Arquivo da categoria: Papa Bento XVI

Dois Papas: um singelo e profundo diálogo sobre a Igreja

Neste mês de dezembro a Netflix lançou o filme, que ao meu ver o melhor, Dois Papas. O filme narra a história por trás da eleição de Bento XVI, sua renúncia e a escolha de Francisco a partir do ponto de vista do então papa Bento XVI, bem como o drama em assumir a missão de Francisco. Chega a ser uma biografia. Alerto que o filme é ficção baseada em fatos reais. Não é todo verdade, mas transmite sentimentos reais.

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Um das cenas finais com Francisco já papa e Bento XVI emérito. 

E que ganho foi este filme para a Igreja. Antes de vê-lo eu me preparei pensando que veria bastidores tendenciosos a criticar de forma pejorativa a Igreja, o papa, principalmente Bento XVI. Quebrei a cara.  O filme é singelo. Um diálogo cativante e generoso. Digno da intelectualidade de Bento XVI e da simplicidade de Francisco. É forte como os dois.

dois-papas-poster-bode-na-salaDois Papas nos colocam no olhar de cada um. No sofrer de cada um deles. Um papa pesado pela por ser conservador e outro por querer reformas que são modernas demais para alguns. Há um diálogo que é claro e notória a diferença entre um e outro, mas que ao fim confirmam apenas que os dois desejam uma só coisa: levar Cristo ao mundo por meio da Igreja sem corromper sua mensagem.

Aconselho a cada cristão, principalmente os católicos a verem este filme. Repito, é ficção baseada em fatos reais. Não tomem tudo como verdade. Meirelles, diretor, sobre muito bem abordar a crise que a Igreja vivia ainda com João Paulo II, em seu final de papado, e continua no papado de Bento XVI. E que afeta até hoje o papado de Francisco.

O filme é sobre missão. Qual foi e é a de cada papa. Recomendo vocês verem.

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Veja e descubra como os dois foram parar no meio do povo. 

Ah! O filme ainda conta com as atuações fenomenais de Anthony Hopkins e Jonathan Pryce nos papeis de Bento XVI e Francisco respectivamente.  Confira o trailer:

por Marquione Ban

Bento XVI comemora 90 anos

O Papa Emérito Bento XVI (Ele renunciou como pontífice em 2013) fez aniversário no domingo de Páscoa. Mas, só comemorou seus 90 anos na segunda. E fez uma festa que surpreendeu muitos pelo mundo.

Aparentemente frágil, Bento XVI comemorou os 90 anos bebendo uma boa cerveja. Gente como a gente, não é? Bento é nativo da Bavária e passou com visitantes de lá e seu irmão, monsenhor Georg Ratzinger, que também bebeu cerveja. O papa ainda admirou uma cesta de presentes cujo os itens incluíram salsichas alemãs.

Parabéns Bento XVI pelos seus 90 anos. Muitos deles dedicados a Igreja de Cristo e ao seu rebanho. Felicidades! Viva a Bento XVI!

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Acima na foto o primeiro-ministro da Bavária, Horst Seehofer, o Papa emérito Bento XVI e o irmão dele, monsenhor Georg Ratzinger, bebem cerveja na comemoração dos 90 anos de Bento XVI no Vaticano, na segunda (17) (Foto: L’Osservatore Romano/Pool Photo via AP)

Por Marquione Ban

 

Catequese com Bento XVI: “Jesus está presente na Eucaristia. Mas como?”

No dia 15 de outubro de 2005, o Santo Padre Bento XVI encontrou-se com diversas crianças que estavam se preparando para receber pela primeira vez a Eucaristia. Nesse bate-papo com os pequenos, o Pontífice deixou ensinamentos precisos sobre este tão grande mistério.

O jovem André perguntou ao Papa: A minha catequista, ao preparar-me para o dia da minha Primeira Comunhão, disse-me que Jesus está presente na Eucaristia. Mas como? Eu não o vejo!

Bento XVI respondeu: Sim, não o vemos, mas existem tantas coisas que não vemos e que existem e são essenciais. Por exemplo, não vemos a nossa razão, contudo temos a razão. Não vemos a nossa inteligência e temo-la. Não vemos, numa palavra, a nossa alma e todavia ela existe e vemos os seus efeitos, pois podemos falar, pensar, decidir, etc… Assim também não vemos, por exemplo, a corrente eléctrica, mas sabemos que  ela existe, vemos este microfone como funciona; vemos as luzes. Numa palavra, precisamente, as coisas mais profundas, que sustentam realmente a vida e o mundo, não as vemos, mas podemos ver, sentir os efeitos. A eletricidade, a corrente não as vemos, mas a luz sim. E assim por diante. Desse modo, também o Senhor ressuscitado não o vemos com os nossos olhos, mas vemos que onde está Jesus, os homens mudam, tornam-se melhores. Cria-se uma maior capacidade de paz, de reconciliação, etc… Portanto, não vemos o próprio Senhor, mas vemos os efeitos: assim podemos entender que Jesus está presente. Como disse, precisamente as coisas invisíveis são as mais profundas e importantes. Vamos, então, ao encontro deste Senhor invisível, mas forte, que nos ajuda a viver bem.

O Papa bento XVI, em breves palavras, afirmou que a presença de Jesus é real na Eucaristia, independentemente se esta não seja “perceptível” aos olhos humanos, porém, este fato não afasta a realidade de que Cristo está presente na Eucaristia.

A pequena Anna perguntou: Caro Papa, poderias explicar-nos o que Jesus queria dizer quando disse ao povo que o seguia: “Eu sou o pão da vida”?

