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O CRM defende o aborto até os três meses de vida. Seria essa a função do médico?

 

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A mídia essa semana está mal repercutindo a decisão do CRM – Conselho regional de Medicina – que defende o aborto em várias situações e também por opção da mulher. Quando digo mal repercutindo, me refiro a ausência de matérias e opiniões mostrando que mais de 80% do brasileiros são contra. É valido lembrar ainda, qual a missão do médico. Eles juram defender a vida e essa decisão é totalmente descabida ao seu juramento.

Apoiar o aborto é apoiar o mal. Irmãos, rezem a Deus Pai que nos proteja dessa insanidade. Deste mal que assola nos crianças. A vida se dá no momento em que o óvulo é fecundado e não depois de três meses. Peçamos a Cristo, que dará sua vida pós nós nesta Sexta-feira Santa, que nos ensine a defender a vida de nossas crianças. Digam não ao aborto.

6º DOR DE NOSSA SENHORA: Uma lança atravessa o coração de Jesus

 Introdução

Com a alma imersa na mais profunda dor, Maria viu Longinus transpassar o coração de seu Filho, sem poder dizer uma palavra! Derramou muitas lágrimas… Só Deus pode compreender o martírio desta hora, na alma e no coração!

Depois depositaram Jesus em seus braços, não cândido e belo comoem Belém… Mortoe chagado, parecendo mais um leproso do que aquele adorável e encantador menino, que tantas vezes apertara ao seu coração!

Se Maria tanto sofreu, não será ela capaz de compreender os nossos sofrimentos? Por que, então, não recorramos a Maria com mais confiança, ela que tem tanto valor diante do Altíssimo?

Por muito ter sofrido aos pés da cruz, muito lhe foi dado! Se não tivesse sofrido tanto, não teria recebido os tesouros do Paraíso em suas mãos.

A dor de ver transpassar o Coração de Jesus com a lança, conferiu a Maria o poder de introduzir, em seu amável Coração, a todos aqueles que a ele recorrerem. Corramos todos a Maria, porque ela pode nos colocar dentro do Coração Santíssimo de Jesus Crucificado, morada de amor e de eterna felicidade!

O sofrimento é sempre um bem para a alma. Regozijemo-nos, pois, com Maria, que foi a segunda mártir do Calvário! Sua alma e seu coração participaram dos suplícios do Salvador, conforme a vontade do Altíssimo, para reparar o pecado da primeira mulher! Jesus foi o novo Adão e Maria a nova Eva, livrando assim a humanidade do cativeiro no qual se achava presa.

Para correspondemos, porém, a tanto amor, sejamos muito confiantes em Maria, não nos afligindo nas contrariedades da vida; ao contrário, confiemos todos os nossos receios e dores a Ela, que saberá dar em abundância os tesouros do Coração de Jesus!

Não nos esqueçamos de meditar esta imensa dor, quando nossa cruz estiver pesada. Nela encontraremos força para sofrer por amor a Jesus que sofreu na Cruz a mais infame das mortes.

Maria Santíssima sempre demonstrou especial solicitude para com os sofredores. Esta afirmação é confirmada por inúmeras pessoas que, sobretudo na hora da doença, acorrem aos Santuários Marianos para invocar a Mãe do Salvador. No aconchego de seus braços maternos, elas recobram a força para lutar e se sentem consolados.

Evangelho Mt 27,57-61

 57.À tardinha, um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus,58.foi procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos cedeu-o.59.José tomou o corpo, envolveu-o num lençol branco60.e o depositou num sepulcro novo, que tinha mandado talhar para si na rocha. Depois rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro e foi-se embora.61.Maria Madalena e a outra Maria ficaram lá, sentadas defronte do túmulo.

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Oração Inicial

Virgem dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores particulares, graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Dai-nos a saúde do corpo para que possamos cumprir nossos deveres com ânimo e alegria, e com a mesma disposição sirvamos a vosso Filho Jesus.   Por N. S. J. C.  –  AMÉM.

Hoje é dia de São João Evangelista, o discipulo amado

São João EvangelistaO nome deste evangelista significa: “Deus é misericordioso”:uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.

Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como “o discípulo que Jesus amava”. O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: “Filho, eis aí a tua mãe” e, olhando para Maria disse: “Mulher, eis aí o teu filho”. (Jo 19,26s).

Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa “filho do trovão”.

João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.

O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.

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Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.

Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.

Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).

Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.

São João Evangelista, rogai por nós!

Mulher de verdade: quem será?

Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (MS)

Ao tomar posse do governo no dia 1º de janeiro de 2003, uma das primeiras decisões tomadas pelo Presidente Lula foi sancionar a Medida Provisória 103 (convertida na Lei Nº 10.683/2003), criando a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. A iniciativa queria manifestar o compromisso que seu governo assumia na defesa e na promoção da mulher brasileira.

Infelizmente, nem todas as mulheres que ocuparam a Secretaria nesses anos corresponderam às expectativas da sociedade. Um exemplo, entre outros. No dia 10 de fevereiro de 2012, a Presidente Dilma confiou o cargo a Eleonora Menicucci, sua antiga colega de prisão. Poucos dias após a sua nomeação, a nova Ministra reafirmou sua posição a favor do aborto. E, através de uma entrevista concedida por ela em 2004, soube-se que fizera – e ajudara a fazer – vários abortos, transara com homens e mulheres e tinha uma filha lésbica, que engravidou por inseminação artificial.

Dom José Benedito Simão, bispo de Assis, foi uma das inúmeras pessoas que, em todo o Brasil, protestaram contra as afirmações da ex-guerrilheira: «Recebo com muita indignação as palavras da nova Ministra, cuja pasta tem uma grande responsabilidade em favor da vida da mulher. Ela é uma pessoa infeliz, mal-amada e irresponsável, mas ninguém precisa ficar sabendo. Ao invés de se posicionar na defesa da mulher e da vida, ela o fez a favor do homicídio, ao defender o aborto».

Muito diferente é o pensamento da Igreja quanto à dignidade e à presença da mulher na sociedade. Sua grandeza e sua missão se distanciam anos-luz da “plataforma” da Ministra Eleonora. São milhões as mulheres que optaram por uma emancipação feminina alicerçada em valores cristãos. Dentre as mais conhecidas e recentes – Madre Teresa, Ir. Dulce, Ir. Dorothy, Zilda Arns, etc. –, apresentamos o pensamento de Chiara Lubich: “O Papa Pio XII definiu a mulher como a obra-prima da criação. Mas a mulher será uma obra prima se realmente for mulher. Em seu ser mulher está a certeza de cada atributo seu.

A mulher é meiga, a mulher tem o coração palpitante de religiosidade, talvez porque, mais do que o homem, tem o sentido e a constância no sacrifício, na dor, na qual, em última análise, o Evangelho se concentra como último passo para o amor.
Como mãe, e mãe santa, ela é instrumento primeiro, benéfico, insubstituível, não só de ensinamentos retos, mas de união entre os corações dos filhos que, para compor uma sociedade eficaz e produtiva, sã e saneadora, amanhã, de nada melhor precisarão do que perpetuar nela a união fraterna, base de toda a paz duradoura.

A mulher deve ladear o marido em uma posição aparentemente secundária, mas é como a sombra de uma escultura que lhe confere relevo e vida. através dela, se for realmente mulher, depois esposa, e depois mãe, o homem conhecerá o seu limite ao lado de um anjo que lhe mostrará com a maternidade o que sabe operar o Senhor, o Criador, o Dispensador de todo o bem.
Em tempos como os atuais, saturados de ateísmo e de aniquilamento do espírito, a mulher, com seu natural instinto para Deus, com sua perene vocação para o amor, com sua perspicácia nas coisas e nos fatos, pela qual dá àquelas e a estes sabor e sentido, tem uma missão de primeira grandeza na renovação e recuperação da sociedade».

Com Chiara, concorda o Papa Bento XVI. Numa entrevista concedida ao jornalista Peter Seewald em 2010, ele assim se expressou: «Se se lança um olhar sobre a história da Igreja, percebe-se que o significado das mulheres – de Maria, passando por Mônica, até Madre Teresa – é de tal modo eminente que, em muitos aspectos, as mulheres definem o rosto da Igreja mais que os homens».

