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Ex-maçom fala sobre a relação da maçonaria e o demônio

O católico nunca pode ser um maçom.
O católico nunca pode ser um maçom.

(ACI).| Serge Abad-Gallardo foi membro da maçonaria durante mais de 25 anos, chegou a ser mestre de 14º grau. Depois de uma peregrinação ao Santuário de Lourdes tudo mudou e começou seu caminho de conversão, que logo o levou a escrever um livro. Na entrevista ao grupo ACI ele explica também a relação que existe entre o demônio e a organização.

“Fiz parte da maçonaria e pensei que tinha que escrevê-lo primeiro para me entender mais e depois para contar às pessoas. Cada pessoa tem a liberdade para fazer o que ela quiser, mas na maçonaria não se fala francamente”, relata o autor do livro “Por que deixei de ser maçom”, editado apenas em espanhol.

Católico e Maçom: isso pode?

“Através do meu livro quero demonstrar que o catolicismo e a maçonaria não podem ser praticados juntos”, explica o ex-maçom.

Serge é arquiteto e entrou na loja maçônica através um amigo, tentando encontrar nela as respostas às perguntas mais profundas do homem.

“Eu não pensava deixar a maçonaria. Tive alguns problemas sérios na minha vida e me perguntava qual a resposta que a maçonaria poderia me dar a esses problemas, porém não encontrei nenhuma resposta. Entretanto no caminho com Cristo sim as encontrei”, afirmou.

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A Maçonaria segundo um ex-maçom

Postado no blog Frates in Unum

Entrevista concedida por ocasião da excomunhão do Pe. Pascal Venzin (França), que se descobriu ser maçom. Maurice Cailet, ex-membro do Grande Oriente da França recorda…tudo o que separa a Maçonaria do Cristianismo

Por Religión en Libertad * | O testemunho de Maurice Cailet, “Eu Fui Maçon”, já deu a volta ao mundo em dez idiomas.

Médico agnóstico, foi iniciado no Grande Oriente da França, desfrutou os privilégios da fraternidade e da ajuda mútua entre seus membros até que comprovou que esta fraternidade estava acima da justiça e depois começou a se tornar incômodo para a sociedade secreta. No fim do caminho, lhe esperava a Santíssima Virgem em Lourdes.

Pedimos a Cailet uma avaliação sobre aquilo que, nos diz, é um “escândalo” na Igreja Francesa: a pertença à Maçonaria do pároco de Megève (diocese de Annecy, em Alta Saboya, próximo da Suíça). O Pe. Pascal Venzin teve que ser afastado de suas funções e ser excomungado, diante de sua negativa de abandonar a organização. Jose Gulino, Grande Mestre do Grande Oriente da França e porta-voz dos sentimentos do padre (“ele não entende”) considera “um retorno ao obscurantismo que já não tem razão de ser na república. Desejo que a Igreja evolua. É possível ser sacerdote e maçom. Não compreender isto, supõe voltar à Idade Média”.

Porém, Cailet opina de outra forma:

“Como ex-francomaçom do Grande Oriente da França por 15 anos e depois convertido repentinamente em Lourdes, estou surpreendido e indignado que um sacerdote católico pôde vir a aderir à mesma obediência que eu”.

Por que esta indignação?

“É uma prova de desobediência porque ele não podia ignorar a decisão da Congregação para a Doutrina da Fé de Nov/1983, que priva da Santa Comunhão os católicos que aderem à Maçonaria“.

Se trata apenas de uma questão disciplinar?

“Particularmente é absurdo e filosoficamente contraditório conciliar a Fé católica e a filosofia maçônica.”

O que as separa?

“O Cristianismo anuncia a Verdade, Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, morto e resuscitado por nosso pecados, A Maçonaria especulativa, fundada em 1717 a mando do herege Newton, repousa sobre mitos e fábulas como a de Hiram, nega todo fenômeno sobrenatural e prega o relativismo”.

Porém não se apresenta assim…

“Suas doutrinas são secretas e reservadas aos iniciados, que se situam a si mesmos orgulhosamente acima dos profanos. Pretendem revelar aos iniciados uma sedizente ‘Tradição Primordial’ anterior ao Cristianismo, para levar-lhes “a Luz”. É, portanto, uma organização elitista, enquanto Jesus se dirige a todos, principalmente aos humildes e aos pequenos”.

Os maçons crêem em Deus?

“Alguns maçons, de algumas obediências admitem a existência de um Grande Arquiteto do Universo, criador impessoal do cosmos, porém não reconhecem a Jesus como Deus.”

E na vida após a morte?

“Os maçons acreditam que após a morte vão ao Oriente Eterno, porém não tem nenhuma esperança no Paraíso. Nem levam em conta a Graça de Deus nem esperam nada de Deus.”

Por que combatem a Igreja?

“Oficialmente exibem uma tolerância a todas as religiões, mas, na realidade, perseguem a destruição do Papado e a abolição dos princípios da moral judaico-cristã.”