O Pontífice respondeu que: Deveríamos, esclarecer o que é o pão, pois hoje nós temos uma cozinha requintada e rica de diversíssimos pratos, mas nas situações mais simples o pão é o fundamento da nutrição e se Jesus se chama o pão da vida, o pão é, digamos, a sigla, uma abreviação para todo o nutrimento. E como temos necessidade de nos nutrir corporalmente para viver, assim como o espírito, a alma em nós, a vontade, tem necessidade de se nutrir. Nós, como pessoas humanas, não temos somente um corpo, mas também uma alma; somos seres pensantes com uma vontade, uma inteligência, e devemos nutrir também o espírito, a alma, para que possa amadurecer, para que possa alcançar realmente a sua plenitude. E, por conseguinte, se Jesus diz ‘eu sou o pão da vida’, quer dizer que Jesus próprio é este nutrimento da nossa alma, do homem interior do qual temos necessidade, porque também a alma deve nutrir-se. E não bastam as coisas técnicas, embora sejam muito importantes. Temos necessidade precisamente desta amizade de Deus, que nos ajuda a tomar decisões justas. Temos necessidade de amadurecer humanamente. Por outras palavras, Jesus nutre-nos a fim de que nos tornemos realmente pessoas maduras e a nossa vida se torne boa.

Por fim, o jovem Adriano perguntou ao Sumo Pontífice: Santo Padre, disseram-nos que hoje faremos a Adoração Eucarística. O que é? Como se faz? Poderias explicar-nos isso?

Bento XVI afirmou: A adoração é reconhecer que Jesus é meu Senhor, que Jesus me mostra o caminho a tomar, me faz entender que vivo bem somente se conheço a estrada indicada por Ele, somente se sigo a via que Ele me mostra. Portanto, adorar é dizer: “Jesus, eu sou teu e sigo-te na minha vida, nunca gostaria de perder esta amizade, esta comunhão contigo”. Poderia também dizer que a adoração, na sua essência, é um abraço com Jesus, no qual eu digo: “Eu sou teu e peço-te que estejas também tu sempre comigo”.

Com essas palavras do Papa Bento XVI dirigidas às pequenas crianças na Alemanha, aprendemos que Jesus está presente na Eucaristia, mesmo que não O vejamos, pois Sua presença está além dos nossos sentidos. Aprendemos que Ele, o Pão da Vida, deseja nos alimentar, para que, em meio ao mundo – faminto de Deus –, possamos caminhar fortemente rumo à vontade d’Ele. Para isso, basta-nos apenas reconhecer Sua presença majestosa e nos prostrarmos em adoração, oferecendo a Ele, a partir da nosso testemunho de vida, uma resposta de amor, a Ele que quer ficar conosco até o fim dos tempos.

Ricardo Gaiotti – @ricardogaiotti
Missionário da Comunidade Canção Nova

Há 11 anos o céu recebia um santo: São João Paulo II

Hoje, dia 02 de abril, falecia São João Paulo II – ‪#‎11anos‬ de sua partida. Rezemos a ele por um mundo com mais paz, pelas famílias, pelos jovens e pela igreja.

Oremos:

Ó São João Paulo,
da janela do céu,
dá-nos a tua bênção!

Abençoa a Igreja,
que tu amaste, serviste e guiaste,
incentivando-a a caminhar corajosamente
pelos caminhos do mundo,
para levar Jesus a todos
e todos a Jesus!

Abençoa os jovens,
que também foram tua grande paixão.
Ajuda-os a voltar a sonhar,
voltar a dirigir o olhar ao alto
para encontrar a luz que
ilumina os caminhos da vida na terra.

Abençoa as famílias,
abençoa cada família!
Tu percebeste a ação de Satanás
contra esta preciosa e indispensável
faísca do céu que Deus
acendeu sobre a terra.

São João Paulo,
com a tua intercessão,
protege as famílias
e cada vida que nasce
dentro da família.

Roga pelo mundo inteiro,
ainda marcado por tensões,
guerras e injustiças.
Tu te opuseste à guerra,
invocando o diálogo e semeando o amor;
roga por nós,
para que sejamos incansáveis
semeadores de paz.

Ó São João Paulo,
da janela do céu,
onde te vemos junto a Maria,
faz descer sobre todos nós
a bênção de Deus!

Amém.

(Cardeal Angelo Comastri)

12321214_1023545641054436_3327302166766189504_nEra dia 2 de abril de 2005, véspera do Domingo da Divina Misericórdia – assim como o dia de hoje. Naquela noite, os olhares do mundo todo se voltaram para o Vaticano, quando o então Papa João Paulo II partiu para a casa do Pai.

O Papa polonês, que liderou a Igreja Católica por 26 anos e 5 meses, ficou conhecido como o “Papa peregrino”, defensor das famílias, amigo dos jovens e foi quem, no ano 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia.

Bento XVI o beatificou em 1º de maio de 2011 e ele foi canonizado pelo Papa Francisco em 27 de abril de 2014, junto com São João XXIII.

São João Paulo II liderou o terceiro pontificado mais longo nos mais de 2.000 anos de história da Igreja, realizando 104 viagens apostólicas fora da Itália e 146 nesse país.

Fonte: ACI Digital

Dois anos de Francisco

Há dois anos, dia 13 de março, Francisco era eleito Papa
Há dois anos, dia 13 de março, Francisco era eleito Papa

Hoje a Igreja celebra o segundo ano do Papado de Francisco. Um Papa Histórico, com os outros, mas que surgiu do momento inesperado da renuncia de Bento XVI.

Neste período, Francisco, o primeiro papa latino, causou polêmica em diversas vezes e pronunciamentos. Se fez papa nos corações dos fiéis aqui no Brasil na Jornada Mundial da Juventude. Aqui conhecemos como seria Francisco.

Em dois anos, ele caiu na graça popular, mas também enfrenta crise na Igreja. Abaixo um texto publicado no Fraters In Unum, que segue a linha mais tradicional da Igreja. Leia…

Dois anos com Bergoglio. Dois anos de terror

Por Padre Cristóvão e Padre Williams – Fratres in Unum.com

Sexta-feira treze. Dois anos da eleição de Bergoglio. Concidência triste, mas superlativamente apropriada.

A Igreja, outrora resplandecente de beleza, ornada com a coroa da sabedoria, o esplendor da doutrina, agora jaz saqueada, banalizada, desfigurada e fútil, sob a batuta de um… papa.

Difícil era prever que chegaríamos a este ponto! Mesmo com os resvalos, pessoais e eclesiais, de Paulo VI, nunca havíamos testemunhado tamanho esvaziamento da sacralidade católica, da mínima fidelidade à fé, e, não cansamo-nos de nos pasmar, até mesmo da lucidez quanto às verdades da lei natural!

