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“Casamento” Gay: CNBB reage à resolução do Conselho Nacional de Justiça que converte união estável entre pessoas do mesmo sexo em casamento

Consep14052013aNa reunião do Consep desta manhã de quarta-feira, 15 de maio, dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, recordou aos bispos que o Conselho Nacional de Justiça publicou resolução que determina a conversão de união estável em casamento. Dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal para a Vida e Família, discorreu sobre o tema.

Dom Petrini contextualizou a realidade da família e da objetiva normatização do casamento. Lembrou os riscos das mudanças na prática e na legislação a partir apenas do afeto. Dom Sergio da Rocha, presidente da Comissão para Doutrina da Fé, também fez ponderações sobre a questão. No correr do debate, foi considerada a Nota Oficial da Conferência de maio de 2011 quanto a união entre pessoas do mesmo sexo: “A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural”.

Outra referência lembrada na reflexão foram as Considerações sobre projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais da Congregação para a Doutrina da Fé no qual se afirma: “A Igreja ensina que o respeito para com as pessoas homossexuais não pode levar, de modo nenhum, à aprovação do comportamento homossexual ou ao reconhecimento legal das uniões homossexuais. O bem comum exige que as leis reconheçam, favoreçam e protejam a união matrimonial como base da família, célula primária da sociedade. Reconhecer legalmente as uniões homossexuais ou equipará-las ao matrimônio, significaria, não só aprovar um comportamento errado, com a consequência de convertê-lo num modelo para a sociedade atual, mas também ofuscar valore s fundamentais que fazem parte do patrimônio comum da humanidade. A Igreja não pode abdicar de defender tais valores, para o bem dos homens e de toda a sociedade”.

Os bispos devem se pronunciar sobre esse assunto por meio de uma Mensagem às Comunidades que será entregue aos jornalistas na Entrevista Coletiva que será concedida pela Presidência da CNBB no final da reunião do Consep, na tarde desta quinta-feira, 16 de maio. A Conferência também vai disponibilizar, no site oficial, o texto da Mensagem com Documentos relativos provenientes do Magistério da Igreja.

Subsídio Hora da Família 2013: Transmissão e educação da fé cristã na família

1ª-Capa-WEBNa próxima reunião do Conselho Permanente, que será realizada entre os dias 6 e 8 de março, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CEPVF), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), apresentará o subsídio “Hora da Família” para 2013. O texto, cujo tema de 2013 é “A Transmissão e Educação da Fé Cristã na Família”, é utilizado em todo o Brasil para encontros e reflexões.

“O tema deste ano é um dos temas mais importantes para a família que quer ver os filhos crescendo em sabedoria, estatura e graça como o evangelho fala de Jesus (cf Lc 2, 52)”, menciona o presidente da CEPVF, e bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini.

Ainda de acordo com dom Petrini, esta é mais uma edição do subsídio “Hora da Família”, especialmente preparado para a Semana da Família que acontece no mês de agosto e que se realiza em todas as (arqui) dioceses do Brasil. “Vamos todos juntos rezar e promover a família e todas as suas dimensões em especial nos relacionamentos entre pais e filhos”, disse.

A publicação “Hora da Família 2013” oferecerá sugestões de celebrações que envolvem os membros da família em ocasiões comemorativas, cantos, além de orientações sobre Associações de Famílias, e ainda terá a relação dos endereços eletrônicos de toda a organização da CEPVF.

“A Hora da Família 2013, no ano da fé e em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude propõe ser um valioso instrumento para o relacionamento pai e filhos, principalmente na transmissão educação da fé cristã”, destacou o assessor da CEPVF, padre Wladimir.

Oração para o Dia Nacional de Valorização da Família – 2012

dom_petriniDom João Carlos Petrini, Bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, convida todas as pessoas que acreditam e amam a família para rezarem em suas casas, nas comunidades, nas Igrejas, em todos os lugares em que se busca promover a família a Oração para o Dia Nacional de Valorização da Família – 2012.

A primeira forma de valorizar a família é pedindo ao Criador da família que a abençoe e fortaleça suas relações domésticas. Vamos nos unir em oração no dia 21 de outubro, numa só voz e num só coração,  pela valorização da família, a começar pela nossa  Rezemos como família de Deus essa oração:

Oração para o Dia Nacional de Valorização da Família – 2012

“Família é o patrimônio da humanidade”. (Bento XVI, 2007)

Senhor Deus, nosso Pai amoroso e misericordioso, criastes-nos à Vossa imagem e semelhança, para a plenitude da vida em comunhão. Sabemos por experiência que a família constituída por um homem e uma mulher unidos por um vínculo indissolúvel e seus filhos, fundada sobre o matrimônio, é a melhor maneira de viver o amor humano, a maternidade e a paternidade. Ela é o caminho da plena realização humana e, ao mesmo tempo, constitui o bem mais decisivo para que a sociedade cresça na verdade e na paz, porque ela corresponde ao Vosso desígnio de amor.

