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Rezemos pela Nicarágua

A situação só piora na Nicarágua. Rezemos.

São João Paulo II: Dom Óscar Romero deve ser recordado sem ideologização como um ‘Pastor zeloso e venerável’

(ACI/EWTN Noticias).- Dom Óscar Arnulfo Romero, Arcebispo de São Salvador (El Salvador) será beatificado no próximo dia 23 de maio, 35 anos após o seu assassinato por ódio à fé. Poucos anos depois do seu martírio, São João Paulo II pediu que a memória do “protetor e venerado” Prelado salvadorenho seja respeitada e não manipulada por interesses ideológicos.

Dois santos da era moderna da Igreja juntos: São João Paulo II e Dom Óscar Romero, que será beatificado neste domingo.
Dois santos da era moderna da Igreja juntos: São João Paulo II e Dom Óscar Romero, que será beatificado neste domingo.

São João Paulo II, durante a homilia numa visita a São Salvador em 1983, em meio de um país destruído pela violenta guerra civil na que participaram grupos políticos da esquerda e da direita, recordou: “Com o sangue de Cristo podemos vencer o mal com o bem. O mal que penetra nos corações e nas estruturas sociais”.

“O mal que divide os homens e semeou o mundo de sepulcros com as guerras, com essa terrível espiral de ódio que arruína, aniquila, de maneira tétrica e insensata”.

“Quantos lares destruídos! Quantos refugiados, exilados e deslocados! Quantas crianças órfãs! Quantas vidas nobres, inocentes, destruídas cruel e brutalmente! Também de sacerdotes, religiosos, religiosas, de fiéis servidores da Igreja”, lamentou o santo polonês.

O Papa Peregrino recordou então o testemunho do ‘Pastor zeloso e venerável’, arcebispo deste ‘rebanho’, Dom Óscar Arnulfo Romero, quem lutou pelo fim da violência e por estabelecer a paz, da mesma maneira que lutaram seus irmãos no Episcopado”.

O Papa João Paulo II encorajou: “Ao recordá-lo, peço que sua memória seja sempre respeitada e que nenhum interesse ideológico pretenda instrumentalizar seu sacrifício de Pastor entregado ao seu rebanho”.

Dom Romero foi assassinado em 24 de março de 1980, enquanto celebravaMissa na capela do hospital “La Divina Providencia’, em São Salvador. Em 2010, o então presidente de El Salvador Mauricio Funes reconheceu, em nome do Estado: “Dom Romero foi vítima da violência ilegal executada por um esquadrão da morte”.

Na manhã do dia 3 de fevereiro deste ano, o Papa Francisco, em audiência privada com o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, aprovou a divulgação do decreto que reconhecia o martírio do Arcebispo salvadorenho.

Apesar de que, depois do seu falecimento diversos teólogos marxistas da libertação declarassem que Dom Romero compartilhava suas posturas teológicas, o seu secretário pessoal, Monsenhor Jesús Delgado, descartou tal afiliação.

Em declarações ao Grupo ACI em fevereiro de 2015, Monsenhor Delgado recordou: “Quando escrevi sobre a sua vida fui revisar sua biblioteca. Evidentemente, os teólogos da libertação o visitavam e sempre lhe deixavam um livro marxista, mas estes livros nunca foram tocados, nunca os abriu, jamais os usava, nunca os consultou”.

“E, pelo contrário, todos os seus livros dos Padres da Igreja estavam muito manuseados e eram a fonte da sua inspiração”, assegurou seu secretário.

Aliás Dom Romero teve um grande carinho e proximidade pelo fundador do Opus Dei, São Josemaría Escrivá de Balaguer, desde que se conheceram em 1974, em Roma.

Falecido o fundador do Opus Dei no ano seguinte, Dom Óscar Romero, então Arcebispo de São Salvador, escreveu uma carta ao Papa Paulo VI pedindo sua beatificação, assegurando: “Sou profundamente agradecido a estes sacerdotes membros da Obra, aos quais confiei com muita satisfação a direção espiritual de minha própria vida e a de outros sacerdotes”, concluiu.

