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Papa: “Não há lugar na Igreja para aqueles que abusam de menores”

E fica a dica!
E fica a dica!

(ACI/EWTN Noticias).- “Não há absolutamente lugar no ministério para aqueles que abusam de menores”, advertiu nesta quinta-feira o Papa Francisco em uma carta aos Presidentes dos Episcopados e aos Superiores das congregações religiosas na qual exortou a não terem medo do escândalo para lutar contra este flagelo.

O Pontífice enviou a carta na véspera da primeira reunião em Roma – de 6 a 8 de fevereiro – de todos os membros da Pontifícia Comissão para a proteção dos menores e nela assegura às famílias “que a Igreja não poupa esforço algum para proteger os seus filhos, e têm o direito de se dirigir a ela com plena confiança, porque é uma casa segura”.

“Portanto, não se poderá dar prioridade a nenhum tipo de considerações, seja qual for a sua natureza, como por exemplo evitar o escândalo, porque não há absolutamente lugar no ministério para aqueles que abusam de menores”, expressou.

Francisco concluiu a carta pedindo “que Maria Santíssima, Mãe da ternura, ajude-nos a cumprir, com generosidade e rigor, nosso dever de reconhecer humildemente e reparar as injustiças do passado, e a ser sempre fiéis à tarefa de proteger aqueles que são os prediletos de Jesus”.

Vaticano prende Bispo acusado de pedofilia

Ontem, 23, o Vaticano colocou em prisão domiciliária o antigo arcebispo polonês Jozef Wesolowski, acusado de pedofilia. A medida entra para a história da Igreja e do mundo. É o primeiro caso do gênero, informou um porta-voz da Santa Sé, ressaltando que o papa Francisco exigiu uma ação rápida.

Padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano,  disse que o tribunal criminal da Santa Sé determinou a medida em audiência preliminar.

Josef Wesolowski
O Vaticano anunciou a abertura de um processo penal por pedofilia contra o seu antigo núncio apostólico (embaixador) na República Dominicana (Fotografia © REUTERS/Luis Gomez)

O Bispo

Jozef Wesolowski, o bispo, ex-embaixador da Igreja Católica na República Dominicana, foi deposto em junho deste ano depois de ser condenado por abuso sexual pelo tribunal da Santa Sé.

O processo

De acordo com Padre Federico Lombardi, o processo, que pode se transformar no primeiro processo por pedofilia no Vaticano, foi aberto “de acordo com a vontade expressa pelo papa, para que uma questão tão grave e delicada seja confrontada sem demora, com o rigor justo e necessário”.

Papa Francisco

Desde que assumiu o papado, Francisco tem agido com mãos de ferro contra essa barbaridade. Seu posicionamento é sempre a favor da punição imediata. Além de tornar público as punições da igreja.

Congregação para a Doutrina da Fé declara inocente bipo chileno acusado de abusos sexuais

Dom Cristián Contreras Molina (Foto Bispado de São Felipe)
Dom Cristián Contreras Molina (Foto Bispado de São Felipe)

(ACI/EWTN Noticias).- Depois de uma investigação exaustiva, a Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano definiu que as acusações de abusos sexuais contra o Bispo de São Felipe, Dom Cristián Contreras Molina, não são certas e que não existem elementos que o incriminem.

A informação foi divulgada hoje pelo Bispado de São Felipe em uma conferência de imprensa na qual se leu uma declaração pública sobre a conclusão da investigação anunciada em fevereiro deste ano, uma investigação que foi solicitada pelo mesmo bispo que sempre defendeu a sua inocência.

A declaração assinala que a Congregação para a Doutrina da Fé determinou que “estas acusações não são certas e estabeleceu a ausência de elementos que o incriminem”.

“Esta denúncia também foi objeto de uma investigação exaustiva em foro civil, disposta pelo Ministério Público, investigação que foi arquivada por falta de antecedentes”, precisa o texto. “Em ambas as indagações Dom Contreras Molina prestou a sua decidida e plena colaboração”, acrescentou.

Ante as perguntas da imprensa, o Prelado foi claro ao assinalar que não tem cabimento na Igreja os sacerdotes “que abusam dos menores, isto significa que eu sempre segui o protocolo da Igreja e isso indica que diante de qualquer denúncia é necessário seguir esse protocolo”.

“Sempre disse que esta acusação era uma calúnia, agora estou tranquilo, não tenho dúvidas de que o povo de Deus sabe quem são os seus pastores e recebi todo o apoio da minha família, da comunidade e dos sacerdotes”, indicou o Bispo de São Felipe.

