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Da Candelária ao Realengo: uma Via Sacra que parece não ter fim

A chacina que aconteceu no último dia 07 de abril, na Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, infelizmente não é a primeira do gênero no Brasil como muitos andam dizendo por aí. Dezoito anos atrás, precisamente na madrugada do dia 23 de julho de 1993 um grupo de extermínio abriu o fogo contra 70 crianças e adolescentes de rua que dormiam ao relento nas imediações da Igreja da Candelária matando oito pessoas, entre as quais seis menores de 18 anos.

Não dá para esquecer isso porque, apesar das diferenças quanto às circunstancias, o movente e o perfil dos assassinos, as duas chacinas têm algo em comum: a idade de suas vítimas, entre 11 e 17 anos, e o fato de terem sido mortas com armas de fogo sem chance de defesa. Na Candelária morreram Paulo Roberto de Oliveira, de 11 anos; Anderson de Oliveira Pereira, de 13 anos: Marcelo Cândido de Jesus, de 14 anos: Valdevino Miguel de Almeida, de 14 anos; “Gambazinho”, de 17 anos e Leandro Santos da Conceição, de 17 anos. No Realengo  faleceram Milena dos Santos Nascimento, de 14 anos; Mariana Rocha de Souza, de 12 anos; Larissa dos Santos Atanásio, de 13 anos; Bianca Rocha Tavares, de 13 anos; Luiza Paula da Silveira Machado, de 14 anos; Laryssa Silva Martins, de 13 anos; Géssica Guedes Pereira, de idade não divulgada; Samira Pires Ribeiro, de 13 anos; Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos e Igor Moraes da Silva, de 13 anos.

Estes meninos e meninas, apesar de terem histórias diferentes, ficaram irmanados num trágico destino. Suas vidas foram prematuramente ceifadas pela violência. Nesse momento pouco importa se uns eram meninos de rua e outros  estudantes. O que interessa mesmo é que todos eles eram crianças e adolescentes. Os meninos da Candelária morreram enquanto sonhavam. Os do Realengo encontraram a morte enquanto estudavam. Os meninos da Candelária estavam na rua. Mas os do Realengo estavam na escola. Os meninos da Candelária morreram no meio da noite. Os do Realengo em pleno dia. Todos eles tiveram seus sonhos abortados. De noite ou de dia, na rua ou na escola, em casa ou na praça, pouco importa: ficaram a mercê da violência. Nós não estamos dando conta de proteger nossas crianças.

Diante da gravidade  destes fatos não dá para surfar nas ondas do sensacionalismo, mas é preciso mergulhar nos fatos para aprofundar a reflexão e encontrar respostas que ajudem a derrotar a violência.

Retomar o mais rápido possível a campanha do desarmamento, desarmar os corpos e os espíritos, boicotar os programas televisivos e os jogos eletrônicos que incentivam a violência, derrotar a prática do bullying, educar à solução não violenta dos conflitos, intensificar os programas de tratamento destinados aos portadores de psicopatologias, promover a solidariedade, incentivar a cultura do cuidado pela vida, do respeito pelas diferenças e da  atenção à pessoa são passos imprescindíveis para evitar estas tragédias e construir a cultura da paz. Comportamentos como aquele do autor da chacina poderiam ser previstos e evitados se houvesse uma atenção especial para com as pessoas, sobretudo com aquelas que, desde pequenas, apresentam transtornos e dustúrbios psicóticos.

Espero que estas tragédias, além de provocar nossa comoção, nos convoquem a um compromisso firme em defesa da vida. Sugiro, enfim, que as famílias das vítimas, a quem manifestamos a nossa solidariedade,  estudem a oportunidade de uma ação indenizatória contra a empresa responsável pela fabricação das balas e das armas  que foram utilizadas para assassinar estas crianças na mesma linha das ações impetradas por doentes de câncer contra as empresas produtoras de cigarro. Quem sabe que tal artifício não contribua a diminuir a produção e  a comercialização de armas e de munição.