E o Papa Francisco vai para Cuba

O papa Francisco fala aos fiéis da Praça São Pedro, no Vaticano, durante o Ângelus (Foto: Andreas Solaro/AFP)
O papa Francisco fala aos fiéis da Praça São Pedro, no Vaticano, durante o Ângelus (Foto: Andreas Solaro/AFP)

(ACI/EWTN Noticias).- O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, confirmou hoje que o Papa Francisco visitará Cuba no próximo mês de setembro antes de sua viagem aos Estados Unidos.

O Pe. Lombardi assinalou: “posso confirmar que o Santo Padre Francisco, tendo recebido e aceito o convite por parte das autoridades civis e dos bispos de Cuba, decidiu efetuar uma etapa na ilha antes de chegar aos Estados Unidos com motivo da viagem anunciada já há algum tempo”.

Ainda não se sabe a data exata e os detalhes do novo destino do Pontífice, mas a confirmação chega depois de que a Santa Sé afirmou que estava estudando a possibilidade da viagem.

Além disto, hoje, 22, chegou a Cuba o Cardeal Beniamino Stella, Prefeito da Congregação do Clero, que permanecerá até o 28 de abril. O Cardeal foi Núncio em Cuba de 1993 a 1999 e ajudou a organizar a visita de São João Paulo II em 1998, a primeira vez que um Papa foi à ilha, e a de março de 2012 realizada pelo agora Papa Emérito Bento XVI.

A visita do Cardeal Stella ocorre após o anúncio do dia 17 de dezembro, quando Cuba e Estados Unidos anunciaram o reinicio das relações diplomáticas e reconheceram a contribuição fundamental que a Santa Sé teve neste processo.

O Papa Francisco viajará aos Estados Unidos no próximo mês de setembro para participar do Encontro Mundial das Famílias entre os dias 22 a 25 desse mês na Filadélfia.

“Francisco quer uma reforma espiritual na Igreja”, afirma brasileiro escolhido para a Comissão Teológica Internacional

(ACI/EWTN Noticias).- Monsenhor Luiz Catelán, assessor da Comissão para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), recentemente escolhido pelo Papa para a Comissão Teológica Internacional junto com outros peritos dos cinco continentes, comentou sua nomeação e destacou que o Santo Padre ao falar da reforma que deseja para a Igreja não se refere à reforma de estruturas, como por exemplo, a da Cúria Romana, mas uma reforma espiritual com base nos ensinamentos do Concílio Vaticano II.

Monsenhor Luiz Catelán, assessor da Comissão para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), recentemente escolhido pelo Papa para a Comissão Teológica Internacional
Monsenhor Luiz Catelán, assessor da Comissão para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), recentemente escolhido pelo Papa para a Comissão Teológica Internacional

Falando em entrevista a ACI Digital sobre como recebeu a notícia da nomeação, Monsenhor Catelán partilhou: “No princípio pensei que se tratava de um trote. No começo eu não acreditava, mas, conferi com um contato na Congregação para a Doutrina da Fé, com quem já me comuniquei outras vezes e este me confirmou que a notícia era verdade. Falei depois com Mons. Ladaria e recebi um e-mail do Vaticano que me chegou perto de 15 dias antes da divulgação da notícia. Nestes dias prévios pude refletir com calma sobre o significado e a missão de Comissão em toda sua amplitude e de quão delicado consistia nossa missão. Mas devo dizer que o primeiro sentimento foi de um susto”.

Comentando também sobre a contribuição que ele os outros teólogos latino-americanos eleitos para Comissão poderiam levar a este importante órgão do Vaticano, disse: “podemos dizer que tradicionalmente a teologia na América Latina sempre se distinguiu por uma particular proximidade à Pastoral, aos desafios próprios da Pastoral. Nós estaremos disponíveis, sem dúvida, para levar à Comissão esta sensibilidade sem perder a profundidade de reflexão sobre a Doutrina Católica. Em concreto poderíamos dizer que a teologia na América Latina traz como riqueza a teologia da comunhão; comunhão das Igrejas particulares entre si e delas com Roma e com o Santo Padre no serviço à Igreja. Acredito que esta perspectiva de comunhão que trazemos os latino-americanos também será uma contribuição valiosa”.