Amélia, a “mulher de verdade” cantada por Mário Lago e Ataulfo Alves no carnaval de 1941, é apresentada pelo dicionário Aurélio como a «mulher que aceita toda sorte de privações e vexames sem reclamar, por amor a seu homem». Para a Igreja, pelo contrário, mulher de verdade é aquela que enfrenta «toda sorte de privações e vexames» na defesa e na promoção dos valores que não deixam a humanidade perecer. É por isso que, com Santa Teresinha, ela pode repetir: «Na Igreja, eu quero ser o coração: é ele que faz com que os demais órgãos realizem as próprias tarefas».

Campanha vai mapear violência contra mulheres na internet

A Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC, a sigla em inglês) e a rede global APC Woman promovem a campanha “Dominemos a tecnologia”, voltada ao combate da violência via internet contra mulheres e crianças.
A campanha iniciou na sexta-feira, 25, Dia Internacional de Combate da Violência contra as Mulheres, e se estenderá até o Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro. Durante os 16 dias a campanha pretende mapear e construir evidência de violência com uso da tecnologia na área da informação contra mulheres e meninas.
Além da internet, a campanha também vai mapear ações de violência contra mulheres em telefones móveis ou no uso de outras tecnologias. Quem tem interesse em participar do mapeamento das violências pode acessar www.takebackthetech.net/mapit

Sexo oposto ou diferente?

Dom Aloísio Roque Oppermann scj

Arcebispo de Uberaba – MG

A convivência entre os dois sexos tem lances dinâmicos, jamais encerrados. “Deus criou o homem à sua imagem. Homem e mulher Ele os criou” (Gen 1, 27). A busca da convivência harmoniosa precisa de ajustamentos periódicos. Os dois devem fugir da tendência de azedar as relações recíprocas, provindas, não tanto da rotina destruidora. A origem de eventuais curtos circuitos parte do fato fundamental de que  os dois tem  leituras diferenciadas do mundo, da religiosidade, da convivência e do futuro. O difícil está em descobrir sempre de novo que as diferenças devem ser complementares.  Devem até ser desejadas. Vive la différence, dizem os franceses. A tendência natural do homem é radicalizar o seu ponto de vista, e  querer um pensamento único. A mulher, que encerra em si o segredo da vida, tem outra maneira de pensar. Mas também ela tem inclinação a relativizar  as idéias e a prática do companheiro. Na vontade do Criador, tudo está envolto num paradoxo. Quase diria, numa falta de lógica. O varão só pode ser feliz, em plenitude, quando procura  a felicidade da mulher. E esta, se quer se sentir realizada, deve pensar em ver a alegria estampada no rosto do homem.  Ele se torna homem, pela mulher. E ela só toma consciência de ser mulher, pela presença do homem. (Neste espaço nada direi sobre um eventual terceiro ou quarto sexo).

Nos tempos atuais, como andam os acordos, as rusgas, e os sentimentos de feliz convivência entre os dois sexos? Estamos ainda envoltos nos últimos lances dessa luta histórica, da conquista dos direitos da mulher. O feminismo lutou e alcançou valores de grande importância. Mas também singrou em mares revoltos do menosprezo pela vida, e pelos equívocos do desdém pelo varão, como ser repleto de defeitos. Hoje as mulheres já mostram mais capacidade de auto-crítica. Parece que o bom senso, provindo da sabedoria do Criador, faz ambos descobrir que não existe o sexo oposto, mas o sexo diferente. Por serem desiguais, se completam. Isso mostra que a harmonia que o Criador quis imprimir entre os dois, é possível. Isso quando existe vontade de ajustamento. “Confia teus caminhos ao Senhor” (Sl 37, 5). Você acha isso possível?

