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Morre bispo emérito, Dom Lelis Lara, da Diocese de Itabira/Fabriciano
Ontem, 8, dia da Imaculada Conceição, faleceu Dom Lelis Lara, bispo emérito da Diocese de Itabira/Fabriciano. Ele morreu aos 90 anos após ser internado com pneumonia no hospital Unimed da cidade de Fabriciano. Veja a nota sobre o velório da Diocese.
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O velório de Dom Lelis Lara será iniciado nesta sexta-feira, 09 de dezembro, na Co-Catedral em Coronel Fabriciano.
Por convocação de Dom Marco Aurélio, Bispo Diocesano, o clero diocesano se reunirá na Co-Catedral amanhã, dia 10, às 9h, para rezar a Santa Missa de Corpo Presente e prestar as últimas homenagens.
Veja a programação do velório:
Sexta-feira
10h – Chegada do corpo na Co-Catedral
19h – Santa Missa
Sábado
9h – Missa do Clero na Co-Catedral
12h – Translado para o Colégio Angélica
15h – Oficio dos Mortos
18h – Terço
23h – Retorno para Co-Catedral
Domingo
9h – Missa das Exéquias (Co-Catedral)
11h – Translado para o Cemitério Vale da Saudade (Sonja)
Fonte: Departamento de Comunicação – Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano
Foto: Pascom – Paróquia São Sebastião – Cel. Fabriciano
Bispo é ordenado no Rio sem autorização de Francisco
Ato não foi autorizado pelo papa Francisco e deve resultar na excomunhão dos dois religiosos.
O bispo dom Richard Nelson Williamson ordenou o padre Jean-Michel Foure como novo bispo em cerimônia realizada nesta quinta-feira (19) no mosteiro de Santa Cruz, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
Segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, o ato não foi autorizado pelo papa Francisco e deve resultar na excomunhão dos dois religiosos. Crítico ao atual líder dos católicos, Williamson já foi excomungado da religião em 1988 pelo mesmo motivo. Porém, em 2009, o então papa Bento XVI perdoou o inglês, mas impediu que ele realizasse ordenamentos de padres ou bispos.
Em entrevista ao periódico, Williamson disse não ver problemas na excomunhão porque para ele – ou para Foure – isso não surte em nenhum efeito. O religioso ainda afirma que a Igreja já errou ao excomungar santos e nada irá surpreendê-lo.
A ordenação também desagradou o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal dom Orani Tempesta e o bispo de Nova Friburgo, dom Edney Gouveia Mattoso.
Vaticano prende Bispo acusado de pedofilia
Ontem, 23, o Vaticano colocou em prisão domiciliária o antigo arcebispo polonês Jozef Wesolowski, acusado de pedofilia. A medida entra para a história da Igreja e do mundo. É o primeiro caso do gênero, informou um porta-voz da Santa Sé, ressaltando que o papa Francisco exigiu uma ação rápida.
Padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que o tribunal criminal da Santa Sé determinou a medida em audiência preliminar.
O Bispo
Jozef Wesolowski, o bispo, ex-embaixador da Igreja Católica na República Dominicana, foi deposto em junho deste ano depois de ser condenado por abuso sexual pelo tribunal da Santa Sé.
O processo
De acordo com Padre Federico Lombardi, o processo, que pode se transformar no primeiro processo por pedofilia no Vaticano, foi aberto “de acordo com a vontade expressa pelo papa, para que uma questão tão grave e delicada seja confrontada sem demora, com o rigor justo e necessário”.
Papa Francisco
Desde que assumiu o papado, Francisco tem agido com mãos de ferro contra essa barbaridade. Seu posicionamento é sempre a favor da punição imediata. Além de tornar público as punições da igreja.
Vaticano acata denúncia de bispo e afasta três padres em Foz do Iguaçu
Rádio Cultura – A igreja católica afastou três padres de Foz do Iguaçu, após a denúncia feita pelo bispo Dom Dirceu Vigine, da Diocese Iguaçuense, acusando que os religiosos haviam invadido o e-mail pessoal do bispo e divulgado as informações. A denúncia de crime virtual foi feita em julho deste ano pelo próprio bispo, que prestou queixa contra sete padres na Delegacia da Polícia Civil. O caso teve grande repercussão.