Depois do Concílio Vaticano II, foi pública a trepidação na Igreja acerca da profissão do dogma, a deserção, o silenciamento, a desinformação, a apostasia, silente ou não, grotesca em muitos casos, mas em todo orbe sentida. Contudo, também é inegável a firmeza com que os papas posteriores, quase que agarrados aos últimos destroços da nau, em meio ao mar encapelado que a tragava, quase que soçobrando à torrente, anunciaram com desassombro os “princípios inegociáveis” da vida e da família, agora desdenhados por Francisco. [Continue lendo aqui…]

Outro texto que mostra as dificuldades do Papa Francisco, é esse aqui:

“Muitos esperam olhando para o relógio o fim do pontificado”, advertiu à AFP o veterano vaticanista Marco Politi, autor do livro “Francisco entre os lobos”. [Leia mais aqui…]

Opinião

Para mim, Francisco trouxe uma nova luz para esses tempos. Trouxe algo que há muito a igreja não vivia intensamente, popularidade. Contudo, a popularidade não é desejo de todos, mas conversão sim. E é preciso passar pela popularidade para que haja conversão. Bem-vinda ou não , ela é necessária para que possamos agir levando o evangelho a muitos.

por Marquione Ban

Há dois anos Bento XVI renunciava ao papado

Uma testemunha conta como foi a resignação do Papa Bento XVI

1466254_10152825196679830_7982322774882901574_nHá dois anos, Bento XVI tornou-se o primeiro Papa a resignar, nos últimos 600 anos. Aqui está o relato comovente do Arcebispo Leo Cushley do que se passou nesse dia.

11 de Fevereiro é feriado no Vaticano. É o dia em que a Santa Sé celebra o acordo de 1929 da tão conhecida “Questão Romana”, a resolução dos 59 anos de disputa entre o Reino de Itália e a Santa Sé, depois da queda de Roma em 1870 para as tropas do Reinado e o fim efectivo dos antigos Estados Papais na Itália central. Por acaso, foi também o dia em que Bento XVI decidiu resignar há um ano atrás.

A data tinha sido marcada para um pequeno consistório, consistindo numa oração da hora intermédia e o anúncio do Cardeal Angelo Amato de alguns beatos que seriam promovidos a santos. Também já haviam uns suaves e pequenos rumores na Cúria Romana sobre o Santo Padre anunciar uma ou duas mudanças importantes na altura, talvez em relação ao topo da administração, mas este tipo de rumores circulam como gaivotas à volta do Belvedere do Vaticano: andam frequentemente por aí, fazem algum ruído e depois desaparecem outra vez. Por outras palavras, tal como na maior parte dos sítios, nada acontece até acontecer.

Não havia nenhuma indicação de que este dia iria ser diferente. Também era feriado e, apesar de o resto da Cúria estar a desfrutar de um descanso, as poucas pessoas à volta da pessoa do Santo Padre, incluindo eu próprio, estavam de serviço na Sala del Concistoro do Palácio Apostólico para o receber quando ele fosse rezar com os cardeais presentes em Roma e para estar na curta cerimónia.

Como Prelado da Antecâmara, uma espécie de auxiliar de campo, que ajuda os principais convidados do Santo Padre e que assegura que tudo corre de acordo com o previsto quando as pessoas importantes aparecem, cruzei-me com o Santo Padre antes de a cerimónia começar. Como sempre, ele desceu dos seus apartamentos por um elevador privado com o Arcebispo Georg Gänswein e o Msgr. Alfred Xuereb, os seus dois secretários. Parecia bem, mas cansado, e cumprimentou-nos de forma normal.

Como este era um dia de alguma solenidade, o Mestre de Cerimónias estava presente. O Arcebispo Guido Pozzo, na altura Esmoleiro, também lá estava. Quando o Santo Padre ficou pronto para a Liturgia das Horas, todos o seguimos para a Sala del Concistoro para rezar com os cardeais que lá estavam à espera.

Rezámos a hora intermédia da memória de Nossa Senhora de Lourdes (11 de Fevereiro) e depois o Cardeal Angelo Amato fez o seu anúncio relativamente aos que iam ser promovidos aos altares. Até aqui tudo bem.

O Santo Padre tomou então a sua vez de discursar. Era a primeira vez que eu me sentava num consistório, por isso não fazia ideia se isto era normal ou não. Ele falou em Latim, ia ser por isso necessário um esforço maior que o normal para todos nós – sendo o italiano a língua normal da Cúria – portanto era evidente uma certa tensão enquanto tentávamos perceber por onde é que ele estava a ir.

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Em encontro com idosos e Bento XVI, Francisco pede orações pela família

Pessoas na Praça São Pedro
Milhares de pessoas ouviram o papa na Praça São Pedro

(ACI).- Em suas palavras prévias ao ângelus de ontem, dia em que celebrou um especial Encontro com os idosos e avós na Praça de São Pedro, o Papa Francisco pediu a todos suas orações pelo Sínodo Extraordinário da Família que se celebra entre os dias 5 e 19 de outubro no Vaticano.

“Antes de concluir esta celebração, quero saudar todos os peregrinos, especialmente a vocês anciões, vindos de tantos países. Obrigado!”, disse o Pontífice ao início da Oração Mariana dominical.

“No próximo domingo começará a Assembléia Sinodal sobre o tema da família. Está aqui presente o responsável principal, o Cardeal Baldisseri: rezem por ele, para que o consiga. Convido a todos, individual e comunitariamente, a orar por este evento tão importante e eu confio esta intenção à intercessão de Maria, Salus Populi Romani”.

“Agora rezamos juntos o Ângelus. Com esta oração, invocamos a proteção de Maria para as pessoas idosas de todo o mundo, especialmente para aqueles que vivem em situações de maior dificuldade”.

Encontro com idosos

Ontem foi um dia especial, na ensolarada manhã do Vaticano e com uma Praça de São Pedro lotada de aproximadamente 40 mil idosos e acompanhantes, o Papa Francisco presidiu o Encontro com os idosos e avós. Ele lembrou em sua mensagem aos idosos e acompanhantes a necessidade de transmitir a fé, e a lutar contra a cultura do descarte do mundo atual.