A declaração indica também que “com fé e confiança em Jesus Cristo, o Bispo renova a sua adesão ao ministério que lhe foi confiado. Junto com agradecer a oração do Povo de Deus, continuará rezando por aqueles que lhe acusaram de delitos graves que ele mesmo denunciou de acordo com os procedimentos da Igreja”.

Com a conclusão da investigação canônica, Dom Contreras Molina disse que para ele se fecha este capítulo e que não falará das pessoas que o denunciaram falsamente.

Tolerância zero: o abuso de um menor “é como uma missa negra”, denuncia

(ACI).- No voo de volta de Israel a Roma, o Papa Francisco condenou mais uma vez o abuso sexual de menores cometido por sacerdotes, comparou este crime com uma “missa negra”, esclareceu que não há privilégios para os bispos que cometam este crime e anunciou que no início de junho se reunirá com um grupo de vítimas no Vaticano.

Ao ser perguntado por um jornalista sobre o que fará se encontrar um bispo que não cumpre com as normas das Igrejas locais nesta delicada matéria, o Papa Francisco esclareceu que “não há privilégios” para os pastores que cometam estes crimes.

FranciscoHomilia_AutorLaurenCater_CNA“Na Argentina, chamamos os privilegiados de ‘filhos de papai’. Pois bem, sobre este tema não haverá filhos de papai. Neste momento, há três bispos sob investigação e um deles, já condenado, tem a pena em estudo. Não há privilégios neste tema dos menores”, explicou.

Explicou que “é um problema muito grave. Um sacerdote que comete um abuso, trai o corpo do Senhor. O padre deve levar o menino ou a menina à santidade. E o menor confia nele. E ao invés de levá-lo à santidade, abusa. É gravíssimo.”.

“É como fazer uma missa negra! Ao invés de levá-lo à santidade, o leva a um problema que terá por toda a vida”, enfatizou.

O Papa anunciou que nos primeiros dias de junho “haverá uma missa com algumas pessoas abusadas, na Santa Marta, e depois haverá uma reunião com eles. São pessoas da Alemanha, duas da Inglaterra ou Irlanda… Serão uns oito, com o Cardeal (Francis) O’Malley, da comissão. Sobre isto se deve prosseguir com tolerância zero!”.

Abusos Sexuais: clara resposta do Vaticano à ONU e firme compromisso pelas crianças

(ACI/EWTN Noticias).- O Escritório de Imprensa da Santa Sé divulgou um comunicado no qual responde claramente às acusações da ONU feitas hoje em um relatório no qual se afirma que supostamente o Vaticano permitiu o abuso de “milhares de crianças” (embora a presidente do Comitê, Kirsten Sandberg, admitiu não ter um número concreto). Diante destas declarações, a Santa Sé reiterou seu compromisso na defesa e proteção da infância.

O comunicado da Santa Sé saiu logo depois de um relatório –apresentado por alguns meios de imprensa seculares como a agência AP como “devastador”– no qual o Comitê para os Direitos da Criança da ONU “criticou severamente o Vaticano por suas atitudes em relação à homossexualidade, o planejamento familiar e o aborto, e pediu que se revisem suas políticas para assegurar que se protejam os direitos das crianças e seu acesso à saúde”.

O relatório do organismo internacional indica que “o comitê está profundamente preocupado com o fato de a Santa Sé não reconhecer o alcance dos crimes cometidos, que não tenha dado os passos necessários para proteger as crianças e que tenha adotado um comportamento e tomado decisões que levaram à continuação dos abusos e à impunidade dos predadores”.

AP assinala também que “é muito provável que essas recomendações (do comitê da ONU) sejam desprezadas pelo Vaticano, que tem essa divergência histórica com as Nações Unidas em temas como a saúde reprodutiva”.

Austen Ivereigh, fundador e líder do grupo internacional Vozes Católicas, comentou que o relatório da ONU é uma “mostra estremecedora de ignorância e elevada parcialidade”.

Do mesmo modo, indica AP, o líder católico assinalou que o documento não reconhece o progresso que se fez em anos recentes e que em muitos lugares a Igreja é considerada líder em proteção aos menores. Também disse que o comitê não distinguiu entre as responsabilidades e jurisdição da Santa Sé e das Igrejas locais.

“Em uns casos (o relatório) tenta mudar os ensinamentos da Igreja e diz como interpretar as Escrituras, o que certamente vai além da jurisdição da ONU e contradiz as leis internacionais sobre liberdade religiosa”, adicionou.