Lei Maria da penha em questão

Dom Sergio da Rocha

Arcebispo de Teresina – PI

A violência contra a mulher perdura no cotidiano das famílias e da sociedade brasileira, apesar dos esforços para combatê-la. Infelizmente, a situação continua grave conforme as estatísticas que revelam que o Brasil ocupa a 12ª posição no ranking mundial de homicídios femininos, com uma média de dez mulheres assassinadas por dia, segundo dados referentes ao período de 1997 a 2007. A Lei Maria da Penha, sancionada pelo Presidente da República no dia 07 de agosto de 2006, tem se revelado valioso instrumento para a superação do quadro de violência e morte que tem vitimado as mulheres. Entretanto, há quem pretenda fazer alterações que diminuiriam a sua eficácia e representariam um retrocesso na sua aplicação.  A preocupação a respeito chegou à sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, na recente visita da ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Política para as Mulheres, da Presidência da República. O assunto é grave e pode servir de oportunidade para a divulgação e o conhecimento da lei, para a sua devida implementação, assim como, para uma conscientização maior a respeito da dignidade das mulheres. A CNBB publicou nota datada do último dia 22 de março manifestando preocupação com “as interpretações restritivas e as tentativas de revisão dos artigos 16 e 41 da lei” e manifestando “apoio à mobilização nacional em defesa da Lei Maria da Penha”. Afirma a nota que as restrições pretendidas acarretariam “menor punição aos agressores, aumento do arquivamento dos processos, desestímulo das mulheres em denunciar e exigir prosseguimento das investigações”. Não se pode perder o que foi conquistado; ao contrário, é preciso avançar, assegurando os mecanismos nela previstos de modo a evitar a violência contra a mulher ou garantir que as mulheres vítimas da violência tenham sua vida e direitos garantidos. Tal tarefa necessita da ação decidida dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, aos quais cabe “cuidar pela manutenção da lei tal como aprovada, não permitindo nenhum tipo de retrocesso ou omissão”.

A comum dignidade entre homem e mulher está afirmada no relato bíblico da Criação, segundo o qual Deus criou o homem e a mulher “à sua imagem e semelhança” (Gn 1,27).  Portanto, a dignidade da mulher está enraizada na própria natureza da pessoa humana, dom do Criador. Embora a dignidade da mulher não seja resultado de concessão social, é preciso assegurá-la por dispositivos legais, políticas públicas e pela ação das autoridades constituídas. É inegável o crescimento do papel da mulher nos diversos âmbitos da sociedade, mas resta muito a fazer na defesa e promoção da sua vida e dignidade. Segundo a nota da CNBB, “a Igreja, comprometida na defesa dos Direitos Humanos, manifesta-se, mais uma vez, a favor do respeito à dignidade da mulher, incentiva os esforços de instituições e da sociedade na luta pela superação de todo e qualquer tipo de violência, possibilitando a construção de uma cultura de paz no ambiente familiar e social”.

Entretanto, por mais importante e necessária que seja a preocupação com a situação específica da violência contra as mulheres, ela não poderá ser desligada da busca de superação de toda e qualquer forma de violência e da construção de uma sociedade edificada sobre a justiça social e a paz. A violência contra a mulher é uma faceta da violência disseminada na sociedade e alimentada pelo atual contexto sócio-cultural que tende a banalizar a vida, a tolerar o machismo e a conviver passivamente com injustiças sociais gritantes. Não se pode achar que é normal viver em meio a injustiças e violências, perpetuando as agressões contra as mulheres, especialmente, a violência oculta nas casas sob o silêncio amedrontado de corações e corpos feridos, ou permitindo a ocorrência de outras formas de violência que atingem tantas crianças, adolescentes, jovens e idosos. Para tanto, é fundamental criar uma nova cultura de paz, alicerçada sobre a justiça, o direito inviolável à vida e a dignidade de cada pessoa humana. Nesta tarefa urgente, a luz da fé cristã pode iluminar bastante o caminho a seguir e motivar homens e mulheres cristãos a participar dela com responsabilidade.

