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Pastores declaram apoio a JMJ no Rio

O Pastor Silas Esteves, da Igreja e Comunidade “A Palavra Viva” de Niterói-RJ. Ele enviou uma gravação feita na reunião dessa Igreja ocorrida nos EUA e na qual toda a Igreja manifesta seu apoio à JMJ, a Rádio Canção Nova de Brasília. Eles também oraram pelo evento e ainda fizeram uma declaração de amor ao Papa Francisco e a nós católicos. Ouça e creia..

Mãe denuncia Pastor Marcos Pereira por morte de filha que o investigava

Fico extremamente triste quando noticio estas informações de sacerdotes, pastores, líderes religiosos que se corrompem com as coisas do mundo, deixando de ser pastores da boa nova e se tornando lobos em pele de cordeiro. Irmãos, independente da doutrina, rezemos por nossos sacerdotes para que sejam firmes na fé e que as armadilhas do encardido não os prejudique.

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Pastor e foi levado para o Complexo Penitenciário de Bangu (Foto: Seap/Divulgação)
Pastor e foi levado para o Complexo Penitenciário
de Bangu (Foto: Seap/Divulgação)

G1| Acusado por pelo menos duas mulheres de cometer estupros no Rio, e investigado por outros quatro casos semelhantes, o pastor Marcos Pereira, da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, teve outra acusação, de envolvimento em quatro homicídios, revelada no Profissão Repórter desta terça-feira (14). Testemunhas e a mãe de Adelaide Nogueira dos Santos, morta em 2006, contaram à polícia que ela foi morta porque investigava por conta própria atividades ilícitas de Marcos e tudo que envolvia a igreja, como orgias com homens e mulheres em uma fazenda. As imagens foram mostradas no RJTV.

“Ela sabia muito”, disse a mãe de Adelaide, Amélia Batista, sobre o motivo do crime. “Ela namorou um rapaz de lá e ela descobriu, através dele, todo o esquema da igreja. Envolvimento com o tráfico, problemas de farras na fazenda dele, sexual. Ela apareceu com um microgravador dizendo que duas coleguinhas, junto com ela, iam entrar para a igreja, colocar aquela roupa e gravar o que acontecia”, contou. Continue lendo…

 

Chalita fala sobre o ex-padre Beto, casamento gay e aborto

Disponibilizamos abaixo trecho da entrevista com Gabriel Chalita escolhido pelo site Ecclesia Una. Chalita foi candidato pelo PMDB à prefeitura de São Paulo, já teve programa na TV Canção Nova e já foi Secretario da Educação em São Paulo. Ele atualmente está envolvido em um escândalo de corrupção. Em entrevista concedida a Folha de São Paulo, Chalita falou sobre o escândalo e também sobre alguns pontos a respeito da fé. Chalita é católico. Veja algumas perguntas feitas pelo jornalista Fernando Rodrigues (Em negrito as perguntas do Jornalista e as respostas de Chalita, em caracteres normais.*)

Gabriel Chalita concede entrevista ao programa "Poder e Política". Foto: Sergio Lima/Folhapress

Gabriel Chalita concede entrevista ao programa “Poder e Política”. Foto: Sergio Lima/Folhapress

O sr. é católico?

Eu sou católico. Sou um católico praticante, não escondo isso. Tenho muito respeito pelas outras religiões. Na campanha, eu fui convidado por pastores, por exemplo, para discutir política com líderes evangélicos. Eu acho que isso está correto. Um padre te convidar para um debate com candidatos… O cardeal [dom Odilo Scherer] fez isso em São Paulo. Convidou os candidatos para debaterem com padres. Aí está correto. Agora, você ir num culto religioso, numa missa, num culto, num elemento e transformar aquilo em um ato político, eu acho absolutamente incorreto.

Agora, a Igreja querer ouvir propostas, faz parte. Como ir numa faculdade. Se eu sou convidado para ir numa faculdade para dar uma palestra de direito penal, eu vou falar de direito penal. Se me convidarem e convidarem outros candidatos para debater [sobre] a cidade, eu vou para debater [sobre] a cidade.

E os temas que são relevantes para líderes religiosos e que, muitas vezes, são transplantados para o debate político? Temas como aborto, casamento gay, descriminalização do uso de drogas, entre outros, que têm sido usados por vários candidatos nas campanhas. Essas discussões são próprias para as campanhas políticas?

