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A cabeça da serpente, da jararaca e jararaquinhas

Neste final de semana Dom Darci, bispo auxiliar de Aparecida, chocou a ala “libertadora” da Igreja e foi ovacionado pela ala “tradicional”. Veja:

A menção de Dom Darci, arcebispo de Aparecida, clara, ao ex-presidente Lula levanta algo mais profundo para ser debatido. Dois temas para ser preciso. A unidade eclesial e também a permanência de jararaquinhas em nossa sociedade.

Dom Darci, fez uma prece ao Pai neste domingo, onde ele se mostra mais misericordioso para com os seus filhos. Em sua prece ele pede para que Deus nos dê força para esmagarmos a cabeça das serpentes e daqueles que se denominam jararacas.

Um pedido apenas. Um prece e oração. Esse fato repercutiu entre jararacas, entre sapatos e entre aqueles que não sabem onde pisar. Foi oportunizado pelos Neves, chuchus e etc. Farinhas do mesmo saco. E, é esse o fato que me levou a escrever. Como disse, dois tópicos podem ser levantados da oração de Dom Darci.

Vamos a unidade eclesial

Sim, ela deve ser debatida. Um dos poucos bispos e poucos padres a mencionar os fatos de corrupção, mesmo que usando metáfora, foi Dom Darci. Não vemos posicionamento da CNBB. Ou melhor, vemos um claro fechar de olhos a situação atual.

A corrupção está aí e deve ser aniquilado de nosso meio. Dom Darci está sob ataque. Isso porque se posicionou e orientou seu rebanho. Mas, só ele é pastor? Não. Onde estão os demais. Orar pela pátria é nosso dever e fazer dela uma boa casa também.

A falta de unidade ao pensarmos sobre política, mostra como estamos desentrosados em outros aspectos. Campanhas da fraternidade que falam de tudo, menos de como anda nossa fé. Em cada comunidade que vou, vejo uma liturgia. E aqui, ressalvo o ótimo trabalho do meu bispo Dom Marco Aurélio Gubiotti, que unifica a Diocese de Itabira faz jus ao legado dos bispos anteriores.

Falar o mesmo discurso não significa unidade. Eu sei. Mas estar em sintonia com o que precisa ser dito e feito sim. É necessário sim, esmagar a cabeça da jararaca, das serpentes que assombram nosso povo. Sejam elas do mensalão, petróleo, da merenda escolar, do “helicoca”, Furnas, Claúdio. Aliais, precisamos também derreter umas neves e cozinhar uns chuchus.

Isso mesmo meu irmão! Os tucanos moralistas também tem defeitos e dos feios. Os membros do PT, nem falamos. E tantos outros partidos e políticos serpentes por aí.

As jararaquinhas

Quem são elas? Onde vivem? Como se alimentam?

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Somos nós. Nós que aceitamos subornos sociais em troca de maus serviços. Que subornamos os guardas por andarmos bêbados por aí. Que compramos a carta de habilitação. Que damos carteirada nas filas e órgãos públicos. Nós que não devolvemos o troco quando o recebemos a mais.

Dom Darci, antes de falar de quem se alto denomina jararaca, pede que a cabeça da serpente, “de todas as víboras” sejam esmagadas. Cuidemos para não sermos serpentes me nosso cotidiano e rezemos para que as jararacas sejam esmagadas de nossa nação.

Na sua opinião, Dom Darci fez errado ao elevar sua prece? Eu não acho. Mas aqui um texto de Dom Orvandil, bispo da Diocese Brasil Central, em opinião contrária a de Dom Darci.

Governo falta com a palavra e promove o aborto, alertam pró-vidas de São Paulo

SÃO PAULO, 06 Jul. 12 / 04:15 pm (ACI).

Em um texto aprovado em reunião extraordinária de 23 de junho o presidente da comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1, Dom Benedito Simão, bispo de Assis (SP), assinou um texto denunciando que, ao contrário das promessas feitas pela então candidata Dilma Rousseff de não promover o aborto no Brasil, o governo brasileiro vem aprovando medidas que poderiam resultar, na prática, na sua aprovação irrestrita.