Artigo escrito por:

Padre Saverio Paolillo (Pe. Xavier)

Pastoral do Menor
Arquidiocese de Vitória – ES
Rede Aica – Atendimento Integral á Criança e ao Adolescente

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Prevenir ou proibir?

Dom Antonio Augusto Dias Duarte

Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro – RJ

Recentes e dolorosos acontecimentos vividos por adolescentes, seus pais e parentes, seus professores, bem como por policiais, religiosos e políticos envolvidos nesses momentos difíceis da Cidade Maravilhosa, conduzem o povo e toda a sociedade brasileira às necessárias e inadiáveis interrogações abaixo escritas.

O que está acontecendo no meio social para que tanta violência nunca acabe? Será uma falta de maiores proibições, seja por meio de leis mais claras e exigentes, seja por ações policiais mais repressivas? Será que só campanhas de desarmamento da população, motivadas por emoções momentâneas, resolverão toda essa violência?

Essas perguntas certamente suscitarão variadas e discutíveis respostas que não cabem nessas linhas, mas cabe à Igreja Católica, como Mãe e Mestra, ir ao encontro dessas interrogações e dar a cada uma delas um giro de 180º.

A maternidade espiritual e a pedagogia milenar da nossa Igreja conduzem nessas horas de dor e de questionamentos a uma posição sábia e serena, partindo de umas palavras do seu divino fundador, Jesus Cristo.

Diante das mortes violentas acontecidas no seu tempo Jesus não as questionou como se elas fossem castigo de Deus para os falecidos por esses serem pecadores, mas advertiu aos que lhe levavam essa questão dolorosa e misteriosa no sentido que eles – e a humanidade ao longo dos tempos – se convertessem, pessoal e profundamente, para que também não perecessem.

A conversão de uma sociedade onde a violência acontece dar-se-á na medida em que os homens e as mulheres que a constituem se convertam, não só dos seus pecados, mas principalmente se tornem pessoas capazes de perceberem os sinais de desordens afetivas, psíquicas e sociais dentro das famílias, das escolas e dos ambientes de trabalho e de diversão.

Geralmente, os desequilíbrios humanos são “anunciados” no tempo devido e poderiam ser preventivamente vigiados, cuidados e até mesmo curados, se nas famílias, nas escolas, nas comunidades, houvessem pessoas convertidas em cidadãos responsáveis pelo futuro da sociedade, especialmente pelo futuro da infância e da adolescência brasileira.

Dizem – nem sempre é regra geral – que os brasileiros só trocam as fechaduras das portas depois que suas casas são assaltadas, e vão a procura de “soluções-mágicas” para os problemas de sempre. Acontece que uma prevenção de desequilíbrios comportamentais pode ser uma “solução-mágica” desde que as famílias brasileiras tenham consciência de que não são simples moradias, mas lares onde se tornam realidades projetos divinos a favor dos homens, começando pelo principal projeto: ser uma família onde a única lei é a do amor gratuito, generoso, concreto e fiel.

Os desajustes sociais e os desequilíbrios mentais se desenvolvem, geralmente, em pessoas que nasceram e cresceram em lares frios, violentos, desajustados emocionalmente, onde o amor não existia ou só era reclamado e não vivido pessoal e familiarmente.

A Igreja Católica, Mãe e Mestra e perita em humanidade, deseja ser mais ouvida e valorizada quando, a serviço de todas as pessoas, independentemente de suas crenças e condições sociais, anuncia que a família tem sua fundação no casamento entre um homem e uma mulher, tem seus momentos de equilíbrio e ajuste das relações humanas no amor, no perdão, na reconciliação e… na prevenção a partir da percepção de sinais significativos de desequilíbrios.

Não são suficientes as “soluções-mágicas” procedentes de segmentos políticos e de segurança pública extra-familiares, se “as portas da vida”, que é a família bem constituída e sadia, emocional e socialmente, continuarem sem as medidas políticas, econômicas e educacionais favoráveis e eficazes para um correto desenvolvimento psíquico, ético e social do ser humano, dentro da normalidade do amor dos pais, dos irmãos, dos colegas de escola, numa palavra, dentro do valor insubstituível do amor-respeito pelos diferentes ou pelos que vivem carentes de paz interior.

