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Liberdade religiosa será tema de Congresso em Roma

“A liberdade religiosa hoje”. Este é o tema do congresso patrocinado pelo Pontifício Conselho para a Cultura que será realizado em Roma no dia 19 de abril. Oradores de todo o mundo falarão sobre a situação em seus países e darão testemunhos também através da Internet.

O evento será organizado com a tecnologia TED, que reúne pessoas do mundo inteiro com o objetivo de “espalhar idéias”. O site http://www.ted.com, traduzido em 90 línguas, é um dos mais visitados da rede, com mais de 1 milhão e meio de contatos por dia.

A abertura do congresso será feita pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi. As principais questões a serem debatidas giram em torno da liberdade religiosa hoje, o sentido disso na atualidade, a contribuição da religião no desenvolvimento humano, a abertura da transcendência à razão e o que dá significado à vida.

Dom Muller sobre diálogo interreligioso: “não significa renunciar à própria identidade”.

Dom Gerhard Müller, novo Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Dom Gerhard Müller, novo Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Roma |Rádio Vaticano – Se recorda hoje 26 anos do histórico Encontro de Assis das Religiões pela Paz, iniciativa do então papa João Paulo II. Por ocasião do transcurso da data, o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Muller, destacou que no diálogo com outras religiões não se deve esconder a própria fé e a própria identidade, em nome de um diálogo politicamente correto.

“Para um cristão, referiu Dom Muller, o respeito pela religiosidade dos outros não significa e não deveria significar uma renúncia à própria fé, à própria identidade e à verdade definitiva recebida, através da Igreja, na Revelação de Deus”.

Ele acrescentou ainda, segundo refere a agência SIR, que “a Igreja pode propor um verdadeiro diálogo somente a partir da verdade sobre ela mesma. Seria vergonhoso esconder a fé autêntica e abandonar a unicidade da Revelação e da Encarnação do Filho de Deus, em nome de um diálogo politicamente correto. É justificado e correto somente um diálogo conduzido na verdade e no amor”.

“Por isto — continua — a nossa fé, dirigida à Cristo e a verdade sobre nós mesmos devem sempre ocupar um lugar privilegiado em cada ocasião de diálogo dos cristãos com aqueles que não o são. Portanto, o diálogo com os seguidores das religiões não cristãs é uma forma de testemunho de fé que deve ser sempre respeitoso para com o outro e a dignidade da sua consciência.(JE)

ECUMENISMO: Budistas ensinam generosidade e compaixão, destaca Vaticano

Nesta terça-feira, 3, o Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso enviou uma mensagem aos budistas em razão da festa do Vesakh/Hanamatsuri. O órgão vaticano destacou que os budistas transmitem aos jovens “a necessária sabedoria de abster-se de prejudicar os outros e de viver uma vida de generosidade e compaixão”.

“Os jovens são um recurso para cada sociedade. Com a sua autenticidade, encorajam-nos a encontrar respostas às perguntas fundamentais sobre a vida e a morte, sobre a justiça e a paz, o sentido do sofrimento e as razões da esperança”, diz a mensagem.

São os jovens que ajudam a destruir todos os muros que infelizmente ainda separam cristãos e budistas, salienta a mensagem.  No mundo todo, cada vez mais, jovens de religiões diferentes sentam-se lado a lado, aprendendo uns com os outros, e “com as suas perguntas alimentam o diálogo entre religiões e culturas”.

“Unimos os nossos corações aos vossos e rezamos para que juntos possamos guiar os jovens, com o nosso exemplo e ensinamento a tornarem-se instrumentos de justiça e paz”, concluiu a mensagem assinada pelo presidente do dicastério, Cardeal Jean-Louis Tauran, e pelo secretário, Arcebispo Pier Luigi Celata.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Mensagem para a Festa do Vesakh/Hanamatsuri

Fonte Canção Nova

Prática ecumênica pela paz

Dom Aldo Pagotto
Arcebispo Metropolitano da Paraíba (PB)

Como construir ambientes de paz? Há 25 anos João Paulo II convidou representantes das várias religiões do mundo para um encontro em Assis, terra de São Francisco, com a finalidade de refletir, orar e trabalhar pela paz mundial. Em outubro de 2011, Bento XVI fez o mesmo, relembrando o seu antecessor. Naquela ocasião a grande ameaça para a paz no mundo provinha da divisão da terra em dois blocos contrapostos entre si. O símbolo emblemático daquela divisão era o muro de Berlim que atravessava a cidade, traçando uma fronteira entre os dois mundos. Três anos depois do encontro ecumênico de Assis, em 1989, o muro caiu sem resistência nem derramamento de sangue.

