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Brasil pode ter primeira pastora trans

Você não leu errado. O Brasil está próximo, segundo o Jornal Extra, de ter a primeira pastora transexual. Sal Moretti, maquiadora de famosas, como Preta Gil, pertence a igreja protestante Pentecostal Anabatista, na Barra, da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Sal Moretti
Sal Moretti em seu antes e depois. Foto: divulgação/Jornal Extra

Sua história com a fé deu início quanto ia cometer suicídio na Pedra da Gávea, mas foi impedida por uma voz. Segundo Sal, esta voz era Deus. Desde então entrou firme na comunidade e atua em um ministério da igreja. Ela se sentiu amada e, finalmente, parou de lutar contra sua transexualidade:

“Não me importa o título que venha a ter. Hoje já tenho meu ministério, vou aos encontros de jovens. Não levanto a bandeira LGBT u a bandeira evangélica. Levanto a bandeira do ser humano. Quero que outras pessoas se sintam como eu: respeitadas por serem quem são”.

Ela também disse:

“Jesus não exclui”

Leia a matéria do jornal aqui.

Mas e a Igreja Católica, o que diz?

Para a situação acima de Sal se tornar pastor, nada. Afinal não compete a igreja interferir em uma doutrina protestante. Mas, a Igreja tem posicionamento sobre a questão do gênero e homoafetividade no Catecismo. No site da editora Cléofas há um texto do professor Felipe Aquino que possui várias explicações sobre isso. Abaixo um resumo do que fala o Catecismo, mas em suma, as palavras da Igreja sobre o tema são ACOLHER, AMAR e ENSINAR. Veja:

A Congregação para a doutrina da Fé, do Vaticano, já publicou vários documentos sobre a homossexualidade, todos evidenciando o caráter imoral da “prática” homossexual, não da tendência: 1 – Persona Humana, de 29/12/1975; Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre o Atendimento Pastoral das Pessoas Homossexuais, de 1986 e “Algumas reflexões acerca da resposta a proposta legislativas sobre a não-discriminação das pessoas homossexuais”, de 1992. A Igreja tem o direito de ensinar a seus filhos a lei de Deus sobre este assunto. O Catecismo da Igreja fala do assunto nos números 2357 a 2359.

A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19,1-29; Rm 1,24-27; 1Cor 6,9-10; 1Tm 1,10), a tradição sempre declarou que “os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados” (CDF, decl. Persona humana, 8). São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (§2357).

A Igreja reconhece que: “Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida, e se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição”. (§2358)

“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadores da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (§2359).

Outro texto legal este aqui: Homossexualidade e Esperança. Agora, me conte o você pensa sobre isso? Comente.

 

 

Termina o Sínodo dos Bispos e portas se abrem aos divorciados

O Sínodo de Bispos sobre a Família votou com ampla maioria um documento final de 94 parágrafos, que propõe “a integração” na Igreja dos divorciados que voltarem a se casar, após a análise de “caso a caso”.

O texto foi entregue ao papa Francisco, que o divulgou ao público imediatamente e pode ser lido na íntegra aqui.

In this handout picture released by the Vatican press office, Pope Francis (C) attends the Synod on the family on October 5, 2015, as cardinals and bishops gather in the Synod Aula, at the St Peter's basilica in Vatican. Pope Francis on October 4 defended marriage and heterosexual couples as he opened a synod on the family overshadowed by a challenge to Vatican orthodoxy by a gay priest.    AFP PHOTO / OSSERVATORE ROMANO RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / OSSERVATORE ROMANO" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
Foto © OSSERVATORE ROMANO / AFP

Um novo Dicastério

Também é fruto do Sínodo o novo Dicastério criado por Francisco dedicado aos leigos, a família e a vida. O Santo Padre tomou a palavra no começo da sessão e fez o seguinte anúncio: “Decidi instituir um novo Dicastério com competência acerca dos leigos, da família e da vida”.

Os 270 “padres sinodais”, entre bispos e cardeais, que representam os bispos de todo o mundo, aprovaram a suspensão de várias proibições aos divorciados que se casarem novamente, entre elas a de serem padrinhos de batismo e de casamento.

Os padres sinodais insistem, contudo, em que é necessário um “discernimento”, um exame “caso a caso”, para autorizar o acesso aos sacramentos, como a comunhão e a confissão. Algo que já acontece em várias paróquias na prática.

Com isso, os bispos fizeram algum movimento no sentido de uma Igreja mais acolhedora com os casais que vivem juntos e com os católicos em situação irregular, ecoando o pedido do papa argentino a favor de uma instituição que pare de julgar e de condenar.