Senhor Deus, Verbo Encarnado na família de Nazaré, escolhestes uma família como a nossa para habitar entre nós e compartilhar em tudo a nossa condição humana, menos o pecado. Viestes até nós para ser o nosso Redentor, para salvar a nós e a nossos filhos de atitudes e decisões insensatas, de caminhos de destruição e de morte, dos dramas que acompanham cada existência humana. Vinde para reavivar em nos o amor que se doa e fortalecer os vínculos de afeto recíproco, para que juntos construamos um mundo de gratuidade amorosa e de vida fraterna. Assim veremos florescer uma sociedade justa e solidária, que valoriza e ama a família, onde seja possível experimentar a felicidade verdadeira, até o dia em que chegaremos junto de Vós, no Vosso Reino de Paz definitiva. Nossa família, que constitui o bem mais precioso na nossa vida e o maior recurso da nação brasileira, está sendo descaracterizada e desvalorizada por diversas forças sociais e políticas, querendo assemelhá-la a qualquer união que ofereça afeto e cuidados. Até os pais correm perigo de serem desapropriados de sua responsabilidade educativa.

Senhor Deus, Divino Espírito Santo, vinde fortalecer nosso ardor evangélico, para sermos discípulos missionários de Jesus, portadores do seu amor e da sua potência divina que vence a morte. Pedimos-vos que nossa família se torne cada vez mais casa de comunhão, capaz de vencer os conflitos, escola da fé e dos valores humanos e sociais, lugar onde se partilham as esperanças e as lutas e se acompanha o crescimento de cada filho. Assim, nossa família será fonte de alegria e de beleza, nascente de satisfação e de força para construir positivamente o horizonte de realização de cada pessoa e o bem de toda a sociedade.

Ajudai-nos, Senhor a valorizar o grande dom que é a família, preservando-a dos males que a ameaçam e iluminai nosso caminho para superar os conflitos entre o trabalho a família e a festa, para promover a família cidadã, que auxilia a sociedade a superar a violência e a corrupção, a encontrar caminhos da paz.

Sagrada Família de Nazaré, Jesus, Maria e José, abençoai as nossas famílias brasileiras.

Dom João Carlos Petrini
Bispo de Camaçari-BA
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família/CNBB

Vídeo de dom Petrini abre oficialmente a Semana Nacional da Família

Cartaz_Sem_Nac._Fam_2012Entre os dias 12 e 18 de agosto será realizada a Semana Nacional da Família do ano de 2012. É um evento anual que faz parte do calendário de praticamente todas as paróquias do Brasil. Para a ocasião foi elaborado um subsídio que apresenta reflexão sobre o tema: “A Família: o trabalho e a festa”.

O subsídio foi construído com a participação de representantes da Comissão para a Vida e a Família, membros dos Regionais da CNBB e assessores especializados. “Vamos trabalhar o mesmo tema que foi aprofundado durante o 7º Encontro Mundial das Famílias, com o papa, em Milão”, disse o presidente da Comissão Episcopal Família e Vida da Conferência nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini.

Para o presidente, “o tema ajudará cada família a viver melhor a relação com o trabalho, sem ser absorvido e estraçalhado, pelas necessidades e exigências do mundo do trabalho”, explica o presidente.

A primeira Semana Nacional da Família foi realizada em 1992, e de todos os anos traz um tema que defende os valores familiares e cristãos. “É um evento extraordinário que mobiliza a Pastoral Familiar, e outros movimentos e grupos de família de todo Brasil”, afirmou dom João Carlos Petrini.

O subsídio começou a ser editado desde a vinda do papa João Paulo II ao Brasil, em 1994 e passou a ser publicado anualmente. Atualmente está em sua 16ª edição com uma tiragem de 200 mil exemplares. “Neste subsídio queremos auxiliar os encontros da Pastoral Familiar que acontecerão em todo o país, mas de uma maneira mais particular, na Semana Nacional da Família”, disse um dos assessores da Comissão para a Vida e a Família, padre Wladimir Porreca.

2º Simpósio Nacional da Família debateu o trabalho e a vida familiar

4a_Peregrinao_Nacional_da_Famlia20121Sábado, 28 de abril, aconteceu o 2º Simpósio Nacional da Família, em Aparecida (SP), destino de muitas romarias e peregrinações para todos os brasileiros. O evento foi realizado no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida, local onde estavam reunidos os bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 50ª Assembleia Geral, na área do Santuário Nacional, que abriga também a Basílica Nacional de Aparecida e o Centro dos Romeiros.

O evento foi iniciado com a composição da mesa onde estiveram dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida; dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, que é bispo de Camaçari (BA); dom Joaquim Justino Carreira, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família e bispo de Guarulhos (SP); o padre Rafael Fornasier, assessor nacional da Pastoral Familiar a serviço da Vida; padre Wladimir Porreca, assessor nacional da Pastoral Familiar a serviço da Família; o casal Vera e Raimundo Veloso Leal, coordenadores nacionais da Pastoral Familiar; e o casal Marivone e Volnei Exterkoetter, vice coordenadores nacionais da Pastoral Familiar.

Dom Damasceno dirigiu palavras de acolhida aos participantes do Simpósio. A seguir foi rezada a oração inicial pela equipe do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo) e a entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida que foi acolhida por dom Damasceno.

