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CNBB lamenta aprovação da PLC 3/2013

cnbblogoA Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou no final da tarde desta sexta-feira, 2 de agosto, uma nota oficial sobre a sanção da lei 12.845/2013. No texto, os bispos lamentam que o Artigo 2º e os incisos IV e VII do Artigo 3º da referida lei não tenham sido vetados pela Presidente da República, conforme pedido de várias entidades.

De acordo com a CNBB, a “nova lei foi aprovada pelo Congresso com rápida tramitação, sem o adequado e necessário debate parlamentar e público, como o exige a natureza grave e complexa da matéria”.

A seguir, a íntegra da nota:

Brasília, 02 de agosto de 2013
P – N – Nº 0453/13

NOTA DA CNBB SOBRE A SANÇÃO DA LEI 12.845/2013

Ao reconhecer a importância e a necessidade da lei que garante o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual (Lei 12.845/2013), sancionada pela Presidente da República, nesta quinta-feira, 1º de agosto de 2013, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB lamenta profundamente que o Artigo 2º e os incisos IV e VII do Artigo 3º da referida lei não tenham sido vetados pela Presidente da República, conforme pedido de várias entidades.

A nova lei foi aprovada pelo Congresso com rápida tramitação, sem o adequado e necessário debate parlamentar e público, como o exige a natureza grave e complexa da matéria. Gerou-se, desta forma, imprecisão terminológica e conceitual em diversos dispositivos do texto, com riscos de má interpretação e implementação, conforme evidenciado por importantes juristas e médicos do Brasil.

A opção da Presidente pelo envio de um projeto de lei ao Congresso Nacional, para reparar as imprecisões técnicas constantes na nova lei, dá razão ao pedido das entidades.

O Congresso Nacional tem, portanto, a responsabilidade de reparar os equívocos da Lei 12.845/2013 que, dependendo do modo como venha a ser interpretada, entre outras coisas, pode interferir no direito constitucional de objeção de consciência, inclusive no respeito incondicional à vida humana individual já existente e em desenvolvimento no útero materno, facilitando a prática do aborto.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis                    Dom José Belisário da Silva
              Arcebispo de Aparecida (SP)                                 Arcebispo de São Luís (MA)
                  Presidente da CNBB                                         Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília (DF)
Secretário Geral da CNBB

Em Santa Marta o encontro com um grupo de crianças doentes – O sorriso do Papa

 L’Osservatore Romano | Uma brincadeira que se concluiu no melhor modo possível. O pe. Gianni Toni, assistente regional da União nacional italiana de transportes de doentes a Lourdes e aos santuários internacionais (Unitalsi), explica assim o encontro entre o Papa Francisco e os seus vinte e dois assistidos, realizado na capela da Domus Sanctae Marthae na tarde de sexta-feira 31 de Maio, não por acaso o último dia do mês mariano.

Os pequenos hospedes do departamento de oncologia pediátrica do hospital de Roma Agostino Gemelli regressaram à cidade há poucos dias depois de uma peregrinação a Lourdes. «Quando estávamos em frente da gruta de Massabielle – explicou-nos o pe. Gianni – para aliviar com um pouco de alegria o cansaço improvisámos um jogo: desenhar a gruta de Lourdes, para o mostrar  depois ao Papa que não a conhece». Certamente, revelou-nos o sacerdote, enquanto dizia estas coisas às crianças, nunca ninguém pensou que elas iram estar na presença do Papa para lhe mostrar a gruta de Lourdes. Mas o desenho de Giovanni – um menino da Sardenha de oito anos, que se tornou cego devido a um tumor cerebral – realizado no quadro braille com base na descrição da gruta que lhe faziam os assistentes comoveu-os de tal maneira que decidiram enviá-lo realmente ao Pontífice   acompanhado por  uma carta que explicava do que se tratava. Portanto,  não foi necessário muito mais para que a brincadeira acabasse exactamente «da melhor forma».

Teria sido bom vê-los, o pequeno João e o Papa Francisco, ontem à tarde, um diante do outro. João perguntou-lhe: «Mas tu és guloso?». E o Papa: «Sim, muitíssimo. Gosto de bolos e de chocolate. Tu também? Sim? Mas não te  causam dor de fígado?». Giovanni mostrou-lhe então um grande saco vermelho: «Felizmente que és guloso, porque eu trouxe-te os doces da Sardenha». Então o Papa respondeu: «Uhm, obrigado! Mas então podemos comê-los juntamente com as outras crianças?».