Três parágrafos tiveram um consenso menor – sobretudo, os de número 85 e 86, dedicados a temas bastante sensíveis para a Igreja Católica. Superando a maioria mínima necessária de dois terços (177), os parágrafos 85 e 86 estão entre os menos votados, com 178 votos a favor e 80 contra.

Nesses parágrafos, os bispos sinodais propõem que “os batizados que tiverem se divorciado e voltado a se casar civilmente sejam reintegrados à comunidade cristã, na medida do possível, evitando gerar escândalo”. O texto não especifica se poderão realizar a comunhão.

“Os divorciados que voltarem a se casar não devem se sentir excomungados e podem viver e envelhecer como membros vivos da Igreja, sentindo-a como uma mãe que acolhe sempre”, acrescenta o texto.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, lembrou que se trata de propostas dirigidas ao papa, que decidirá se será necessário elaborar um documento papal sobre a família. Lembro que o Sínodo não é dogmático ou doutrinário, apenas aconselhador. Ele foi criado para aconselhar o Santo Padre, ou seja, o Papa pode recusar algumas propostas.

“Não se pode negar que, em algumas circunstâncias, a responsabilidade (da crise do casal) pode ser menor, ou anulada (…) As consequências de alguns atos não podem recair sobre todos por igual”, defendem os prelados, ao se referirem aos divorciados.

No encerramento do sínodo, o papa Francisco elogiou a liberdade de expressão que reinou ao longo das três semanas de trabalho e criticou abertamente “os métodos não de todo benévolos” empregados pelos setores conservadores contra suas propostas de reforma.

Decepção para alguns

O espinhoso tema da homossexualidade foi abordado em apenas um parágrafo, no qual se reitera que a Igreja “respeita” os homossexuais, condena qualquer “discriminação injusta” e se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O restante desse parágrafo recomenda a Igreja a “acompanhar as famílias com um membro homossexual”.

Para muitos dos presentes, tratar do tema da homossexualidade em uma reunião dedicada à família significou uma anomalia, enquanto para outros prelados, sobretudo africanos, o assunto continua sendo tabu.

“O que parece normal para um bispo de um continente pode ser estranho, quase um escândalo, para outro de outro continente”, reconheceu o sumo pontífice.

Francisco decidiu convocar dois sínodos sucessivos sobre a família – um, em outubro de 2014, e o outro, em outubro de 2015 – para levar a Igreja a se atualizar frente às mudanças na sociedade moderna.

Na sexta-feira, em uma missa, o papa disse querer estimular a Igreja a “avaliar os tempos e a mudar com eles, permanecendo firme no Evangelho”.

Sobre outro ponto importante, no Sínodo, os bispos reiteraram que a instituição aplicará “tolerância zero” em relação à pedofilia, comprometendo-se a colaborar “de forma estreita” com a Justiça.

Fonte: Aleteia

Futuro cardeal espanhol explica doutrina da Igreja sobre a homossexualidade

Dom Fernando Sebastián Aguilar
Dom Fernando Sebastián Aguilar

(ACI/EWTN Noticias).- O Arcebispo Emérito de Pamplona e Tudela (Espanha), Dom Fernando Sebastián, concedeu uma extensa entrevista na qual, entre outros temas importantes, explica a postura do Papa Francisco sobre a homossexualidade, que é a da Igreja como o Santo Padre disse em diversas ocasiões.

Em uma entrevista publicada ontem pelo jornal Sul de Málaga e que gerou uma série de críticas por parte de diversos meios e do lobby gay, o Arcebispo afirma que “o Papa extrema os gestos de respeito e estima a todas as pessoas, mas não trai nem modifica o magistério tradicional da Igreja. Uma coisa é manifestar acolhida e afeto por uma pessoa homossexual e outra, justificar moralmente o exercício da homossexualidade”.

“Posso dizer a uma pessoa que tem uma deficiência que é o que é, mas isso não justifica que deixe de estimá-la e ajudá-la. Acredito que essa é a postura do Papa, o mesmo em relação ao matrimônio homossexual ou os divórcios. Vamos estar do seu lado, mas a Igreja não pode mudar as exigências da moral”.

O Arcebispo recorda logo que “o amor sempre pede fidelidade e ser irrevogável. O amor humano é o que é e a Igreja tem que defender a verdade e a autenticidade profunda do homem, ajudando a todos, aos que realizam bem e aos que se equivocam ou falham”.

Ao ser perguntado sobre o uso da palavra “deficiência”, que gerou diversos ataques contra o Bispo, Dom Sebastián disse que “muitos se queixam e não o toleram, mas com todos os respeitos digo que a homossexualidade é uma maneira deficiente de manifestar a sexualidade, porque esta tem uma estrutura e um fim, que é o da procriação. Uma homossexualidade que não pode alcançar esse fim está falhando. Isso não é um ultraje para ninguém”.