Sobre os temas teológicos do Pontificado do Papa Francisco até o momento, e que possivelmente estarão nas pautas das reuniões, Mons. Catelán afirmou: “Primeiro está o tema da Reforma da Igreja. Pelo nome não devemos entender uma reforma da estrutura da Cúria Romana. A constituição curial varia de acordo com os tempos e os desafios de cada tempo e está ao serviço do Papa e da Igreja. Mas, e isso vemos nitidamente na Evangelii Gaudium, a reforma que o Papa promove é a reforma pastoral, uma reforma espiritual”.

“O outro tema que se vem destacando nas catequese e discursos do Papa Francisco é a pneumatologia. Para que veja, o Espírito Santo é citado 36 vezes na Evangelii Gaudium e o tema vem sendo abordado pelo Papa em seus discursos com certa frequência. Assim, os acentos da presença do Espírito na Igreja e o tema da Reforma estão presentes no pensamento de Sua Santidade, e podemos afirmar que se complementam e se desenvolvem sempre sobre as bases do Concílio Vaticano II”.

O sacerdote brasileiro, também fez algumas considerações sobre um tema teológico controvertido no continente latino-americano: a Teologia Marxista da Libertação que encontra no peruano Gustavo Gutiérrez e no brasileiro Leonardo Boff, cujas propostas teológicas foram ambas condenadas pela Santa Sé, seus mais expressivos pensadores.

Primeiramente, sublinha Mons. Antônio, “deveríamos usar o termo no plural, ou seja, falar das teologias da libertação (é difícil falar de uma só, houve várias propostas). Sobre estas, poderia dizer que pecam por reduzir a libertação a aspectos intramundanos perdendo o fundo escatológico que o próprio termo possui. Ao perder de vista o escatológico, então perde-se o que há de cristão em qualquer colocação teológica. Isso não é cristianismo. Para corroborá-lo temos a Doutrina Social da Igreja, que acentua como a fé tem incidência na política, na cultura na sociedade, mas entende que a libertação autenticamente cristã é aquela libertação do mal, da escravidão do pecado. Portanto, uma proposta teológica assim, como o caso da teologia da libertação centrada nas lutas de classes, não passa de uma vertente ideológica, e isso porque expõe que o Reino de Deus é produto da ação humana. Esta posição já havia condenada pela Igreja nos seus primórdios como Pelagianismo”.

“A opção preferencial pelos pobres –continuou- deve-se entender segundo o espírito do Concílio Vaticano II, concretamente na Constituição Dogmática Lumen Gentium no número 8. Primeiramente, entendemos a prioridade do tema dos pobres porque Cristo se fez um deles. A fé Cristológica não pode deixar de ter em conta os mais necessitados. Em segundo lugar, Cristo é enviado aos pobres e não só aos pobres em termos materiais, mas a todos aqueles que estão nas periferias, como diz o Papa Francisco, incluindo as periferias existenciais. Por último, amamos os pobres pelo que Cristo nos ensinou: ‘O que fazem aos mais pequenos dos meus irmãos, a mim o fazem’”, acrescentou o teólogo.

Natural de Cidade Gaúcha, região de Umuarama (PR), Monsenhor Catelán foi ordenado sacerdote em fevereiro de 2005. Atualmente exerce a função de assessor da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da CNBB e possui mestrado em Direito Canônico e doutorado em Teologia, ambos pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.

A Comissão Teológica foi instituída em 1982, por São João Paulo II, e sua competência consiste em estudar as questões doutrinais de maior importância para o momento eclesial e assim oferecer uma contribuição ao Magistério da Igreja e, de modo especial, à Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, atualmente presidida pelo cardeal Gerhard Ludwig Müller, tendo como secretário geral o Padre Serge-Thomas Bonino.

