O saneamento e o acesso à água são direitos humanos que os governos devem respeitar, diz manifestação do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), reunido em Genebra de 16 a 22 de fevereiro. O documento lembra que em julho do ano passado a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou resolução nesse sentido.
O CMI instou as 349 igrejas membros, de 110 países, para que continuem destacando em seus territórios o direito à água como um direito à vida. Desde a Assembleia de Porto Alegre, reunida na capital gaúcha em 2006, o organismo ecumênico empreende esforços nesse sentido, criando, inclusive, a Rede Ecumênica da Água, que promove a conservação, a gestão responsável e a distribuição equitativa da água.
“Como igrejas somos chamadas a servir e ser exemplo no modo em que utilizamos e compartilhamos a água”, diz a declaração do CMI. O Comitê Central do organismo ecumênico estimulou governos a que continuem mantendo seu compromisso, mas tomem também outras medidas com o fim de “incorporar o direito à água e ao saneamento na legislação e nas políticas nacionais”.
A declaração assinala que só uns poucos países, como o Reino Unido e o Canadá, continuam opondo-se ao pleno reconhecimento do direito água e ao saneamento. O CMI propôs a introdução no Conselho de Direitos Humanos da ONU de um relator especial sobre assuntos de água.
“O reconhecimento da água e do saneamento como direitos humanos faz parte da construção de uma paz justa”, frisou a coordenadora da Rede Ecumênica da Água, Maike Gorsboth.
Fonte CONIC
Imagem Unicef/internet