“Em nosso corpo temos muitas deficiências. Eu tenho hipertensão, vou ficar chateado quando me digam isso? É uma deficiência que tenho que corrigir do jeito que der. Assinalar a um homossexual uma deficiência não é uma ofensa, é uma ajuda porque muitos casos de homossexualidade podem recuperar-se e normalizar-se com um tratamento adequado. Não é ofensa, é estima. Quando uma pessoa tem um defeito, o bom amigo é o que o diz”.

O Papa acredita que todos podem ser bons filhos de Deus

O Prelado contou também que em 2006 o então Cardeal Bergoglio, que dirigiu uns exercícios espirituais nos quais participou, disse-lhe que lia todos os seus escritos e que era seu “aluno”: “Me deu uma grande alegria. Quando publicamos as coisas não sabemos para onde vai. Foi uma grata surpresa…”, afirmou.

O Arcebispo destacou logo que “o Papa Francisco é um homem de paz, de compaixão e de muito afeto pelo ser humano. Acredita no homem, em que todos podemos chegar a ser bons e filhos de Deus. Nisso está o segredo de sua afabilidade, de sua perseverança e de seu atrativo, em que a gente descobre a boa vontade do Papa”.

“Deus fez aos homens bons, fez a todos para ir ao céu. Temos que buscar esse traço profundo de bondade que têm todos os homens. Para evangelizar, temos que afastar os escombros da vida e descobrir a marca de Deus, a marca boa que toda pessoa leva no seu coração. Quem não quer ser bom, ser feliz e procurar a estima dos outros?”

Esta atitude do Santo Padre, disse o Prelado, “ensina-nos a ser ao mesmo tempo muito humanos e muito religiosos. Isso é fundamental para superar a distância e a ruptura que há entre a Igreja e muitos setores da nossa sociedade, que não esperam nada nem se confiam nela. Os leigos têm que ver o bom desejo da Igreja e esta também tem que descobrir o bom desejo profundo dos não cristãos. Todos podemos entender-nos porque temos a mesma marca de Deus”.

Para o Prelado, o Papa Francisco “tem esse dom da eficácia que na Igreja não é tão fácil, porque nela é necessário governar sempre com o máximo de justiça e de consideração às pessoas. Mas, também não se pode descuidar a primazia do bem comum. Por isso estou convencido de que irá fazendo tudo que seja necessário para o bom testemunho da Igreja diante do mundo. Isso é um estímulo inclusive fora da Igreja, para que todos os governantes se animem a governar a favor do bem comum e não da condescendência com os gritos e as pressões”.

A doutrina da Igreja sobre a Homossexualidade

O que o Arcebispo disse está alinhado com a doutrina católica em relação à homossexualidade, que está resumida em três artigos do Catecismo da Igreja Católica; 2357, 2358 e 2359. Nestes artigos a Igreja ensina que:

Os homossexuais “devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta”.

A homossexualidade, como tendência é “objetivamente desordenada”, e “constitui para a maior parte deles (os homossexuais) uma autêntica provação”.

Apoiada na Sagrada Escritura “a Tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’”, “não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual”, portanto, “não podem, em caso algum, ser aprovado”.

“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade” e “pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”.

Alemães também adotam cartilha de orientação sexual

A Alemanha, a exemplo do que ocorre no Brasil, ou é Brasil que segue o exemplo do ocorre por lá, também possui uma cartilha de orientação sexual.  No país europeu a cartilha é menos agressiva quanto as imagens, e aborda apenas a orientação sexual de gênero. Ela foi desenvolvida pelo governo para educar as crianças a aceitarem como normal a homossexualidade.

O problema maior da cartilha alemã, não são as imagens ou pregação do não-preconceito com os homossexuais, que aliais não devemos ter preconceito algum. O problema se encontra em seu texto que mostra que um pai abandonou a mulher e filho para morar com outro homem. As relações familiares são trocadas. A esposa aceita com facilidade o relacionamento do marido e ainda explica ao filho que a homossexualidade é amor.

Vejam as fotos:

No Brasil

Já postei aqui no blog como é nossa cartilha de orientação desorientação sexual. Ela é pornográfica e totalmente contra a família. Coloca os pais como tolos e despreparados para educar.

Irmãos rezemos muito. O que está em jogo nestas duas cartilhas não é o repeito que temos de ter pela escolha sexual do outro, mas a destruição da família. Colocá-la como mera formação e como irrelevante ao processo de educação é o que os governos querem fazer.