E assim o encontro prosseguiu com o tom de diálogo entre um avô e os sues netinhos. As crianças, com os seus pais, os assistentes da Unitalsi do Lácio, guiados pela presidente da subsecção romana Preziosa Terrinoni, sentaram-se em semicírculo em frente do Papa que estava diante do altar. Rezaram juntos e a seguir o Pontífice começou a contar às crianças uma pequena história: «Certa vez Jesus teve que visitar um lugar muito importante. Mas não conseguia lá chegar. Depois do meio dia chegou e, imediatamente, os discípulos foram ter com ele: «Mas mestre, por que chegaste atrasado?». Sabem o que Jesus lhe respondeu?  Ouçam muito bem: «Ao longo do caminho encontrei uma criança que estava a chorar. Parei para ficar com ela». Assim faz Jesus com uma criança que chora. Com uma criança que tem qualquer problema. Toca o coração de Jesus, que o ama muito».

Sucessivamente, o Papa Francisco deu a palavra à pequena Michelle. «Estou muito feliz – disse-lhe – por estar aqui na tua casa com os amigos do hospital Gemelli, os médicos, os voluntários, e com os sacerdotes da Unitalsi que nos acompanham a Lourdes.  É bom poder ver-te verdadeiramente e não na televisão! Em Lourdes rezámos por ti, desenhámos a gruta de Nossa Senhora para te oferecer.   Prometemos que rezaremos ainda por ti e queremos pedir-te para que rezes por todas as criança doentes do Gemelli e do mundo. O Pontífice agradeceu à menina abraçando-a. Continuou a cariciar prolongadamente a sua cabecinha enfaixada. Comovido recomeçou a falar com as crianças, continuando o diálogo sobre o amor de Jesus e perguntando-lhes: «Será  que Jesus está neste momento aqui connosco? Sim? Tendes certeza? Bem. Ele está connosco porque nos ama sempre. Jesus caminha connosco na vida e quando temos problemas ele está sempre ao nosso lado».

O encontro prosseguiu numa atmosfera muito especial. Criou-se gradualmente uma corrente de amor extraordinária. Tudo se concluiu com a oração. Mas antes o Pontífice quis falar de novo ao coração das crianças, pedindo-lhe para que repetissem com ele: «Jesus está sempre connosco. Quando estamos felizes e contentes Jesus está sempre connosco. Quando estamos tristes, Jesus está ao nosso lado. E por quê? Porque Jesus nos ama. Nunca vos esqueçais». Será difícil que estes pequeninos e os seus pais o possam esquecer. Assim como será difícil que o Papa possa esquecer o último pedido de Michelle: «Papa Francisco, reza pelos nossos pais para que possam ter sempre um sorriso como o teu».

Mario Ponzi

Fim da 51ª Assembleia da CNBB

André Alves | Canção Nova – Encerrou-se nesta sexta-feira, 19, a 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil reunidos em Aparecida (SP) desde o último dia 10. Na cerimônia de encerramento, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno agradeceu aos bispos pela participação, assim como a imprensa pela cobertura. Destacou que agora é o momento que os pastores da Igreja retornam às suas comunidades com novo ardor missionário para a evangelização.

Dom Eduardo Pinheiro, presidente da Comissão para a Juventude da CNBB, leu o trecho Evangelho escrito por São Mateus que diz do tema da JMJ Rio2013: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). Após a proclamação da leitura, os bispos rezaram a oração do Pai Nosso e invocaram as bençãos de Deus.

Na última coletiva de imprensa desta Assembleia, estiveram presentes o presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno; o vice-presidente, Dom José Belisário e secretário-geral, Dom Leonardo Steiner.

Dom Damasceno disse que a principal palavra que define essa assembleia é gratidão. Agradeceu novamente a todos que estiveram envolvidos no encontro, aos bispos e à imprensa.

“Nossa assembleia foi uma profunda experiência eclesial. Ocasião para promover o aprofundamento da comunhão e fortacelecer a missão da Igreja. Fizemos trabalhos em grupos e discutimos temas importantes. Encerramos o encontro com o o saldo excelente, apesar da pauta densa”.