Em todas essas batalhas atuais são vistos em posição contrária a Igreja Católica…

“Pregam o hedonismo, isto é, a satisfação de todos os desejos e todos os prazeres. Por isto estão na origem de Leis sobre a anticoncepção, o aborto, o divórcio, o casamento homossexual, a eutanásia, a despenalização das drogas chamadas brandas“…

E seu lema: liberdade, igualdade, fraternidade?

“Todos seus princípios são desviados na verdade: é a liberdade sem limites, a desigualdade entre iniciados e profanos e entre os 33 graus bem diferenciados [na hierarquia maçônica], e a fraternidade… apenas entre maçons! inclusive com risco para suas vidas.”

Existe culto demoníaco?

“Nos graus mais altos se rende culto a Lúcifer. Porém, desdo os primeiros graus, um católico -e com maior razão um sacerdote- deveria reconhecer as paródias da religião e a prática de ritos animistas.

Como explicar então o caso do Pe. Pascal Vensin e outros?

“Somente a ingenuidade ou a ambição podem cegar aqueles que entram no círculo fechado dos iniciados. O único benefício é a ajuda incondicional entre “irmãos” e ter à sua disposição uma boa agenda de endereços. Porém, em troca… se perde a alma.

* Nosso agradecimento ao leitor João por fornecer sua tradução

Bispo retira sacerdote que não quis abandonar maçonaria na França

Sacerdote Pascal Vesin

(ACI/EWTN Noticias).- O Bispo de Annecy (França), Dom Yves Boivineau, retirou do seu cargo como pároco da Paróquia Montjoie Arly-Sainte-Anne ao sacerdote Pascal Vesin, ao recusar renunciar à loja maçônica a que também pertence desde 2001.

A Igreja sempre condenou a maçonaria. Já no século XVIII os Papas o fizeram com muito mais força, e no XIX persistiram nisso. No Código de Direito Canônico de 1917 se excomungava aos católicos que dessem seu nome à maçonaria.

No Código de Direito Canônico de 1983 a menção explícita da maçonaria e a conseguinte excomunhão desapareceram, confundindo a alguns. Entretanto, o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bispo emérito de Roma Bento XVI, esclareceu em uma publicação que os princípios da maçonaria continuam sendo incompatíveis com a doutrina da Igreja, e que os fiéis que pertençam a associações maçônicas não podem acessar à Sagrada Comunhão.

Conforme explicou a Diocese de Annecy em um comunicado publicado em 26 de maio, “em razão da sua ativa participação em uma loja maçônica”, o Pe. Vesin “foi afastado do seu cargo pelo Bispo Yves Boivineau, Bispo de Annecy, a pedido de Roma”.

A diocese francesa sublinhou que “apesar da incompatibilidade dos princípios, em termos de fé e seus requerimentos morais, o sacerdote em questão, pároco na diocese de Annecy, é um membro da Grande Loja Maçônica do Oriente da França desde 2001”.

O Bispo foi informado do caso por uma carta anônima em 2010, recorda o comunicado, entretanto, ao interrogar o sacerdote, este inicialmente o negou.

No ano seguinte, o Bispo solicitou ao Pe. Vesin “abandonar a Maçonaria para continuar seu ministério sacerdotal”, entretanto, “a pessoa, optando pela ‘absoluta liberdade de consciência’, como se diz, assinalou que sua intenção é viver na membresia dual”.

Com o consentimento do Vaticano, Dom Boivineau iniciou um diálogo com o sacerdote para resolver o assunto, e “desde o início, o Padre Vesin foi claramente informado da sanção”.

“Ainda assim, ele decidiu não renunciar à Maçonaria”, assinalou a diocese francesa.

“Em março passado, interveio a decisão da Congregação para a Doutrina da Fé”, mas “o Padre Vesin reiterou seu desejo de permanecer dentro da maçonaria”.

Ante sua persistência nesta decisão, “o Bispo lhe notificou as consequências de sua eleição”.

Apesar desta última decisão, advertiu a diocese francesa, “nada está fechado, pois de acordo à vontade do Bispo sua sanção, chamada ‘medicina’, pode ser retirada” e fica de poder “do Padre Pascal Vesin manifestar claramente sua decisão de retornar à Igreja”.

“A misericórdia vai com a verdade”, concluiu o comunicado.

O que a Igreja pensa sobre a maçonaria

Bispo emérito de Itabira/Fabriciano

Esta carta foi escrita por Dom Lélis Lara e divulgada no site da paróquia Sagrado Coração De Jesus de Ipatinga. O texto ajuda, a nós católicos ou não, a compreender qual a visão da Igreja sobre esta organização tão polêmica.

Leia na integra o texto de Dom Lara:

DOM LÉLIS LARA

Coronel Fabriciano, 21 de novembro de 2004.