Amamos o que conhecemos: Desconhecimento da Doutrina Social da Igreja afeta o desempenho dos leigos, adverte perito

Pe. Fernando Fuentes. Foto: Conferência Episcopal Espanhola

 (ACI/EWTN Noticias).- O Pe. Fernando Fuentes, diretor do Secretariado da Comissão Episcopal da Pastoral Social da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), assinalou que a Doutrina Social da Igreja é um “âmbito nuclear para a vida da Igreja”, entretanto, advertiu que seu desconhecimento está afetando o desempenho dos leigos na vida pública de seus países.

Em declarações à agência SIC, o sacerdote se referiu ao Mestrado em Doutrina Social da Igreja organizado pela Comissão Episcopal da Pastoral Social em colaboração com a Fundação Paulo VI e a Universidade Pontifícia de Salamanca; uma iniciativa online que, segundo Fuentes, pretende aprofundar no conhecimento deste aspecto social da Igreja que às vezes é pouco conhecido por falta de formação dos católicos.

Este mestrado já vem sendo realizado há 20 anos em alguns países da América Latina, como o México, Argentina e Panamá, mas é a primeira edição que acontece na Espanha. Mediante um campus virtual da Universidade Pontifícia de Salamanca, Campus de Madri, 14 professores de diferentes universidades se responsabilizam pelas disciplinas curso.

E é que conforme assegurou o diretor do Secretariado da Comissão Episcopal da Pastoral Social, “a Doutrina Social da Igreja é uma das grandes desconhecidas pelos católicos”. Explicou que se trata de “falta de formação no âmbito doutrinal no clero e também entre os leigos, o qual está incidindo na debilidade da presença do laicato na vida pública e em uma presença na ação social que nem sempre tem uma fundamentação nesta referência doutrinal”.

Segundo o Pe. Fuentes, a Doutrina Social da Igreja se trata de um “âmbito nuclear para a vida da Igreja” e assegurou que “quando se apresenta àqueles que fazem o curso, eles se surpreendem pela novidade do pensamento social da Igreja”.

O sacerdote explicou que para discernir as questões sociais desde a experiência cristã e com colocações morais são necessários recursos que normalmente são pouco conhecidos e que se explicam neste mestrado, e que os 200 alunos que o cursaram em seus 20 anos de história aprendem e depois aplicam como professores de doutrina social da Igreja, técnicos do Caritas e de Mãos Unidas, responsáveis por pastoral operária e de associações e movimentos eclesiais, políticos, sindicalistas.

A situação atual de crise social e econômica expõe desafios muito específicos para os cristãos, por isso o Pe. Fuentes recordou que Bento XVI já o advertia em sua encíclica Deus Caritas Est, onde destacou “que a Igreja tem o dever de oferecer, mediante a purificação da razão e a formação ética, sua contribuição específica, para que as exigências da justiça sejam compreensíveis e politicamente realizáveis”. Explicou que se trata de “uma tarefa que requer bons itinerários educativos e testemunho de solidariedade, como já está sendo feito em muitas comunidades cristãs”.

Nesse aspecto o compromisso dos cristãos com a vida pública já se falou na encíclica de João XXIII Pacem in terris, que completa 50 anos de sua publicação e que o Pe. Fuentes assegura que é “como ‘a constituição’ para os governantes e para o compromisso na vida pública. Influenciou decisivamente nos anos 70 e 80; foi a carta magna dos direitos humanos e supôs toda uma interpelação à Igreja e à sociedade na consecução de uma convivência pacífica”.

A encíclica Pacem in terris é um dos pontos mais importantes para a Comissão Episcopal da Pastoral Social e para a Fundação Paulo VI. Em 2003 celebraram um Simpósio sobre o documento e seus desafios; e agora a questão política tem grandes desafios na atualidade, especialmente o possível conflito na Síria ante o qual o Papa Francisco realizou um dia de oração pela paz no mundo.

Conforme afirmou o Pe. Fuentes, Cáritas, Mãos Unidas e as obras das congregações religiosas são algumas das respostas das necessidades sociais, coordenadas da Comissão Episcopal da Pastoral Social já que “para a Igreja, a caridade pertence a sua natureza e a sua essência, não é uma espécie de assistência social. Por isso o testemunho da caridade se transforma também em ‘caridade política’, chega a todos os rincões da vida e atende às pessoas de modo integral”.