Os enormes arsenais que estavam por detrás do muro perderam a capacidade de aterrorizar. A vontade que os povos tinham de ser livres era mais forte que os arsenais da violência. Ao lado dos fatores econômicos e políticos, a causa mais profunda desse acontecimento tem sua razão de ser na espiritualidade. Por detrás do poder material havia apenas ideologia, sem qualquer convicção espiritual. Face à violência a vontade de ser livre foi mais forte do que o medo. A violência, pura ideologia, foi derrotada. A vitória da liberdade representa a vitória da paz.

A iniciativa de orar e trabalhar pela liberdade e pela paz significa uma construção permanente, pois o mundo está cheio de discórdias e estas têm origem no coração do homem (Cf. Mc 7,20 ss). A violência sempre presente caracteriza-se como desconcertante condição do nosso mundo. A liberdade é um bem quando orientada para o compromisso para o desenvolvimento de todos (não apenas para alguns). A liberdade que é utilizada para provocar violência encarna-se em fisionomias assustadoras.

Hoje presenciamos formas de terrorismo sem nenhuma preocupação pelas vidas humanas inocentes, cruelmente ceifadas ou mutiladas. Inclui-se o fanatismo religioso que anula a regra do direito e do bom senso para justificar a destruição dos outros. O “bem” pretendido pelo terrorismo não passa de ideologia violenta, cruel e monstruosa. Daí nasce a hostilidade generalizada contra as religiões quando estas justificam e legitimam a violência para destruir os outros. Esta, porém, não é a natureza da religião.

A Igreja Católica comprometeu a credibilidade do Evangelho de Jesus quando investiu na defesa da fé utilizando meios equivocados. Temos como exemplos históricos abomináveis as cruzadas que se identificaram como guerras santas de caráter político e financeiro. A inquisição deixou atrás de si a pecha da perseguição odiosa e vingativa contra alguém que pensasse de forma diversa. Ora, Cristo crucificado é sinal do amor do Pai que, através do seu Filho, quer que todos se salvem. Enviou-nos o seu Filho não para julgar e condenar senão para perdoar, reconciliar e reunir os filhos e filhas de Deus que andavam dispersos e divididos entre si (Cf. Jo 17,1ss).

O dom da fé cristã que cada um de nós recebe deve ser purificado. Nós temos a mania de instalar ideologias em nome da fé. O dom da fé corresponde a uma tarefa construtiva permanente. Apesar das nossas fraquezas e contradições, a proposta do Senhor é fazer de nós instrumentos da sua paz no mundo. Trata-se de nos sentirmos unidos convergindo para a verdade, para o bem comum, comprometendo-nos decisivamente pela promoção da dignidade da vida humana. Cabe-nos assumir o diálogo e a prática construtiva da paz superando a violência que só destrói o que é de direito, justo, belo.

QUARTO DIA DA SOUC 2012: Transformados pela vitória do Senhor sobre o mal

Sê vencedor do mal por meio do bem (Rom 12, 21)

Leituras
Ex 23, 1-9 Não seguirás uma maioria que quer o mal
Sl 1 Feliz o homem que se compraz na lei do Senhor
Rom 12, 17-21 Sê vencedor do mal por meio do bem
Mt 4, 1-11 Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele prestarás culto

Comentário

Em Jesus aprendemos o que “vitória” realmente significa para os seres humanos – isto é: felicidade de uns com os outros no amor de Deus através da superação que Ele faz de tudo o que nos mantém separados. Isso é um modo de partilhar a vitória de Cristo sobre as forças destrutivas que causam dano à humanidade e a toda a Criação de Deus. Em Jesus podemos tomar parte em uma nova vida que nos chama a lutar contra o que há de errado em nosso mundo com renovada confiança e com alegria diante do que é bom.

As palavras do Antigo Testamento dão um categórico alerta contra a participação no mal e na injustiça. A atitude da maioria não deve de maneira alguma funcionar como desculpa. Nem a riqueza ou outras situações da vida justificam que uma pessoa opte pelo mal.

O salmo 1 chama a atenção não somente para o cumprimento dos mandamentos, mas especialmente para os jubilosos frutos de tal opção. Uma pessoa que ame a lei do Senhor acima de tudo mais é considerada feliz e abençoada. A palavra de Deus é um guia seguro na
diversidade e é a culminância da sabedoria humana. Meditar sobre a palavra de Deus dia e noite possibilita que a pessoa tenha uma vida cheia de muitos frutos para o bem de outros.

Nas advertências do apóstolo encontramos estímulo para vencer o mal com o bem. Somente o bem pode interromper a infindável espiral de ódio e de desejo humano de vingança. Na luta pelo bem nem tudo depende dos seres humanos. No entanto, o apóstolo Paulo nos chama a fazer todo esforço para manter a paz com os outros. Ele compreende nossa luta contínua para superar instintos que nos levam a ferir os que nos ferem. Mas Paulo nos impele a não permitir que sejamos vencidos por esses sentimentos destrutivos. Fazer o bem é um modo efetivo de combater o mal que é feito entre nós.