Segundo recorda o texto da Comissão: “No dia 16 de outubro de 2010, a então candidata a Presidente da República, Dilma Rousseff, assinou uma carta de compromisso na qual afirmava: “Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto. Eleita Presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família”.

Entretanto, no mesmo mês de outubro de 2010, o Diário Oficial da União publicava a prorrogação, até fevereiro de 2011, do termo de cooperação Nº 137/2009, assinado alguns dias antes pelo governo Lula, criando no Ministério da Saúde um grupo de “estudo e pesquisa para despenalizar o aborto no Brasil e fortalecer o SUS”. Um novo termo de cooperação Nº 217/2010 foi publicado no Diário Oficial do dia 23/12/10 para criar um “grupo de estudo e pesquisa para estudar o aborto no Brasil e fortalecer o SUS”. Do nome do grupo foi retirado o termo “despenalizar”, mas os demais nomes e detalhes são os mesmos que favorecem a agenda abortista.

Este novo termo de cooperação foi prorrogado através de nova publicação no Diário Oficial de 22/12/11 e novamente prorrogado com publicação no Diário Oficial de 09/01/12 para vigorar até 30/08/12, já durante o governo Rousseff.

“Se a Presidente Dilma fosse coerente com o que escreveu na carta de 16 de outubro, logo eleita, acabaria com este grupo de estudo e pesquisa. Mas não foi isto que ela fez”, denuncia o texto.

A escolha de Eleonora Menicucci para o gabinete da Presidente Dilma também foi criticada.
“Em fevereiro deste ano, a Presidente Dilma designou a socióloga Eleonora Menicucci para Ministra da Secretaria de Políticas das Mulheres. A nova Ministra, que também integra o grupo de estudo sobre o aborto, fez apologia do mesmo, relatou ter-se submetido pessoalmente duas vezes a esta prática e afirmou que levaria para o governo sua militância pelos “direitos sexuais e reprodutivos das mulheres” como afirmou o Jornal A Folha de São Paulo em sua edição de 07-02-2012.

“As decisões e os atos de uma pessoa falam mais alto do que as palavras faladas ou escritas. Com a designação de Eleonora Menicucci como Ministra das Políticas para as Mulheres, a Presidente Dilma rasgou a carta de 16 de outubro de 2010, pois entrou em contradição com o compromisso assumido naquele documento”, assevera o texto da comissão em defesa da vida do regional Sul 1 que corresponde ao estado de São Paulo.

Talvez a denúncia mais grave do texto seria o fato que o governo brasileiro “estaria implantando, através do Ministério da Saúde, uma nova estratégia, desenvolvida pelos promotores internacionais do aborto, para difundir esta prática, burlando a lei sem, por enquanto, modificá-la”. Segundo esta estratégia, “o sistema de saúde passará a acolher as mulheres que desejam fazer aborto e as orientará sobre como usar corretamente os abortivos químicos, garantindo em seguida o atendimento hospitalar, e serão criados centros de aconselhamento para isso”.

Segundo declarações da Ministra Menicucci à imprensa orientar as mulheres às clínicas de aborto não constitui um delito, Para a ministra, “somente é crime praticar o próprio aborto”, “não é crime orientar uma mulher sobre como praticar o aborto”.

“Como coroamento de todo este trabalho de difusão da prática do aborto, mesmo deixando as leis como estão, o Correio Braziliense, do dia 9 de junho, noticia a possibilidade por parte do Ministério da Saúde de liberar para o público a venda de drogas abortivos, atualmente em uso somente nos hospitais”, denuncia ainda o texto assinado pelo bispo de Assis (SP).

“De fato, esta é a política da Presidente Dilma: incentivar e difundir o aborto, favorecendo os interesses de organismos internacionais que querem impor o controle demográfico aos países em desenvolvimento, mesmo se isto leva a Presidente a desrespeitar a vontade da maioria do povo brasileiro, que é contrária ao aborto, e a infringir as mais elementares regras da democracia”.