Será que as tragédias só são capazes de despertar emoções que são instantâneas e com pouca inteligência para resolvê-las?

A Igreja Católica deseja que com prevenções mais racionais e vigilantes se possa despertar os corações humanos para que se criem famílias melhor assistidas, para que se desenvolvam políticas educacionais mais amplas e que incluem valores religiosos e cívicos suficientemente fortes para dar equilíbrio humano às crianças e aos jovens, para que hajam projetos de comunicação social, cada vez mais benéficos à humanidade, especialmente para essas partes do mundo tão queridas por Deus como é a infância e a adolescência.

Oxalá esses dramas humanos recentemente vividos no Rio de Janeiro conduzam à prevenção justa e amorosa e não só a leis repressivas projetadas e depois aprovadas pelo Congresso Nacional!

4º Dor de Maria: Caminho do Calvário

Hoje rezemos pelas mães que enfrentam um calvário com seu filhos nas drogas, principalmente o crak. Mãe das Dores, ensina-nos a resistir com a mesma perseverança que viste seu filho, nosso Senhor, sacrificar-se no calvário, as dores das drogas. Pai dai-nos perseverança para acreditarmos na ressureição assim como Maria. Ensinai-nos a caminharmos firmes na fé. Olhai ainda pelas mães da tragédia da escola de realengo. Senhor nós te pedimo paz.

Leitura do evangelho de Jesus Cristo segundo São Luca – Lc 23, 26 a 31

E quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.

E seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais batiam nos peitos, e o lamentavam.

Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos.

Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!

Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos.

Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?

Palavra da Salvação. Gloria a vós Senhor. Amém

Missa de 7º dia pelas crianças assassinadas em Realengo-RJ

O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, presidi, nesta quarta-feira, 13, às 9h, a Missa de 7º dia pelas 12 crianças vítimas da violência na Escola Municipal Tasso Fragoso da Silveira.

A Celebração Eucarística será na Rua General Bernardino de Matos, em Realengo, próximo à Escola Municipal, onde aconteceu a tragédia na última quinta-feira, 7. A decisão de transferir a Missa — anteriormente programada para o pátio do colégio — para um local público foi devido ao grande número de fiéis que têm demonstrou o desejo de participar deste momento de solidariedade e fé cristã.

 

OAB defende nova discussão sobre desarmamento

 

Diga não as armas e sim a vida

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defendeu neste domingo, 10, a retomada da discussão sobre o desarmamento no Brasil. Para o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, o massacre que deixou 12 crianças mortas, na última quinta-feira, deve servir como reflexão para os riscos que a sociedade corre com o livre acesso de cidadãos a armas de fogo.

“Uma tragédia como essa, infelizmente, acaba servindo de lição, por conta da facilidade com que se consegue adquirir armas no Brasil. Esse rapaz [Wellington de Oliveira, autor dos disparos] não era membro de quadrilha, não era do crime organizado, era um descontrolado que tinha acesso com facilidade a uma arma”, disse.

Em 2005, em um referendo que perguntava “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”, 63,94% dos brasileiros disseram não ao desarmamento contra 36,06% que votaram pelo fim do acesso às armas.

“Talvez a sociedade brasileira tenha amadurecido do referendo para cá”, pondera Damous. Na avaliação do jurista, a retomada do debate nacional sobre o desarmamento poderia ser feita inclusive com a convocação de um novo referendo. “Essa é uma discussão que merece ser feita democraticamente. Um novo referendo seria oportuno e democrático”.

Damous lembra que a legalidade do porte de armas no Brasil é responsável por “tragédias domésticas diárias” e acaba abastecendo grupos criminosos. “Não há porque o cidadão, a sociedade civil estar armada. Quando o cidadão tenta usar a arma normalmente é morto ou tem a arma roubada e aumenta o poder de fogo dos criminosos. E a arma ainda incentiva a noção de fazer justiça com as próprias mãos, o que exime o Estado da responsabilidade de garantir a segurança”, avalia Damous.