Eu acho que elas diminuem o debate político. São ruins para o debate político. É claro que as pessoas saberem o que os candidatos pensam faz parte do processo. Agora, você transformar uma eleição presidencial em um debate sobre aborto…? Primeiro que é assim: não é o presidente que define se terá aborto ou não. Quem define é o Congresso. Eu sou contra o aborto, já disse isso várias vezes, por razões as quais eu já expliquei. Mas, às vezes, você tem um reducionismo disso.

Sobre flexibilizar ou ampliar a lei do aborto atual. O sr. é a favor ou contra?

Eu sou contra. Eu acho que a lei…

Tem que ficar como está? Uma mulher não deve ser autorizada a fazer um aborto até a 12ª semana de gravidez?

Não deveria ser permitido por uma questão que, para mim, é constitucional, que é o amplo direito à vida. Ali tem vida. Onde tem vida, você tem que proteger o direito à vida.

Mas no caso do estupro, pode?

O caso do estupro pode. Ela não é obrigada a fazer. É uma decisão dela. Você tem uma diminuição disso porque aquilo foi praticado por meio de um crime.

Mas aí, então, pela mesma concepção, vai se tirar uma vida do mesmo jeito…

É. Pela mesma concepção, você pode matar alguém como legítima defesa. Você também está tirando uma vida, mas você tem uma previsão legal que te garanta que faça isso, porque você seria morto, então, para não ser morto, você tem o direito de defender a sua vida.

Mas, nesse caso, não há uma vida em risco.

Você está defendendo uma vida da mulher. Você não sabe quem, enfim, a estuprou. Então, já houve uma construção legal nesse sentido. Eu não acho que a questão -e nem sinto que líderes religiosos defendam dessa forma- não é prender a mulher que fez o aborto, acabar com a vida da mulher que fez o aborto. A questão é mostrar que isso, do ponto de vista penal, vai contra, vai de encontro a um mandamento constitucional que é o direito à vida.

Casamento gay. Deve haver alguma ampliação no que já existe a respeito de casamento gay no Brasil na legislação?

Eu acho que o Supremo decidiu isso de uma forma muito correta, mostrando que você não pode ter nenhum tipo de preconceito a uma relação estável entre duas pessoas, sejam elas do mesmo sexo ou de sexos diferentes. Agora, no caso das igrejas, eu acho que cada igreja tem que decidir o casamento que ela faz. Agora, contra todo tipo de preconceito, eu acho que é lamentável uma sociedade que tenha quaisquer sentimentos de homofobia, que destrua as pessoas porque elas têm uma orientação sexual diferente ou porque elas têm uma história de vida diferente.

Já que o sr. está falando sobre isso, teve o caso desse padre -padre Beto, de Bauru- que foi excomungado por ter manifestado apoio ao relacionamento amoroso entre pessoas do mesmo sexo. O sr. concordou?

A Igreja está dizendo que ele não foi excomungado por causa disso. Está dizendo que ele foi excomungado porque ele desobedeceu bispo. Eu, na verdade, por causa da defesa dele da questão das pessoas poderem ser felizes, eu não vejo com bons olhos isso. Eu acho que ele tem o direito de expressar…

O sr. não vê com bons olhos…

…A excomunhão. É. Padre Cícero foi excomungado também, não é?

O sr. acha, então, que não foi a melhor atitude da Igreja?

Eu não quero criticar [a Igreja]. Eu acho que a Igreja erra e acerta, mas…

Nesse caso?

Eu vi, inclusive, a demonstração do povo de Bauru pelo grande padre que ele é, pela forma carinhosa como ele trata as pessoas, pela liderança dele. Agora, eu não tenho detalhes do motivo da excomunhão, como é que ela foi desenvolvida. Eu também não quero ser leviano com relação a isso. Mas, quando eu vi a primeira colocação na imprensa, de que ele foi excomungado por causa disso, eu achei incorreta a excomunhão. É a minha opinião de leigo ali vendo. Eu acho que as pessoas precisam ser acolhidas, não excomungadas.

O Papa Francisco pede aos argentinos não viajar a Roma e dar esse dinheiro aos pobres

Carta enviada pelo Núncio na Argentina

(ACI).- Em uma carta enviada pela Nunciatura Apostólica na Argentina aos pastores desta nação, o Papa Francisco fez um chamado a seus compatriotas que pensavam em viajar a Roma para acompanhá-lo na Missa de instalação como Pontífice, a renunciar a esse desejo legítimo e entregar o dinheiro que iam usar com esse fim para ajudar os pobres.