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Dom Roberto Francisco Ferrería Paz
Bispo de Campos (RJ)

Em plena Novena de Pentecostes acontece nos países da América Latina de 12 a 19 de maio, organizada pela CLAI e CONIC que agregam as Igrejas Cristãs, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

Este ano o texto de apoio foi preparado pelas mulheres cristãs da Índia, trazendo como frase inspiradora os versículos 6 a 8 do capitulo 8 : ” O que Deus exige de Nós? “. A imagem da capa apresenta o olhar triste e perplexo de uma mulher velada pela burka , significando os silêncios e a perseguição que sofrem os cristãos e outras religiões.

O verdadeiro ecumenismo anuncia um Deus que não se impöe, mas que dialoga e une as pessoas a partir da liberdade do ato de fé.    A oração sacerdotal de Cristo que clama para que todos sejam um, deve despertar em todo cristão a vontade e empenho de colocar-se a serviço da aproximação, reconciliação e entendimento cordial entre os batizados em nome do Deus Uno e Trino.

Nenhum cristão pode descansar tranquilo, deixando de se escandalizar ou indignar pela divisão sectária do cristianismo, pelo proselitismo desrespeitoso, pelos ataques raivosos entre os cristãos.   Desde a Conferência de Edimburgo aos dias de hoje, o que constitui um anti-sinal e um obstáculo terrível para a missão de anunciar a Cristo é o desafeto e a divisão entre os seus seguidores.

Por isso aguardando a plena efusão do Espírito Santo em Pentecostes, fazemos ecoar o desejo mais profundo de Cristo Nosso Senhor : a unidade de seus discípulos.   Que sejamos capazes de dar um passo a mais, com gestos de hospitalidade, de amizade e de compreensão fraterna na direção de nossos irmãos cristãos separados.

Que nossa espiritualidade e oração se tornem mais ecumênicas, tendendo laços e pontes, celebrando o que nos une, reconhecendo os dons e o patrimônio teológico e espiritual das outras comunidades, abrindo-nos a partilha e a complementaridade, vivendo a diferença como uma riqueza e o pluralismo como um desafio para o crescimento.   Deus seja louvado!

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Lembrando que  O Anunciador vai fazer a semana que começa no dia 12. Também começaremos amanhã, a novena do Divino Espírito Santo.

Religiosas latino-americanas e mártires italianos: primeiros santos do pontificado do Papa Francisco

Cidade do Vaticano (RV) – Um grupo de mártires italianos e duas religiosas latino-americanas, fundadoras de institutos de vida consagrada, serão os primeiros santos do pontificado do Papa Francisco que os canonizará no dia 12 de maio próximo.

Dentre os futuros santos se encontra a colombiana Laura de Santa Catarina de Sena (1874-1949), a primeira católica do país a ser canonizada.

Madre Laura Montoya destacou-se enquanto fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias da Beata Virgem Maria Imaculada e de Santa Catarina de Sena.

Atualmente a congregação está presente em 21 países da África, Europa (Espanha e Itália) e, sobretudo, América Latina.

Francisco, primeiro Papa do continente americano na história da Igreja Católica, presidirá a missa de canonização na Praça São Pedro, às 09h30 locais.

Os processos foram concluídos no consistório de 11 de fevereiro deste ano, dia em que Bento XVI apresentou a sua renúncia ao pontificado.

Além da colombiana Laura Montoya serão canonizados o italiano Antonio Primaldo e cerca de 800 companheiros leigos, assassinados por ódio à fé em 13 de agosto de 1.480, na cidade de Otranto, durante uma invasão levada a cabo por tropas turcas.

A outra nova santa é a mexicana Maria Guadalupe (1878-1963), que participou na criação da Congregação das Servas de Santa Margarida Maria e dos Pobres.

A canonização é a confirmação, por parte da Igreja, de que um fiel católico é digno de culto público universal e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade. (MJ/Agência Ecclesia)

@Pontifex_ já tem mais de 500 mil seguidores no twitter

(ACI).- O Papa Bento XVI já tem mais de meio milhão de seguidores em sua conta oficial de Twitter e o tema se converteu em um dos mais comentados nesta rede social na América Latina.

