Faixada do Santuário Nacional de São José de Anchieta no Espírito Santo.
Cidade do Vaticano (RV) – O Santuário de São José de Anchieta, no Espírito Santo, passa a ser, ao lado de Aparecida, o segundo Santuário Nacional do país regido por um patrono da Igreja brasileira. O reconhecimento da CNBB veio um ano após o Papa ter canonizado o santo jesuíta. O pedido foi feito pelo vice-postulador da causa de canonização do “Apóstolo do Brasil”, Padre Cesar Augusto dos Santos, atualmente reitor do Santuário Nacional de São José de Anchieta. Ouça a matéria:
O reitor afirmou ainda que a CNBB também conferiu ao santo o título de Padroeiro do Brasil ao lado de Nossa Senhora Aparecida. “O Brasil vai olhar para nosso Santuário com outros olhos porque ele é uma referência nacional. E ele se tornando padroeiro valoriza ainda mais o título que Anchieta tem de Apóstolo do Brasil”, declarou Padre Cesar à rádio CBN de Vitória (ES).
Papa assinou o documento de canonização na manhã de hoje (03/04)
(ACI).- A Arquidiocese da cidade de São Paulo, da qual o futuro santo José de Anchieta foi um dos fundadores, se rejubila com toda a Igreja pela elevação aos altares do missionário jesuíta chamado “O Apóstolo do Brasil” e lança uma especial programação para a véspera do dia 3 de abril, quando o decreto de canonização será assinado pelo Papa Francisco em Roma.
Em um recente artigo publicado no site da Arquidiocese da capital paulista, o Cardeal Odilo Pedro Scherer escreve: “Manifesto, em nome da Arquidiocese de São Paulo, profunda gratidão a Deus pela proclamação do bem-aventurado Padre José de Anchieta como “santo”! Ad maiorem Dei gloriam – que tudo seja para a maior glória de Deus!”
“Este momento foi longamente esperado por esta Igreja que está em São Paulo. Grande missionário, São José de Anchieta deu o testemunho de uma vida santa, já reconhecido assim enquanto ainda vivia; por isso, logo após o seu falecimento, em 1597, foi aclamado como “Apóstolo do Brasil!
Gratidão ao Papa Francisco, conhecedor da história de Anchieta e dos primeiros missionários jesuítas no Brasil, que acolheu benevolamente o pedido da Igreja e, bem depressa, deu o reconhecimento oficial a Anchieta como “santo”.
A Igreja, nesta Metrópole, deve seus inícios à obra evangelizadora de Anchieta e de seus companheiros na missão de São Paulo de Piratininga. Desta missão, também nasceu a própria cidade de São Paulo”.
“São José de Anchieta significa muito para nós, em São Paulo, e nos sentimos honrados com a sua canonização!”, expressou o Cardeal.
Por último o purpurado destacou o “exemplo – de jovem entusiasta por Cristo e pelo Evangelho, de homem santo, movido pelo amor a Deus e aos irmãos, de missionário incansável, zeloso na transmissão da alegria do Evangelho, de pacificador respeitoso das culturas dos povos originários do Brasil, de educador, pai dos pobres e enfermos – continue a nos motivar e inspirar na
dedicação à missão”.
“Somos continuadores do trabalho por ele iniciado. Que sua intercessão e seu exemplo nos valham sempre! São José de Anchieta, rogai por nós!”Conclui o artigo de Dom Odilo Pedro Scherer.
(ACI).- O Papa Francisco vai presidir no dia 24 de abril uma Missa na igreja de Santo Inácio, em Roma, em ação de graças pela canonização do Beato José de Anchieta (1534-1597), o Apóstolo do Brasil, que foi declarado santo por meio de um decreto pontifício hoje, 2 de abril. O Papa Francisco também vai assinar decretos de canonização equipolente de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá: o bispo François de Montmorency-Laval (1623-1708) e a mística missionária Maria da Encarnação Guyart (1599-1672).
Conheça a história do Apóstolo do Brasil
Nascido em Tenerife, nas Canárias (Espanha), o jesuíta chegou ao Brasil em julho de 1553, onde fundou juntamente com o padre português Manuel da Nóbrega um colégio em Piratininga, deu origem à cidade de São Paulo. José de Anchieta foi a Portugal aos 14 anos para estudar das Artes e Humanidades, em Coimbra, confiado aos jesuítas, anexo à Universidade local. Ali entrou no noviciado da Companhia de Jesus, e foi logo destinado à missão do Brasil.
Segundo a Rádio Vaticano, O Papa Francisco também vai assinar decretos de canonização equipolente de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá: o bispo François de Montmorency-Laval (1623-1708) e a mística missionária Maria da Encarnação Guyart (1599-1672).
Os três futuros santos foram beatificados por João Paulo II a 22 de junho de 1980, com outras duas figuras da Igreja Católica na América, Pedro de Betancour (1626-1667) e Catarina Tekakwitha (1656-1680), entretanto canonizados.
A ‘canonização equipolente’, explica a Agência Ecclesia do Episcopado português, é um processo instituído no século XVIII por Bento XIV, através do qual o Papa “vincula a Igreja como um todo para que observe a veneração de um Servo de Deus ainda não canonizado pela inserção de sua festividade no calendário litúrgico da Igreja universal, com Missa e Ofício Divino”.
Outros casos
Francisco já recordou a este procedimento em outubro, com a Beata Ângela de Foligno (1248-1309), e em dezembro, com o jesuíta Pedro Fabro (1506-1546).