Papa Francisco e Bento XVI participaram do encontro de idosos
Papa Francisco e Bento XVI participaram do encontro de idosos

Um encontro especial que contou com a participação do Supremo Pontífice Emérito, Bento XVI. Durante o evento os papas ouviram o testemunho de vários idosos incluindo um que fugiu da perseguição cruel do Estado Islâmico no Iraque.

O Papa Francisco ressaltou que “a velhice, de forma particular, é um tempo de graça, no qual o Senhor nos renova seu chamado: chama-nos a custodiar e transmitir a fé, chama-nos a orar, especialmente a interceder; chama-nos a estar perto dos necessitados”.

“Aos avós, que receberam a bênção de ver os filhos de seus filhos, foi-lhes confiada uma grande tarefa: transmitir a experiência de vida, a história de uma família, de uma comunidade, de um povo; compartilhar com simplicidade uma sabedoria, e a própria fé: o legado mais precioso! Felizes essas famílias que têm os avós por perto!”

“O avô é pai duas vezes e a avó é mãe duas vezes. E naqueles países onde a perseguição religiosa foi cruel, penso por exemplo na Albânia, onde estive no domingo passado; naqueles países eram os avós que levavam as crianças para serem batizadas às escondidas, e foram os que lhes deram a fé Como atuaram bem! Foram valentes na perseguição e salvaram a fé nesses países!”

Bento XVI participará da canonização de João Paulo II e João XXIII

Papa emérito irá a cerimônia de canonização
Papa emérito irá a cerimônia de canonização

Globo | O papa emérito Bento XVI participará da cerimônia de canonização de seus antecessores João Paulo II e João XXIII no próximo domingo (27) na Praça de São Pedro do Vaticano.

Assim confirmou nesta quarta-feira (23) o presidente da Obra Romana de Peregrinação (ORP), Liberio Andreatta, que destacou que a Praça de São Pedro contará com a presença de “dois papas vivos e dois papas santos”.

“Roma viverá um evento histórico: Dois papas vivos e dois papas santos. Imagino que emoção sentirão Bento XVI e Francisco”, disse Andreatta, que dirige esta instituição do Vicariato de Roma que organiza peregrinações aos principais lugares de culto e também está se ocupando da cerimônia do próximo domingo.

O porta-voz do escritório de imprensa do Vaticano, Federico Lombardi, explicou nesta terça que embora Bento XVI tenha sido convidado para a canonização, sua presença não era garantida até no domingo de manhã já que tudo dependeria do que o papa emérito decidisse.

No entanto, Andreatta confirmou sua presença durante uma entrevista coletiva organizada pelo Vaticano para apresentar os detalhes logísticos deste grande evento da Igreja Católica.

Joseph Ratzinger vive após sua renúncia, em 28 de fevereiro de 2013, em um tranquilo mosteiro nos jardins vaticanos, e durante o último ano apareceu em várias ocasiões junto com Francisco.

Próximo ao dia da canonização de João Paulo II vejamos seu túmulo ao vivo

Imagem do Túmulo do Beato João Paulo II que será santificado neste domingo
Imagem do Túmulo do Beato João Paulo II que será santificado neste domingo

O tema da webcam do túmulo do Papa João Paulo II é um dos mais visto deste blog. Como estamos a poucos dias da sua canonização, que tal revistarmos o túmulo? Clique AQUI.

João Paulo II foi beatificado no dia 1º de maio, domingo da misericórdia na época.

Neste domingo, 27/04, o Papa Francisco, com a presença do papa emérito Bento XVI, vai canonizar João Paulo II e também o Papa João XXIII.

Veja aqui o site de João Paulo II ou http://www.karol-wojtyla.org

O SIGNIFICADO DA “QUARESMA” PARA BENTO XVI

conversaoTão próximos do início da Quaresma, recordemos o que o Papa Emérito fala sobre esse tempo de oração, jejum e penitência.

O Papa Bento XVI, na audiência geral das quartas-feiras, fez uma análise espiritual sobre o significado quaresmal na Sagrada Escritura e na vida da Igreja.

Nos primeiros séculos de vida da Igreja, o tempo da Quaresma era o tempo em que os catecúmenos começavam seu caminho de aproximação do “Deus vivo e de uma iniciação à fé” de uma forma gradativa, “por meio de uma mudança interior daqueles que queriam entrar na Igreja por meio do batismo.

Ao longo do tempo, esse período de conversão superou os catecúmenos e passou a ser um caminho de todo cristão, pois Cristo não morreu só por alguns, mas por todos. A Quaresma se transformou, assim, num tempo de metanóia de todo batizado.

A Igreja chamou esse período, diz o Papa, com o nome de “Quaresma”, referindo-se explicitamente à Sagrada Escritura, na qual esse número significa “o tempo da espera, da purificação, do retorno ao Senhor, da consciência de que Deus é fiel às promessas”.Esse tempo indica, portanto, “uma paciente perseverança, uma longa prova, um período suficiente para ver as obras de Deus, um tempo no qual decidir a assumir as próprias responsabilidades sem deixá-las para depois”.

Bento XVI repassou alguns dos grandes momentos do Antigo Testamento, desde Noé, Moisés, os Profetas, entre outros, destacando que o significado de quarenta dias passa por duas vertentes: o tempo do primeiro amor e o tempo da tentação, o tempo da aproximação de Deus e o tempo do retorno ao paganismo.

Diante de Cristo, nas tentações no deserto, apresentaram-se esses dois caminhos: “um messianismo de poder, de sucesso, ou um messianismo de amor, de dom de si.”

Hoje, o fiel, com a experiência do deserto pode ter também a experiência desses dois caminhos. Por um lado, um caminho “confirme a própria fé, que nutra a própria esperança, que anime a caridade”; mas, por outro lado há o secularismo e a cultura materialista, que “fecha a pessoa no horizonte mundano do existir, tirando toda referência ao transcendente”.