Saiba mais

Atentado a escola do Rio entristece o Brasil e levanta questão do desarmamento civil

Fonte Canção Nova

Imagem Internet

 

Darwinismo social

Frei Betto*

A catástrofe na região serrana do Rio de Janeiro é noticiada com todo alarde, comove corações e mentes, mobiliza governo e solidariedade. No entanto, cala uma pergunta: de quem é a culpa? Quem o responsável pela eliminação de tantas vidas?

Do jeito que o noticiário mostra os efeitos, sem abordar as causas, a impressão que se tem é de que a culpa é do acaso. Ou se quiser, de São Pedro. A cidade de São Paulo transbordou e o prefeito em nenhum momento fez autocrítica de sua administração. Apenas culpou o excesso de água caída do céu. O mesmo cinismo se repetiu em vários municípios brasileiros que ficaram sob as águas.

Ora, nada é por acaso. Em 2008, o furacão Ike atravessou Cuba de Sul a Norte, derrubou 400 mil casas, deu um prejuízo de US$ 4 bilhões. Morreram 7 pessoas. Por que o número de mortos não foi maior? Porque em Cuba funciona o sistema de prevenção de catástrofes naturais. No Brasil, o governo promete instalar um sistema de alerta… em 2015!
O ecocídio da região serrana fluminense tem culpados. O principal deles é o poder público, que jamais promoveu reforma agrária no Brasil. Nossas vastas extensões de terra estão tomadas pelo latifúndio ou pela especulação fundiária. Assim, o desenvolvimento brasileiro se deu pelo modelo saci, de uma perna só, a urbana.
Na zona rural faltam estradas, energia (o Luz para Todos chegou com Lula!), escolas de qualidade e, sobretudo, empregos. Para escapar da miséria e do atraso, o brasileiro migra do campo para a cidade. Assim, hoje mais de 80% de nossa população entope as cidades.

Nos países desenvolvidos, como a França e a Itália, morar fora das metrópoles é desfrutar de melhor qualidade de vida. Aqui, basta deixar o perímetro urbano para se deparar com ruas sem asfalto, casebres em ruínas, pessoas que estampam no rosto a pobreza a que estão condenadas.

Nossos municípios não têm plano diretor, planejamento urbano, controle sobre a especulação imobiliária. Matas ciliares são invadidas, rios e lagoas contaminados, morros desmatados, áreas de preservação ambiental ocupadas. E ainda há quem insista em flexibilizar o Código Florestal!

Darwin ensinou que, na natureza, sobrevivem os mais aptos. E o sistema capitalista criou estruturas para promover a seleção social, de modo que os miseráveis encontrem a morte o quanto antes.

Nas guerras são os pobres e os filhos dos pobres os destacados para as frentes de combate. Ingressar nos EUA e obter documentos legais para ali viver é uma epopeia que exige truques e riscos. Mas qualquer jovem latino-americano disposto a alistar-se em suas Forças Armadas encontrará as portas escancaradas.

Os pobres não sofrem morte súbita (aliás, na Bélgica se fabrica uma cerveja com este nome, Mort Subite). A seleção social não se dá com a rapidez com que as câmaras de gás de Hitler matavam judeus, comunistas, ciganos e homossexuais. É mais atroz, mais lenta, como uma tortura que se prolonga dia a dia, através da falta de dinheiro, de emprego, de escola, de atendimento médico etc.

Expulsos do campo pelo gado que invade até a Amazônia, pelos canaviais colhidos por trabalho semiescravo, pelo cultivo da soja ou pelas imensas extensões de terras ociosas à espera de maior valorização, famílias brasileiras tomam o rumo da cidade na esperança de uma vida melhor.

Não há quem as receba, quem procure orientá-las, quem tome ciência das suas condições de saúde, aptidão profissional e escolaridade das crianças. Recebida por um parente ou amigo, a família se instala como pode: ocupa o morro, ergue um barraco na periferia, amplia a favela.

E tudo é muito difícil para ela: alistar-se no Bolsa Família, conseguir escola para os filhos, merecer atendimento de saúde. Premida pela sobrevivência, busca a economia informal, uma ocupação qualquer e, por vezes, a contravenção, a criminalidade, o tráfico de drogas.