O Santo Padre assinalou que sim espera que o acompanhem, mas comorações e com a esmola que assim solicitou para os irmãos mais necessitados.

O Papa Francisco alentou deste modo os três acentos deste tempo especial de Quaresma: a mortificação ou a renúncia, a viagem a Roma neste caso; aoração e a esmola.

Com este gesto o Santo Padre repete um similar que já fez antes quando era Arcebispo de Buenos Aires e foi criado Cardeal pelo Papa João Paulo II em fevereiro de 2001.

Naquela oportunidade o então Prelado suplicou às pessoas que planejavam ir a Roma para acompanhá-lo nessa importante ocasião que usassem o dinheiro para os mais necessitados.

“Como consequência disso, a delegação do Cardeal Bergoglio no consistório foi uma dos menores, totalmente em desacordo com o tamanho e a importância de Buenos Aires”, assinala o diretor do grupo ACI, Alejandro Bermúdez, em um post do blog desta agência titulado “Bem-vindos ao minimalismo de Francisco”.

Além disso, acrescenta, “a diferença de seus predecessores, o Papa Francisco decidiu não usar a capa vermelha pontifícia para aparecer pela primeira vez ante os fiéis. Vestiu o traje branco, como São Pio V, o Papa dominicano que não quis deixar de usar o manto branco de sua ordem, começando assim a tradição do branco papal”.

“Apesar de ser o primeiro jesuíta em sentar-se na cadeira de Pedro, o Papa escolheu o nome nunca antes usado do santo de Assis, que encabeçou a reforma da Igreja em seu tempo chamando a um retorno fiel à simplicidade e santidade”, conclui Bermúdez.

Quanto ganha o bispo?

 Recentemente, apareceram na imprensa várias matérias e reflexões sobre o dinheiro recolhido pelas Igrejas no Brasil. São números que impressionam, se forem olhados sem o devido discernimento. Os valores globais divulgados e que teriam sido recolhidos “em nome de Igrejas” ao longo de um ano também incluem os da Igreja Católica; mas não aparecem discriminados e não se especificou o que se refere a cada grupo religioso em particular, o que leva a fazer juízos errôneos, sem as devidas distinções e considerações.

No caso da Igreja Católica, considerando o número de fiéis, a média da contribuição individual por fiel pode ser baixíssima. Há que se levar em conta que, no nosso caso, as contribuições são feitas “para a Igreja”, representada também civilmente por entidades e instituições que prestam contas à Receita Federal. A pergunta que fica no ar é se isso acontece com todos os grupos religiosos, ou se as doações acabam beneficiando pessoalmente a quem as recolhe?

Há que se ver, ainda, a aplicação desses recursos e se perceberá qual é o volume de assistência e de benefícios sociais e culturais, e até mesmo de empregos gerados a partir das organizações religiosas. Ninguém imagine que na Igreja Católica, padres, bispos e organizações religiosas não pagam impostos, INSS, contas de água e luz. As isenções previstas em lei são apenas algumas, que não beneficiam pessoalmente as pessoas em serviço nas organizações religiosas, mas essas próprias organizações.

Dizer que as Igrejas recolhem mais de 20 bilhões de reais por ano no Brasil pode representar muito, aos olhos de alguns; mas isso pode representar muito pouco, se formos considerar as coisas mais no detalhe. Em tudo isso, é preciso colocar sempre um sensato e prudente “depende”. O que mais chamou a atenção foi a notícia sobre fortunas individuais e impérios políticos e econômicos organizados, até mesmo em pouco tempo, por líderes religiosos, que transformam a fé e os “serviços religiosos” em “produtos”, oferecendo-os ao público numa lógica capitalista de mercado.

Há, certamente, um problema no ar em relação ao campo religioso brasileiro; esse problema precisa ser enfrentado melhor pelas autoridades competentes. O que sempre foi mais colocado em evidência na opinião pública, até mesmo de maneira superdimensionada, foi a “perda de fiéis” por parte da Igreja Católica, talvez até com o desejo inconfessado de que isso continue a acontecer e que é um bem para o Brasil… A verdade é que essa mobilidade religiosa atinge todas as religiões tradicionais no Brasil e mesmo os grupos surgidos mais recentemente. O que não se aprofundou, a meu ver, foi a reflexão sobre os modos, as implicações e as consequências dessa “mobilidade religiosa”, que agora começam a aparecer.