O tema central do encontro “Comunidade de comunidades – uma nova Paróquia” tratou de uma realidade próxima a todos. Segundo Dom Damasceno, era previsto que o tema fosse aprofundado para então ser levado às dioceses e aos regionais da CNBB. Somente na Assembleia de 2014, o documento sobre o assunto voltará à plenária a fim de ser aprovado.

“O tema foi aceito positivamente por toda a Assembleia. Foi inspirado no documento de Aparecida, acentuando a renovação das paróquias”, enfatizou o arcebispo. Ele disse ainda que com sua milenar existência, a paróquia “corre o risco de se esclerosar”, no entanto, continua atual. Por isso, o arcebispo, insistiu no ato de renovar as comunidades paroquiais.

“É preciso que outros grupos se reúnam, não só na matriz, mas em todo o território da paróquia, principalmente na periferia. A paróquia deve ser missonária e não apenas uma agência prestadora de serviço. É preciso que ela vá ao encontro do povo”, afirmou.

Dom Damasceno também destacou a avaliação sobre o tema central afirmando ser a paróquia uma grande escola de Fé, cujo o Domingo, Dia do Senhor, é o dia mais importante para a reunião da comunidade. “Não se pode viver a Fé isoladamente, porque o Cristianismo é comunitário. Viver em comunidade implica no conviver, na solidariedade, na ajuda mútua, na afetividade. Implica em valorizar o outro. A sociedade que vivemos é individualista. O outro tem algo a contribuir, mas nós o ignoramos.”

Dois assuntos também mencionados na Assembleia foram a questão agrária e o Diretório para Comunicação. De acordo com o arcebispo de Aparecida, o Conselho Permanente é quem vai aprovar o Diretório, que será levado pela comissão responsável por enriquecer o documento.

Dom Raymundo também recordou a aprovação de alguns textos litúrgicos, espeficiamente dos ritos introdutórios e prefácios, feita durante esta Assembleia.

Outro resultado do encontro dos bispos, foi a elaboração do subsídio sobre as eleições que será oferecido às comunidades. O documento é para ajudar os leigos no assunto e destacando a melhor maneira para que estes participem ativamente da política partidária. “A ação política faz parte da ação evangelizadora da Igreja e o cristão não pode omitir-se na sua participação, especialmente no política partidária”.

Por fim, os bispos também divulgaram uma nota sobre os direitos dos povos indígenas e quilombolas. No texto, a CNBB declara-se contra a PEC 215 que tramita no congresso.

Os principais compromissos de Bento XVI no mês de outubro: Sínodo, Ano da Fé e canonizações

papabentoxvicnbbO Sínodo sobre a Nova Evangelização, a abertura do Ano da Fé e a canonização de sete Beatos: são esses os principais compromissos de Bento XVI para o mês de outubro.

O mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, Mons. Guido Marini, publicou nesta sexta-feira, detalhadamente, as próximas datas da agenda papal até o início de novembro.

A celebração do Sínodo e, antes dele, a oração de consagração a fim de que o Sínodo seja um momento de graça e de luz para a Igreja.

O mês de outubro começará para o Papa com duas etapas próximas uma da outra.

Três dias antes de presidir à missa de abertura do encontro sobre a Nova Evangelização, programada para as 9h30 de domingo, dia 7, a ser celebrada na Basílica de São Pedro, Bento XVI irá a Loreto – região italiana das Marcas – ajoelhar-se aos pés da Virgem da Santa Casa e confiar a ela – como fez, cinqüenta anos atrás, o Papa João XXIII na vigília do Concílio – o bom êxito da reunião sinodal.

A missa inaugural de 7 de outubro será também ocasião para o Pontífice proclamar Santa Ildegarda de Bingen e São João d’Avila “Doutores da Igreja”.

O dia 11 de setembro será outra data-evento do mês: durante a liturgia eucarística, que terá início às 10h locais na Basílica vaticana, Bento XVI abrirá o Ano da Fé.

Também o domingo, 21 de outubro, será um dia especial. Em pleno Sínodo sobre a Nova Evangelização, o Papa doará à veneração universal da Igreja sete testemunhas da fé de épocas diferentes.