Finalmente, o Papa nos convida a viver estes quarenta dias com nova coragem, para aceitarmos com paciência e com fé toda situação “de dificuldade, de aflição e de prova, na consciência de que das trevas o Senhor fará surgir o novo dia”.

Por Thácio Siqueira

Fonte  (ZENIT.org).

Disfarçado, papa sairia do Vaticano à noite para dar esmolas

O ESTADÃO | Uma entrevista recente com o arcebispo Konrad Krajewski levantou especulações de que o papa se juntaria a ele em seus passeios noturnos em Roma para dar esmolas aos pobres. Os rumores, segundo o jornal digital norte-americano The Huffington Post, provavelmente são verdadeiros.

Uma fonte de Roma disse ao jornal que “os guardas suíços confirmaram que o papa se aventurou à noite, vestido como um sacerdote comum, para se encontrar com homens e mulheres desabrigados”.

Krajewski anteriormente havia dito que, ao contar a Francisco que saía à noite, “havia o risco constante de o papa querer vir junto com ele”. Quando os repórteres lhe perguntaram à queima-roupa se o papa o acompanhou até a cidade, ele apenas sorriu e disse: “Próxima questão, por favor”.

Francisco não é o único papa conhecido por andanças noturnas. Há histórias de que João XIII saía para apreciar a beleza de Roma à noite. Também há relatos de que Pio XII se vestia como franciscano durante a Segunda Guerra Mundial para ajudar na segurança da comunidade judaica em Roma. Mais recentemente, Bento XVI foi a uma exposição de arte sem avisar.

Antes de se tornar papa, o cardeal Jorge Bergoglio era conhecido por fugir à noite para compartilhar o pão com os sem-teto, sentando-se com eles na rua para comer para mostrar que eles eram amados.

papa

Nunca acobertei casos de pedofilia, diz Bento XVI em uma longa carta escrita a um ateu militante

ppbxvi240913(ACI/EWTN Noticias).- O matemático italiano e ateu militante, Piergiorgio Odifreddi, recebeu no último dia 3 de setembro uma carta muito especial. Um envelope selado, com 11 páginas com data de 30 de agosto e assinada por Bento XVI.

No texto, o Bispo Emérito de Roma responde ao livro de Odifreddi “Caro papa, ti scrivo” (Querido Papa, escrevo-te, Mondadori, 2011). Um livro que, como o autor recorda, desde a capa se define como uma “luciferina introdução ao ateísmo”.

No artigo no qual Odifreddi comenta as suas impressões ao receber esta carta afirma: “Não foi uma coincidência ter dirigido a minha carta aberta a Ratzinger. Depois de ter lido o seu “Introdução ao Cristianismo”, entendi que a fé e a doutrina de Bento XVI, a diferença de outros, eram o suficientemente coerentes e sólidas para poder confrontar perfeitamente e sustentar ataques frontais”.

Agressividade e descuido na argumentação

No fragmento da carta que foi publicado no jornal La Repubblica, pode-se ler como Bento XVI reconhece que desfrutou e aproveitou a leitura de algumas partes da carta, mas outras partes se surpreendeu por “uma certa agressividade e descuido na argumentação”.

No início da carta, o Bispo Emérito de Roma assinala que “você me dá a entender que a teologia seria ‘fantaciência’”. E frente a este argumento apresenta quatro pontos.

Ficção científica na religião… e a matemática

Em primeiro lugar assinala que “é correto afirmar que “ciência” no sentido mais estrito da palavra é somente a matemática, enquanto eu aprendi contigo que seria necessário distinguir ainda entre aritmética e geometria. Em todas as matérias específicas a científica tem a sua própria forma, segundo a particularidade do seu objeto. O essencial é que aplique um método verificável, exclua o arbítrio e garanta a racionalidade nas respectivas modalidades”.

Em segundo lugar, Bento XVI sustenta que “você deveria pelos menos reconhecer que, no âmbito histórico e no do pensamento filosófico, a teologia produziu resultados duradouros”.

Como terceiro aspecto afirma que “uma função importante da teologia é a de manter a religião unida à razão e a razão à religião. Ambas as funções são de essencial importância para a humanidade”.

Recordando a Habermas

Neste ponto recorda que no seu diálogo com Habermas “mostrei que existem patologias da religião e -não menos perigosas- patologias da razão. Ambas necessitam uma da outra, e tê-las continuamente conectadas é uma tarefa importante da teologia”.

No último ponto, muito mais longo que os anteriores, Bento expressa que “a “fantaciência” existe, por outro lado, no âmbito de muitas ciências e faz referências às teorias que Odifreddi expõe sobre o início e o fim do mundo em Heisenberg, Schrödinger, etc., que -continua Bento XVI-, “eu o designaria como ‘fantaciência’ no bom sentido: são visões e antecipações, para alcançar um verdadeiro conhecimento, mas são, de fato, somente imaginações com as que procuram aproximar-nos da realidade”.

Pouco nível: a pederastia

Depois de desenvolver com mais detalhe estas ideias, Bento XVI se detém no capítulo sobre o sacerdote e a moral católica e nos distintos capítulos sobre Jesus. “No que se refere ao que você diz do abuso moral de menores por parte de sacerdotes, posso -como você sabe- mostrar somente uma profunda consternação. Nunca tentei acobertar estas coisas. O fato de o poder do mal penetrar até este ponto no mundo interior da fé é para nós um sofrimento que, por um lado, devemos suportar, e por outro, nos obriga a fazer todo o possível para que estes casos não se repitam”.

“Não é tampouco motivo de tranquilidade saber que, segundo as investigações dos sociólogos, a porcentagem dos sacerdotes culpados destes crimes não é mais alta que em outras categorias profissionais semelhantes. Em qualquer caso, não se deveria apresentar este desvio ostentosamente como se fosse uma sujeira específica do catolicismo. Não é lícito calar o mal na Igreja, mas também não se deve fazer esquecer o grande rasto luminoso de bondade e pureza que a fé cristã deixou ao longo dos séculos”.

Por isso, Bento XVI recorda nomes como São Bento de Nursia e sua irmã Escolástica, Francisco e Clara de Assis ou Teresa de Ávila e João da Cruz.

