Arquivo da tag: joseph ratzinger

Bispo retira sacerdote que não quis abandonar maçonaria na França

Sacerdote Pascal Vesin

(ACI/EWTN Noticias).- O Bispo de Annecy (França), Dom Yves Boivineau, retirou do seu cargo como pároco da Paróquia Montjoie Arly-Sainte-Anne ao sacerdote Pascal Vesin, ao recusar renunciar à loja maçônica a que também pertence desde 2001.

A Igreja sempre condenou a maçonaria. Já no século XVIII os Papas o fizeram com muito mais força, e no XIX persistiram nisso. No Código de Direito Canônico de 1917 se excomungava aos católicos que dessem seu nome à maçonaria.

No Código de Direito Canônico de 1983 a menção explícita da maçonaria e a conseguinte excomunhão desapareceram, confundindo a alguns. Entretanto, o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bispo emérito de Roma Bento XVI, esclareceu em uma publicação que os princípios da maçonaria continuam sendo incompatíveis com a doutrina da Igreja, e que os fiéis que pertençam a associações maçônicas não podem acessar à Sagrada Comunhão.

Conforme explicou a Diocese de Annecy em um comunicado publicado em 26 de maio, “em razão da sua ativa participação em uma loja maçônica”, o Pe. Vesin “foi afastado do seu cargo pelo Bispo Yves Boivineau, Bispo de Annecy, a pedido de Roma”.

A diocese francesa sublinhou que “apesar da incompatibilidade dos princípios, em termos de fé e seus requerimentos morais, o sacerdote em questão, pároco na diocese de Annecy, é um membro da Grande Loja Maçônica do Oriente da França desde 2001”.

O Bispo foi informado do caso por uma carta anônima em 2010, recorda o comunicado, entretanto, ao interrogar o sacerdote, este inicialmente o negou.

No ano seguinte, o Bispo solicitou ao Pe. Vesin “abandonar a Maçonaria para continuar seu ministério sacerdotal”, entretanto, “a pessoa, optando pela ‘absoluta liberdade de consciência’, como se diz, assinalou que sua intenção é viver na membresia dual”.

Com o consentimento do Vaticano, Dom Boivineau iniciou um diálogo com o sacerdote para resolver o assunto, e “desde o início, o Padre Vesin foi claramente informado da sanção”.

“Ainda assim, ele decidiu não renunciar à Maçonaria”, assinalou a diocese francesa.

“Em março passado, interveio a decisão da Congregação para a Doutrina da Fé”, mas “o Padre Vesin reiterou seu desejo de permanecer dentro da maçonaria”.

Ante sua persistência nesta decisão, “o Bispo lhe notificou as consequências de sua eleição”.

Apesar desta última decisão, advertiu a diocese francesa, “nada está fechado, pois de acordo à vontade do Bispo sua sanção, chamada ‘medicina’, pode ser retirada” e fica de poder “do Padre Pascal Vesin manifestar claramente sua decisão de retornar à Igreja”.

“A misericórdia vai com a verdade”, concluiu o comunicado.

Papa Bento XVI acena à Teologia da Libertação

Depois de passar boa parte de seu mandato como prefeito da poderosa Congregação para a Doutrina da Fé combatendo a Teologia da Libertação, o Papa Bento XVI nomeou para o cargo alguém que foi aluno de um dos criadores do movimento. O bispo alemão Gerhard Ludwig Müller, de 64 anos, assumiu o comando da antiga Inquisição também com o histórico de ter participado ativamente em diversos comitês ecumênicos, inclusive atuando como negociador-chefe da igreja junto aos luteranos.

Müller é um velho amigo de Bento XVI — ele fundou um instituto para publicar 16 volumes de escritos do Pontífice. O Bispo escreveu com o padre peruano Gustavo Gutiérrez, de quem foi aluno, o livro “Do lado dos pobres – a Teologia da Libertação”, publicado em 2004. Em um discurso em 2008, Müller defendeu o movimento como uma interpretação correta dos ensinamentos da Igreja sobre os pobres, e não um chamado à revolução – argumento central da crítica do então cardeal Joseph Ratzinger. O próprio Bento XVI, diz o bispo, estaria de acordo com alguns aspectos da Teologia da Libertação.

Uma questão importante é se seu contato duradouro com os teologistas da libertação sul-americanos, em particular com seu pai espiritual Gustavo Gutiérrez, vai levar a uma nova interpretação da teologia – diz o grupo reformista católico alemão “Nós Somos a Igreja’.

