, que vives e reinas para sempre. Amém.

Questões para refletir

1. Como a nossa fé pode nos ajudar em nossa reação a um prolongado sofrimento?

2. Que áreas de sofrimento humano são ignoradas e tratadas com descuido hoje?

3. Como os cristãos podem juntos dar testemunho do poder da cruz?

ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vosso fiéis

E acendei neles o fogo do Vosso amor.

Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

OREMOS:
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente todas as coisa, segundo o mesmo Espírito,
E gozemos sempre da Sua consolação, por Cristo Senhor Nosso. Amém!

3º Dia da Setena do Espírito Santo e Semana de Oração pelo Cristãos: Transformados pelo Servo Sofredor

TERCEIRO DIA Tema: Transformados pelo Servo Sofredor
Texto: Cristo sofreu por nós (cf 1 Pd 2, 21)
Leituras
Is 53, 3-11 Homem das dores, familiarizado com o sofrimento
Sl 22, 12-24 Ele não rejeitou um infeliz na miséria
1 Pr 2, 21-25 Cristo sofreu por nós
Lc 24, 25-27 Não era preciso que o Cristo sofresse isso?

 Comentário

O divino paradoxo é que Deus pode transformar o desastre em vitória. Ele transforma todos os nossos sofrimentos e infelicidades, bem como a imensidão das dores da história, numa ressurreição que abrange o mundo inteiro. Embora pareça estar derrotado, Ele é no entanto a verdadeira vitória que nada nem ninguém pode superar.

A comovedora profecia de Isaías sobre o sofredor Servo do Senhor foi completamente cumprida em Cristo. Depois de sofrer enorme agonia, o Homem das Dores verá sua descendência. Nós somos essa descendência, nascidos do sofrimento do Salvador. Dessa maneira, nele nos tornamos uma família.

Alguém pode dizer que o salmo 22 não é apenas sobre Jesus, mas também para Jesus. O próprio Salvador recorreu a esse salmo na cruz, quando usou suas desoladoras palavras de abertura: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Mesmo assim, na segunda parte do salmo a lamentação, a súplica cheia de dor, se transforma em louvor a Deus por suas obras.

O apóstolo Pedro é uma testemunha dos sofrimentos de Cristo (1 Pd 5,1), que ele nos apresenta como exemplo: é a esse sofrimento motivado pelo amor que somos chamados. Jesus não amaldiçoou Deus, mas se submeteu a Ele, que julga com retidão. Suas feridas nos curaram e nos trouxeram de volta para o único Pastor.

Somente à luz da presença do Senhor e de sua Palavra o plano divino do sofrimento do Messias se torna claro. Assim como aconteceu com os discípulos a caminho de Emaús, Jesus é nosso constante companheiro na pedregosa estrada da vida, movendo nossos corações e abrindo nossos olhos para o misterioso plano de salvação.

Os cristãos experimentam o sofrimento como um resultado da condição frágil da humanidade; reconhecemos esse sofrimento na injustiça social e em situações de perseguição. O poder da cruz nos atrai para a unidade. Aí encontramos o sofrimento de Cristo como fonte de compaixão e solidariedade com a família humana inteira. É como disse um teólogo contemporâneo: quanto mais nos aproximamos da cruz de Cristo mais próximos ficamos uns dos outros. O testemunho dos cristãos unidos nas situações de sofrimento se reveste de notável credibilidade. Em nossa partilhada solidariedade com todos os que sofrem aprendemos do servo sofredor crucificado as lições de esvaziamento, desprendimento e auto sacrifício. Esses são os dons do seu Espírito de que necessitamos em nosso caminho para nele viver a unidade.

Oração

Deus da consolação, tu transformaste a vergonha da cruz num sinal de vitória. Concede-nos que sejamos unidos ao redor da cruz de teu Filho para adorá-lo pela misericórdia que nos ofereceu através do seu sofrimento. Que o Espírito Santo abra nossos olhos e corações para que possamos ajudar os que sofrem e com isso experimentar a tua proximidade. Assim nos dirigimos a ti, que vives e reinas para sempre. Amém.

Questões para refletir

1. Como a nossa fé pode nos ajudar em nossa reação a um prolongado sofrimento?

2. Que áreas de sofrimento humano são ignoradas e tratadas com descuido hoje?

3. Como os cristãos podem juntos dar testemunho do poder da cruz?

ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vosso fiéis

E acendei neles o fogo do Vosso amor.

Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

OREMOS:
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente todas as coisa, segundo o mesmo Espírito,
E gozemos sempre da Sua consolação, por Cristo Senhor Nosso. Amém!

2º Dia da Setena do Espírito Santo e Semana de Oração pelo Cristãos: Transformados na paciente espera pelo Senhor

SEGUNDO DIA Tema: Transformados na paciente espera pelo Senhor
Texto: Agora é assim que nos convém cumprir toda a justiça (Mt 3,1 5)
Leituras
1 Sm 1, 1-20 A confiança e a espera paciente de Haná 
Sal 40 Paciente espera pelo Senhor
Hb 11, 32-34 Graças à fé conquistaram reinos, praticaram a justiça 
Mt 3, 13-17 Agora é assim que nos convém cumprir toda a justiça

  Comentário

A vitória é freqüentemente associada com triunfo imediato. Todo mundo conhece o gosto do sucesso quando, depois de uma penosa luta, chegam as congratulações, o reconhecimento e os elogios. Em tal momento de alegria, dificilmente alguém percebe que, a partir de uma perspectiva cristã, a vitória é um processo de transformação de longo prazo. Esse tipo de compreensão da vitória, que é transformadora, nos ensina que ela acontece no prazo de Deus, não no nosso, exigindo de nós uma paciente confiança e uma profunda esperança em Deus.

Haná deu testemunho dessa paciente confiança e esperança. Após os muitos anos de espera por uma gravidez, ela orou a Deus por um filho, correndo o risco de ter sua lacrimosa prece desprezada como embriaguês pelo sacerdote no portal do templo. Quando Eli lhe assegurou que Deus atenderia a sua prece, ela simplesmente confiou, esperou, e não mais ficou triste. Haná concebeu e deu à luz um filho, a que chamou Samuel. A grande vitória aqui não é a de nações ou exércitos, mas é um vislumbre no campo de uma luta pessoal e privada. Ao final, a confiança e a esperança de Haná produziram não somente a própria transformação dela, mas também a de seu povo, em favor de quem o Deus de Israel agiu através de Samuel.

O salmista faz eco à espera paciente de Haná por Deus, no meio de um outro tipo de luta. O salmista também buscava libertação de uma situação que permanece desconhecida para nós, mas que é sugerida pela linguagem que menciona o “lamaçal do atoleiro”. Ele agradece a Deus por ter transformado sua vergonha e confusão e continua a confiar no amor persistente de Deus.

O autor da Carta aos Hebreus relembra a paciência de pessoas como Abraão e outros que se capacitaram para a vitória através de sua fé e confiança em Deus. A percepção de que Deus interfere e entra na narrativa da história humana elimina a tentação de triunfalismo em termos humanos.

No evangelho, a voz do céu no batismo de Jesus anunciando ” este é o meu Filho bem amado” parece ser a garantia do imediato sucesso de sua missão messiânica. Ao resistir ao demônio, no entanto, Jesus não cede à tentação de introduzir tudo no Reino de Deus sem demora, mas pacientemente revela o que a vida no Reino significa através de sua própria vida e do ministério que leva à sua morte na cruz. Embora o Reino de Deus desponte de um modo decisivo pela ressurreição, não está ainda plenamente realizado. A derradeira vitória virá somente com a segunda vinda de nosso Senhor. Assim, aguardamos em paciente esperança e confiança com o grito “Vem, Senhor Jesus!”

Assim também, nosso anseio pela visível unidade da Igreja requer espera paciente e confiante. Nossa prece pela unidade cristã é como a prece de Haná e do salmista. Nosso trabalho pela unidade cristã é como os feitos registrados na carta aos Hebreus. Nossa atitude de espera paciente não é desamparo ou passividade, mas uma profunda confiança na unidade da Igreja como dom de Deus, não conquista nossa. Esse tipo de paciente espera, oração e confiança nos transforma e nos prepara para a unidade visível da Igreja, não como a planejamos, mas como Deus há de nos dar.