Nesta semana, a Congregação para o Clero, do Vaticano, aceitou a denúncia do bispo de Foz do Iguaçu e afastou os padres Sérgio Bertoti, Agostinho Gatelli e Paulo de Souza, que já havia sido transferido para a cidade de Guarapuava. O prazo dado pelo Vaticano para que os religiosos deixassem as paróquias acabou no final da tarde deste sábado (2).
A invasão e distribuição de mais de 200 e-mails teria acontecido em 2012 e veio a público em 2013, após a denúncia do bispo à polícia. O conteúdo dos e-mails não foi divulgado pela polícia, mas seria de críticas de Dom Dirceu a padres da cidade e inclusive ao Papa Francisco, conforme informou na época o advogado dos padres, Alvaro Albuquerque. Em entrevista coletiva à imprensa, no mesmo período da denúncia, o bispo negou as críticas nos e-mails.
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Após suposta violação de e-mails, igreja afasta três padres no Paraná
Após investigações de denúncias de violação de e-mails envolvendo a Cúria Diocesana de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, a Igreja Católica decidiu afastar três padres supostamente envolvidos no escândalo. O decreto que determina a suspensão das funções sacerdotais foi entregue aos religiosos na sexta-feira (1º) e dava prazo para que eles deixassem as paróquias até o fim da tarde deste sábado (2). Foram afastados os padres Sérgio Bertoti, Agostinho Gatelli – de Foz do Iguaçu – e Paulo de Souza, que havia sido transferido para Guarapuava.
A determinação de afastamento é assinada pela Congregação para o Clero, com sede no Vaticano, e se baseia em denúncias feitas pelo bispo Dom Dirceu Vegine e por fiéis apontando que sete padres tiveram acesso a mensagens eletrônicas confidenciais. O crime virtual envolvendo a Cúria Diocesana vem sendo investigado pela Polícia Civil e internamente pela própria igreja. A distribuição dos mais de 200 e-mails ocorreu em agosto de 2012, mas o caso só foi divulgado no dia 16 de julho de 2013 após o bispo denunciar a invasão de privacidade à polícia. O conteúdo das mensagens está sob segredo de justiça.
Procurados pelo G1, os padres confirmaram o afastamento, mas preferiram não se pronunciar. A equipe também tentou entrar em contato com o bispo de Foz do Iguaçu, mas até a publicação desta reportagem ele não havia sido encontrado para comentar o assunto.
Em nota, a Cúria Diocesana informou que a Santa Sé solicitou a investigação prévia dos três sacerdotes conforme exige o Código de Direito Canônico, a qual será feita pelo Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Cascavel, também no oeste. “O Decreto Administrativo do Tribunal Eclesiástico determinou que, durante a investigação processual, os sacerdotes citados fossem afastados de suas funções ministeriais e ofícios. As disposições atuais poderão ser revogadas ou findarão ao cessar o Processo Penal Canônico”, diz o comunicado assinado pelo chaceler do Bispado, padre Mariano Venzo.
Na época em que o caso foi divulgado, o advogado Álvaro Albuquerque, que representa os sacerdotes, alegou que um funcionário roubou a senha do bispo e acessou mensagens eletrônicas confidenciais trocadas entre Dom Dirceu e outros religiosos. As mensagens continham críticas a alguns padres, cardeais e até ao Papa Francisco.
“Nestes e-mails, eles [o bispo e outros religiosos] falam mal das pessoas. O bispo falando mal do próprio Papa [Francisco], que acabou de ser eleito (…). E basicamente xingando, falando pejorativamente, colocando apelidos e denigrindo a imagem de, pelo menos, dez a 20 padres aqui da diocese”, afirmou o advogado dos padres denunciados. Ainda segundo Albuquerque, pelo menos 50 paróquias da cidade tiveram acesso ao conteúdo das mensagens particulares.
Bispo nega acusações
No dia 19 de julho, Dom Dirceu falou sobre o caso em uma entrevista coletiva concedida à imprensa. Na ocasião, ele negou que teria falado mal dos sacerdotes e afirmou que não fez denúncia pessoal a ninguém. “Eu não conheço estas críticas e queria dizer mais: a pessoa que teve acesso ao meu correio eletrônico, ela pôde, também, escrever o que ela quis. E, para me incriminar, enviar para as pessoas as quais ela achou conveniente”, defendeu-se ao dizer que só procurou a polícia para esclarecer o caso.