É esse darwinismo social, que tanto favorece a acumulação de muita riqueza em poucas mãos (65% da riqueza do Brasil estão em mãos de apenas 20% da população), que faz dos pobres vítimas do descaso do governo, da falta de planejamento e do rigor da lei sobre aqueles que, ansiosos por multiplicar seu capital, ignoram os marcos regulatórios e anabolizam a especulação imobiliária. E ainda querem flexibilizar o Código Florestal, repito.

* Escritor e assessor de movimentos sociais

Fonte CEBsuai

Luteranos se mobilizam para ajudar flagelados

Luteranos estão mobilizando comunidades em ações de solidariedade às vítimas das chuvas e enchentes nas cidades de Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro. As famílias perderam casas, carros, mobiliário e objetos pessoais.

O assessor da presidência da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), pastor Romeu Martini, enviou carta às paróquias e instituições de serviço pedindo intercessões, informando as ações dos grupos locais e motivando sua rede de comunidades no esforço solidário.

O pastor sinodal Guilherme Lieven, do Sínodo Sudeste, enviou carta pastoral informando que organiza iniciativas solidárias a partir de ministros ordenados, membros de diretorias paroquiais e do Conselho Sinodal nestas cidades.

O Sínodo Sudeste já foi contatado por instâncias e instituições da IECLB e do mundo ecumênico. Lieven agradece o contato, sugere aguardar orientações mais claras, inicia a campanha de solidariedade e disponibiliza a conta bancária (Sínodo Sudeste – IECLB, CNPJ 02511070/0001-30, Banco Itaú, ag. 0057, Conta corrente 48031-1), pedindo que informem os recursos depositados (sinodosudeste@luteranos.com.br), a serem convertidos em água, colchões e alimentos.

Em Nova Friburgo, o contato tem sido feito com os pastores Adélcio Kronbauer e Armindo Müller. Está sendo formada uma comissão de solidariedade. Linhas telefônicas ainda não foram completamente restabelecidas. Em Petrópolis, a Comissão local terá a participação da Paróquia Luterana, através de Walter Berner.

O Sínodo Sudeste coordenará também campanha de doações, numa proposta de solidariedade a ser desenvolvidas a médio prazo, para atender à necessidade das famílias nos próximos meses, informou o pastor sinodal. As comissões locais são integradas por pessoas de diversas igrejas cristãs, entidades não governamentais e prefeituras locais, para que as iniciativas sejam articuladas.

Fonte: CONIC

Paróquia do Horto, em Ipatinga, realiza campanha pro vítimas das chuvas

A Paróquia Nossa Senhora da Esperança, do bairro Horto em Ipatinga-MG,  em parceria com a Padaria do Horto está realizando uma campanha para ajudara as vítimas das enchentes de Minas, Rio e São Paulo. O material arrecadado será entregue a Cruz Vermelha de Belo Horizonte.

Onde doar

As doações poderão ser entregues na Secretaria Paroquial, que fica próximo a praça do Horto, ou na Padaria do Horto. Participe desta campanha fazendo também divulgação da mesma.

Podem ser doadas: roupas em condições de uso, calçados, alimentos não perecíveis, material de limpeza e higiene pessoal, água mineral.  Colabore.

Por Marquione Ban

Conferência Episcopal Italiana doa um milhão de euros para ajudar as vítimas da tragédia no Rio

 

Conferência Italiana fez doações para vítimas da região Serrana

Conferência Episcopal Italiana enviou à Região Serrana do Rio de Janeiro, 10 toneladas de materiais (roupa, alimento, material de higiene pessoal e limpeza e água). A doação vai atender, segundo informações da diocese de Petrópolis (RJ), os municípios de Petrópolis [2 paróquias]; Teresópolis [3 paróquias];Areal [1]; São José do Vale do Rio Preto [2]. Além desta doação, a diocese de Petrópolis recebeu a doação de um milhão de euros da Conferência Italiana.