Até o fechamento desta edição e somando as contas nos oito idiomas, o Santo Padre tem já mais de 545 mil seguidores que esperam com ânsias seu primeiro tweet, que será emitido no próximo 12 de dezembro, Festa da Virgem de Guadalupe.

Desses 544 mil, mais de 381 mil são da conta em inglês, enquanto que a conta em espanhol @pontifex_es supera os 90 mil seguidores. A conta em português @pontifex_pt tem mais de 14 mil seguidores.

ppTwitterPapa

Halloween perde terreno na América Latina para a Festa de Todos os Santos

(ACI/EWTN Noticias).- Um grupo de pais chilenos promove com êxito há alguns anos um “Halloween branco”, como uma forma positiva de celebrar a véspera da Solenidade de Todos os Santos e não os valores negativos que difundidos  cada 31 de outubro.

O casal José Miguel Carafi e Maria Cecilia Lasso, pais de cinco filhos, são os principais promotores da celebração na sua paróquia, em Santiago do Chile.

A celebração de bons valores, em contraposição à festa comercial do Halloween “já está estabelecida e muitas famílias participam com disfarces positivos e celebram com respeito e alegria”, assinalou José Miguel, de 55 anos.

Em uma entrevista realizada pela Arquidiocese de Santiago do Chile, José Miguel Carafi remarcou que “Halloween vem do antigo inglês ‘all hallows eve’, que significa véspera de todos os Santos, por isso propomos uma forma mais autêntica de celebrar, aplicando mudanças na estética e na atitude” no dia anterior à Solenidade de Todos os Santos que a Igreja celebra em 1 de novembro.

“O elemento estético é evidentemente negativo: bruxas, demônios, vampiros e monstros. Não são figuras admiráveis ou positivas, mas são justamente o contrário”, indicou.

Por isso, disse o pai de família, “figuras mais inocentes, como fadas, super-heróis ou algo tão simples como um bombeiro mantêm o elemento do disfarce sem promover imagens negativas”.

“O tema não é somente exterior, o que ocorre é que o que se disfarça de mau, sente que deve atuar como tal”, advertiu.

Carafi também criticou o uso da “chantagem implícita no ‘doce ou travessura’”.

“Não é bom que as crianças usem a ameaça de vandalismo para exigir doces a seus vizinhos. Mais que o tema estético, esta é a mudança mais importante para tirar a má influência do Halloween”.

Embora, indicou que a associação com a morte ao celebrar o dia dos Fiéis Defuntos em 2 de novembro, quando tradicionalmente se visita os túmulos dos seres queridos, não é necessariamente má, “o enfoque morboso nos aspectos tétricos da morte, como o sangue, os ossos e outros detalhes não podem superar a crença de um lugar melhor depois da morte e a mensagem de esperança predicada por Cristo”.

“Quanto às brincadeiras pesadas, é nosso objetivo mudar a imagem da chantagem detrás desta atitude por algo mais positivo. Por exemplo, que as crianças deem algo em troca dos doces, agradecer com alguma coisa que não seja o ovo jogado na janela como, por exemplo, com um canto, poesia ou um mini show”, disse.

Carafi assinalou que a noite de 31 de outubro “para os cristãos é uma oportunidade de recordar a todos nosso Santos”.

“Não há nada de errado em celebrar em família, disfarçar-se e sair para pedir doces. É uma oportunidade de ensinar a nossos filhos a gratidão e o respeito pelos outros e, além disso, eles conhecem melhor a seus vizinhos”, indicou.

O pai de família assinalou que a intenção deste Halloween branco “não é eliminar os elementos positivos da celebração. É uma oportunidade para que as crianças o celebrem melhor e acho que proibir que nossos filhos participem não é o melhor caminho para mudar a imagem do Halloween por uma mais positiva”.

Para que as crianças possam aprender bons valores nesta data, é necessário tomar cuidado para que elas “não cometam as mal chamadas ‘travessuras’, que é na verdade uma tentativa de dar um nome terno aos atos de vandalismo e chantagem”, advertiu.

