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Bento XVI está feliz por ter voltado ao Vaticano

(ACI/EWTN Noticias).- O Bispo Emérito de Roma, Bento XVI, está muito contente depois de sua volta ao Vaticano que ocorreu ontem, concretamente ao mosteiro Mater Ecclesiae, conforme assinala uma nota de imprensa da Santa Sé.

Depois de dois meses na residência de Castel Gandolfo, Bento XVI chegou de helicóptero ao heliporto vaticano pouco depois de 4:45 p.m., acompanhado pelo Arcebispo Georg Gänswein, Prefeito da Casa Pontifícia.

Foi acolhido pelos cardeais Angelo Sodano, Decano do Colégio Cardenalício; Tarcisio Bertone, Secretário de Estado; Giuseppe Bertello, Presidente do Governatorado e pelos arcebispos Angelo Becciu, Substituto da Secretaria de Estado; Dominique Mamberti Secretário para as Relações com os Estados e pelo bispo Giuseppe Sciacca, Secretário Geral do Governatorado.

Bento XVI se transladou depois a sua nova residência, o mosteiro “Mater Ecclesiae”. O Papa Francisco o esperava na entrada e lhe deu as boas-vindas com grande cordialidade; os dois foram rezar juntos à capela do mosteiro.

O comunicado da Santa Sé assinala que “Bento XVI está muito contente de voltar para o Vaticano, ao lugar em que quer dedicar-se ao serviço da Igreja, acima de tudo com a oração”. Essa intenção foi anunciada por ele mesmo no dia 11 de fevereiro deste ano.

Bento XVI disse que o mosteiro, recentemente restaurado é “uma casa acolhedora, aqui se pode trabalhar bem”.

Papa Francisco celebrou missa por ocasião de seu onomástico, São Jorge

Rádio Vaticano| O Papa Francisco celebrou Missa, nesta terça-feira, 23, na Capela Paulina com todos os cardeais presentes em Roma, por ocasião da celebração do seu onomástico, na Festa de São Jorge. Onomástico é o dia em que uma pessoa celebra um santo, no dia em que ele é celebrado pela Igreja, cujo nome coincide com seu nome de batismo.

Estavam também na Capela o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, e o Cardeal-decano, Angelo Sodano, que leu um discurso de parabéns ao Bispo de Roma em nome de todos.

Em resposta, Francisco agradeceu: “Obrigado, me sinto bem com vocês e gosto disso”, disse.

Recordando a data, o Cardeal Sodano invocou para o Papa e os cardeais “o dom da força cristã, o mesmo que teve São Jorge quando deixou o uniforme militar para vestir o uniforme da fé”.

Na homilia, Francisco lembrou que a identidade cristã não é uma carteira de identidade, mas pertence à Igreja. “É uma dicotomia absurda querer amar Jesus sem a Igreja: identidade significa pertença”. Improvisando, o Papa prosseguiu afirmando que “se não formos cordeiros de Jesus, nossa fé não terá substância”.

Em seguida, invocou o “fervor apostólico”, recordando que é sempre necessário pensar na missionariedade da Igreja, na mãe Igreja que cresce com novos filhos. A este respeito, disse que a vida cristã e a vida da Igreja caminham sempre das “perseguições do mundo às consolações do Senhor”.

“Se quisermos proceder no caminho da mundanidade, negociando com o mundo como os Macabeus queriam fazer, jamais teremos a consolação do Senhor. Claro, se quisermos apenas a consolação, será superficial, e não a do Senhor”.

Ao descobrir a sua dimensão missionária, a primeira comunidade cristã conheceu a perseguição, mas também a alegria. “A Igreja, assim, é mais Mãe; Mãe de muitos filhos. Torna-se cada vez Mãe, Mãe que nos dá a fé, Mãe que nos dá a identidade”.

Ainda esta manhã, Papa Francisco publicou um novo tweet dedicado à Mãe de Jesus:

“Maria é a mulher do «Sim». Maria, fazei-nos conhecer cada vez melhor a voz de Jesus e ajudai-nos a segui-la!”

Missa de inauguração do pontificado do papa Francisco:”Cuidar das pessoas que estão na periferia do nosso coração”

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Desde as primeiras horas da manhã de hoje, 19 de março, a praça São Pedro começou a receber chefes de estado, líderes religiosos e peregrinos para a missa de inauguração do pontificado do papa Francisco. Antes do início da cerimônia, o Papa Francisco desfilou em carro aberto pela praça, e em seguida desceu ao túmulo de São Pedro, embaixo do altar da Confissão, dentro da Basílica. Depois de se deter alguns minutos em oração, incensou o Trophaeum apostólico e se juntou à procissão de cardeais concelebrantes.