Dom Filippo Santoro, bispo diocesano de Petrópolis, disse que as doações estão chegando de várias dioceses brasileiras, de empresas e instituições ligadas a Igreja Católica, como a Cáritas Brasileira e Internacional e da Conferência Episcopal Italiana. “A solidariedade as vítimas é muito grande. A Igreja Católica no Brasil está mobilizada para atender as vítimas na Região Serrana”.

O bispo de Petrópolis explicou que a doações que chegam as paróquias atingidas pela chuva, são levadas para os desabrigados ou para famílias que estão em locais de difícil acesso. “Estamos contando com voluntários que utilizam carro e motos, e até mesmo a pé, para fazer chegar aos sobreviventes todo material necessário para viverem este momento”.

Aplicação do dinheiro

O dinheiro arrecadado pela diocese de Petrópolis, inclusive o doado pela Cáritas Brasileira e pela Conferência Italiana, está sendo usado para a compra de material específico para as famílias, como roupa íntima e de higiene pessoal, quando falta nas paróquias para atender as vítimas. A matéria referente às doações é destaque no site oficial da Conferência Episcopal Italiana, nesta segunda-feira, 17.

Saiba Mais:

Conferência Episcopal Italiana

Fonte: Diocese de Petrópolis

Papa envia mensagem de solidariedade às vítimas da chuva no Rio

O papa Bento XVI enviou, nesta sexta-feira, 14, mensagem de solidariedade às vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. Em telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcísio Bertone, o papa se diz “consternado com as trágicas consequências das fortes chuvas que atingiram a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, particularmente Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo”.

Bento XVI manifesta sua “solidariedade espiritual ao querido povo fluminense, nessa hora difícil” e “recomenda as vítimas a Deus misericordioso e implora a assistência e consolação divina para os desalojados e quantos sofrem física e moralmente, enviando-lhes uma propiciadora bênção apostólica”. O telegrama foi enviado ao bispo de Petrópolis, dom Filippo Santoro.

Os números da maior tragédia climática do país não param de crescer. Os mortos já passam de 580 e são milhares de desabrigados e desalojados na região serrana do Rio. A presidente Dilma Rousseff decretou ontem luto oficial de três dias pelas vítimas dos temporais que assolaram vários municípios do País. Neste sábado, o governador do Rio, Sérgio Cabral, decretou luto oficial de sete dias no Estado.

Solidariedade
A solidariedade vem de toda parte do país. O bispo de Petrópolis, dom Filippo Santoro, e o de Nova Friburgo, dom Edney Gouvêa Mattoso, percorreram as áreas atingidas de suas respectivas dioceses cujos padres, seminaristas e religiosos estão trabalhando no atendimento às famílias desabrigadas ou desalojadas. As paróquias e casas religiosas estão recebendo as famílias que perderam tudo e não têm onde dormir e como se alimentar. Também se transformaram em postos de arrecadação de donativos.

Os seminaristas da diocese de Petrópolis passaram o dia 13 doando sangue para o atendimento emergencial dos feridos mais graves. Foi aberta também uma conta chamada “SOS Serra”, no Bradesco – agência 4014, conta 114134-1 – da mitra diocesana.

“A situação na Diocese de Petrópolis é dramática, sobretudo nos dois focos da própria cidade de Petrópolis, em particular Itaipava, no Vale de Cuiabá, e em Teresópolis, onde o desastre é ainda maior. Os padres estão todos mobilizados, as igrejas estão à disposição, recolhendo desabrigados em primeiro lugar, dando primeiros socorros, as refeições diárias e recolhendo mantimentos”, ressaltou Dom Filippo Santoro.

A CNBB e a Caritas Brasileira também lançaram a campanha SOS SUDESTE. As doações podem ser feitas pelas contas Caixa Econômica Federal – Agência 1041 – OP. 003 – Conta Corrente 1490-8 ou
Banco do Brasil – Agência 3475-4 – Conta Corrente 32.000-5.