A leitura do evangelho descreve a luta do Filho de Deus contra Satanás – a personificação do mal. A vitória de Jesus sobre as tentações no deserto é completada na sua obediência ao Pai, que o leva à cruz. A ressurreição do Salvador confirma que aí a bondade de Deus tem sua vitória final: o amor vence a morte. O Senhor ressuscitado está perto! Ele nos acompanha em
cada luta contra a tentação e o pecado no mundo. Sua presença chama os cristãos a trabalharem juntos pela causa do bem.

É um escândalo que, por causa de nossas divisões, não sejamos suficientemente fortes para lutar contra os males de nosso tempo. Unidos em Cristo, regozijando-nos em sua lei de amor, somos chamados a partilhar sua missão de trazer esperança aonde houver injustiça, ódio e desespero.

Oração

Senhor Jesus Cristo, nós te agradecemos por tua vitória sobre o mal e a divisão. Nós te louvamos pelo teu sacrifício e pela tua ressurreição, que derrotou a morte. Ajuda-nos em nossa luta diária contra toda adversidade. Que o Espírito Santo nos dê força e sabedoria para que, ao te seguir, possamos vencer o mal com o bem, a divisão com a reconciliação. Amém.

Questões para refletir

1. Onde vemos o mal em nossas vidas?
2. De que maneira nossa fé em Cristo pode nos ajudar a vencer o mal?
3. O que podemos aprender das situações de nossa comunidade em que a divisão deu lugar á reconciliação?

Rabino destaca união entre judeus e católicos em defesa da vida

Nesta terça-feira, 17, diversas dioceses italianas realizam um dia especial de encontros para promover o diálogo entre católicos e judeus. Nascida em 1990, a iniciativa é da Conferência Episcopal Italiana. Para o presidente emérito da Assembleia Rabina Italiana, rabino Giuseppe Laras, esta iniciativa busca tornar o diálogo mais simples, mas não menos importante.

Ele destaca que estes encontros entre judeus e católicos refletem, sobretudo, questões que ambos enfrentam juntos, como a promoção da paz, da compreensão recíproca, depois de 2000 anos de incompreensão e tantas coisas negativas.

“Por isso é uma data que o mundo católico tem muita atenção, como também o mundo judeu, porque na medida em que este diálogo se reforça e se estende, se enfraquece o risco de anti-semitismo”, destaca o rabino.

O tema deste ano é “não matarás”. O presidente emérito da Assembleia Rabina Italiana conta que alguns anos atrás se encontrou com o presidente da Conferência Episcopal Italiana e concordaram que os temas desses encontros anuais seguiriam os 10 Mandamentos.

“O imperativo a ‘não matar’ e um imperativo que vai além do pertencimento a uma ou outra religião. É muito importante para o homem o respeito a vida humana, honrar a sacralidade da vida humana. Por tanto, este é um tema bem colocado em nosso tempo, pois em todo mundo a vida humana é muitas vezes negligenciada e violada”, ressalta.

Em entrevista também à Rádio Vaticano, o presidente da Comissão para o Ecumenismo e Diálogo inter-religioso da Itália, Dom Mansueto Bianchi, que o diálogo entre judeus e católicos requer empenho de ambas as partes para que as distonias sejam superadas. Para ele, o mais importante é levar em frente este diálogo construido ao longo dos anos.

Fonte Canção Nova

Dom Francisco Biasin aguarda inscrições para o curso sobre “Diversidade religiosa no Brasil”

biasinA Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo inter-religioso promove curso sobre “Diversidade religiosa no Brasil”, desafios e possibilidades para o diálogo ecumênico e inter-religioso, de 10 a 12 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Os objetivos são,  Compreender os aspectos determinantes do pluralismo eclesial e religioso no Brasil,  Capacitar agentes de pastoral para o diálogo ecumênico e inter-religioso,  Capacitar professores do ensino religioso em escolas públicas e particulares.

A motivação principal para a realização do curso, descrita no material de divulgação, é a seguinte: “o crescente pluralismo eclesial religioso no Brasil apresenta a necessidade de desenvolvermos posturas de respeito, acolhida, diálogo e cooperação ecumênica e inter-religiosa. Para tanto, faz-se necessária adequada formação, capaz de aprofundar o conhecimento sobre o diálogo já realizado, bem como compreender as exigências e as possibilidades para a continuidade do diálogo ecumênico e inter-religioso no Brasil”.

A metodologia compreende conferências, trabalhos em grupos, plenários e celebrações.  O curso será realizado no Centro de Acolhida Missionária Assunção (CENAM).