A missa, presidida a partir das 9h30 locais, terá a canonização dos Beatos Giacomo Berthieu, Pedro Calungsod, Giovanni Battista Piamarta, Maria do Monte Carmelo Sallés y Barangueras, Marianna Cope, Anna Schäffer e Caterina Tekakwitha, a primeira Santa de origem pele-vermelha (designação comum aos povos aborígines dos EUA, ndr).

No domingo sucessivo, 28 de outubro, o Santo Padre presidirá à missa de conclusão do Sínodo. No início de novembro terá, como em todos os anos, dois momentos de intenso recolhimento espiritual: no dia 2, às 18h locais, descerá à Cripta vaticana para rezar diante do túmulo dos Pontífices defuntos, e no dia seguinte, às 11h30, celebrará, na Basílica de São Pedro, a missa em sufrágio pelos bispos, arcebispos e cardeais falecidos nos últimos doze meses.

Eutanásia velada II: CNBB aceita a norma do Conselho Federal de Medicina

Dom_Raymundo_Damasceno_Assis_agosto_2012Penso que isso vai de encontro a vida. Não? A CNBB acredita que não. Infelizmente a entidade que representa a Igreja em nosso país pensa assim. Leia a entrevista com dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB.

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Na entrevista coletiva, concedida pela presidência da CNBB, na tarde da quinta-feira, 30 de agosto, o cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente da entidade, respondeu a uma pergunta que colocava a resolução 1995/2012 do Conselho Federal de Medicina no âmbito da prática da eutanásia. Obviamente, o cardeal confirmou a posição da Igreja sobre o assunto.

Um portal de notícias chegou a divulgar que a CNBB teria feito “Nota” para tratar do assunto. Isso não ocorreu. A “Nota” apresentada, na verdade, diz respeito à “Defesa dos direitos dos povos indígenas”. Nesta sexta-feira, o presidente da CNBB, atendendo a diversos pedidos, esclareceu:

A resolução não é uma nova lei e não autoriza a eutanásia

“Primeiramente, trata-se de uma resolução. Portanto, é uma norma para disciplinar certos procedimentos médicos em relação a um paciente terminal. Ou seja, não se trata de autorização para eutanásia. Essa prática (eutanásia), no Brasil, não é permitida por lei. O código de ética médica é muito claro em relação a isso, quando diz que é vedado ao médico abreviar a vida, ainda que a pedido do paciente ou de seu representante legal. E, do ponto de vista moral e ético, também, é claro, não podemos defender a eutanásia, porque a vida é um dom precioso. É o primeiro dom  que nós recebemos. É a base e o fundamento de todos os direitos da pessoa humana. Temos que respeitá-la, desde seu começo até o seu término natural”.

A pessoa não é obrigada e nem impedida de recorrer a recursos extraordinários

“Agora, esta resolução trata apenas das normas para um médico poder agir de maneira legal e ética em relação a um tratamento de um paciente em fase terminal. Isto é, sem nenhuma perspectiva de recuperação, de melhoria, do ponto de vista do médico. Então, a pessoa não está obrigada e nem impedida de recorrer a recursos extraordinários, para se manter em vida. Não está obrigada a estes recursos extraordinários, essa complexidade tecnológica de que hoje a medicina está equipada, para manter um doente vivo, sem nenhuma perspectiva de cura, de recuperação. O médico deve atender o paciente da melhor maneira possível, utilizando todos os meios naturais, normais, para o seu tratamento. A título de exemplo: não se pode tirar do paciente o alimento, a ingestão de líquido, a que ele tem direito. Porque, aí sim, é matar a pessoa. Então, todos os recursos normais, naturais, conhecidos como cuidados paliativos, o médico deve utilizar para tratar do doente”.

A CNBB não é contrária

“Da forma que a resolução está colocada, a CNBB não é contra, enquanto se trata do uso de recursos extraordinários, complexos, que podem trazer mais sofrimento para o paciente, para a família; podem acarretar custos onerosos para a família do paciente, sem nenhuma esperança ou garantia de recuperação. Então, devem ser utilizados todos os recursos normais e naturais próprios para o tratamento de qualquer paciente”.