Fonte CNBB

Imagem da Internet

Saiba como ajudar as vítimas das chuvas na região sudeste em especial do Rio de Janeiro

Diante do momento preocupante que vive a Região Serrana do Rio de Janeiro, muitos têm se mobilizado para ajudar os desabrigados pelas enchentes e deslizamentos, decorrentes das fortes chuvas que começaram no domingo, 9. São mais de 500 mortes confirmadas pelo balanço divulgado pelas prefeituras, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.

Juntamente com a Cáritas Brasileira, a CNBB lançou, nesta quinta-feira, 12, a Campanha “SOS SUDESTE”, com o objetivo de arrecadar dinheiro que será doado às regiões atingidas pelas chuvas. O presidente da Cáritas, dom Demétrio Valentini sugere que no dia 30 de janeiro, todas as dioceses façam uma coleta em favor das vítimas das chuvas. Da mesma forma, o cardeal arcebispo de São Paulo (SP), dom Odilo Pedro Scherer, deu início à campanha “Apelo à solidariedade em favor das vítimas da catástrofe na Região Serrana do Rio de Janeiro”, através da Cáritas São Paulo. As ajudas serão encaminhadas às Cáritas das dioceses de Petrópolis e Nova Friburgo, localizadas nas áreas atingidas pela tragédia em questão.

O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, nesta quinta-feira, 13, salientou que as dioceses de Petrópolis e Nova Friburgo, e também a Cáritas Metropolitana, estão se mobilizando para atender as vítimas das chuvas. Através da Cáritas arquidiocesana, a arquidiocese do Rio já enviou R$ 20 mil para as dioceses de Nova Friburgo e Petrópolis e uma tonelada de roupas para Teresópolis.

O vigário geral da diocese de Petrópolis, monsenhor Paulo Daher, disse que os 60 párocos das 44 paróquias da diocese – que abrange o município de Teresópolis – estão mobilizados para acolher desabrigados e disponibilizar espaços nas igrejas para recepção de corpos.

Já a Cruz Vermelha do Rio está recebendo donativos para os desabrigados na sede da entidade, na Praça Cruz Vermelha, nº 10, no Centro do Rio. Os itens de maior necessidade são: água mineral, alimentos de pronto consumo (massas e sopas desidratadas, biscoitos, cereais), leite em pó, colchões, roupa de cama e de banho e cobertores.

Saúde

Segundo o Ministério da Saúde, mais de 7 toneladas de medicamentos e insumos estão sendo enviadas ao estado do Rio de Janeiro. São 30 kits compostos por antibióticos, antiinflamatórios, antiparasitários, analgésicos, antitérmicos, anti-hipertensivos, ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras, cateteres e seringas, capazes de suprir 45 mil pessoas por um período de um mês.

Com o objetivo de atender aos feridos pela tragédia, o Instituto Estadual de Hematologia do Rio de Janeiro (Hemorio) iniciou uma campanha para doação de sangue. O Hemorio fica na Rua Frei Caneca, 8, no centro da capital fluminense, e funciona das 7h às 18h, todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados.

Para maiss informações ou dúvidas, o telefone do Hemorio é 0800-282-0708.

Para doações em dinheiro:

Campanha “SOS Sudeste”(CNBB e Cáritas Brasileira)
Caixa Econômica Federal (CEF)
Agência 1041 – OP. 003
Conta Corrente 1490-8

ou
Banco do Brasil
Agência 3475-4
Conta Corrente 32.000-5.

Cáritas da arquidiocese de São Paulo
Banco Itaú
Agência 7657
Conta Corrente 10.834-1

Cáritas da arquidiocese do Rio de Janeiro
Banco Bradesco
Agência 0814-1
Conta 48500-4

“SOS Serra” (Diocese de Petrópolis)
Banco Bradesco
Agência 4014
Conta 11.4134-1

Foto: Agência Brasil

CNBB e Caritas lançam campanha SOS Sudeste

Bombeiros resgatam corpos por onde passam e mais corpos enlameados à margem das estradas aguardam remoção. Bairros inteiros desapareceram soterrados ou arrastados. Morros desintegraram sobre a cidade e pedras enormes, árvores, casas, carros, prédios e todo tipo de objeto e de construções que estavam no caminho das águas foram arrastados durante a madrugada de terça para quarta-feira (11 e 12/1). Corpos são vistos levados pela correnteza. Rios de barro inundam parte de três municípios do Rio de Janeiro: Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.