Oração

Deus fiel, cumpres tua palavra em todos os tempos. Possamos nós, como Jesus, ter paciência e confiança na firmeza do teu amor. Ilumina-nos com teu Santo Espírito para não obstruirmos a plenitude da tua justiça com nossos julgamentos apressados, e para que possamos perceber tua sabedoria e amor em todas as coisas. Assim nos dirigimos a ti, que vives e reinas para sempre. Amém.

Questões para refletir

1. Em que situações de nossa vida deveríamos ter uma maior confiança nas promessas de Deus?

2. Em que áreas da vida da Igreja é mais comum o risco que vem da tentação de agir apressadamente?

3. Em que situações os cristãos deveriam esperar? E quando deveriam agir juntos?


ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vosso fiéis

E acendei neles o fogo do Vosso amor.

Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

OREMOS:
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente todas as coisa, segundo o mesmo Espírito,
E gozemos sempre da Sua consolação, por Cristo Senhor Nosso. Amém!

1º Dia da Setena do Espírito Santo e Semana de Oração pelo Cristãos: Transformados pelo Cristo Servidor

 

PRIMEIRO DIA Tema: Transformados pelo Cristo Servidor
Texto:  O Filho do Homem veio para servir (Cf Mc 10, 45)
Leituras
Zacarias 9, 8-10 Um rei justo e vitorioso… e humilde
Salmo 131 Meu coração está sem pretensões
Romanos 12, 3-8 Temos diferentes dons para prestar serviço
Marcos 10, 42-45 O Filho do Homem veio para servir

 Comentário

A vinda do Messias e sua vitória foram realizadas através do serviço. Jesus quer que um espírito de serviço encha os corações de seus seguidores também. Ele ensina que a verdadeira grandeza consiste em servir a Deus e ao próximo. Cristo nos dá a coragem para descobrir que Ele é aquele para quem servir é reinar – como dizia um antigo provérbio cristão.

A profecia de Zacarias a respeito de um vitorioso e humilde rei se realizou em Jesus Cristo. Ele, o Rei da Paz, vem aos seus , a Jerusalém – a Cidade da Paz. Ele não a conquista com engodo ou violência, mas com delicadeza e humildade.

O salmo 131 descreve brevemente mas com eloqüência o estado de paz espiritual que é o fruto da humildade. A figura de uma mãe com seu filho é um sinal do terno amor de Deus e da confiança em Deus, à qual a comunidade inteira é chamada.

O apóstolo Paulo nos desafia a fazer uma sóbria e humilde avaliação de nós mesmos e a descobrir nossas habilidades. Tendo uma diversidade de dons, somos um só corpo de Cristo. Em nossas divisões cada uma de nossas tradições tem sido agraciada pelo Senhor com dons que somos chamados a colocar a serviço de outros.

“Pois o Filho do Homem veio não para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate pela multidão.” (Mc 10, 45). Com seu serviço, Cristo redimiu nossa recusa a servir a Deus. Ele se tornou um exemplo para regenerar todas as relações entre as pessoas: aquele que quiser ser grande entre vós deve ser vosso servidor – esses são os novos padrões de grandeza e prioridade.

Na Carta aos Romanos, Paulo nos relembra que os diversos dons nos são dados para o serviço: profecia, ministério, ensino, exortação, doação, liderança e compaixão. Em nossa diversidade somos sempre um único corpo de Cristo, e membros uns dos outros. O uso de nossos diversos dons no serviço comum à humanidade torna visível a nossa unidade em Cristo. A ação conjunta dos cristãos para o benefício da humanidade, para combater a pobreza e a ignorância, para defender os oprimidos, para se ocupar com a paz e a preservação da vida, para desenvolver a ciência, a cultura, a arte são uma expressão da prática do ecumenismo, de que a Igreja e o mundo tanto necessitam. A imitação do Cristo Servidor propicia eloqüente testemunho do evangelho, atingindo não só as mentes mas também os corações. Tal serviço comum é um sinal do Reino de Deus que vem chegando – o Reino do Cristo Servidor.

Oração

Poderoso e eterno Deus, percorrendo a estrada real do serviço, teu filho nos conduz da arrogância da nossa desobediência à humildade de coração. Une-nos uns aos outros por teu Santo Espírito, para que através do serviço a nossos irmãos e irmãs, tua verdadeira face possa ser revelada. Assim nos dirigimos a ti, que vives e reinas para sempre. Amém.