“Também é importante estar atentos para não incomodar àqueles que não queiram participar e ser generosos e agradecidos com todos os que encontrem”, disse.

José Miguel Carafi sublinhou que esta data deve ser valorizada, pois “celebrar os Santos é celebrar as vidas heroicas dedicadas a Deus. O valor, dedicação e esforço destes homens e mulheres exemplares são muito significativos em uma sociedade tão banal e materialista”.

“Além disso, os temas de generosidade e hospitalidade da entrega de doces e o vínculo que se cria entre vizinhos ao sair todos juntos, também são valiosas lições para crianças e jovens, sempre tentados pelo egocentrismo e pela competitividade”, acrescentou.

Para poder reconhecer os que querem participar da celebração, mas desde suas casas, na paróquia promovem que coloquem “um sinal (um pano ou uma bola de encher branca) na porta. Desta maneira, aqueles que não queiram participar não são incomodados”.

“No caso de que as crianças toquem a porta mesmo assim, a melhor forma de comunicar-lhes que não estão participando da celebração é explicar-lhes de forma clara. Ignorar as crianças ou responder-lhes mal é uma boa forma de incentivá-los a que façam travessuras”, indicou.

José Miguel Carafi e Maria Cecilia Lasso pertencem à paróquia São Alberto Furtado e ao movimento Regnum Christi.

Defesa da Vida: Bispos uruguaios declaram excomunhão a políticos a favor do aborto

Bispos do Uruguai cumprem promessa e declaram excomunhão automática de políticos abortistas. “A vida não é algo que se possa decidir por maiorias e minorias. Se um católico vota (uma lei) com tal intenção manifesta, ele se afasta da comunhão da Igreja”.

Por Religión Digital | Tradução: Fratres in Unum.com – Os políticos uruguaios que votaram a favor da despenalização do aborto estão excomungados de forma “automática”, anunciou ontem o secretário da Conferência Episcopal do Uruguai (CEU), Monsenhor Heriberto Bodeant, que indicou que isso ocorria porque eles promoveram práticas “contrárias à vida”.

Para a Igreja, com a aprovação da lei, o Uruguai retrocedeu em matéria de valores humanos. Além disso, Bodeant disse que “a vida não é algo passível de plebiscito, que se possa decidir por maiorias e minorias”.

Portanto, a Igreja não participará da convocação para uma consulta popular, como promovem alguns legisladores do Partido Nacional. No entanto, se o mecanismo for ativado, tomarão uma posição, que poderá ser recomendar ou não a votar.

A Igreja manifestou também em comunicado sua “profunda dor e rechaço” à lei que despenaliza o aborto.

“Orgulhamo-nos de ser um dos primeiros países que aboliu a pena de morte; hoje nos entristecemos por ser o segundo país de América Latina a legalizar o aborto”, disse.

“A excomunhão automática é para quem colabora na execução de um aborto de maneira direta, e fazer este ato concreto é uma maneira direta (…) Se um católico vota (uma lei) com tal intenção manifesta, ele se afasta da comunhão da Igreja”, explicou Bodeant.

Quanto ao comportamento que a Igreja terá logo que o presidente José Mujica promulgar a lei, ele indicou que será o de anunciar a “valorização da vida”. “É um trabalho que aponta para o fortalecimento da lei escrita no coração de cada pessoa”, manifestou.

Legisladores da oposição e organizações sócias lançaram, na quinta-feira, uma comissão para analisar a melhor forma de revogar a norma que despenaliza o aborto até 12ª semana de gestação.

“Uma parte da sociedade não vai aceitar a lei e vamos trabalhar pelos mecanismos que contribuam para revogá-la”, disse o líder do opositor Partido Nacional, Carlos Iafigliola, um dos porta-vozes da Comissão Nacional Pró-Revogação da Lei do Aborto.

As possibilidades a serem analisadas pela comissão incluem a interposição de recursos de inconstitucionalidade da nova lei, apelar à Corte Interamericana de Justiça, alegando que a lei violenta o Pacto de San José de Costa Rica, e a coleta de assinaturas para convocar um referendum sobre a norma.