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Papa pede insistentes orações pela paz no Oriente Médio

000_par7908212-1(ACI).- Rezar nunca é em vão: disse o Papa Francisco após a oração mariana do Angelus, este domingo, ocasião em que fez mais um apelo pelo fim do conflito no Oriente Médio, pedindo que todos continuem rezando com insistência pela paz na Terra Santa.

Referindo-se ao encontro de 8 de junho passado com o Patriarca Bartolomeu, o Presidente Peres e o Presidente Mahmoud Abbas, “alguém poderia pensar que este encontro se realizou em vão”, disse o Papa.

Ao invés não, porque a oração nos ajuda a não nos deixar vencer pelo mal nem nos resignar ao fato de que a violência e o ódio predominem sobre o diálogo e a reconciliação.

O Pontífice exortou israelenses, palestinos e todos os que têm responsabilidades políticas em nível local e internacional a não pouparem oração e esforços para que cesse toda hostilidade e se obtenha a paz desejada pelo bem de todos.

E convidou os fiéis e peregrinos na Praça a um momento de oração silenciosa, depois do qual pronunciou as seguintes palavras:

Agora, Senhor, ajuda-nos Tu! Doa-nos Tu a paz, ensina-nos Tu a paz, guia-nos Tu rumo à paz. Abre os nossos olhos e doa-nos a coragem de dizer: “nunca mais a guerra!”; “com a guerra, tudo está perdido!”. Infunde em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz… Torna-nos disponíveis a ouvir o clamor dos nossos cidadãos que nos pedem para transformar as nossas armas em instrumentos de paz, os nossos medos em confiança e as nossas tensões em perdão.

Três mil cidades reunidas em oração pela paz

Neste domingo, 27, acontece, em Jerusalém, o 5° Dia Mundial de Oração pela Paz na Terra Santa. Este ano, três mil cidades do mundo aderiram ao evento, 500 a mais que o ano passado.

Em todo o mundo, paróquias, sacerdotes e leigos se mobilizam para rezar pela paz na Terra Santa. Eles se organizam de forma que a corrente de oração se mantenha por 24 horas consecutivas.

“A paz entre os povos só pode nascer e crescer se existir antes em cada pessoa, família, comunidade religiosa e nação. Partilho a opinião de que todos os meios para alcançar a paz devem passar pela justiça e o diálogo, e nunca pela violência. O caminho está cheio de obstáculos, porém a esperança é nossa guia e o canto dos anjos nos tranqüiliza”, recordou o Patriarca Latino de Jerusalém, dom Fouad Twal, em sua homilia proferida no Dia Mundial da Paz, celebrado no último dia 1º.

Essa iniciativa é promovida por algumas associações juvenis católicas como “Papaboys”, o apostolado “Juventude pela vida”, grupos de adoração perpétua na Itália e no mundo, e demais entidades católicas.

A data coincide com o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e de Prevenção de Crimes contra a Humanidade, pois no dia 27 de janeiro se celebra a libertação dos judeus no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.

Donde vem a paz?

Dom  Pedro Carlos Cipolini
Bispo de Amparo (SP)

Glória a Deus nas alturas e paz na terra às pessoas de boa vontade! Foi este o anúncio de Natal que ouvimos do Evangelho de Lucas (cap.1,14). Este anúncio natalino preanuncia outro anúncio, feito por Jesus quando declara que são bem aventurados os que constroem a paz, porque serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9). No primeiro dia do ano é celebrado o dia da paz ou da “confraternização universal”.

Dedicar um dia para comemorar a paz e a confraternização, é dedicar um dia para comemorar o sonho de Deus. Sonho que coincide com o sonho e os anseios mais íntimos do coração humano. Todos desejamos a paz e por ela suspiramos ardentemente. Até mesmo os que fazem a guerra. Estes imaginam que a melhor maneira de conseguir a paz é se prevenir através da guerra: guerra preventiva como a chama a administração Busch.

A paz que os anjos anunciaram, a paz no conceito cristão não designa simples ausência de conflito ou o fim de um estado de guerra. Para o cristianismo a paz faz memória da criação, da harmonia primeira descrita na Bíblia. No Paraíso havia a glória da convivência pacífica entre a Criação, as Criaturas e o Criador. Paz é a inocência original, onde o homem vive em harmonia consigo mesmo, com Deus, com os outros e com a natureza. Para o cristianismo a paz não é um estado passageiro entre duas guerras.

Mas se todos querem a paz, por que temos guerra? Não nos esqueçamos que toda violência, e estamos envoltos nela, é uma forma de guerra. O novo século que estamos vivendo deveria ser mais pacífico que o século passado, pois com a globalização, a guerra seria um suicídio, dado a eficiência das armas. Porém, os motivos para a guerra não faltam. Estamos sempre em guerra.
De onde nos pode vir a paz? Esta é a pergunta que todos se fazem. Jesus certa vez chorou sobre Jerusalém e disse:  “Se reconhecesses aquele que pode te conduzir à paz. Mas agora está oculto a teus olhos!”(Lc 19,42). É Jesus que pode nos conduzir à paz. Ele é a nossa paz, como escreve o apóstolo Paulo aos Efésios (2,14). Porém  muitos ainda não o vêem, não ouvem sua voz.

A liturgia da Igreja Católica celebra junto com o dia da paz universal, Maria Mãe de Deus. Contemplamos a figura desta mulher que tem nos braços o menino que nos traz a paz. Somos agradecidos a ela porque aceitou de Deus a missão de dar a luz a este filho. Agradecemos porque acolheu a vida, embora o nascimento de Jesus foi envolto em dificuldades para Maria e José. E concluímos que a paz somente pode brotar do amor. Um amor que exige de nós a renúncia ao egoísmo.

A mensagem central de Jesus é o Reino de Deus, Deus sendo Pai de todos e todos vivendo como irmãos: fraternidade universal! Viver no amor é uma decisão pessoal e um compromisso que cada um deve assumir. A pessoa que decidiu fazer de sua vida um ato de amor, não busca primariamente o prazer ou o aplauso. Seu desejo básico é se tornar um ser humano que ama e, portanto, um ser humano realizado, potencializado para transmitir a paz.

Que a paz esteja conosco neste ano que se inicia e que nós saibamos ser construtores de paz!

Conselho Mundial de Igrejas prepara Dia de Oração pela Paz

O Conselho Mundial de Igrejas (COE) prepara para o próximo dia 21 de setembro o Dia Internacional de Oração pela Paz. A iniciativa coincide com o Dia Internacional da Paz, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

As orações podem ser compartilhadas nas redes sociais ou enviadas ao Conselho Mundial através de e-mail (webeditor@wcc-coe.org). As mensagens podem ter uma visão da paz sob vários aspectos: social, econômico, ecológico ou político-militar.

Recordando o tema escolhido este ano por “Paz na Terra”,  o Conselho Mundial de Igrejas convida os fiéis a rezarem especialmente pelo “cessar-fogo”. Isso pode ser entendido seja como uma trégua dos conflitos armados no mundo ou como reconciliação na família, no trabalho, na comunidade paroquial.

Em sua oitava edição, o Dia Internacional de Oração pela Paz nasceu em 2004 por iniciativa dos então secretários-gerais da ONU e COE, respectivamente, Kofi Annan e Samuel Kobia, e fazia parte das iniciativas ecumênicas previstas para a “década contra a violência”, que teve lugar entre 2001 e 2010. (SP)