Questões para refletir

1. Que oportunidades para o serviço ficam mais ameaçadas pelo orgulho e a arrogância?

2. O que deve ser feito para garantir que todos os ministérios cristãos sejam melhores experiências de serviço?

3. Em nossa comunidade, o que os cristãos de diferentes tradições podem fazer melhor juntos do que isoladamente para revelar o Cristo Servidor?

ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vosso fiéis

E acendei neles o fogo do Vosso amor.

Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

OREMOS:
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente todas as coisa, segundo o mesmo Espírito,
E gozemos sempre da Sua consolação, por Cristo Senhor Nosso. Amém!

Semana de Oração e Unidade pelos Cristãos e Setena do Espírito Santo

A partir de domingo, dia 20, vamos fazer a setena em devoção ao Divino Espírito Santo e a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Participe conosco e nós ajude a pedir mais luz ao Consolador para a paz entre os homens.

SOUC

Este ano a SOUC – Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos – terá como tema “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo” (Cf 1 Cor 15, 51-58). O subsídio para a SOUC 2012 pode ser baixado no site do Vaticano.

O CONCÍLIO VATICANO II E A LIBERDADE RELIGIOSA

Por Antonio Gaspari

De acordo com Philippe Chenaux, Diretor do Centro de Estudos sobre o Concílio Vaticano da Pontifícia Universidade Lateranense, a declaração Dignitatis Humanae (DH) sobre a liberdade religiosa, é um documento de importância histórica “dos maiores documentos do Concílio”.

Falando no dia 3 de maio para o ciclo de conferências organizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Concílio Vaticano II da Lateranense em colaboração com o Centre Culturel Saint Louis de France sobre o tema “Revisar o Concílio, Historiadores e teólogos confrontando-se, “o professor de História da Igreja Moderna e Contemporânea contou o trabalho que deu esta declaração e como os padres conciliares embora partindo de posições diferentes e em alguns casos opostas chegaram a votar com grande maioria a Dignitatis Humanae.

A declaração sobre a liberdade religiosa era considerada pelo Papa Paulo VI como um dos grandes documentos do Concílio, não tanto pelo seu tamanho (trata-se de um dos textos mais curtos), e nem sequer pela forma (é uma declaração simples), mas sim pelo seu conteúdo.

Para o prof. Chenaux a DH “resolvia dois dos problemas mais difíceis com que a Igreja se enfrentava há pelo menos dois séculos: o problema da relação entre liberdade e verdade, a nível teórico ou teológico, e aquele das relações entre a Igreja e o Estado moderno, a nível político-eclesiástico”.

O debate sobre a liberdade religiosa tem sido controverso, porque “apesar da Igreja sempre ter afirmado a liberdade do ato de fé”, ou seja,  que “ninguém pode ser forçado a abraçar a fé contra a sua vontade”, era necessário superar o legado da aliança institucional dos poderes espirituais e temporais, da intolerância religiosa subsequente à reforma e contrareforma e uma certa intransigência durante o século XIX.

O professor da Lateranense explicou que “A tese intransigente do Estado Católico tinha permanecido oficial pela Igreja, pelo menos, até o final do pontificado de Pio XII” quando “A dolorosa experiência dos totalitarismos (o comunismo, o nazismo, o fascismo) tinham contribuído para uma redescoberta pelo Magistério da Igreja da eminente dignidade da pessoa humana e dos seus direitos fundamentais”.

Em mensagens de rádio no tempo de guerra, em Natal de 1942 e no Natal de 1944, Pio XII enfatizou a dignidade da pessoa humana e a importância de uma democracia saudável.

Para Chenaux já antes da Segunda Guerra Mundial, a Igreja era incapaz de conformar os poderes do Estado com o reconhecimento de Deus e da Igreja. Nos Pactos de Latrão com a Itália fascista (1929); o Reichskonkordat com a Alemanha nazista (1933); e o Concordato com a Espanha de Franco, em ’53, a Igreja adotou uma política de defender o “mal menor”, a fim de garantir a liberdade da Igreja, do clero, dos católicos e de todos os cidadãos.

No concílio as duas posições, a mais ortodoxa e a outra que abria para o mundo tendo em conta a mudança dos tempos, se confrontaram, ao ponto de que a elaboração da DH “foi até o último momento trabalhosa e difícil”.