(Publicado no jornal Diário do Povo, Teresina, 27/03/2011)

Catolicismo: a única religião religião monoteísta a venerar um mulher

Dentro das religiões monoteístas, o catolicismo é a única que presta reverência a uma mulher tendo esta um papel fundamental. “A grande fé cristã se resume nessa formula: Jesus Cristo nasceu e ressuscitou para a nossa salvação, mas Ele entra no mundo através de uma mulher: Maria”. É o que explica o antropólogo e doutor em teologia, professor Lino Rampazzo.

Segundo o teólogo, a Virgem Maria tem um papel determinante na Bíblia. No Novo Testamento e nos Atos dos Apóstolos, explica o professor, ela aparece poucas vezes, mas em momentos fundamentais: anunciação, nascimento de Cristo, primeiro milagre nas Bodas de Caná, aos pés da cruz e no nascimento da Igreja, no Pentecostes.

O estudioso destaca ainda é Maria a mulher que mostra os cumprimentos das palavras do Antigo Testamento, exemplo de fé e obediência: Ela  reza os Salmos, cumpres os preceitos religiosos levando o menino Jesus ao Templo, e ao mesmo tempo é aquela que acolhe e medida as palavras de Cristo em seu coração.

Por meio dos quatro dogmas – virgindade, imaculada conceição, maternidade divina e assunção ao Céu – a Igreja Católica apresenta essa mulher extraordinária que é Maria, enfatiza o teólogo, e todos esses dogmas leva a Cristo. “Ao mesmo tempo que Deus é quem dá a Salvação Ele pede a  colaboração humana, pedindo a Maria sua colaboração, e ela se mostra disposta e acredita. E tudo isso nos vem pelas mãos de uma mulher”, afirma.

E dizer que Maria é a mãe de Deus, para o professor, é a forma mais fácil de entender que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem: “Virgem mãe filha do seu Filho”.

A  visão de Maria assunta no céu mostra aos cristãos que a meta de todos não está na vida presente, como ressalta o professor, ao afirmar também que ela é aquela que participou primeiramente da salvação de Cristo, por meio dessa assunção.

“Não podemos dizer que falar de Maria nos afasta de Cristo porque tudo que é grande em Maria tem seu fundamento em Cristo”, destaca  Lino Rampazzo.

As mulheres da Bíblia

O doutor em teologia salienta também a forte presenta feminina na Bíblia, lembrando as mulher que acompanhava Jesus e os apóstolos. “No momento mais difícil quando Jesus dá seu supremo testemunho na cruz há somente um homem presente e todas as outras eram mulheres. E no dia da ressurreição são as mulheres que vão no túmulo de Jesus”, elucida o professor.

Santo Ambrósio, por exemplo, define a importância de Maria Madalena chamando-a de “apóstola dos apóstolos”, justamente porque é ela quem anunciou a ressurreição aos discípulos.

As grandes mulheres da Igreja

Já no Livro do Gênesis, quando é explicada a criação da humanidade, Deus mostra o papel do homem e da mulher. “Dizer que mulher saiu da costela do homem, significa mostrar que ela não está acima ou abaixo, mas ao lado, a mulher é a companheira do homem, ela o completa. O homem não conseguiria traduzir todos os dons da humanidade se não colocasse a mulher ao seus lado”, enfatiza o teólogo.

Para Lino Rampazza, a mulher é o coração da sociedade e o seu maior dom é a afetividade; sem ela a sociedade seria fria e não perceberia todos os aspectos da realidade.

“Se olharmos as figuras dos grande homens, vemos ao seu lado a figura de uma mulher. Muitas vezes é uma mãe, esposa, uma filha, uma figura de uma mulher que o fez entender e agir melhor na sociedade”, destaca.

No decorrer dos séculos, as mulheres desempenham papéis de grande importância e notoriedade na Igreja e na sociedade. Entre elas, destacam-se as doutoras da Igreja Santa Catarina de Sena, Santa Teresinha do Menino Jesus e Santa Teresa d’Ávila – , as grandes santas como Santa Clara de Assis, Santas Perpétua e Felicidade, as mártires Santa Águeda e Santa Luzia, e as grandes mulheres católicas do século XX como Madre Teresa de Calcutáe Chiara Lubich.

Fonte Canção Nova

Imagem canção Nova