Lutemos pela família. Rezemos ao Pai para no iluminar nessa caminhada. 

Nota da CNBB sobre a criminalização da homofobia

CNBB3O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno Assis emitiu nota de esclarecimento sobre o que parte da imprensa chamou de “acordo” entre a senadora Marta Suplicy e a CNBB a respeito do Substitutivo do PL 122/2006 que trata da questão da criminalização da homofobia.

Confira a nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Brasília, 07 de dezembro de 2011

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por fidelidade a Cristo e à Igreja, no firme propósito de ser instrumento da verdade, vem esclarecer que, atendendo à solicitação da senadora Marta Suplicy, a recebeu em audiência, no dia 1º de dezembro de 2011, e ouviu sua apresentação sobre o texto substitutivo para o PL 122/2006.

A presidência da CNBB não fez acordo com a senadora, conforme noticiou parte da imprensa. Na ocasião, fez observações, deu sugestões e se comprometeu com a senadora a continuar acompanhando o desenrolar da discussão sobre o projeto. Reiterou, ainda, a posição da Igreja de combater todo tipo de discriminação e manifestou, por fim, sua fraterna e permanente disposição para o diálogo e colaboração em tudo o que diz respeito ao bem da pessoa humana.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis

Arcebispo de Aparecida

Presidente da CNBB

Cardeal de São Paulo, Dom Odilo Scherer, critica desrespeito à fé católica na parada gay

Em declarações ao jornal o Estado de São Paulo, arcebispo de São Paulo, cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, classificou como uma manifestação “infeliz, debochada e desrespeitosa” os cartazes com imagens de santos católicos ao longo da Avenida Paulista durante a 15ª Parada Gay recomendando o uso do preservativo para as relações homossexuais. Para o cardeal-arcebispo, o “uso instrumentalizado” das imagens por parte da organização do evento “ofende os próprios santos e os sentimentos religiosos do povo”.

Segundo explica a nota do Estadão “em 170 cartazes distribuídos em postes por todo o trajeto, 12 modelos masculinos, representando ícones como São Sebastião e São João Batista, apareciam seminus ao lado das mensagens: “Nem Santo Te Protege” e “Use Camisinha”.

Diante deste fato, o cardeal Scherer afirmou que “a associação das imagens de santos para essas manifestações da Parada Gay, a meu ver, foi infeliz e desrespeitosa. É uma forma debochada de usar imagens de santos, que para nós merecem todo respeito”.

“Vamos refletir sobre medidas cabíveis para proteger nossos símbolos e convicções religiosas. Quem deseja ser respeitado também tem de respeitar”, acrescentou o arcebispo.

Dom Odilo ressaltou que “o uso desrespeitoso da imagem dos santos populares ofende os próprios santos e os sentimentos religiosos do povo”.

Para o cardeal, afirma a nota do Estado de São Paulo, a organização da parada gay pregou os cartazes “provavelmente” para atingir a Igreja Católica “porque a Igreja tem manifestado sua convicção sobre essa questão e a defende publicamente.”

Dom Scherer manifestou sua posição contrária ao slogan escolhido pela organização da Parada, “Amai-vos uns aos outros” (tomado do Evangelho de São João). “Jesus recomenda “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. O uso de somente parte dessa recomendação, fora de contexto, em uma Parada Gay, é novamente um uso incorreto, instrumentalização da palavra de Jesus”, esclareceu o Cardeal.

“Instrumentalizar essas palavras sagradas para justificar o contrário do que elas significam é profundamente desrespeitoso e ofensivo, em relação àquilo que os cristãos têm como muito sagrado e verdadeiro”, afirmou também Dom Odilo.

Antes do desfile homossexual do domingo, decorrido em meio do caos gerado por arrastões, denúncias de roubos e participantes apreendidos com drogas, o Cardeal arcebispo de São Paulo, em um artigo intitulado “Homem e Mulher ele os criou”, afirmou que a Igreja Católica “vê com preocupação a crescente ambiguidade quanto à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura”.

“Não é possível que a natureza tenha errado ao moldar o ser humano como homem e mulher. Isso tem um significado e é preciso descobri-lo e levá-lo a sério”, afirmava Dom Odilo.

“Para quem deseja a verdade e busca conformar sua vida ao desígnio de Deus, permanece o convite a se deixar conduzir pela luz da Palavra de Deus e pelo ensinamento da Igreja também no tocante à moral sexual. O 6º mandamento da Lei de Deus (“não pecar contra a castidade”) não foi abolido e significa, positivamente, viver a sexualidade de acordo com o desígnio de Deus”, concluía Dom Odilo no seu artigo publicado no dia 21 de junho no Jornal Arquidiocesano O São Paulo.