É preciso fiscalizar a aplicação da resolução

“A fiscalização deve ser feita para garantir os recursos básicos para os pacientes em casos terminais. Evidentemente, cabe ao hospital, ao conselho de medicina cumprir esta fiscalização. O código de ética médica é muito claro sobre isso: o médico está proibido abreviar a vida do paciente, seja por desejo do paciente ou de seu representante legal. Então, a vida nós temos que respeitar. É um dom de Deus. Temos que acolhê-la, defendê-la e promovê-la”.

Milagres acontecem

“Para nós que somos discípulos missionários de Jesus, há sempre a firme esperança de uma intervenção extraordinária de Deus, contrariando toda lógica das enfermidades ou dos procedimentos terapêuticos. Precisamos estar sempre abertos à possibilidade da cura, mesmo quando tudo parece não ter mesmo jeito. Essa é uma atitude de fé que não pode, de nenhum modo, ser negada ou sufocada”.

Papa parabeniza seleção italiana pela classificação à final da Euro

Apesar de alemão, o papa deu os parabéns ao presidente da Itália pela classificação à final. Foto: AP
Apesar de alemão, o papa deu os parabéns ao presidente da Itália pela classificação à final

Embora seja alemão de nascimento, o papa Bento XVI enviou uma mensagem ao presidente italiano para parabenizar a vitória de sua seleção diante da Alemanha por 2 a 1 e, consequentemente, sua classificação para a final da Eurocopa 2012.

A mensagem de cumprimento ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, foi confirmada nesta sexta-feira pelo porta-voz do vaticano, Federico Lombardi, que declarou que o papa, “como Bispo da Cidade Eterna “, participa das comemorações dos romanos.

Segundo Lombardi, foi por esse motivo que o papa tinha pedido ao cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, que cumprimentasse o presidente italiano em seu nome, assim como os jogadores da seleção italiana. Bertone também felicitou Napolitano pelos seus 87 anos, completados hoje.

Arcebispos brasileiros recebem pálio nesta sexta-feira

arcebispospalioA Santa Sé anunciou hoje, através de uma nota da Sala de Imprensa, uma explicação de como se dará a imposição do pálio aos arcebispos metropolitanos, que se realiza anualmente no dia 29 de junho, Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo. Na lista dos que receberão o pálio, nesta sexta-feira, estão 7 arcebispos brasileiros e Dom Filippo Santoro, que foi bispo de Petrópolis no Brasil e é atualmente Arcebispo de Taranto, Itália.

“O rito vai permanecer substancialmente o mesmo”, diz a nota, “porém este ano, seguindo uma lógica de desenvolvimento na continuidade, foi decidido simplesmente mover de lugar o próprio rito, que agora será realizado antes da celebração eucarística”.

A modificação foi aprovada pelo Santo Padre pelos seguintes motivos:

“1. Para tornar o rito mais curto. A lista dos novos arcebispos metropolitanos será lida imediatamente antes da abertura da procissão da entrada e o canto de “Tu es Petrus ” não fará parte da celebração. O rito do Pálio terá lugar logo que o Santo Padre chegar ao altar.

2. Para garantir que a celebração eucarística não seja “interrompida” por um rito de um tempo relativamente longo (o número de arcebispos metropolitanos agora é de cerca de 45 por ano), o que poderia tornar a participação atenta e enfocada na Missa mais difícil.

3. Para fazer o rito de imposição do pálio mais de acordo ao “Cerimoniale Episcoporum”, e para evitar a possibilidade de que, sendo após a homilia (como aconteceu no passado), possa ser interpretado como um rito Sacramental. Na verdade, os ritos que ocorrem durante uma celebração eucarística após a homilia, são normalmente ritos sacramentais: o Batismo, a Confirmação, a Ordem, o Matrimônio e a Unção dos Enfermos. A imposição do pálio, por outro lado, não é de natureza sacramental”.

Entre os 44 arcebispos que receberão o pálio em Roma, estão os seguintes brasileiros:

Dom Wilson Tadeu Jonck S.C.I., de Florianópolis (SC).
Dom Jose Francisco Rezende Dias, de Niterói (RJ).
Dom Esmeraldo Barreto de Farias, de Porto Velho (RO).
Dom Airton Jose dos Santos, de Campinas (SP).
Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, de Teresina (PI).
Dom Paulo Mendes Peixoto, de Uberaba (MG).
Dom Jaime Vieira Rocha, de Natal (RN).