“Não queremos que a Presidente Dilma faça pronunciamentos por palavras ou por escrito, queremos fatos:
1. A demissão imediata da Ministra Eleonora Menicucci da Secretaria das Políticas para as Mulheres.
2. A demissão imediata do Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, que está coordenando a implantação das novas medidas a serem tomadas por esse Ministério.
3. O rompimento imediato dos convênios do Ministério da Saúde com o grupo de estudo e pesquisa sobre o aborto no Brasil”.

Assim conclui o texto da Comissão liderada por Dom Benedito Simão, quem na ocasião do 4º encontro das comissões diocesanas em defesa da vida do seu Regional, no dia 16 de junho deste ano, encorajou os presentes a seguirem lutando contra o aborto, já que toda vida nascente é a vida de um filho de Deus, “e Deus jamais nos aborta”.

Mulher de verdade: quem será?

Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (MS)

Ao tomar posse do governo no dia 1º de janeiro de 2003, uma das primeiras decisões tomadas pelo Presidente Lula foi sancionar a Medida Provisória 103 (convertida na Lei Nº 10.683/2003), criando a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. A iniciativa queria manifestar o compromisso que seu governo assumia na defesa e na promoção da mulher brasileira.

Infelizmente, nem todas as mulheres que ocuparam a Secretaria nesses anos corresponderam às expectativas da sociedade. Um exemplo, entre outros. No dia 10 de fevereiro de 2012, a Presidente Dilma confiou o cargo a Eleonora Menicucci, sua antiga colega de prisão. Poucos dias após a sua nomeação, a nova Ministra reafirmou sua posição a favor do aborto. E, através de uma entrevista concedida por ela em 2004, soube-se que fizera – e ajudara a fazer – vários abortos, transara com homens e mulheres e tinha uma filha lésbica, que engravidou por inseminação artificial.

Dom José Benedito Simão, bispo de Assis, foi uma das inúmeras pessoas que, em todo o Brasil, protestaram contra as afirmações da ex-guerrilheira: «Recebo com muita indignação as palavras da nova Ministra, cuja pasta tem uma grande responsabilidade em favor da vida da mulher. Ela é uma pessoa infeliz, mal-amada e irresponsável, mas ninguém precisa ficar sabendo. Ao invés de se posicionar na defesa da mulher e da vida, ela o fez a favor do homicídio, ao defender o aborto».

Muito diferente é o pensamento da Igreja quanto à dignidade e à presença da mulher na sociedade. Sua grandeza e sua missão se distanciam anos-luz da “plataforma” da Ministra Eleonora. São milhões as mulheres que optaram por uma emancipação feminina alicerçada em valores cristãos. Dentre as mais conhecidas e recentes – Madre Teresa, Ir. Dulce, Ir. Dorothy, Zilda Arns, etc. –, apresentamos o pensamento de Chiara Lubich: “O Papa Pio XII definiu a mulher como a obra-prima da criação. Mas a mulher será uma obra prima se realmente for mulher. Em seu ser mulher está a certeza de cada atributo seu.

A mulher é meiga, a mulher tem o coração palpitante de religiosidade, talvez porque, mais do que o homem, tem o sentido e a constância no sacrifício, na dor, na qual, em última análise, o Evangelho se concentra como último passo para o amor.
Como mãe, e mãe santa, ela é instrumento primeiro, benéfico, insubstituível, não só de ensinamentos retos, mas de união entre os corações dos filhos que, para compor uma sociedade eficaz e produtiva, sã e saneadora, amanhã, de nada melhor precisarão do que perpetuar nela a união fraterna, base de toda a paz duradoura.

A mulher deve ladear o marido em uma posição aparentemente secundária, mas é como a sombra de uma escultura que lhe confere relevo e vida. através dela, se for realmente mulher, depois esposa, e depois mãe, o homem conhecerá o seu limite ao lado de um anjo que lhe mostrará com a maternidade o que sabe operar o Senhor, o Criador, o Dispensador de todo o bem.
Em tempos como os atuais, saturados de ateísmo e de aniquilamento do espírito, a mulher, com seu natural instinto para Deus, com sua perene vocação para o amor, com sua perspicácia nas coisas e nos fatos, pela qual dá àquelas e a estes sabor e sentido, tem uma missão de primeira grandeza na renovação e recuperação da sociedade».