O “Estado laico” não deve ser um álibi para deixar livre curso à exploração econômica, e em benefício privado, da credulidade e das necessidades religiosas e espirituais dos fiéis, valendo-se dos benefícios que o mesmo Estado reconhece às organizações religiosas. Alguma distorção grave está acontecendo no mundo religioso do Brasil, que terá consequências para a própria identidade cultural do Brasil no futuro próximo. Uma séria reflexão precisa ser feita.

Na Igreja Católica, as doações não são destinadas ao padre ou ao bispo, pessoalmente, mas à paróquia, à diocese, ou a outras instituições, organizações e obras sociais devidamente reconhecidas. Nossas paróquias e instituições religiosas não têm configuração empresarial, voltada para a produtividade e o ganho, mas têm fins religiosos, sociais e culturais, não pertencendo a ninguém em particular. As normas da nossa Igreja prescrevem rigor e transparência no controle e na aplicação dos recursos, bem como na prestação de contas.

Requerem ainda as normas da Igreja que haja Conselhos de Assuntos Econômicos em todas as paróquias e dioceses, com a participação de pessoas idôneas e competentes, para a boa administração dos recursos recolhidos. Todos esses recursos devem ser destinados ao cumprimento da missão da própria Igreja e, jamais, ao benefício pessoal de quem quer que esteja a serviço da Igreja, em qualquer nível, serviço e cargo.

Por delicado que seja, esse tema da exploração mercadológica da religiosidade e da religião carece de uma serena e profunda reflexão, para evitar o risco do descrédito da própria religião, de toda religião.

Cardeal Odilo Pedro Scherer

Arcebispo de São Paulo, SP. Estudou filosofia no seminário maior Rainha dos Apóstolos e teologia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, ambos em Curitiba, PR. Mestre em filosofia e doutor em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

“Pastores pedem heroína evangélica à Globo” – e acaso houve alguma católica?

Leia matéria no link abaixo, mas não deixe de ler a critica. Cuidado com o pedes, pois pode ser atendido.

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Opinião

Não me lembro em minha curta vida, 27 anos, ter visto um protagonista católica. Vi sim mulheres que se ajoelhavam diante imagens de santos, Padre caricatos e obedientes a coronéis e  beatas. Vi beatas falsas, que andavam com o terço no pescoço mas não respeitavam de forma alguma as doutrinas da Igreja.

De fato, assim como também não vi protestantes sendo representados de forma equivalente a realidade de quem os são. Do mesmo modos os católicos, como disse acima, não passam de caricaturas do que realmente são. Sempre durante esses anos de minha vida, nas novelas a quebra de valores sendo colocada como normal.

Outro fato, é que na maioria das pesquisas muitos não praticantes da igreja ou apenas misseiros por tradição são retratados de forma fiel. Se estou no bar bebendo, sou católico. Se estou me prostituindo, sou católico. Essa é a resposta social dada a pergunta qual a sua religião?

Quero ver sim nas novelas, da Globo, SBT e Record protagonistas realmente seguidores de suas doutrinas. Seja ela católica ou protestante. Digo isso referindo aos valores que são deturpados pela TV. Por exemplo: a igreja não ensina que se deve abandonar o esposa ou esposa por causa de outra mulher ou homem. A TV diz que pode. Essa protagonista é católica ou protestante? Nunca foi e nunca será, como diria Capitão Nascimento (Filme Tropa de Elite).

É hora dos autores, boêmios por opção, mostrarem os valores que devem ser seguido e que a igreja sempre ensinou. É hora de nós católicos realmente nos comportarmos como tal. Seguir a igreja é seguir a Cristo na sua plenitude. Não diante do primeiro problema romper com os seus valores e viver loucamente como as novelas nos propõe.

Ainda, ano passado todos assistiram a uma novela chamada Avenida Brasil. Em sue final a vilã pagou por seu crimes e foi morar sozinha no lixão. A cena do perdão de seu filho, ao levar o neto para vê-la, e  da mocinha indo junto, deixou muitos decepcionados, pois estes esperavam uma vingança maior como o assassinato da vilã ou ainda ela fugindo com uma fortuna.

Frustração  social em ver que alguém se redimiu ou tenta se redimir. Isso não é ser cristão. Cuidado pastor Silas ao pedir uma protagonista protestante nas novelas. Nunca houve de fato protagonista católica, apenas que se dizia ser. A TV consegue estereotipar qualquer coisa e nosso povo ainda é fraco na fé para compreender.