O “Jesus histórico”, o do Hengel e Schwemer

Com respeito ao que o matemático diz sobre a figura histórica de Jesus, Bento recomenda ao autor os quatro volumes da obra que Martin Hengel publicou em conjunto com Maria Schwemer, “um exemplo excelente de precisão histórica e de amplíssima informação histórica”, assinala Ratzinger.

Assim mesmo, recorda, como já esclareceu no primeiro volume de seu livro sobre Jesus de Nazaré, que “a exegese histórica-crítica é necessária para uma fé que não propõe mitos com imagens históricas, mas reclama uma verdadeira historicidade e por isso deve apresentar a realidade histórica de suas afirmações também de forma científica”.

Em vez de Deus, uma natureza sem definir

Continua Bento XVI afirmando que “se você, entretanto, quer substituir Deus pela “Natureza”, fica a pergunta, quem ou o que é esta natureza. Em nenhuma parte você a define e aparece, portanto, como uma divindade irracional que não explica nada”.

E acrescenta: “Queria, portanto, sobretudo destacar que na Sua religião da matemática três temas fundamentais da existência humana ficam sem serem considerados: a liberdade, o amor e o mal. Qualquer coisa que a neurobiologia diga sobre a liberdade, no drama real da nossa história está presente como realidade determinante e deve ser levada em consideração”.

Na última parte publicada da carta de Bento, assinala que a “minha crítica sobre o seu livro é por um lado dura, mas a franqueza faz parte do diálogo; só assim o conhecimento pode crescer”.

Veja parte da carta que foi traduzida por Moisés Sbardelotto.

Ilustríssimo Senhor Professor Odifreddi, (…) gostaria de lhe agradecer por ter tentado até o último detalhe se confrontar com o meu livro e, assim, com a minha fé; é exatamente isso, em grande parte, que eu havia intencionado com o meu discurso à Cúria Romana por ocasião do Natal de 2009. Devo agradecer também pelo modo leal como tratou o meu texto, buscando sinceramente prestar-lhe justiça.

O meu julgamento acerca do seu livro, no seu conjunto, porém, é em si mesmo bastante contrastante. Eu li algumas partes dele com prazer e proveito. Em outras partes, ao invés, me admirei com uma certa agressividade e com a imprudência da argumentação. (…)

Várias vezes, o senhor me aponta que a teologia seria ficção científica. A esse respeito, eu me admiro que o senhor, no entanto, considere o meu livro digno de uma discussão tão detalhada. Permita-me propor quatro pontos a respeito de tal questão:

1. É correto afirmar que “ciência”, no sentido mais estrito da palavra, só a matemática o é, enquanto eu aprendi com o senhor que, mesmo aqui, seria preciso distinguir ainda entre a aritmética e a geometria. Em todas as matérias específicas, a cientificidade, a cada vez, tem a sua própria forma, segundo a particularidade do seu objeto. O essencial é que ela aplique um método verificável, exclua a arbitrariedade e garanta a racionalidade nas respectivas modalidades diferentes.

2. O senhor deveria ao menos reconhecer que, no âmbito histórico e no do pensamento filosófico, a teologia produziu resultados duradouros.

3. Uma função importante da teologia é a de manter a religião ligada à razão, e a razão, à religião. Ambas as funções são de essencial importância para a humanidade. No meu diálogo com Habermas, mostrei que existem patologias da religião e – não menos perigosas – patologias da razão. Ambas precisam uma da outra, e mantê-las continuamente conectadas é uma importante tarefa da teologia. Continuar lendo Nunca acobertei casos de pedofilia, diz Bento XVI em uma longa carta escrita a um ateu militante

O milagre de Bento XVI: jovem afirma ter sido curado por Papa emérito

Por Equipe Christo Nihil PraeponereInformações: Vatican Insider

Um jovem norte-americano de 19 anos assegura que foi curado de um tumor no tórax graças à oração de Sua Santidade, o Papa emérito Bento XVI. Peter Srsich é universitário do estado do Colorado e visitou o Santo Padre durante uma audiência geral, no ano passado. Depois de contar ao Papa sua história, ele recebeu a imposição das mãos justamente em seu peito, onde se encontrava o seu linfoma.

Peter tinha 17 anos quando lhe diagnosticaram, após um exame de radiografia, um tumor no tórax. “Fizemos nele um exame de raios-x e este revelou um tumor das dimensões de uma bola de softball no tórax”, afirmou a mãe do jovem, Laura Srsich. “O diagnóstico foi que ele estava no quarto estágio do linfoma de Hodgkin.”

A família Srsich recorreu ao tratamento do câncer em um hospital infantil do Colorado e, ao mesmo tempo, recebeu o apoio da fundação Make-a-Wish (que significa, literalmente, “faça um desejo”), que trabalha em cerca de 50 países do mundo ajudando crianças e adolescentes em dificuldades. “A primeira coisa que Peter disse foi: eu gostaria de me encontrar com o Papa em Roma”, declarou sua mãe.

O seu desejo foi atendido em maio de 2012, quando Peter e sua mãe foram recebidos pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro, no Vaticano, durante uma audiência geral. “Quando me levantei para falar com ele, surpreendeu-me sua humanidade”, conta Peter. “Foi uma experiência de humildade para mim ver como ele era humilde.”

Ali, o Pontífice ouviu Peter, que lhe contou as circunstâncias de sua viagem e o drama pelo qual passava. Depois, o rapaz ofereceu ao Papa uma pulseira verde, na qual estava escrito: “Rezando por Peter”. Em troca, o sucessor de São Pedro ofereceu-lhe uma bênção.

Para a família de Peter, não foi uma bênção qualquer. “Ele pôs sua mão justamente no tórax, onde estava o tumor. Não podia saber onde ele se encontrava, mas colocou sua mão justamente aí”, conta Peter. Um ano depois, o jovem se encontra em perfeitas condições de saúde. No segundo ano da faculdade, ele espera poder tornar-se sacerdote.