A cerimônia será transmitida ao vivo pela TV Canção Nova, a partir das 4h30 da manhã desta sexta-feira.

Fórum articula ações para a Cúpula dos Povos e analisa veto parcial do novo Código Florestal

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Nos dias 24 e 25 de maio, os integrantes do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social estiveram reunidos em Brasília. Como parceira do Fórum, a CNBB foi representada no evento por dom Pedro Luiz Stringhini, bispo de Franca (SP) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz. A reunião resultou na elaboração de uma carta de posicionamento diante da atual conjuntura nacional.
O bispo explicou que o encontro anual dos representes das entidades parcerias serviu para acertar os próximos passos em vista da Rio+20, a Cúpula dos Povos e o debate do novo Código Florestal. “Analisamos as medidas propostas pelo capitalismo internacional para a defesa do meio ambiente, com a chamada ‘economia verde’. Os organismos internacionais que estão próximos de grupos como agricultores, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, não vêem essa solução como eficaz, democrática ou popular. Essa ‘economia verde’ é na verdade mais um instrumento para o capital pintar de verde o capitalismo, que sempre foi tão cinzento”.dompedroluizStringhinimaio2012

A mensagem final da reunião do Fórum reafirmou que a natureza não tem preço, ao dizer que as entidades são contrárias ao discurso que apresenta a economia verde como a solução para os problemas que o planeta. “Somos contrários à economia verde, bem como aos instrumentos apresentados pelo mercado e assumidos pelos governos no bojo da discussão do combate às mudanças climáticas”, afirmou o bispo.

Em relação ao veto parcial ao texto do novo Código Florestal, apresentado nesta sexta-feira, dom Pedro declarou satisfação com a decisão da Presidência da República. “Há tempos que o Fórum e as entidades parceiras vinham lamentado a tramitação e o resultado trágico e negativo que a Câmara dos Deputados apresentou. Por isso, recebemos com bastante conforto, alívio e alegria estes vetos todos da presidente da República. Demonstrou a sensatez, a sensibilidade à opinião, seja de quem trabalha no Ministério do Meio Ambiente, seja dos movimentos sociais e cientistas. É uma vitória, que não é total, mas em que foram vetados pontos que seriam muito nocivos à questão do meio ambiente no Brasil. Isso dá fôlego para que continuemos no trabalho de mobilização, conscientização e participação do nosso povo”.

Fiéis celebram 5 anos da canonização de Frei Galvão

Nesta sexta-feira, 11, a Igreja Católica celebra os cinco anos da canonização de Santo Antonio de Sant’Ana Galvão, o primeiro santo nascido no Brasil.

Frei Galvão foi canonizado por Bento XVI em 11 de maio de 2007, no Campo de Marte, em São Paulo (SP), durante a visita do Papa ao país.

Para celebrar a data, o Arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno de Assis, também presidente daCNBB, presidirá uma Missa neste sábado, 12, no Santuário Arquidiocesano de Frei Galvão a partir das 15h. A Celebração Eucarística será concelebrada pelo Reitor do Santuário, padre Roberto Lourenço da Silva.

TV Canção Nova fará a transmissão ao vivo, a partir das 14h30, da tradicional novena perpétua a Frei Galvão e, em seguida, às 15h, da Santa Missa.

O Santuário Arquidiocesano está localizado no bairro Jardim do Vale, em Guaratinguetá, interior de São Paulo. A igreja foi consagrada a Frei Galvão no dia 30 de setembro de 2000 pelo então Arcebispo de Aparecida, Cardeal Aloísio Lorscheider. No local podem ser encontradas relíquias do santo, como um pedaço de sua batina e um crucifixo de uso pessoal, além de um relicário.

Mais informações pelo telefone (12) 3125 1444.

Quinta-feira Santa – Eucaristia: Sacramento do amor

A celebração da Semana Santa encontra seu ápice no Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-feira Santa, a sexta-feira da paixão e morte do Senhor e a solene Vigília Pascal, no sábado à noite. Esses três dias formam uma grande celebração da páscoa memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus.