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Tem caroço neste angu. Além dos fatos que não conhecemos, pelo visto as “levadesas”, como diriam os antigos, não param só em 2012, mas se estenderam por 2013 a fora, afinal o Papa Francisco foi eleito em março deste ano. Sinal que há algo mal contado.
Mas, não é este o problema aqui. Sim a falta de hierarquia que há nesta diocese, onde o bispo não é respeitado a ponto de seus subordinados invadirem seus e-mail. Fico triste com essas coisas. Mostra que muitos estão unidos não com a igreja, mas consigo mesmo.
Quanto ganha o bispo?
Recentemente, apareceram na imprensa várias matérias e reflexões sobre o dinheiro recolhido pelas Igrejas no Brasil. São números que impressionam, se forem olhados sem o devido discernimento. Os valores globais divulgados e que teriam sido recolhidos “em nome de Igrejas” ao longo de um ano também incluem os da Igreja Católica; mas não aparecem discriminados e não se especificou o que se refere a cada grupo religioso em particular, o que leva a fazer juízos errôneos, sem as devidas distinções e considerações.
No caso da Igreja Católica, considerando o número de fiéis, a média da contribuição individual por fiel pode ser baixíssima. Há que se levar em conta que, no nosso caso, as contribuições são feitas “para a Igreja”, representada também civilmente por entidades e instituições que prestam contas à Receita Federal. A pergunta que fica no ar é se isso acontece com todos os grupos religiosos, ou se as doações acabam beneficiando pessoalmente a quem as recolhe?
Há que se ver, ainda, a aplicação desses recursos e se perceberá qual é o volume de assistência e de benefícios sociais e culturais, e até mesmo de empregos gerados a partir das organizações religiosas. Ninguém imagine que na Igreja Católica, padres, bispos e organizações religiosas não pagam impostos, INSS, contas de água e luz. As isenções previstas em lei são apenas algumas, que não beneficiam pessoalmente as pessoas em serviço nas organizações religiosas, mas essas próprias organizações.
Dizer que as Igrejas recolhem mais de 20 bilhões de reais por ano no Brasil pode representar muito, aos olhos de alguns; mas isso pode representar muito pouco, se formos considerar as coisas mais no detalhe. Em tudo isso, é preciso colocar sempre um sensato e prudente “depende”. O que mais chamou a atenção foi a notícia sobre fortunas individuais e impérios políticos e econômicos organizados, até mesmo em pouco tempo, por líderes religiosos, que transformam a fé e os “serviços religiosos” em “produtos”, oferecendo-os ao público numa lógica capitalista de mercado.
Há, certamente, um problema no ar em relação ao campo religioso brasileiro; esse problema precisa ser enfrentado melhor pelas autoridades competentes. O que sempre foi mais colocado em evidência na opinião pública, até mesmo de maneira superdimensionada, foi a “perda de fiéis” por parte da Igreja Católica, talvez até com o desejo inconfessado de que isso continue a acontecer e que é um bem para o Brasil… A verdade é que essa mobilidade religiosa atinge todas as religiões tradicionais no Brasil e mesmo os grupos surgidos mais recentemente. O que não se aprofundou, a meu ver, foi a reflexão sobre os modos, as implicações e as consequências dessa “mobilidade religiosa”, que agora começam a aparecer.
O “Estado laico” não deve ser um álibi para deixar livre curso à exploração econômica, e em benefício privado, da credulidade e das necessidades religiosas e espirituais dos fiéis, valendo-se dos benefícios que o mesmo Estado reconhece às organizações religiosas. Alguma distorção grave está acontecendo no mundo religioso do Brasil, que terá consequências para a própria identidade cultural do Brasil no futuro próximo. Uma séria reflexão precisa ser feita.
Na Igreja Católica, as doações não são destinadas ao padre ou ao bispo, pessoalmente, mas à paróquia, à diocese, ou a outras instituições, organizações e obras sociais devidamente reconhecidas. Nossas paróquias e instituições religiosas não têm configuração empresarial, voltada para a produtividade e o ganho, mas têm fins religiosos, sociais e culturais, não pertencendo a ninguém em particular. As normas da nossa Igreja prescrevem rigor e transparência no controle e na aplicação dos recursos, bem como na prestação de contas.