Para Peter, a renúncia do Santo Padre só reforçou ainda mais a sua visão do encontro. Ele crê que Bento XVI colocou Deus e a Igreja acima de si mesmo e de suas exigências pessoais, um gesto de enorme humildade. “Sempre me lembrarei dele como um dos homens mais humildes do mundo e, em particular, pelo ato que acaba de cumprir”, disse Peter.

 

Bento XVI responde por que decidiu renunciar: “Deus me disse”

Roma, 19 de Agosto de 2013 (Zenit.orgSalvatore Cernuzio | Talvez ele precisasse de respirar um ar diferente daquele dos Jardins do Vaticano, ou, ao terminar o verão, ele quisesse rever a casa onde passou oito verões e apreciar a vista do Lago Albano. O fato é que, ontem à tarde, Bento XVI se permitiu uma curta viagem até Castel Gandolfo, vila que é a residência de verão dos papas desde o papa Urbano VIII, onde passou os primeiros dois meses após a renúncia do ministério petrino.

O papa emérito – de acordo com relatos de fontes do Vaticano – passou cerca de três horas na cidade, caminhou nos jardins do palácio, recitou o rosário e assistiu a um concerto de piano. Retornou à noite para o mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, onde decidiu viver “escondido do mundo” após a decisão histórica de 11 de Fevereiro.

Bento XVI, ainda Pontífice reinante, em Castel Gandolfo.

Acompanharam Bento XVI na tarde de ontem, seus “anjos da guarda”: as memores domini, Loredana, Carmela, Cristina e Manuela, quatro leigas consagradas, do movimento Comunhão e Libertação, que cuidavam do apartamento, da capela e do guarda-roupa de Ratzinger nos anos de seu pontificado, e continuam a ajudá-lo, mesmo agora, após a renúncia.

Papa Francisco teria”cedido” o lugar ao predecessor, convidando-o para passar o verão, nas colinas Albani, já que ele ficaria em Roma por “compromissos de trabalho”. O papa emérito recusou o convite, evitando assim o possível rumor de uma transferência e mantendo o perfil discreto.

Cerca de seis meses após o anúncio que chocou o mundo, a decisão de Ratzinger de viver uma vida oculta ainda suscita reflexões e questionamentos. Alguns tiveram o privilégio de ouvir dos lábios do papa emérito as razões desta escolha. Apesar da vida de clausura, Ratzinger concede, esporadicamente, e apenas em certas ocasiões, algumas visitas muito particulares no Mater Ecclesiae. Durante estes encontros, o ex-pontífice não revela segredos, não faz declarações que podem pesar como “as palavras do outro papa”,e mantém a discrição que sempre o caracterizou.

No máximo observa com satisfação as maravilhas que o Espírito Santo está fazendo com o seu sucessor, ou fala sobre si mesmo, de como a escolha de renunciar foi inspiração de Deus.

Assim teria dito Bento XVI a um convidado destes encontros raros que teve a graça de encontrá-lo algumas semanas atrás, em Roma. “Deus me disse”, foi a resposta do papa emérito à pergunta sobre por que ele quis renunciar. Ele imediatamente esclareceu que não houve qualquer tipo de atitude por aparência ou algo parecido, mas foi uma “experiência mística”, em que o Senhor suscitou em seu coração um “desejo absoluto” de ficar a sós com Ele, recolhido em oração.

A atitude de Bento XVI, portanto, não foi uma fuga do mundo, mas um refúgio em Deus para viver do Seu amor. Ratzinger disse — revelou a fonte,que prefere permanecer anônima — que esta “experiência mística” perdura por todos esses longos meses, aumentando cada vez mais o desejo de uma relação única e direta com o Senhor. Além disso, o papa emérito revelou que quanto mais observa o carisma de Francisco, mais compreende o quanto essa escolha foi a vontade de Deus.

O estilo do Papa Francisco e papa emérito Bento XVI revelados pelo Twitter

ESTADÃO | Em 12 de dezembro de 2012, no finzinho de seu pontificado, o papa Bento XVI entrou para o mundo do Twitter (@pontifex) – com contas em nove idiomas: latim, italiano, inglês, francês, espanhol, alemão, polonês, árabe e português (no caso, @pontifex_pt). Quando Bento renunciou, a Igreja decidiu arquivar todos os seus posts em uma página do site oficial do Vaticano. E “zerar” a conta, entregando o perfil em branco ao sucessor.

Francisco usa a ferramenta. Com quatro meses de papado, já é possível notar diferenças no conteúdo das mensagens. “É evidente que um não é o outro”, diz o cardeal arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer.

“O estilo de texto é semelhante, porque são frases diretas e simples, como o Twitter pede. Mas notamos uma grande diferença na importância que cada um dá a determinados temas – e isso é bem característico de cada um”, diz o sociólogo e biólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

166731_384374728337247_1054198360_nA pedido do Estado, Neto analisou os tweets postados pelos dois papas. E concluiu que ambos dedicaram 70% das postagens a quatro grandes temas: a dimensão mística da vida cristã; a contraposição da cultura do ter com a cultura do amor ao próximo; empenho e testemunho; e confiança, esperança e alegria. A partir dessa divisão, o sociólogo percebeu as diferenças de conteúdo de cada um.

“No Twitter de Bento, o tema mais importante era a dimensão mística da vida cristã, a questão do encontro com Cristo”, explica. Exemplos são: “Quando nos entregamos totalmente ao Senhor, tudo muda. Nós somos filhos de um Pai que nos ama e nunca nos abandona”.

“Para Francisco, o mais forte é a contraposição entre a cultura do ter e a cultura do amar e a questão do testemunho e da missão cristã. São temas complementares, uma vez que a cultura do amar se explicita pelo testemunho, pelo empenho com o próximo”, afirma o sociólogo.

“O atual papa está preocupado em dizer para os cristãos que eles devem ser mais atuantes”, diz Neto.

/ E.V.

Bento XVI está feliz por ter voltado ao Vaticano

(ACI/EWTN Noticias).- O Bispo Emérito de Roma, Bento XVI, está muito contente depois de sua volta ao Vaticano que ocorreu ontem, concretamente ao mosteiro Mater Ecclesiae, conforme assinala uma nota de imprensa da Santa Sé.