Confira a programação e a ficha de inscrição

III SIMPÓSIO DE FORMAÇÃO ECUMÊNICA 
XV ENCONTRO DE PROFESSORES DE ECUMENISMO E DE DIÁLOGO INTERRELIGIOSO

TEMA: A DIVERSIDADE RELIGIOSA NO BRASIL

Local: Assunção: Centro de Acolhida Missionária – CENAM
R. Almirante Alexandrino – 2023
Bairro Santa Teresa – Rio de Janeiro – RJ
Fone: 21 2224 9963 – 2252 5931

Contribuição: Diária R$ 75.00 completa; R$ 45.00 apenas refeições.

Programação

10/02/2012

15:00 – Reunião com os bispos referenciais para o diálogo ecumênico e inter-religioso nos Regionais da CNBB – No Sumaré.
19: 00 – Acolhida dos participantes do Simpósio/Encontro de Professores

20:00 – Celebração de abertura

11/02/2012

7:00 – Espiritualidade
7:30 – Café
8:00 – A diversidade religiosa no Brasil – Análise sócio-fenomenológica
10: 00 – Intervalo
10:30  – O pentecostalismo no Brasil – Análise sócio-fenomenológica
12:00 – Intervalo
14:00 – A diversidade religiosa no Brasil – Análise teológico-pastoral
16:00 – Intervalo
16:30 – A diversidade religiosa no Brasil – Análise teológico-pastoral
18:00 – Celebração Eucarística
19:00 – Jantar
20:15 – Grupos de trabalho

12/02 /2012
7:00 – Celebração eucarística
8:00 – Café
8:30 – O pentecostalismo no Brasil – Desafios e perspectivas para o diálogo
10:00 – Intervalo
10:30 – O pentecostalismo no Brasil – Desafios e perspectivas para o diálogo
12:00 – Intervalo
14:00 – A articulação do diálogo ecumênico e inter-religioso no Brasil
16:00 – Intervalo
16: 30 – A articulação do diálogo ecumênico e inter-religioso no Brasil
18:00 – Avaliação e Celebração de encerramento

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Fixa de inscrição:
Nome:
Igreja:
Instituição – Função:
Endereço:
CEP:                                                         Cidade:
Fone:                                                          e.mail:

Enviar a ficha de inscrição até 30-01-2012 para:
Dom Francisco Biasin
Rua 06 n. 98 Jardim Caroline Voldac
27286 – 320 Volta Redonda – RJ

Religiões se unem por uma cultura de paz em São Paulo

No dia 27 de outubro de 1986, o então papa João Paulo II se reunia, na cidade de Assis, Itália, com líderes de diferentes tradições religiosas para uma jornada de oração pela paz. Esse gesto será novamente realizado, agora pelo papa Bento XVI, em Assis e, no mesmo dia, em todo o mundo serão feitas celebrações pela paz. Em São Paulo, o tradicional Convento São Francisco, no Largo São Francisco, será o local que vai receber as lideranças religiosas para um ato Interreligioso, às 14 horas. Durante todo o dia 27, haverá uma tenda em frente ao Convento para explicar às pessoas o significado deste encontro.

O evento ficou conhecido, especialmente dentro da Ordem Franciscana, como o Espírito de Assis. “Num gesto simbólico de comunhão universal em prol da paz, desejamos reunir representantes de diferentes tradições religiosas da cidade de São Paulo para realizarmos juntos uma vigília silenciosa e um pronunciamento em favor da paz. Também queremos ser ‘Peregrinos da Verdade e Peregrinos da Paz’, lema que acompanhará o encontro dos representantes das várias tradições religiosas naquele mesmo dia na cidade de Assis, na Itália”, explicou o frei Fidêncio Vanboemmel, ministro provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição, com sede em São Paulo.

Neste encontro, no Largo São Francisco, já confirmaram presença representantes do Cristianismo (igreja Católica, Luterana, Presbiteriana e Anglicana), do Candonblé, da Umbanda, do Judaísmo, do Budismo, do Islamismo e do Espiritismo. Cada religião/confissão terá um pronunciamento  em favor da paz.

“Ao longo do dia desejamos fazer da igreja São Francisco um espaço de vigília silenciosa pela paz, onde homens e mulheres de boa vontade possam se sentir acolhidos. Na praça, entre a Igreja e a Faculdade de Direito, vamos armar uma tenda branca onde desejamos distribuir folhetos com reflexões para uma cultura da Paz”, acrescentou o ministro provincial Frei Fidêncio.

Convocatória Ecumênica Internacional pela Paz

A capital da Jamaica, Kingston, foi palco, entre os dias 17 e 25 de maio, da Convocatória Ecumênica Internacional pala Paz (CEIP). Este grande evento ecumênico, organizado pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), contou com a presença de leigos e religiosos de todo o mundo. O 1° vice-presidente do CONIC, Dom Francisco de Assis da Silva, esteve presente.