Requerem ainda as normas da Igreja que haja Conselhos de Assuntos Econômicos em todas as paróquias e dioceses, com a participação de pessoas idôneas e competentes, para a boa administração dos recursos recolhidos. Todos esses recursos devem ser destinados ao cumprimento da missão da própria Igreja e, jamais, ao benefício pessoal de quem quer que esteja a serviço da Igreja, em qualquer nível, serviço e cargo.
Por delicado que seja, esse tema da exploração mercadológica da religiosidade e da religião carece de uma serena e profunda reflexão, para evitar o risco do descrédito da própria religião, de toda religião.
Arcebispo de São Paulo, SP. Estudou filosofia no seminário maior Rainha dos Apóstolos e teologia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, ambos em Curitiba, PR. Mestre em filosofia e doutor em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
CINE O ANUNCIADOR: Santo Agostinho
Padre renuncia ao cargo de bispo para cuidar da mãe
O padre José Aparecido Hergesse, de Sorocaba (SP), renunciou ao cargo de bispo auxiliar de Vitória (ES), concedido pelo Papa Bento XVI, para cuidar da mãe doente. O padre, da Ordem dos Teatinos, apresentou ofício à Santa Sé comunicando sua decisão. O posto de bispo é uma das mais aspiradas promoções na hierarquia do clero, na Igreja Católica.
Ele havia sido nomeado por ato do papa no dia 4 de maio. O padre Hergesse seria bispo auxiliar de d. Luiz Mancilha Vilela, arcebispo metropolitano de Vitória. A mãe do sacerdote, Adelina Valim Hergesse, viúva e com 76 anos de idade, foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) no dia 16 de maio e requer cuidados permanentes.
Na comunicação, o padre alega que renuncia à nomeação para, como filho, estar mais perto da mãe. Ele cita ainda as dificuldades financeiras e a constatação de que não poderia exercer o ministério episcopal com a disponibilidade exigida, para justificar a renúncia. O padre informou ter consultado o núncio apostólico no Brasil, d. Lourenço Baldisseri, antes de apresentar ao papa a renúncia em caráter definitivo.
Em comunicado conjunto, o arcebispo de Sorocaba, d. Eduardo Benes de Sales Rodrigues, e o arcebispo de Vitória disseram compreender a opção do padre e informaram que a ordenação episcopal, prevista para o próximo dia 25, foi cancelada. Os fiéis já haviam preparado uma grande festa para a ordenação no Santuário de São Judas Tadeu, em Sorocaba. Hergesse ficou conhecido pela sua atuação na Paróquia de São Lucas, em Sorocaba. Desde a doença da mãe, ele foi dispensado dos ofícios na cidade para cuidar da mãe, que mora em Paranapanema, cidade da região.
Fonte Diário Grande ABC
Como Deus é audacioso!
Dom Aloísio Roque Oppermann scj
Arcebispo de Uberaba – MG
Pensando nessa frágil criatura, que é o ser humano, admiro como o Criador entregou ao seu alvitre tantas grandiosidades, saídas de suas mãos. “Tu o fizeste pouco menor do que um deus” (Sl 8,6). É realmente espantoso que o Onipotente tenha confiado ao ser inteligente, a capacidade de escolha. É a vontade livre, ou como dizem os filósofos, o livre arbítrio. Essa poderia se tornar a maior “roubada”, no linguajar dos jovens. Sendo livre, o homem tem a capacidade de fazer tudo errado. Mas também pode fazer certo. E não é diferente o alto risco a que o Ser por excelência quis correr, ao entregar aos cuidados do homem a guarda deste nosso fantástico planeta terra. “Enchei e dominai a terra” disse o generoso Senhor, aos nossos primeiros pais (Gen 1, 28). Que perigo! O risco é que o “homo sapiens” pode deitar tudo a perder, por causa de seus ímpetos de ganância. Mas pela sua autoconsciência, o ser que é o topo da criação, pode corrigir seus próprios erros. O que parece levar ao caos total, pode ter uma virada espetacular. É o que esperamos que aconteça com a vida neste nosso “planeta água”.
