Papa Francisco é o cara! Não há como negar que Francisco tem sido um papa de encontros para a igreja. Um Papa que tem trazido ao mundo, independente da fé, ESPERANÇA. Não podemos negar os trabalhos de seus antecessores, Bento XVI, João Paulo II, nos diálogos estabelecidos nesta semana com a Igreja Ortodoxa, mas a abertura maior se deve ao carisma de Francisco.

Max Rossi/POOL/EPA
O encontro do Papa Francisco com o Patriarca russo Kirill aconteceu em Cuba, no aeroporto de Havana. A reunião em local inusitado se deu devido as agendas dos dois. Papa Francisco ia para o México e Kirill fazia sua primeira visita a América Latina, a Cuba.
“Foi com alegria que nos encontrámos enquanto irmãos da fé cristã para falarmos cara a cara”, lê-se no documento assinado pelo dois. Mais à frente no documento é lamentada a cisão que separou estas duas igrejas em 1054:
“Durante quase mil anos, católicos e ortodoxos foram privados da comunhão da Eucaristia. Temos estado divididos por feridas causadas por conflitos antigos e recentes, por diferenças que herdamos dos nossos ancestrais na maneira como entendemos e expressamos a nossa fé em Deus e em outras três pessoas — pai, filho e espírito santo. Estamos magoados com a falta de unidade, que resulta da fraqueza e do pecado do Homem”. Que a nossa reunião inspire cristãos em todo o mundo para rezarem pelo Senhor com um fervor renovado a favor da unidade de todos os seus discípulos. Num mundo que anseia não só pelas nossas palavras mas também por gestos concretos, que esta reunião sirva como um sinal de esperança para todas as pessoas de bem!”, lê-se no documento assinado por Kirill e Francisco.
O que os uniu?
O principal motivo desse encontro é a perseguição que cristãos tem sofrido no Oriente Médio e no Norte da África. “As suas igrejas estão a ser barbaramente destruídas e saqueadas, os seus objetos sagrados são profanados e os seus monumentos são destruídos”, escreveram, para depois afunilar o discurso para a situação “na Síria, Iraque e outros países do Médio Oriente”.
E, a propósito da instabilidade e conflito sentidos naquela região, fizeram um apelo à comunidade internacional que ajudasse cristãos e também pessoas de outras religiões:
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