A CEIP encerra a “Década para Superação da Violência” (DOV), programa idealizado pelo CMI, em 1998, durante sua Assembleia de Harare, e que começou em 2001. O evento reuniu cerca de 1.000 participantes de todo o mundo, vindos das igrejas-membro e parceiros do CMI, redes da sociedade civil e do movimento ecumênico que trabalham na área de paz e justiça.

Os quatro focos temáticos da CEIP foram “paz na comunidade”, “paz com a Terra”, “paz no mercado” e “paz entre os povos”. Estes temas foram trabalhados por meio de vários componentes da Convocatória – a vida espiritual, estudos bíblicos, plenárias, oficinas e seminários. Vale lembrar que o principal objetivo da Convocatória é contribuir com os esforços para criação uma cultura de paz justa e facilitar novas redes que incidirão sobre a paz nas comunidades e no mundo.

A lista de palestrantes da CEIP incluiu a Rev. Kässmann, o secretário-geral do CMI, Rev. Dr. Olav Fykse Tveit, Rev. Dr. Paul Gardner da Jamaica, Ernestina Lopez Bac da Guatemala, o Metropolita Dr. Hilarion de Volokolamsk da Igreja Ortodoxa Russa, o Cânon Paulo Oestreicher, da Nova Zelândia e uma dúzia de outros nomes das igrejas e comunidades religiosas de todo o mundo.

Na avaliação de Dom Francisco de Assis da Silva, o evento proporcionou reflexões profundas acerca do papel das religiões na promoção do ecumenismo e da paz mundial. “O CONIC, enquanto parceiro do CMI, está amplamente engajado na promoção de uma cultura de paz. Neste sentido, o empenho das igrejas-membro do Conselho é de vital importância para que continuemos nesse rumo”, disse.

Bispos promovem ecumenismo durante Assembleia

O encontro contou com a particiapção das igrejas integrantes do Conic

Na noite da última terça-feira, 11, os bispos reunidos na 49ª Assembleia Geral da CNBB, participaram de uma celebração ecumênica no Centro de Eventos Padre Vitor Coellho, no Santuário Nacional de Aparecida.

A cerimônia foi presidida pelo atual assessor da Comissão Episcopal para o Diálogo Ecumênico e Interreligioso, padreElias Wolff, e contou ainda com a participação da igrejas integrantes do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).

Na abertura do encontro, padre Elias saudou os presentes ressaltando algo em comum entre todos os cristãos: “Quem segue Jesus quer promover a paz e a justiça”.

Conic

Fundado em 1982, em Porto Alegre (RS), o Conic é uma associação que reúne cinco Igrejas cristãs: Católica Apostólica Romana; Episcopal Anglicana do Brasil; Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Sirian Ortodoxa de Antioquia; Presbiteriana Unida. Com sede em Brasília, tem entre seus objetivos promover as relações ecumênicas entre as Igrejas cristãs e o testemunho das Igrejas membros na defesa dos direitos humanos.

O atual presidente é o Bispo de Chapecó (SC), Dom Manoel João Francisco. Ele foi eleito durante a 14ª Assembleia Geral do Conselho, que acontehceu em março deste ano.

Bento XVI diz que liberdade religiosa é ameaçada no mundo

O Papa Bento XVI disse que a autêntica liberdade religiosa permite que o ser humano possa se realizar plenamente e de tal modo contribuir para o bem comum da sociedade.

Em mensagem enviada à Presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, Mary Ann Glendon, divulgada nesta quarta-feira, 4, pelo Boletim da Santa Sé, Bento XVI destaca que “as raízes da cultura cristã no ocidente continuam profundas”, o que possibilitou a geração de uma “cultura que deu vida e espaço à liberdade religiosa e continua a nutrir a liberdade religiosa e de culto, constitucionalmente garantidas”.

Mas infelizmente – lembrou o Santo Padre – os direitos humanos fundamentais estão sendo ameaçados por ideologias que impedem a liberdade de expressar uma religião. Consequentemente, o desafio de defender e promover o direito à liberdade de religião e à liberdade de culto deve ser colocada uma vez mais como uma luta na atualidade.

“Naturalmente, cada Estado tem o direito soberano de promulgar sua legislação e de exprimir diversas atitudes relacionadas à religião dentro da Lei. Assim, existem alguns Estados que permitem ampla liberdade religiosa, em nossa compreensão do termo, enquanto outros a limitam por uma série de razões, incluindo a defesa da própria religião”, destacou o Pontífice.

A Santa Sé, recordou Bento XVI, continua a requisitar o reconhecimento do direito fundamental à liberdade religiosa por parte de todos os Estados, chamando-os a respeitar e se necessário proteger as minorias religiosas, aspirando viver com todos seus cidadãos pacificamente, para que eles possam participar plenamente da vida civil e política, beneficiando a todos.