Estradas interditadas, comunicações bloqueada. Famílias inteiras decompostas, mortas pela fúria da tempestade. Defesa Civil e Corpo de Bombeiro ainda não têm o número total de mortos, desaparecidos e desabrigados e, até que se acabe de calcular os prejuízos, o noticiário segue informando, várias vezes no dia, novos números da contabilidade. Contudo, uma coisa já se sabe: o número de mortes deverá ultrapassar 400 corpos já encontrados pelas equipes de bombeiros, pela Cruz Vermelha e pelas pessoas que se apresentam como voluntárias.

Chuvas cujos índices pluviométricos ultrapassam as médias históricas somadas à suspeita da ocorrência de uma tromba d’água que teria provocado a um possível estouro de uma barragem situada em Barra do Imbuí, em Teresópolis, bem como o transbordamento dos rios da região são as prováveis causas desse cenário de tragédia e de desolação.

Vistoria – Hoje pela manhã, quando as correntezas se acalmaram, os deslizamentos deram uma trégua e a chuva, que continua a encharcar o solo fluminense, surgiu mais amena, foi possível visualizar o estrago. A presidente da República, Dilma Rousseff, saiu de Brasília às 10h para uma vistoria no local. A cena, que se repete todo ano, revela o quadro de perdas, desolamento e desespero dos sobreviventes e despreparo dos poderes públicos locais que, embora tenham o mapeamento das áreas de risco, não apresentaram, nos últimos anos, nenhum projeto urbano de prevenção de acidentes e de ocupação da cidade. O resultado disso é um cenário de morte, caos e destruição na Região Serrana do Rio como se os três municípios tivessem recém saído de um violento tsunami seguido de terremoto.

Campanha SOS Sudeste – Assim como no Rio, as chuvas castigam toda a Região Sudeste. De acordo com a Defesa Civil, mais de 1 milhão de pessoas já estão afetadas pelos temporais. Inundações, enchentes, deslizamentos, mortes e desabrigo atingem também municípios inteiros nos Estados de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. Diante desse cenário, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira, atendendo à sua missão, lançaram hoje (13) uma campanha nacional de emergência. A SOS Sudeste visa a mobilizar ajuda para a população da Região Sudeste afetada pelas chuvas.

A solidariedade poderá vir em forma de recursos financeiros e deverá ser depositada na conta da Caixa Econômica Federal (CEF) – Agência 1041 – OP. 003 – Conta Corrente 1490-8; ou na do Banco do Brasil – Agência 3475-4 – Conta Corrente 32.000-5.

Neste primeiro momento, os recursos financeiros doados serão investidos em fornecimento de água mineral, material de limpeza e de higiene, colchões, cobertores, cesta básica e remédio, dentre outras necessidades imediatas. O vigário geral da Diocese de Petrópolis, monsenhor Paulo Daher, disse que os 60 párocos das 44 paróquias da Diocese – que abrange o município de Teresópolis – estão mobilizados para acolher desabrigados e disponibilizar espaços nas igrejas para recepção de corpos. As Cáritas de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis estão mobilizadas. Apesar de terem um mapeamento das áreas de risco, as três cidades não têm projeto de prevenção. A Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro também está mobilizada e lançou a campanha SOS Cáritas Arquidiocesana, cuja conta é no Bradesco, Agência 0814-1 e Conta Corrente 48.500-4.

Quadro desolador – De acordo com informações da imprensa, com apenas dois dias de chuva, a cidade não suportou e desabou sobre as pessoas. Já passa de 350 o número de mortos na Região Serrana do Rio. Em apenas dois dias, o número de desabrigados ultrapassa seis mil pessoas. Informações da assessoria de imprensa da Presidência da República dão conta de que a presidente Dilma Rousseff e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, sobrevoaram, na manhã de hoje, as áreas atingidas para avaliar os estragos. Os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, estão no Rio.

Fonte: Caritas Brasil

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