Chenaux disse que, mesmo em maio de ’64 “O debate entre apoiantes e opositores do texto (da DH) foi muito amargo”. Os bispos norte-americanos e muitos bispos da Europa do Leste (especialmente poloneses) “, afirmaram a necessidade de reconhecer um direito com base na natureza da pessoa humana. Os segundos, ou seja, os adversários, expressaram a convicção de que não se podia separar a liberdade religiosa da verdade e dos seus direitos”.

No debate interveio o então Arcebispo de Cracóvia, monsenhor Karol Wojtyla, que propôs preparar duas declarações: “uma dirigida aos cristãos não-católicos com um espírito ecumênico, para dizer que a verdade cristã nos torna livres, e outro dirigida aos governos, uma declaração ad Extra, que servia  aos interesses da Igreja nos países comunistas”.

Em dezembro de 1964, a pedido do Papa Paulo VI, também foi consultado o filósofo Jacques Maritain, que em um memorando entregue ao papa em março de 1965, lembrou com vigor que “a liberdade religiosa deve ser proclamada e mantida como um dos direitos humanos fundamentais da pessoa humana”.

Acontece assim que no dia 7 de dezembro de 1965, com 2308 placet e 70 non placet, a declaração DH foi aprovada e promulgada pelo Papa Paulo VI.

A DH diz: “Este Concílio declara que a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa, esta liberdade consiste no fato de que todos os homens devem estar livres de coação por parte de indivíduos e grupos sociais e de todo poder humano para que, em matéria religiosa, ninguém seja forçado a agir contra a sua consciência, nem impedido dentro dos devidos limites a agir de acordo com sua consciência, em particular, publicamente, sozinho ou associados com outros. “

O jesuíta José Leclerc, professor de eclesiologia no Institut Catholique de Paris e autor de uma obra sobre a história da tolerância na idade moderna, escreveu na revista Etudes em Abril de 1966, que foi um “acontecimento extraordinário” na história dos Concílios .

[Tradução Thácio Siqueira]

Fonte  (ZENIT.org)

ECUMENISMO: Budistas ensinam generosidade e compaixão, destaca Vaticano

Nesta terça-feira, 3, o Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso enviou uma mensagem aos budistas em razão da festa do Vesakh/Hanamatsuri. O órgão vaticano destacou que os budistas transmitem aos jovens “a necessária sabedoria de abster-se de prejudicar os outros e de viver uma vida de generosidade e compaixão”.

“Os jovens são um recurso para cada sociedade. Com a sua autenticidade, encorajam-nos a encontrar respostas às perguntas fundamentais sobre a vida e a morte, sobre a justiça e a paz, o sentido do sofrimento e as razões da esperança”, diz a mensagem.

São os jovens que ajudam a destruir todos os muros que infelizmente ainda separam cristãos e budistas, salienta a mensagem.  No mundo todo, cada vez mais, jovens de religiões diferentes sentam-se lado a lado, aprendendo uns com os outros, e “com as suas perguntas alimentam o diálogo entre religiões e culturas”.

“Unimos os nossos corações aos vossos e rezamos para que juntos possamos guiar os jovens, com o nosso exemplo e ensinamento a tornarem-se instrumentos de justiça e paz”, concluiu a mensagem assinada pelo presidente do dicastério, Cardeal Jean-Louis Tauran, e pelo secretário, Arcebispo Pier Luigi Celata.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Mensagem para a Festa do Vesakh/Hanamatsuri

Fonte Canção Nova

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos será junto a festa de pentecostes

Promovido mundialmente pelo Conselho Pontífice para Unidade dos Cristãos (CPUC) e pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC)acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios.

No hemisfério sul, em que janeiro é tempo de férias, as Igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas que, neste ano, acontecem de 20 a 27 de maio, sob o tema de 1 Coríntios 15:51-58: “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo”.

No hemisfério norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) é de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908 por Paul Watson porque cobriam o tempo entre as festas de São Pedro e São Paulo e tinham, portanto, um significado simbólico.

Levando em conta essa flexibilidade no que diz respeito à data, estimulamos vocês a compreender o material aqui apresentado como um convite para achar oportunidades ao longo de todo o ano para expressar o grau de comunhão que as Igrejas já tenham atingido e para orar juntos por aquela unidade plena que é desejo de Cristo.