Liberdade religiosa: direito fundamental

O Concílio Vaticano II, ciente dos acontecimentos culturais e sociais, promoveu uma interpretação antropológica da liberdade religiosa, declarando que todos os povos “por sua própria natureza e por obrigação moral tendem a buscar a verdade, especialmente religiosa”. Assim, o Papa enfatiza que a liberdade é um direito de cada pessoa e que essa deve ser protegida e promovida pelo direito civil.

O Santo Padre disse ainda ter muita esperança que os especialistas dos diversos campos – legislativo, político, sociológico e econômico – convocados pela Academia das Ciências Sociais, possam chegar a conclusões desses importante questionamentos.

A Pontifícia Academia das Ciências Sociais esteve reunida nos últimos 50 dias no Vaticano para debater tais questões que envolvem os direitos universais e a liberdade religiosa dentro do contexto geopolítico atual considerando os conflitos ideológicos e culturais e os crescentes riscos da violação da liberdade religiosa no mundo.

Em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 4, a presidente desta pontifícia academia, fundada em 1994 por João Paulo II, Mary Ann Glendon, destacou que a assembleia chegou a conclusão de que existem quatro tipos de violação da liberdade religiosa: a coação e  a  perseguição de fiéis; as restrições à liberdade religiosa das minorias; a pressão social sobre as minorias religiosas; e ainda a redução da liberdade pelo crescente fundamentalismo secular nos países ocidentais, que vêem os cristãos como uma ameaça ao secularismo e políticas liberal-democrático.

“70% da população mundial vive em países que impõem fortes restrições no plano da liberdade religiosa e de culto. E o risco maior hoje é o desejo de restringir a liberdade na esfera privada”, enfatiza Mary Ann Glendon.

Papa ressalta que é preciso derrubar barreira do medo do outro

 

O evento ''Átrio dos Gentios'' levou milhares de pessoas, religiosos, ateus e agnósticos, a um momento de diálogo e fraternidade

Em mensagem de vídeo, Bento XVI lançou um apelo na noite de sexta-feira, 25, aos fiéis e não fiéis reunidos diante da Catedral Notre-Dame, em Paris, a “derrubar as barreiras do medo do outro, do estrangeiro”.

Às milhares de pessoas reunidas no adro da igreja para a noite cultural denominada “Átrio dos Gentios”, uma iniciativa do Vaticano para favorecer o diálogo entre crentes, ateus e agnósticos, Bento XVI disse que “o medo daquele que não se parece conosco nasce da ignorância mútua, do ceticismo ou da indiferença”.

O Pontífice ressaltou que a imagem do pátio da igreja lembra “o espaço aberto sobre a esplanada próxima ao Templo de Jerusalém, que permitia a todos, mesmo aos que não partilhavam a fé de Israel, aproximar-se do templo e fazer perguntas sobre a religião”.

“Muitos admitem que não têm religião, mas desejam um mundo novo e mais livre, mais justo e solidário. Cabe a vocês, em seus países e na Europa, reencontrarem o caminho do diálogo”, ressaltou o Santo Padre.

Bento XVI concluiu destacando que é preciso “construir um mundo de liberdade, igualdade e fraternidade, no qual todos devem se sentir livres e iguais em seus direitos de viver sua vida pessoal e comunitária de acordo com as próprias convicções”.

Fonte Canção Nova

Imagem Canção Nova

Presidente do CONIC irá priorizar as bases para reforçar o ecumenismo no Brasil

O bispo da diocese de Chapecó (SC), dom Manoel João Francisco, foi escolhido, no último dia 12, como novo presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Ele foi eleito durante a 14ª Assembleia Geral do Conselho, que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ). Dom Manoel sucederá ao pastor sinodal Carlos Augusto Möller, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), no cargo desde 2006.

Em entrevista à assessoria de imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o novo presidente do CONIC afirmou que o seu maior desafio, à frente do CONIC, será levar até as bases, toda a articulação necessária para um maior crescimento, tanto institucional, quanto ecumênico.

“A minha prioridade como presidente CONIC será priorizar as bases, articulando o trabalho e a vivência ecumênica, que já existem no Brasil, e incentivar mais o desejo ecumênico”, disse dom Manoel João Francisco.

Leia abaixo a íntegra da entrevista de dom Manoel à assessoria de imprensa da CNBB.

Como o senhor acolheu sua escolha para presidir o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, o CONIC?

Eu recebi com alegria e ao mesmo tempo com certa apreensão, pois a CNBB depositou em mim a honra de ser o presidente de uma instituição tão respeitada e digna que é o CONIC, e sei da responsabilidade do organismo em si, mas sei também da responsabilidade de representar a igreja católica neste no CONIC. Confio na Palavra do Pai e sei que Ele vai me guiar, juntamente com a diretoria recém-eleita, para realizarmos um trabalho que possa atender as expectativas tanto da entidade quanto das igrejas-membro.

O que vai representar o seu mandato à frente do CONIC?

