Você não leu errado. O Brasil está próximo, segundo o Jornal Extra, de ter a primeira pastora transexual. Sal Moretti, maquiadora de famosas, como Preta Gil, pertence a igreja protestante Pentecostal Anabatista, na Barra, da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Sua história com a fé deu início quanto ia cometer suicídio na Pedra da Gávea, mas foi impedida por uma voz. Segundo Sal, esta voz era Deus. Desde então entrou firme na comunidade e atua em um ministério da igreja. Ela se sentiu amada e, finalmente, parou de lutar contra sua transexualidade:
“Não me importa o título que venha a ter. Hoje já tenho meu ministério, vou aos encontros de jovens. Não levanto a bandeira LGBT u a bandeira evangélica. Levanto a bandeira do ser humano. Quero que outras pessoas se sintam como eu: respeitadas por serem quem são”.
Ela também disse:
“Jesus não exclui”
Leia a matéria do jornal aqui.
Mas e a Igreja Católica, o que diz?
Para a situação acima de Sal se tornar pastor, nada. Afinal não compete a igreja interferir em uma doutrina protestante. Mas, a Igreja tem posicionamento sobre a questão do gênero e homoafetividade no Catecismo. No site da editora Cléofas há um texto do professor Felipe Aquino que possui várias explicações sobre isso. Abaixo um resumo do que fala o Catecismo, mas em suma, as palavras da Igreja sobre o tema são ACOLHER, AMAR e ENSINAR. Veja:
A Congregação para a doutrina da Fé, do Vaticano, já publicou vários documentos sobre a homossexualidade, todos evidenciando o caráter imoral da “prática” homossexual, não da tendência: 1 – Persona Humana, de 29/12/1975; Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre o Atendimento Pastoral das Pessoas Homossexuais, de 1986 e “Algumas reflexões acerca da resposta a proposta legislativas sobre a não-discriminação das pessoas homossexuais”, de 1992. A Igreja tem o direito de ensinar a seus filhos a lei de Deus sobre este assunto. O Catecismo da Igreja fala do assunto nos números 2357 a 2359.
A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19,1-29; Rm 1,24-27; 1Cor 6,9-10; 1Tm 1,10), a tradição sempre declarou que “os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados” (CDF, decl. Persona humana, 8). São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (§2357).
A Igreja reconhece que: “Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida, e se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição”. (§2358)
“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadores da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (§2359).
Outro texto legal este aqui: Homossexualidade e Esperança. Agora, me conte o você pensa sobre isso? Comente.