50 mil pessoas protestam contra PL que criminaliza a homofobia

Pessoas de todo o país se reuniram em Brasília para protestar contra o Projeto de Lei 122/06

Mais de 50 mil pessoas de todo o país, na maioria católicos e evangélicos, se reuniram em Brasília, nesta quarta-feira, 1º, para participar da Marcha pela Família, em frente ao Congresso Nacional. A mobilização quis protestar contra o Projeto de Lei (PL) 122/06 que criminaliza a homofobia no país.

“Esse projeto pode transformar em criminosa qualquer pessoa ou instituição que tenha posição contrária ao incentivo e prática homossexual”, explica o vigário episcopal da Arquidiocese de Brasília, padre Paulo Sérgio Casteliano.

O sacerdote explica que, se a lei for aprovada, a pessoa não terá o “direito de pensar diferente” e pode ser preso injustamente, com uma falsa acusação de homofobia.

Ele exemplifica: “Se você contratar um funcionário que tenha essa opção sexual e, depois de um tempo de serviço, ele se demonstrar desleixado ou irresponsável e for mandado embora por justa causa, basta ele dizer que está sendo perseguido por causa da opção sexual e essa lei irá criminalizar imediatamente o empregador, que pode ir para a cadeia sem direito à fiança”.

Segundo um dos organizadores da marcha e líder da Assembléia de Deus, pastor Silas Malafaia, a lei é inconstitucional e contra a família. “É uma lei vergonhosa, que finge proteger a prática homossexual, porém, sua intenção real é colocar uma mordaça na sociedade e criminalizar os que são contra o comportamento homossexual. Com essa lei querem atingir as famílias, as questões religiosas e a liberdade de expressão”.

A posição da Igreja não muda

Recentemente, com a aprovação da união homoafetiva, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto, explicou que a Igreja não discrimina os homossexuais, mas quer que sua opinião sobre o assunto seja respeitada na sua posição de que o casamento é definido como uma união entre o homem e a mulher.

“Cada instituição tem os seus direitos e procedimentos próprios. Não há como considerar discriminação [por parte da Igreja]”, destacou o bispo ao recordar que a Igreja já se pronunciou sobre o tema através de documentos da Santa Sé, como a “Carta aos bispos da Igreja Católica sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais, divulgada pela Congregação para a Doutrina da Fé.

Em um trecho desta carta, a Santa Sé afirma que o fato de denunciar as injustiças contra as pessoas homossexuais não pode conduzir à afirmação de que a condição homossexual não seja desordenada, e aponta as consequências ao se reforçar tal atitude: “Quando tal afirmação é aceita e, por conseguinte, a atividade homossexual é considerada boa, ou quando se adota uma legislação civil para tutelar um comportamento ao qual ninguém pode reivindicar direito algum, nem a Igreja nem a sociedade em seu conjunto deveriam surpreender-se se depois também outras opiniões e práticas distorcidas ganham terreno e se aumentam os comportamentos irracionais e violentos”.

O documento destaca também que “a Igreja não pode se despreocupar de tudo isto e, por conseguinte, mantém firme a sua posição clara a respeito. Posição que não pode, certamente, modificar-se sob a pressão da legislação civil ou da moda do momento”.

Opinião

Diante a notícias acima é valido lembrar que eu, Marquione Ban, não entendo de lei e não li o texto da PL 122/06. Porém quero opinar sobre esse assunto que é tão polêmico.

Penso que diante as opiniões, seja elas das doutrinas cristãs ou movimentos contra a homofobia, é preciso ter cautela e  discutir melhor a situação. Discriminar não é, com toda a certeza, mandamento de Cristo. É preciso pensar sobre como fazer uma lei que extermine o preconceito sofrido pelos que optam pela homoafetividade e por aqueles que não concordam com essa escolha. Embora, leis não mudam o comportamento humano.

Ter a atitude de sempre respeitar e acolher é o que deve acontecer dos dois lados dessa discussão. Muitos irão falar que estou em “cima do muro”, mas para que não haja dificuldades de diálogo entre uns e outros é preciso que se suba em “cima do muro” para que o debate fique um pouco isento das opiniões preconcebidas, ou melhor, preconceituosas de ambos os lados.

Enfim, minha opinião é preferencial pela família e quem tem família ama. Quem ama, segue a Jesus. Quem segue a Jesus, respeita o próxima, ou melhor, o ama.

Fonte Canção Nova

Foto Arquidiocese de Brasília

Opinião: Marquione Ban