O evento teve como atração principal as duas conferências, sendo a primeira com o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Márcio Pochmann, na parte da manhã, e a segunda, no período da tarde, proferida pelo padre José Fernandes de Oliveira, mais conhecido como padre Zezinho, famoso cantor e compositor.

4a_Peregrinao_Nacional_da_Famlia20122Márcio Pochmann falou sobre a relação da família com o trabalho e apresentou um panorama histórico do trabalho na família e as perspectivas que atualmente estão sendo apresentadas às novas gerações. A exposição foi distribuída em três partes, sendo que na primeira ele discorreu sobre as transformações da família no decorrer do tempo; na segunda parte, ele apresentou dados e informações sobre a transformação da relação entre família e trabalho; e na última parte, ele falou sobre os desafios que a família tem à frente conforme toda a situação do trabalho.

Após a conferência a palavra foi dada aos bispos presentes, entre eles estava dom Emílio Pignoli, Referencial da Pastoral Familiar do Regional Sul 1, e dom Eduardo Pinheiro, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, que falou sobre a importância da família para a juventude, da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Brasil em 2013, e apresentou o subsídio “Aos Jovens com Afeto”.

A apresentação musical da manhã ficou a cargo do grupo Ir ao Povo, do cantor Antônio Cardoso e do padre Ezequiel, de Caxias do Sul (RS).

Dom Antônio Augusto Dias Duarte, bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família fez a oração do Ângelus.

4a_Peregrinao_Nacional_da_Famlia20123O momento dedicado à palestra do padre Zezinho, ele iniciou sua fala onde enfatizou a importância do exercício do amor no relacionamento. Lembrou que o bom humor é base para o amor. Enfatizou também a necessidade dos agentes de pastoral conhecerem mais a Palavra de Deus, os documentos do Magistério da Igreja e a própria realidade de nossos dias através da leitura. Sua exposição levou os participantes do Simpósio a refletirem como se pode chegar à festa se não existem muitos motivos dentro da família para que ela se realize.

O evento foi encerrado com a bênção de dom Joaquim Justino Carreira. Os participantes encaminharam-se, então, para a Basílica Nacional, onde participaram da Missa do Encontro, presidida por dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Campo Grande (MS).

Dom João Carlos Petrini fala do julgamento no STF de ação que descriminaliza o aborto de anencéfalos

dompetrinianencefalos2012O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB, dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA), concedeu, recentemente, uma entrevista ao jornal “O São Paulo”, na qual fala sobre a ação de despenalização do aborto de anencéfalos, que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará no próximo dia 11, em Brasília (DF).

Segundo dom Petrini, o nascimento de uma criança portadora de anencefalia é um “drama” para a família e, especialmente para a mãe, mas afirma não ser justo não considerar o direito de nascer dessa criança. “É justo pensar a formas de ajuda, de apoio, de manifestação de solidariedade com a mãe para que ela não se sinta sozinha para enfrentar esse drama. Persuadi-la que o melhor é abortar o seu filho, revestindo de legalidade o ato de eliminar o filho-problema não é a melhor resposta, não usa plenamente a razão porque não leva em consideração todos os fatores presentes: Não considera o drama que acompanhará aquela mulher pela incapacidade de acolher o seu bebê e pela decisão de expulsá-lo de seu ventre. Não considera o direito do filho a nascer. A objeção de que é destinado a morrer em breve tempo não procede. Por acaso há alguém que nasce e não tem como última meta a morte? Podendo prever a morte daqueles que não chegam à maturidade, iríamos eliminá-los também? Quem pode determinar o prazo mínimo para que uma vida humana seja acolhida?”, disse dom Petrini.

Perguntando se uma eventual despenalização do aborto de anencéfalos, por parte do STF, poderia abrir precedentes para outras flexibilizações do aborto, dom João Carlos Petrini afirmou que alguns princípios constituem como “colunas” que sustentam a vida social. “Uma vida inocente não pode ser negociada no mercado, nem nos parlamentos e nem nos tribunais. Abrindo exceção a esse princípio, abre-se uma brecha não só na lei e na prática do aborto, mas na consciência das pessoas: entende-se que uma vida que traz problemas pode ser eliminada. Uma lei ou a sentença de um Tribunal não só regulamenta um tema problemático, mas tem um extraordinário poder de formar a consciência coletiva. A recente difusão da violência no Brasil está certamente associada a estas brechas”, destacou.

“A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família espera dos cristãos uma postura mais clara e explícita de valorização da vida humana desde a concepção até a morte natural, dando testemunho que os possíveis dramas, quando abraçados com amor, tornam-se fonte de maturidade, riqueza humana extraordinária. Não fugir do drama, mas abraçá-lo é o caminho de uma dignidade e de uma grandeza humanas sem comparação. Esta postura, na contramão da cultura da banalidade hoje dominante que desvaloriza tudo, inclusive uma vida humana em formação no ventre materno, pode documentar que a morte não é solução, e que maior que a morte é o amor de Cristo que a venceu. Disso nós somos testemunhas”, finalizou dom Petrini, deixando uma mensagem aos cristãos.