Prezados leitores:

Tenho recebido muitas consultas sobre Maçonaria, por exemplo, se um católico pode se inscrever na Maçonaria, se um maçom pode comungar e outras.

Achei oportuno escrever este artigo sobre a matéria, imaginando que muitas pessoas também tenham as mesmas dúvidas e queiram se esclarecer. Para muitos a Maçonaria é uma entidade filantrópica, semelhante a um clube de serviço como Rotary e o Lions. Para esses poderia parecer implicância da Igreja Católica vetar aos seus fiéis o ingresso na Maçonaria.

Na realidade a Maçonaria não é mera entidade filantrópica. Ela se apresenta também como instituição com princípios filosófico-religiosos.

Por diversas vezes, ao longo dos séculos, a Igreja católica condenou a maçonaria.. Nunca ficaram muito claras as razões aduzidas para essas condenações. Podemos talvez dizer que a Igreja condenava a Maçonaria por ser sociedade suspeita de heresia e de maquinar contra os poderes instituídos e contra a própria Igreja.

Com essa última conotação foi introduzida no antigo Código de Direito Canônico uma pena de excomunhão para os que ingressarem na Maçonaria.

Ficou claro para a igreja hoje que a Maçonaria é uma entidade com princípios filosófico-religiosos inconciliáveis com a doutrina cristã. Já não se considera o aspecto de “maquinação contra a igreja “. O novo Código de Direito Canônico não faz nenhuma referência à Maçonaria.

O Episcopado alemão, após seis anos de estudos, concluiu pela inconciliabilidade entre a igreja Católica e Maçonaria, pelos seguintes motivos:

a) o relativismo e o subjetivismo são convicções fundamentais na visão que os maçons têm do mundo;

b) o conceito maçônico da verdade nega a possibilidade de um conhecimento objetivo da verdade;

e) o conceito maçônico da religião é relativista: todas as religiões seriam tentativas, entre si competitivas, de anunciar a verdade divina, a qual, em última análise, seria inatingível. Tal conceito de religião implica uma visão relativista, que não pode conciliar-se com a convicção cristã; o conceito maçônico de Deus (Grande Arquiteto do Universo) é uma concepção marcadamente deísta: um “ser” neutro, indefinido e aberto a toda compreensão possível e impessoal, minando o conceito de Deus dos católicos e da resposta ao Deus que os interpela como Pai e Senhor;

e) a visão maçônica de Deus não permite pensar numa revelação de Deus, como se dá na fé e na tradição de todos os cristãos;

f) a idéia maçônica de tolerância deriva de seu relativismo com relação à verdade. Semelhante conceito abala a atitude do católico na sua fidelidade à fé e no reconhecimento do magistério da Igreja;

g) a prática ritual maçônica manifesta, nas palavras e nos símbolos, um caráter semelhante ao dos sacramentos, como se, sob aquelas atividades simbólicas, se produzisse algo que objetivamente transformasse o homem;

h) o conceito maçônico acerca do aperfeiçoamento ético do homem é absolutizado e de tal modo desligado da graça divina, que já não resta espaço algum para a justificação do homem, segundo o conceito cristão;

i) a espiritualidade maçônica pede a seus adeptos uma tal e exclusiva adesão para a vida e para a morte, que já não deixa lugar à ação específica e santificadora da igreja. Esta fica, de fato, sobrando.

No dia 26 de novembro de 1983, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, deu uma declaração, reafirmando o “parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas “. Quem der o seu nome à Maçonaria, diz a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, está em pecado mortal. “Teria sido mais exato dizer que pratica uma transgressão objetivamente grave”

(Pe. Jesús Hortal, Nota ao cân. 1.374 do Código de Direito Canônico).

Outras denominações cristãs aos poucos vão chegando à mesma conclusão que

a Igreja Católica. Entre outros, citamos a igreja Anglicana da inglaterra, a Igreja Metodista da Inglaterra, a Igreja Presbiteriana da Escócia, a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.

Como devemos agir na prática pastoral?

Parece-me que, de modo geral, em nossa região, a Maçonaria é considerada como uma espécie de clube de serviço, mais ou menos à semelhança do Rotary Club e Lions Club. Muitos de nossos fiéis, mesmo agentes de pastoral e outros bem engajados e participantes, são membros da Maçonaria. Estes dizem que não estão percebendo nada que contrarie a doutrina católica. Caso percebam contradições entre princípios da Maçonaria e doutrina da igreja Católica, devem fazer sua opção. Se, neste caso, optarem pela Maçonaria, já não serão católicos.

Se alguém nos consultar sobre se pode aceitar o convite para ingressar na Maçonaria, creio que devemos dissuadi-lo de aceitar tal convite, porque não há razões que justificam o ingresso de um católico na Maçonaria.

Com o abraço fraterno, Dom Lelis Lara, CSsR

por Marquione Ban

imagem da Internet

Fonte Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Ipatinga