O meu mandato vai representar exatamente o desejo de sairmos um pouco das elites. Eu tenho a impressão de que o ecumenismo no Brasil, hoje, está nas elites. Então ele [o ecumenismo] precisa ir para as bases, então vou procurar estar em contato maior com as representações dos Regionais, e a partir das organizações dos Regionais, atingir outras entidades que estão ligadas às outras igrejas, e assim fazer com que o ecumenismo possa crescer e florescer, para que ele não fique apenas como um ecumenismo de cúpula. O ecumenismo no Brasil precisa dar este passo, se articular nas bases.

O senhor acredita que o CONIC tem um papel importante na defesa dos Direitos Humanos e no Diálogo Ecumênico?

Sim, o CONIC tem uma história que sempre foi pautada na defesa dos Direitos Humanos e se engajou em diversas lutas, até mesmo no tempo da Constituinte, dos movimentos de base e de organismos para a defesa dos Direitos Humanos, como a dos povos indígenas, dos quilombolas, das mulheres, e tantas outras bandeiras. Ultimamente se engajou na questão do Projeto de Lei Ficha Limpa, ajudando no recolhimento das assinaturas para enviar ao Congresso Nacional, então o CONIC sempre esteve envolvido na luta dos direitos, e é claro que vai continuar, e no nosso mandato vamos até incentivar mais essa participação e este envolvimento. Em relação ao ecumenismo, o CONIC nasceu com esta intenção, procurou e tem tentado trazer sempre a unidade entre os cristãos. Temos a consciência da necessidade e da importância da unidade dos cristãos, para que, como disse Jesus Cristo, “o mundo creia”. Sabemos que a fé cristã só aumentará no mundo à medida que os cristãos estiverem unidos. E neste sentido o CONIC tem feito um trabalho muito bonito.

Quais são os desafios do ecumenismo hoje?

O maior desafio é o já citado ecumenismo desarticulado nas bases e cada vez mais se articulando apenas nas cúpulas. Então o grande desafio hoje é articular todo esse trabalho e toda essa vivência ecumênica que já existe no Brasil entre os fieis e as várias organizações, que às vezes precisam de um ânimo, de um fôlego novo, com o apoio de uma entidade maior, que é o CONIC.

O seu mandato terá alguma prioridade especial?

A prioridade do meu mandato será, em primeiro lugar, trabalhar unido com toda a diretoria. Nós devemos estar muito bem articulados, muito bem unidos. Em seguida, aí sim, devemos acolher as sugestões que vieram da Assembleia que me elegeu. Lá [Assembleia] foram apresentadas diversas sugestões, então vamos acolher estas sugestões e procurar pô-las em prática. Uma das sugestões é chamar as entidades membro, as nossas representações nos Regionais e nos estados, e através dessas representações, então, chegar às bases. Parece-me que a prioridade será levar às bases  toda uma articulação do trabalho e da vivência ecumênica, que já existe no Brasil, e incentivar mais este trabalho e esta vivência.

Fonte CNBB

Imagem CNBB

 

Seminário Teológico do CONIC detecta desafios para o ecumenismo

O diálogo inter-religioso tem fundamentação bíblico-teológica e, junto com o movimento ecumênico, é uma maneira privilegiada pelas quais a igreja cumpre sua missão no mundo, concluíram participantes de seminário teológico promovido pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), dias 8 e 10 de março, no Rio de Janeiro.

Com o tema “Ecumenismo no Brasil – Desafios, Anseios e Perspectiva: Uma reflexão sobre o papel das igrejas e organismos no contexto do movimento ecumênico brasileiro”, o evento refletiu a atuação das igrejas cristãs frente ao diálogo inter-religioso, e discutiu estratégias para o estabelecimento de um ecumenismo cada vez mais abrangente.

“É necessário que as igrejas desenvolvam nas comunidades um processo de educação para o diálogo inter-religioso considerando três elementos: conhecimento das tradições religiosas locais, incentivar a prática da convivência efetiva e desenvolver uma espiritualidade de acolhida das diferentes expressões de fé”, defendeu o coordenador da Comissão Teológica do CONIC, padre Elias Wolff.

Uma das tônicas do seminário foi a convergência em torno de um dos passos metodológicos propostos pela Comissão. O primeiro grande passo para o diálogo seria o reconhecimento do valor do outro. Conforme o documento síntese do encontro, “reconhecer é mais do que tolerar. Reconhecer é acolher o outro no seu próprio modo de ser, de agir e de crer”.

O evento antecedeu a XIV Assembleia do CONIC e propôs aos representantes das igrejas brasileiras refletir sobre a atuação das igrejas cristãs no diálogo inter-religioso, discutindo estratégias para o estabelecimento de uma atuação ecumênica cada vez mais ampla.