A liturgia da Quinta-feira Santa nos fala do amor, com a cerimônia do Lava-pés, a proclamação do novo mandamento, a instituição do sacerdócio ministerial e a instituição da Eucaristia, em que Jesus se faz nosso alimento, dando-nos seu corpo e sangue. É a manifestação profunda do seu amor por nós, amor que foi até onde podia ir: “Como Ele amasse os seus amou-os até o fim”.

A Eucaristia é o amor maior, que se exprime mediante tríplice exigência: do sacrifício, da presença e da comunhão. O amor exige sacrifício e a Eucaristia significa e realiza o sacrifício da cruz na forma de ceia pascal. Nos sinais do pão e do vinho, Jesus se oferece como Cordeiro imolado que tira o pecado do mundo: “Ele tomou o pão, deu graças, partiu-o e distribuiu a eles dizendo: isto é o meu Corpo que é dado por vós.

Fazei isto em memória de ‘ mim. E depois de comer, fez o mesmo com o cálice dizendo: Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22,19-20). Pão dado, sangue derramado pela redenção do mundo. Eis aí o sacrifício como exigência do amor.

O amor, além do sacrifício, exige presença. A Eucaristia é a presença real do Senhor que faz dos sacrários de nossas Igrejas centro da vida e da oração dos fiéis.

A fé cristã vê no sacrário de nossas igrejas a morada do Senhor plantada ao lado da morada dos homens, não os deixando órfãos, fazendo-lhes companhia, partilhando com eles as alegrias e as tristezas da vida, ensinando-lhes o significado da verdadeira solidariedade: “Estarei ao lado de vocês como amigo todos os momentos da vida”. Eis a presença, outra exigência do amor.

A Eucaristia, presença real do Amigo no tabernáculo de nossos templos, tem sido fonte da piedade popular como demonstra o hábito da visita ao Santíssimo e da adoração na Hora Santa. Impossível crer nessa presença e não acolhê-la nas situações concretas do dia-a-dia.

Vida eucarística é vida solidária com os pobres e necessitados. Não posso esquecer a corajosa expressão de Madre Teresa de Calcutá que, com a autoridade do seu impressionante testemunho de dedicação aos mais abandonados da sociedade, dizia: “A hora santa diante da Eucaristia deve nos conduzir até a hora santa diante dos pobres. Nossa Eucaristia é incompleta se não levar-nos ao serviço dos pobres por amor.”

O amor não só exige sacrifício e presença, mas exige também comunhão. Na intimidade do diálogo da última Ceia, Jesus orou com este sentimento de comunhão com o Pai e com os seus discípulos: “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti… que eles estejam em nós” (Jo 17,20-21).

Jesus Eucarístico é o caminho que leva a esta comunhão ideal. Comer sua carne e beber seu sangue é identificar-se com Ele no modo de pensar, nos senti mentos e na conduta da vida. Todos que se identificam com Ele passam a ter a mesma identidade entre si: são chamados de irmãos seus e o são de verdade, não pelo sangue, mas pela fé. Eucaristia é vida partilhada com os irmãos. Eis a comunhão como exigência do amor.

Vida eucarística é amar como Jesus amou. Não é simplesmente amar na medida dos homens o que chamamos de filantropia. É amar na medida de Deus o que chamamos de caridade. A caridade nunca enxerga o outro na posição de inferioridade. É a capacidade de sair de si e colocar-se no lugar do outro com sentimento de compaixão, ou seja, de solidariedade com o sofrimento do outro. Caridade é ter com o outro uma relação de semelhança e reconhecer-se no lugar em que o outro se encontra…

Na morte redentora na cruz, Cristo realiza a suprema medida da caridade “dando sua vida” e amando seus inimigos no gesto do perdão: “Pai, perdoai-lhes pois eles não sabem o que fazem.” A Eucaristia não deixa ficar esquecido no passado esse gesto, que é a prova maior do amor de Deus por nós. Para isso, deixa-nos o mandamento: “Façam isso em minha memória”.

Caridade solidária é o gesto de descer até o necessitado para tirá-lo da sua miséria e trazê-lo de volta a sua dignidade. A Eucaristia é o gesto da caridade solidária de Deus pela humanidade. “Eu sou o Pão da vida que desceu do céu. Quem come deste Pão vencerá a morte e terá vida para sempre”.