Clique no link e saiba mais:

SOUC 2012

Começa simpósio sobre liberdade religiosa e direitos fundamentais

A estrada italiana para a liberdade religiosa é assinalada por princípios que inspiram a nossa Carta Constitucional, cujo núcleo fundamental se relaciona aos direitos invioláveis, à igualdade de dignidade social das pessoas, às relações entre Estado e Igreja e à liberdade de professar a fé”. Essas foram as palavras do Diretor do Departamento de Ciências Humanas da Universidade Europeia de Roma, Professor Alberto Gambino, na inauguração do simpósio sobre “Direitos Fundamentais, Liberdade Religiosa e Integração”, do qual participam juristas, autoridades laicas e religiosas.

O evento teve início nesta quinta-feira, 15, na Universidade Europeia de Roma. Já desde o primeiro dia, o “princípio de laicidade” foi trazido à mesa de discussões. Ainda em seu discurso de abertura, o Professor ressaltou que este princípio indica a recíproca autonomia entre ordem temporal e espiritual. Sublinhou que ele não significa indiferença. Deve ser entendido como interdição do Estado de entrar nos assuntos internos das confissões religiosas; e para a autoridade religiosa, significa que é interditado exercitar o poder temporal no Estado.

O jurista ainda destacou que as liberdades religiosa e de culto são prerrogativas, eixos de sustento das democracias autenticamente laicas. “Contudo – concluiu ele – credos que contrastam com os valores que inspiram a ordem constitucional, e portanto contrários à humanidade, não podem

ECUMENISMO: Muçulmanos e católicos realizam encontro internacional sobre Maria, mãe de Jesus

MARIA, EXEMPLO PARA TODOS NÓS
Encontro Internacional Cristão-Muçulmano

A Coordenação da Pastoral da Criança Internacional, em conjunto com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, representantes da Liga da Juventude Islâmica Beneficente do Brasil, da União Nacional das Entidades Islâmicas e da Comunidade Islâmica de Foz do Iguaçu, promove o evento MARIA, EXEMPLO PARA TODOS NÓS – Encontro Internacional Cristão-Muçulmano no sábado, dia 24 de março, na área da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR).

Maria, mãe de Jesus, é personagem reverenciada por cristãos e muçulmanos. Maria é bem-aventurada por ter sido escolhida por Deus para levar o Salvador em seu seio. “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1,31). O respeito e veneração que professam os católicos à Santíssima Virgem têm, portanto, bases bíblicas sólidas. Maria é modelo de amor e doação, que se põe a caminho para servir a prima Isabel. É a mãe terna que ampara e protege seus filhos.

O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, menciona a Virgem Maria (Maryam) em 34 locais em 12 capítulos. Tem uma surata (capítulo) intitulado “Surata Maryam” (19), com o relato da anunciação, gravidez e nascimento de seu filho Jesus. No Líbano, a celebração cristã-muçulmana que homenageia Maria acontece desde 2010, com feriado oficial no qual se comemora a Anunciação do Anjo Gabriel a Maria (dia 25 de março).

Homenagear Maria, mãe de Jesus, é uma oportunidade para as famílias conhecerem com mais profundidade temas inspiradores dos exemplos de Maria. É, também, oportunidade para a convivência fraterna e de incentivo para a paz entre os povos e fiéis das duas maiores religiões mundiais.

Além das comunidades cristã e muçulmana do Brasil, Paraguai e Argentina esperadas para o evento em Foz do Iguaçu, estão confirmadas as presenças de autoridades do executivo e legislativo paranaense e representantes de diversas religiões de países como Índia, Líbano, Japão e países da Europa e das Américas.

Fonte: https://www.pastoraldacrianca.org.br

Coro anglicano de Westminster cantará para o Papa em junho

Pela primeira vez na história, o célebre coro da Abadia de Westminster, Inglaterra, cantará na Basílica de São Pedro. O evento reunirá os cantores do Coro da Capela Sistina e os membros do coro inglês no dia 28 de junho, durante as primeiras vésperas da Solenidade de São Pedro e São paulo que o Papa presidirá na Basílica de São Paulo fora dos muros e também na missa presidida por Bento XVI na Basílica Vaticana.