À frente da Congregação, Müller terá de lidar com os escândalos sexuais envolvendo a Igreja Católica. Nessa questão, ele foi criticado pela Rede de Sobreviventes dos Abusados por Padres por permitir que o prelado americano Peter Kramer, condenado por crime sexual envolvendo crianças, voltasse a prestar serviços paroquiais após terapia.

O bispo herda uma outra questão não concluída envolvendo religiosos dos EUA. Seu antecessor, o cardeal americano William Levada — que deixa o cargo por limitação de idade — foi alvo de críticas por abrir uma investigação contra a Conferência de Liderança das Mulheres Religiosas, a maior organização de freiras do país reconhecida pelo serviço social, por suposto distanciamento da doutrina católica.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/papa-bento-xvi-acena-teologia-da-libertacao-5375326#ixzz1zaNSEc6W

CONCURSO INTERNACIONAL PARA PROMOVER A DOUTRINA SOCIAL

Chama-se “Economia e Sociedade” o concurso internacional organizado pela Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice para promover a Doutrina Social da Igreja Católica. O prêmio será de 50.000 euros.

Se os vencedores chegarem a um máximo de três, a soma será dividida igualmente entre eles. O prêmio será concedido pela primeira vez em 2013 e voltará a se realizar a cada dois anos. Os trabalhos devem ser enviados ao Secretariado da Centesimus Annus – Pro Pontifice (centannus.award@foundation.va) até 15 de junho de 2012.

O prêmio é destinado a pesquisadores, pensadores, empreendedores e comunicadores que tenham publicado após 1991 (ano de promulgação da encíclica Centesimus Annus) trabalhos dedicados à Doutrina Social da Igreja nas áreas econômica e social. Serão consideradas obras publicadas em português, espanhol, italiano, inglês, francês e alemão.

O trabalho premiado deverá trazer contribuições originais para a explicação, aprofundamento e aplicação da Doutrina Social da Igreja no desenvolvimento econômico e social. Deve também se caracterizar pela solidez doutrinal e pela qualidade cultural excepcional. A Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice visa premiar contribuições compreensíveis por parte do público em geral, que expressem com força profética o compromisso cristão no desenvolvimento econômico e social.

O júri será composto pelo cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique e Freising; pelo professor Pierre de Charentenay, SJ, da Revue Études de Paris; pelo doutor Manuel Gómez Granados, do México, membro do Pontifício Conselho Justiça e Paz; pelo professor Han Thomas Hong-soon, embaixador da Coreia do Sul junto à Santa Sé; por Robert A. Nalewajek, da Centesimus Annus – Pro Pontifice, EUA; pelo doutor Lorenzo Rossi di Montelera, emérito presidente da Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice; por dom Giuseppe Antonio Scotti, presidente do Conselho de Administração da Fundação vaticana Joseph Ratzinger – Bento XVI; e pelo professor Michael Konrad, secretário.

A Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice existe desde 1993, comprometida com a propagação da Doutrina Social da Igreja. A oportunidade histórica que fez surgir a idéia de criar a fundação foi a encíclica Centesimus Annus, promulgada pelo papa João Paulo II em 1º de maio de 1991 para marcar o centenário da encíclica Rerum Novarum, de Leão XIII.

Um século depois daquela, o papa considerou oportuno erguer a voz de forma adequada para evocar a doutrina social que coloca o homem no centro de toda atividade econômica. Com a orientação do cardeal Rosalio José Castillo Lara e de dom Giovanni Lajolo, alguns empresários e banqueiros foram convidados a promover as adesões ao projeto. A ideia tomou forma e foi se aperfeiçoando durante uma série de reuniões.

Diante do bom acolhimento da proposta, o cardeal Castillo Lara, em colaboração com a Secretaria de Estado e com a Conferência Episcopal Italiana, na pessoa do seu presidente, cardeal Camillo Ruini, apresentou a Sua Santidade a possibilidade da criação da fundação, que foi estabelecida com a assinatura do próprio papa em 13 de junho de 1993.

Para mais informações:

Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice

00120 Cidade do Vaticano; centannus@foundation.va; http://www.centesimusannus.org

Assessoria de imprensa: Constantino Coros, coroscosta@virgilio.it

Fonte ZENIT.org