Depois de dois meses na residência de Castel Gandolfo, Bento XVI chegou de helicóptero ao heliporto vaticano pouco depois de 4:45 p.m., acompanhado pelo Arcebispo Georg Gänswein, Prefeito da Casa Pontifícia.

Foi acolhido pelos cardeais Angelo Sodano, Decano do Colégio Cardenalício; Tarcisio Bertone, Secretário de Estado; Giuseppe Bertello, Presidente do Governatorado e pelos arcebispos Angelo Becciu, Substituto da Secretaria de Estado; Dominique Mamberti Secretário para as Relações com os Estados e pelo bispo Giuseppe Sciacca, Secretário Geral do Governatorado.

Bento XVI se transladou depois a sua nova residência, o mosteiro “Mater Ecclesiae”. O Papa Francisco o esperava na entrada e lhe deu as boas-vindas com grande cordialidade; os dois foram rezar juntos à capela do mosteiro.

O comunicado da Santa Sé assinala que “Bento XVI está muito contente de voltar para o Vaticano, ao lugar em que quer dedicar-se ao serviço da Igreja, acima de tudo com a oração”. Essa intenção foi anunciada por ele mesmo no dia 11 de fevereiro deste ano.

Bento XVI disse que o mosteiro, recentemente restaurado é “uma casa acolhedora, aqui se pode trabalhar bem”.

Papa Francisco: “Diga aos membros da Renovação Carismática que eu os amo muito”

altDom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, presidiu ontem a missa que encerrou o segundo dia da 36ª Assembleia Nacional italiana da Renovação Carismática, em Rimini.

Antes da missa, Fisichella transmitiu uma mensagem inesperada, que, literalmente, fez explodir de alegria os quinze mil presentes. Após o sinal da cruz, ele dirigiu a todos a saudação afetuosa do papa Francisco. “Antes de começar esta celebração, eu trago a vocês uma saudação. Esta manhã, antes de sair, eu encontrei o papa Francisco e lhe disse: Santo Padre, vou a Rimini, onde estão reunidos milhares e milhares de fiéis da Renovação Carismática, homens, mulheres, jovens. O papa, com um grande sorriso, me disse: Diga a eles que eu os amo muito. E como se não bastasse, antes de se despedir ele acrescentou: Escute, diga a eles que eu os amo muito porque na Argentina eu era o responsável. E por isso eu os amo muito”.

Em sua homilia, Fisichella dedicou palavras de afeto aos participantes do grande encontro, agradecendo-lhes “pela grande obra de nova evangelização que já estão realizando há um longo tempo”, mas que “se abre diante do esforço de todos através do Plano Nacional para a Nova Evangelização, que passa a ser a bússola para trabalhar e agir no coração da Igreja”.

Em sua pregação breve e concreta, dom Rino focou em seguida no “trabalho” da nova evangelização e na figura de Jesus como “o mestre que nos acompanha e que não nos abandona, num mundo em que tantas vezes o cristão tem que andar na contramão”.

Ele também lembrou que Jesus é a “revelação que indica o caminho que Deus sempre planejou para nós”. E acrescentou: “A pergunta de Tomás é a nossa pergunta: Senhor, Tu és o caminho, mas como podemos conhecê-lo?”.

“O segredo da nossa existência, a realização plena da felicidade, vem quando aceitamos o plano de Deus para nós e o colocamos em prática. Mas nem sempre o que o coração entende chega a uma realização plena e concreta”.

Uma “realização”, enfatizou o bispo, que só se encontra em Cristo, que nunca nos deixa sozinhos: “Ele é a via para sabermos quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Ele nos mostra o objetivo”. A nova evangelização, portanto, “nos chama a fazer da fé a nossa certeza, a construir a vida em Jesus Cristo”.

O testemunho, por isso, disse o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, “não pode negligenciar a proclamação da esperança da ressurreição, que contrasta com a tendência da cultura da morte, na qual a falta de Deus remove toda perspectiva e direção futura. Temos que nos tornar peregrinos: o objetivo é Ele, Jesus. É com este objetivo que temos que nos reunir”.

Fonte: Zenit

Bento XVI prepara regresso ao Vaticano.

Frates in Unam | Cidade do Vaticano, 26 abr 2013 (Ecclesia) – O Papa emérito Bento XVI vai regressar ao Vaticano nos próximos dias para residir no edifício que acolhia um mosteiro de clausura, segundo indicação do diretor da sala de imprensa da Santa Sé.

O padre Federico Lombardi disse aos jornalistas que a mudança do palácio apostólico de Castel Gandolfo, arredores de Roma, para o antigo mosteiro ‘Mater Ecclesiae’ vai acontecer “entre os finais de abril e os primeiros dias de maio”, como estava previsto.

Bento XVI deixou o Vaticano a 28 de fevereiro, dia em que deu por encerrado o seu pontificado, após ter renunciado ao mesmo.

O edifício que vai acolher o Papa emérito tem quatro pisos e sofreu obras de remodelação nos últimos meses, após a partida das religiosas que ali residiam.

Joseph Ratzinger tem estado acompanhado pelas quatro leigas consagradas que o serviram durante o pontificado e pelo seu secretário particular, D. Georg Gänswein, o atual prefeito da Casa Pontifícia, tendo recebido nos últimos dias a visita de monsenhor Georg Ratzinger, seu irmão mais velho.

Bento XVI foi eleito Papa no dia 19 de abril de 2005, sucedendo a João Paulo II; a 11 de fevereiro de 2013, Dia Mundial do Doente e memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, anunciou a renúncia ao pontificado, com efeitos a partir do dia 28 do mesmo mês, uma decisão inédita em quase 600 anos de história na Igreja Católica.

O Papa alemão evocou a “avançada idade” para justificar a sua decisão e abrir caminho à eleição do seu sucessor, Francisco, com quem se encontrou em Castel Gandolfo, a 23 de março.

As imagens de Bento XVI, nesse encontro, levaram a especulações sobre o estado de saúde do Papa emérito, com o porta-voz do Vaticano a afirmar que Joseph Ratzinger não está afetado por qualquer “doença grave”.