Onde encontrar Jesus Cristo hoje

Dom Murilo Krieger
Arcebispo de São Salvador (BA) e Primaz do Brasil

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, exclamou João Batista, ao ver Jesus que vinha ao seu encontro (Jo 1,29). E completou: “Dou testemunho: ele é o Filho de Deus” (v. 34). Para os discípulos de João Batista, esse anúncio foi tão importante que o deixaram, para seguir Jesus. Um outro João, o evangelista, ao final de sua vida sintetizou o que tinha sido para ele a convivência de três anos com Jesus de Nazaré: “O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e o que a nossas mãos apalparam… isso vos anunciamos” (1Jo 1,1 e 3). João evangelista deixava claro, assim, que seu anúncio partia de uma experiência pessoal, que o havia transformado radicalmente. Anunciava, também, que todos podem fazer idêntica experiência – isto é, podem ouvir, ver e tocar o Filho de Deus, porque ele veio até nós, assumiu nossa carne e se manifesta a quem o procura.

Se é próprio de Deus manifestar-se, para nos revelar sua intimidade, e se, em vista disso, nos enviou seu Filho, onde encontrar Jesus Cristo hoje? De que modo e em que situações ele se revela a nós? Em que situações ele se faz presente? É importante ter respostas claras a essas perguntas, já que o encontro com Cristo é o ponto de partida para uma autêntica conversão.

Destacarei sete lugares de encontro com Jesus de Nazaré – isto é, onde podemos encontrá-Lo em nossos dias. Podemos encontrá-Lo:

1º – Em sua Palavra. Os Evangelhos apresentam, numa linguagem clara, compreensível a todos, o que Jesus falou e o modo como viveu entre nós. Se prestarmos atenção às suas palavras, será inevitável: nossos corações se transformarão e produziremos frutos de santidade.

2º – Nos pastores que dirigem a Igreja. Cristo, pastor dos pastores, assiste os pastores que dirigem e governam o povo de Deus, como ele mesmo disse aos apóstolos: “Quem vos ouve, a mim ouve” (Lc 10,16).

3º – Nos sacramentos. Os sacramentos são ações de Cristo, que os administra por meio de seus ministros. Os sacramentos são santos por si mesmos e, “quando tocam nos corpos, infundem, por virtude de Cristo, a graça nas almas” (Paulo VI). Cristo está sempre presente por sua força nos sacramentos, de tal forma que “quando alguém batiza, é Cristo mesmo que batiza” (Santo Agostinho).

4º – Na Eucaristia. O sacramento da Eucaristia contém o próprio Cristo e é, como afirmava Santo Tomás de Aquino, “como que a perfeição da vida espiritual e o fim de todos os sacramentos”. A presença de Cristo nesse sacramento é de uma intensidade sem par; é uma presença especial, uma presença “real”, “não a título exclusivo, como se as outras presenças não fossem “reais”, mas por excelência, porque é substancial, e porque por ela se torna presente Cristo completo, Deus e homem” (Paulo VI).

5º – Quando a Igreja reza. Cristo está presente em sua Igreja quando ela reza, sendo ele quem “roga por nós, roga em nós e por nós é rogado; roga por nós como nosso Sacerdote; roga em nós como nossa Cabeça; é rogado por nós como nosso Deus” (Santo Agostinho). O próprio Jesus prometeu: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20).

6º – No pobre. Quando fazemos o bem a um irmão necessitado, nós o fazemos ao próprio Cristo: “Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40). Mais: é Cristo que faz essas obras por meio de nós, socorrendo assim as pessoas necessitadas.

7º – Em nossos corações. Cristo habita pela fé em nossos corações (cf. Ef 3,17) e neles derrama o amor de Deus pela ação do Espírito Santo que nos dá (cf. Rm 5,5).

Penso ter ficado implícito que o cristianismo não é apenas um conjunto de normas éticas e nem se resume a uma proposta de paz e de solidariedade; ele é, acima de tudo, o encontro com uma pessoa – a pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus Salvador. É ele é que dá novas perspectivas à nossa vida. Cabe-nos, pois, estar atentos a seus passos em nossos caminhos. Acolhendo-o, teremos a possibilidade de conhecê-lo sempre melhor e de apresentá-lo a outros.