À frente, estavam os diáconos levando o Pálio pastoral, o Anel do Pescador e o Evangelho. Já fora da Basílica, no altar da Praça São Pedro, o cardeal-protodiácono, Jean-Louis Tauran, impôs o Pálio (estola decorada com as cruzes do martírio); o cardeal protopresbítero Godfried Danneels, fez uma oração, e o cardeal decano Angelo Sodano entregou ao Pontífice o Anel do Pescador. Neste momento, seis cardeais, em nome de todo o Colégio Cardinalício, prestaram obediência ao Papa.

Todos os cardeais, patriarcas e arcebispos maiores das Igrejas orientais católicas; o secretário do Conclave, Dom Lorenzo Baldisseri, e os padres Fr. Jose’ Rodriguez Carballo e Alfonso Nicolas SJ, respectivamente presidente e vice-presidente da União dos Superiores Gerais, concelebraram com Francisco a sua primeira Missa como Papa.

Também acompanharam a celebração o presidente da Itália, Giogio Napolitano; as presidentes da Argentina, Cristina Kirchner; e do Brasil, Dilma Rousseff, entre outros. Todos os chefes de estado e delegações estrangeiras foram recebidos pelo papa, após a missa, na Basílica de São Pedro.

A seguir, a íntegra da homilia do papa Francisco, na missa de hoje, solenidade de São José, patrono da Igreja.

“Queridos irmãos e irmãs!

Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão.

Saúdo, com afecto, os Irmãos Cardeais e Bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos. Agradeço, pela sua presença, aos Representantes das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes de Estado e de Governo, às Delegações oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático.

Ouvimos ler, no Evangelho, que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Exort. ap. Redemptoris Custos, 1).Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egipto e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.

Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!

Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!

E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.

Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!
Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger.

Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.

Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amem.

Aberto o Conclave

by G. M. Ferretti

3Cidade do Vaticano (RV) – Com a Missa Pro Eligendo Pontefice, abriu-se nesta terça-feira, 12, o Conclave para a eleição do novo Papa. Desde as 7h (3h de Brasília), os 115 cardeais eleitores começaram a se acomodar na Casa Santa Marta, dentro do Vaticano, onde ficarão hospedados durante toda a duração das votações. Cada um terá seu quarto – os aposentos foram definidos por sorteio.

A cerimônia foi aberta a todos que conseguiram lugar, presidida pelo cardeal decano, o italiano Angelo Sodano, e concelebrada por todos os demais cardeais, não apenas os votantes.

No primeiro dia de conclave, está prevista apenas uma votação. Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, os cardeais devem seguir às 15h45 (11h45 no horário de Brasília) para o palácio apostólico.

Depois, às 16h20 (12h20 em Brasília), seguirão em procissão da Capela Paulina para a Capela Sistina. O rito será transmitido ao vivo pela Rádio Vaticano, com comentários em português.

Os cardeais entram na capela, ocupam seus lugares e fazem o juramento previsto na Constituição Apostólica. O Cardeal Giovanni Batista Re, decano do conclave (por ser o mais idoso dos cardeais-bispos) fará uma introdução em latim.

Depois, cada um dos cardeais vai ao centro da capela, e com a mão sobre o Evangelho, profere o juramento, também em latim.

Então, a capela é fechada pelo Mestre das Celebrações Pontifícias, Mons. Guido Marini, que intima “Extra omnes”. Antes de todos os que não participam do conclave deixarem a Capela Sistina, o Cardeal Prosper Grech, 87 anos, maltês, propõe a última meditação aos cardeais eleitores. Em seguida, começam as votações.

O cronograma prevê que a operação termine às 19h15 (15h15 em Brasília) e retornem para a Casa Santa Marta às 19h30 (15h30 em Brasília). Às 20h (16h em Brasília), será servido o jantar.

Padre Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa, disse que “dificilmente” o nome do novo Papa deve sair na primeira votação, nesta tarde.

A partir de quarta-feira, 13, serão feitas duas votações pela manhã e duas à tarde, até um dos candidatos receber mais de dois terços dos votos. As cédulas serão queimadas apenas uma vez por período e a previsão é que a fumaça seja expelida pela chaminé da Capela Sistina às 12h e às 19h (8h e 15h em Brasília).

Brasileiros

Cinco cardeais brasileiros participam do conclave: o arcebispo emérito de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, 78 anos, o Prefeito emérito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, Dom João Braz de Aviz, 65, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, 63, Dom Geraldo Majella Agnelo, cardeal arcebispo emérito de Salvador, e o arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis.