Foi o próprio Papa, informa um comunicado, a pedir que a colaboração musical entre as duas companhias musicais reflita a vocação cristã do coro e encoraje a rica troca de experiências entre as duas tradições litúrgicas e culturais. Já que  a abadia de Westminster tem como título formal aquele de “Igreja Colegiada de São Pedro’, o fato que ambos os coros celebrem juntos seus respectivos patronos dará ao evento uma importante relevância comum.

O convite de ir a Roma surgiu com a visita que Bento XVI fez a Abadia em setembro de 2010, durante a viagem apostólica na Inglaterra. O Pontífice que rezou ao lado de Rowam Willians, arcebispo anglicano de Canterbury diante da tumba de Eduardo, o confessor,  teria dito que seria para ele seria um prazer se o coro de Westminster fosse a Roma na Solenidade de São Pedro e São Paulo.

Prática ecumênica pela paz

Dom Aldo Pagotto
Arcebispo Metropolitano da Paraíba (PB)

Como construir ambientes de paz? Há 25 anos João Paulo II convidou representantes das várias religiões do mundo para um encontro em Assis, terra de São Francisco, com a finalidade de refletir, orar e trabalhar pela paz mundial. Em outubro de 2011, Bento XVI fez o mesmo, relembrando o seu antecessor. Naquela ocasião a grande ameaça para a paz no mundo provinha da divisão da terra em dois blocos contrapostos entre si. O símbolo emblemático daquela divisão era o muro de Berlim que atravessava a cidade, traçando uma fronteira entre os dois mundos. Três anos depois do encontro ecumênico de Assis, em 1989, o muro caiu sem resistência nem derramamento de sangue.

Os enormes arsenais que estavam por detrás do muro perderam a capacidade de aterrorizar. A vontade que os povos tinham de ser livres era mais forte que os arsenais da violência. Ao lado dos fatores econômicos e políticos, a causa mais profunda desse acontecimento tem sua razão de ser na espiritualidade. Por detrás do poder material havia apenas ideologia, sem qualquer convicção espiritual. Face à violência a vontade de ser livre foi mais forte do que o medo. A violência, pura ideologia, foi derrotada. A vitória da liberdade representa a vitória da paz.

A iniciativa de orar e trabalhar pela liberdade e pela paz significa uma construção permanente, pois o mundo está cheio de discórdias e estas têm origem no coração do homem (Cf. Mc 7,20 ss). A violência sempre presente caracteriza-se como desconcertante condição do nosso mundo. A liberdade é um bem quando orientada para o compromisso para o desenvolvimento de todos (não apenas para alguns). A liberdade que é utilizada para provocar violência encarna-se em fisionomias assustadoras.

Hoje presenciamos formas de terrorismo sem nenhuma preocupação pelas vidas humanas inocentes, cruelmente ceifadas ou mutiladas. Inclui-se o fanatismo religioso que anula a regra do direito e do bom senso para justificar a destruição dos outros. O “bem” pretendido pelo terrorismo não passa de ideologia violenta, cruel e monstruosa. Daí nasce a hostilidade generalizada contra as religiões quando estas justificam e legitimam a violência para destruir os outros. Esta, porém, não é a natureza da religião.

A Igreja Católica comprometeu a credibilidade do Evangelho de Jesus quando investiu na defesa da fé utilizando meios equivocados. Temos como exemplos históricos abomináveis as cruzadas que se identificaram como guerras santas de caráter político e financeiro. A inquisição deixou atrás de si a pecha da perseguição odiosa e vingativa contra alguém que pensasse de forma diversa. Ora, Cristo crucificado é sinal do amor do Pai que, através do seu Filho, quer que todos se salvem. Enviou-nos o seu Filho não para julgar e condenar senão para perdoar, reconciliar e reunir os filhos e filhas de Deus que andavam dispersos e divididos entre si (Cf. Jo 17,1ss).

O dom da fé cristã que cada um de nós recebe deve ser purificado. Nós temos a mania de instalar ideologias em nome da fé. O dom da fé corresponde a uma tarefa construtiva permanente. Apesar das nossas fraquezas e contradições, a proposta do Senhor é fazer de nós instrumentos da sua paz no mundo. Trata-se de nos sentirmos unidos convergindo para a verdade, para o bem comum, comprometendo-nos decisivamente pela promoção da dignidade da vida humana. Cabe-nos assumir o diálogo e a prática construtiva da paz superando a violência que só destrói o que é de direito, justo, belo.