Igualmente espetacular é a confiança que Deus deposita nos escolhidos por seu Filho, para interpretar as Sagradas Escrituras. A Bíblia, caso não se faça uma adequada exegese, pode se tornar uma mensagem sem mordência. Aí entram os biblistas, os doutores dos santos escritos, e pessoas santas que os vivenciam. Podem acertar, para ajudar o povo. Mas também podem introduzir sua própria ideologia e desencaminhar o povo fiel. Ainda bem que deixou, como último baluarte, os préstimos da Santa Igreja. Em todas as circunstâncias, Deus arrisca. Mas o que eu acho o cume da bondade divina, é ver o Cristo entregar seus tesouros aos cuidados dos seus sacerdotes, com a incumbência de reger o povo eleito, e lhe distribuir os seus tesouros. Os sacerdotes podem ser pessoas firmes na fé, circunspectos e sábios. Mas podem também ser pessoas sem muito carisma, e sem grande amor no coração. Assim mesmo, o grande “Pastor e Bispo de nossas almas” (1 Pd 2, 25) entrega tudo nas mãos dos seus Sacerdotes, para que distribuam aos sedentos a “água da vida” (Apoc 21, 6). Peçamos ao Senhor que sempre tenhamos Padres dignos e santos.
Posse do novo bispo de Caratinga será em maio
A posse de Dom Emanuel Messias, futuro bispo de Caratinga, já está marcada. Ela será no dia 20 de maio. Enquanto isso não acontece Dom Emanuel continua na diocese de Guanhães organizando as festividades de bodas de prata da diocese de Guanhães.
Dom Emanuel Messias foi anunciado como bispo de Caratinga no dia 16 de fevereiro. Segundo o bispo a decisão da transferência para Caratinga foi decidida em janeiro. “O Núncio Apostólico, dom Lourenço Baldisseri, me telefonou dizendo que o Santo Padre havia me nomeado para a diocese de Caratinga, se eu aceitava ou não, então eu respondi que aceitava; ele disse que confirmaríamos a resposta por carta, o que posteriormente eu fiz” afirma Dom Emanuel.
A data de 16 de fevereiro, explica dom Emanuel, foi escolhida por ele, a pedido do Núncio. “Eu queria que fosse mais pra frente, pra ficar mais tempo aqui (em Guanhães), mas ele insistiu, porque a diocese de Caratinga já tem muito tempo que está com o bispo que já renunciou. A partir de agora, passo a ser administrador diocesano, e não mais bispo de Guanhães, do ponto de vista canônico”.
Segundo Dom Emanuel a nomeação de um novo bispo para Guanhães pode demorar de seis meses a um ano. Ele também explicou que neste período, logo após sua saída, o Conselho de Consultores vai eleger e nomear, em uma semana, um padre para administrar a diocese.
O novo bispo de Caratinga é natural de Salinas. Dom Emanuel foi ordenado bispo em 4 de abril de 1998, em Governador Valadares, onde trabalhou até ser nomeado bispo de Guanhães, onde ficou por 13 anos.
Depois de tanto tempo na mesma diocese, dom Emanuel falou sobre a mudança. “Quando recebi a notícia da nomeação para Guanhães, fiquei meio tonto, foi como uma pancada na cabeça. Agora foi a mesma coisa. Sou muito rápido nas minhas decisões e nunca neguei nenhum sim à Igreja e não poderia dar uma resposta negativa à convocação do Santo Padre. Estou ainda meio atordoado, principalmente porque não podia partilhar com amigos esta notícia. Agora com esta publicação fiquei mais tranquilo, posso conversar sobre o assunto”.
Trocar de diocese depois de tanto tempo não está sendo fácil para Dom Emanuel, mas ele diz que vem de coração aberto para Caratinga. “Meu coração está muito sofrido; desde o dia 26 eu tenho rezado muito pela Diocese de Guanhães e também pela nova diocese que eu vou assumir. É um sim que a gente diz, um sim a Deus, um sim que a gente fala sem medir as consequências, mas a gente ressente do fundo do coração as consequências de um sim tão forte, porque afinal de contas depois de uma afeição tão grande pela Diocese de Guanhães, a gente vai ter que deixá-la sabendo que depois a gente não pode fazer intervenção nenhuma. Levarei todos comigo no coração, rezarei por todos. Saio feliz, por um trabalho realizado, mas também muito sentido. Estou saindo por obediência ao chamado de Deus, através do Santo Padre. Saio chorando, mas vou ter que chegar sorrindo à Diocese de Caratinga”, finalizou, em sua entrevista à Rádio Vida Nova.
Fonte Diocese de Caratinga/Diário de Caratinga
Imagem Diocese de Caratinga