Com Chiara, concorda o Papa Bento XVI. Numa entrevista concedida ao jornalista Peter Seewald em 2010, ele assim se expressou: «Se se lança um olhar sobre a história da Igreja, percebe-se que o significado das mulheres – de Maria, passando por Mônica, até Madre Teresa – é de tal modo eminente que, em muitos aspectos, as mulheres definem o rosto da Igreja mais que os homens».

Amélia, a “mulher de verdade” cantada por Mário Lago e Ataulfo Alves no carnaval de 1941, é apresentada pelo dicionário Aurélio como a «mulher que aceita toda sorte de privações e vexames sem reclamar, por amor a seu homem». Para a Igreja, pelo contrário, mulher de verdade é aquela que enfrenta «toda sorte de privações e vexames» na defesa e na promoção dos valores que não deixam a humanidade perecer. É por isso que, com Santa Teresinha, ela pode repetir: «Na Igreja, eu quero ser o coração: é ele que faz com que os demais órgãos realizem as próprias tarefas».

Campanha levará à população realidade da dívida pública brasileira

Ainda pagamos a "divida" que só é amortizada

Para que o povo brasileiro saiba a verdade sobre a dívida pública de seu país, o Jubileu Sul Brasil, unido a organizações, movimentos sociais, sindicatos e fóruns está construindo a campanha “A Dívida não acabou! Você paga por ela. Auditoria Já!” com a intenção de conscientizar e esclarecer. A iniciativa ainda está em fase de planejamento, mas em breve deverá promover um debate sobre a necessidade de renegociação e auditoria da dívida.

De acordo com Rosilene Wansetto, do Jubileu Sul Brasil e da equipe de preparação da Campanha, a iniciativa mostrará que apesar da ampla divulgação na mídia de que a dívida não é mais um problema para o Brasil, a verdade é que a população continua pagando, por meio dos altos impostos, um montante que cresce a cada ano e é pago com dinheiro que poderia ser aplicado na saúde e educação.

“A intenção da campanha é mostrar à sociedade, movimentos e organizações que a dívida do Brasil não foi paga, mas que na verdade ela é amortizada a cada período. Em 2009, foram gastos R$   380 bilhões em amortizações e juros da dívida pública, o equivalente a 35,57% do orçamento da União. Em 2011, 50% do orçamento do país será destinado para o pagamento da dívida”, denuncia.

Segundo dados do Jubileu Sul Brasil, neste ano o orçamento da união sofrerá com cortes de aproximadamente R$   30 bilhões. De modo que ficam comprometidos os investimentos sociais em transporte, reforma agrária, saneamento, moradia, saúde e educação. Outras problemáticas geradas pelo pagamento indiscriminado da dívida são o congelamento do salário de servidores públicos e o aumento pouco relevante do salário mínimo.

Hoje, a dívida pública federal (interna somada à externa) brasileira ultrapassa os dois trilhão de reais. Diante disso, como dizer que este não é mais um problema que atormenta o Brasil? Segundo Rosilene, a população precisa saber a verdade e o Governo precisa escutar os que lutam pela auditoria para juntos encontrarem soluções.

“Não queremos ficar apenas reclamando do governo. Queremos recolocar o debate sobre a dívida pública, mostrar que ela é um problema e pensar alternativas junto com a sociedade. Nossa intenção é colaborar com o governo brasileiro para que a dívida seja negociada e auditada”, revela Rosilene.

Construção da campanha

Nos próximos 21 e 22, o Jubileu Sul Brasil se reunirá com organizações populares, movimentos sociais, sindicatos, pastorais e fóruns para pensar estratégias para a campanha. A partir da agenda de cada organização será decidido como trabalhar com a mídia, como divulgar a campanha e como enfrentar os desafios que deverão se mostrar durante a luta pela renegociação e auditoria da dívida.

“Vamos juntar forças e mostrar para a população o que está acontecendo. Temos que desmascarar a dívida e denunciar que ela está sendo usada como mecanismo de especulação. Estas informações devem ser de domínio público e podem favorecer a mobilização social em favor dos necessários investimentos sociais”, convida o Jubileu Sul Brasil.

Fonte CONIC

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