Cardeais enviam mensagem ao Papa Emérito

telegramapapaAo fim da Congregação Geral desta terça-feira, os Cardeais enviaram um telegrama ao Papa emérito, assinado pelo Cardeal decano Angelo Sodano.

A seguir, a íntegra da mensagem:

“Os Padres Cardeais reunidos no Vaticano para as Congregações gerais em vista do próximo Conclave enviam a Sua Santidade uma uníssona saudação com a expressão da renovada gratidão por todo o luminoso ministério petrino de Sua Santidade e pelo exemplo dado de uma generosa solicitude pastoral para o bem da Igreja e do mundo.

A gratidão dos Cardeais quer representar o reconhecimento de toda a Igreja pelo incansável trabalho de Sua Santidade na vinha do Senhor.

Os membros do Colégio Cardinalício confiam, enfim, nas orações de Sua Santidade pelos cardeais, assim como por toda a Santa Igreja”.

Imprensa italiana afirma que cotação de Dom Odilo Scherer para suceder Bento XVI cresce

G1 – O jornal italiano “La Stampa” afirmou no sábado (2) que cresce a cotação do cardeal brasileiro dom Odilo Scherer para se tornar o novo Papa, sucedendo ao agora Papa Emérito Bento XVI.

A articulação incluiria eleger um secretário de Estado do Vaticano italiano, ou argentino de origem italiana.

Por trás da iniciativa, segundo o jornal, estaria o decano do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano, e o cardeal italiano Giovanni Battista Re, além de outros cardeais italianos.

A argumentação a favor de Dom Odilo, segundo o jornal, é que ele é um latino-americano bem considerado, fala bem italiano e tem um sobrenome alemão e “modos medidos” que o fazem parecer “pouco latino”.

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Dom Odilo Scherer (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)

Padre Lombardi oferece mais detalhes sobre renúncia do Papa

Padre Federico Lombardi

(ACI/EWTN Noticias).- Em uma conferência de imprensa na Sala Stampa do Vaticano, o porta-voz da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, ofereceu à imprensa mais informações a respeito do anúncio da renúncia ao ministério petrino de Bento XVI, feito neste 13 de fevereiro pelo próprio Santo Padre em um consistório no Vaticano.

Pe. Lombardi citando o Cânon § 332 do código de direito canônico, que prevê a possibilidade que o Romano Pontífice renuncie de seu ofício.

No 28 de fevereiro às 20h, horário de Roma, o Papa vai se retirar oficialmente. A partir desse momento o período de “sede vacante”, terá início.

Em sua entrevista com Peter Seewald, o Santo Padre havia dito sobre a possibilidade de que um Papa renuncie. Quando um Papa chega à conclusão de que ele não pode mais realizar a missão confiada a ele, “ele pode e deve renunciar”, dizia o Papa ao jornalista alemão.

Lombardi prometeu mais detalhes nos próximos dias sobre como vai ser organizado o conclave que elegerá um novo Papa.

De acordo com o Pe. Lombardi, o Papa irá para Castel Gandolfo e depois ele se transladaria para um mosteiro dentro do Vaticano (habitado até agora por freiras de clausura) para uma vida de oração.

“Ele não vai, obviamente, participar do Conclave”, afirmou o porta-voz.

“O Papa deixará o cargo e os preparativos para o Conclave terão início”, disse o Pe. Lombardi. Por enquanto, tudo o que o Pe. Lombardi pôde afirmar é que o conclave teria início em março, e que a Igreja poderia ter um novo papa no tempo da Páscoa.

O anúncio de Bento no final do Consistório público para a promulgação da causa de três novos santos, foi como “um trovão em céu sereno”, afirmou o decano do Colégio Cardinalício, o Cardeal Angelo Sodano, em declarações reunidas pela Rádio Vaticano.

O anúncio foi feito em latim, e ao tomar a palavra, o Card. Sodano disse: “Santidade, recebemos sua mensagem quase que completamente incrédulos. Permita-me dizer-lhe, em nome de todos os seus colaboradores, que estamos mais do que nunca solidários com o senhor, como estivemos nesses luminosos oito anos do seu pontificado”.

O Decano do colégio cardinalício afirma que antes de 28 de fevereiro, dia em que Bento XVI deseja concluir seu serviço como Papa, “teremos modo de expressar-lhe melhor os nossos sentimentos”. “Certamente, as estrelas no céu continuam sempre brilhando e assim brilhará sempre em meio a nós a estrela do seu pontificado”, concluiu o Cardeal que ofereceu ao Pontífice um longo e caloroso abraço.

Ouça a renuncia do Papa AQUI