“A diversidade das igrejas no Brasil é muito grande. Não há uma resposta única sobre a questão do diálogo inter-religioso. A partir daí, constatamos que nos diversos níveis, institucional ou pessoal, há, a rigor, dificuldade de comunicação de como fazer chegar ao povo a posição oficial da igreja. Falta traduzir para o povo o que a igreja tem a dizer acerca do diálogo e da cooperação com outras expressões de fé”, afirmou o pastor Ervino Schmidt, ex-secretário executivo do CONIC e delegado do Centro Ecumênico de Capacitação e Assessoria (CECA) na assembleia.

Os participantes passaram a elaborar sugestões claras de incidência ecumênica no diálogo inter-religioso. Assim, os participantes propuseram a inclusão do tema como matéria no currículo de ensino religioso e a vigilância e eventual denúncia, por parte do CONIC, de situações de intolerância religiosa no país.

Para o pastor sinodal Jorge Schieferdecker, da delegação da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), “a pluralidade cultural e religiosa do Brasil é um desafio para a Igreja cristã, especialmente no que tange à prática missionária. Reverência a diferentes expressões de fé é um dos pontos de partida do testemunho evangélico”.

As dicotomias inerentes na relação entre igrejas e organismos ecumênicos também estiveram presente na pauta das discussões. A área da diaconia, não raro, através de seus projetos, tem tido mais contato e incidência em cenários e grupos inter-religiosos.

Diante deste cenário, há temor, por parte das igrejas, que o sentido missionário e a abordagem teológica da diaconia se percam ao longo do processo de profissionalização da ajuda humanitária e apoio a projetos de desenvolvimento e defesa de causa.

O aspecto missionário, também no serviço das igrejas, foi destacado como sendo uma das ferramentas importantes na reaproximação das duas áreas. “O movimento ecumênico e o diálogo inter-religioso são formas privilegiadas pelas quais a Igreja cumpre sua missão no mundo”, assinala o documento do encontro.

Conferências

Fizeram parte da programação as conferências “Pluralismo religioso no contexto brasileiro e seus desafios para o diálogo”, com a Profª Magali Cunha; “Fundamentação bíblico-teológico do movimento ecumênico”, com Dom Sebastião Gameleira; “História do Movimento Ecumênico no Brasil”, com o Profº Zwinglio Dias e, por fim, um painel sobre as práticas ecumênicas do CONIC – CLAI e CESE, moderado pelo P. Ervino Schmidt.

Fonte Conic

Imagem Internet

CMI debate harmonia entre as religiões

Promover a unidade dos cristãos e a harmonia inter-religiosa são as principais metas propostas pelo Conselho Mundial das Igrejas – CMI, a serem usadas como instrumentos para enfrentar os desafios da sociedade.

Este temas serão discutidos no contexto dos preparativos para a reunião do Comitê Central, que será realizado no dia 22 de fevereiro.

Durante uma reunião realizada na última quinta-feira (17), ficou estabelecido que uma das atitudes urgentes a serem tomadas pela Instituição é a de reforçar os valores cristãos e desenvolver o diálogo com as várias religiões.

De acordo com o co-mediador dos trabalhos conjuntos da Igreja Católica com o Conselho Mundial de Igrejas, padre Gosbert Byamungu, ambas as instituições entraram em um clima de confiança recíproca e de amizade.

Durante o encontro, falou-se também sobre a difícil situação dos cristãos na Indonésia e do clima de tensão em alguns países árabes. Por fim, foi reforçado o compromisso na definição de uma agenda ecumênica que ponha no centro um programa de atitudes concretas em favor da paz, compreendida não somente como recusa à guerra, mas como superação de toda forma de violência em nome de Deus.

Fonte A12

Foto: Divulgação

Igrejas européias debatem liberdade religiosa e ecumenismo

A liberdade religiosa e o ecumenismo serão alguns dos temas que os bispos do Conselho de Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e os representantes da Conferência das Igrejas Européias (CEC) discutirão na reunião anual que se realizará entre os dias 17 e 20, em Belgrado, Sérvia. Nesta reunião, será tratado também o tema da crise econômica e a paz no mundo, e revisarão as relações entre a identidade cristã na Europa e sua integração atual.

O tema da liberdade religiosa será exposto pelo professor italiano Massimo Introvigne, representante junto à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para combater o racismo, a xenofobia e a discriminação contra os cristãos e membros de outras religiões. O ecumenismo será tratado pela doutora Joanna J. Matuszewska, teóloga da Igreja Evangélica Reformada da Polônia.

A agenda de trabalho também prevê o tema da presença de ciganos na Europa do Leste e as relações entre cristãos e muçulmanos na Europa.

A representação católica estará formada, entre outros, pelo presidente e vice-presidente da CCEE, respectivamente, cardeal Peter Erdo, arcebispo de Esztergom-Budapest (Hungria) e cardeal Jean-Pierre Ricard, arcebispo do Bordeaux (França).

Fonte CNBB