Comunicado da Santa Sé

No comunicado divulgado hoje, afirma-se que “segundo os procedimentos particulares previstos para as partes da Convenção, a Santa Sé toma nota das observações conclusivas sobre os próprios relatórios, os quais serão submetidos a estudo e exames minuciosos em pleno respeito da Convenção nos diferentes âmbitos apresentados pela Comissão em conformidade com o direito e a prática internacional, tendo também em conta o debate público interativo com a Comissão realizado a 16 de Janeiro de 2014”.

“Todavia, a Santa Sé lamenta ver nalguns pontos das observações conclusivas uma tentativa de interferir no ensinamento da Igreja católica sobre a dignidade da pessoa humana e na prática da liberdade religiosa”, acrescenta o texto.

O comunicado precisa finalmente que “a Santa Sé reitera o seu compromisso em defesa e proteção dos direitos da criança, em sintonia com os princípios promovidos pela Convenção sobre os direitos da criança e segundo os valores morais e religiosos oferecidos pela doutrina católica”.

Tolerância zero

Em uma recente entrevista publicada na Rádio Vaticana, o Núncio ante a ONU em Genebra, o Arcebispo Silvano Tomasi, rejeitou as acusações de que o Vaticano tenha obstaculizado as investigações a sacerdotes católicos acusados de abusos sexuais contra menores.

“As acusações que a Santa Sé obstaculizou a atuação da Justiça me parecem gratuitas. Impedir um país de aplicar sua jurisdição seria uma interferência ilegal e injusta”, disse Dom Silvano Tomasi.

Em dias recentes, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, assegurou que o maior defensor das crianças é o Santo Padre: “Que chefe dos 193 Estados do Comitê da Convenção sobre os Direitos da Criança pode representar melhor testemunho e eficaz aval que o papa Francisco e seu amor tão forte pela infância?”, questionou.

Depois de lamentar os casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero, o sacerdote recordou que os últimos Papas e os organismos competentes do Vaticano trabalharam e trabalham arduamente para “o estabelecimento de normas e diretrizes rigorosas e eficazes para curar, resistir e prevenir os graves fenômenos de abuso sexual contra menores de idade”, o que inclui “a atualização das leis do Estado da Cidade do Vaticano em assuntos penais”.

Seguindo os passos de seu predecessor, Bento XVI –que estabeleceu uma série de estritas normas para lutar contra o problema dos abusos sexuais, assim como com a política de tolerância zero – o Papa Francisco já deu importantes passos neste tema, como a criação de uma comissão para tratar este tema, e respalda e promove o trabalho da Igreja em todo mundo para garantir os direitos e o bem-estar das crianças.

Psiquiatras dos EUA: Chamar pedofilia de “orientação sexual” foi um “erro”

Capa do Manual de Diagnóstico e Estatística das Desordens Mentais da APA
Capa do Manual de Diagnóstico e Estatística das Desordens Mentais da APA

(ACI/EWTN Noticias).- A Associação Americana de Psiquiatria (APA, por suas siglas em inglês), publicou recentemente um comunicado assegurando que considerar a pedofilia como uma “orientação sexual” dentro da quinta edição do seu Manual de Diagnóstico e Estatística das Desordens Mentais (DSM-5) foi um “erro”, que será corrigido na edição digital do livro, assim como nas próximas impressões.

Em seu comunicado, titulado “erro no texto de desordem pedofílica será corrigido”, a APA indicou que “a ‘orientação sexual’ não é um termo usado no critério de diagnóstico para a desordem pedofílica, e seu uso na discussão do texto do DSM-5 é um erro e deve ler-se como ‘interesse sexual’. De fato, a APA considera a desordem pedofílica como uma ‘parafilia’ (uma separação sexual), não uma ‘orientação sexual’”.

“Este erro será corrigido na versão eletrônica do DSM-5 e na próxima impressão do manual”, indicou a associação de psiquiatras americanos.

Entretanto, Mat Staver, presidente e fundador do Liberty Counsel dos Estados Unidos, uma organização defensora da liberdade religiosa, da santidade da vida e da família, expressou sua desconfiança respeito a que se tratou de um erro.

Staver recordou que a APA, ao apresentar seu manual assegurou que este marcava “o final de uma viagem de mais de uma década revisando os critérios para o diagnóstico e classificação das desordens mentais”.

“Claramente, se reclassificar a pedofilia foi um mero ‘erro’, teria sido detectado na ‘viagem da década’”, advertiu o líder pró-família.

Mat Staver advertiu que “já seja que se classifique como uma ‘orientação sexual’ ou como um ‘interesse sexual’, qualquer esforço para tornar a pedofilia legítima dará aos pederastas todos os argumentos que precisam para remover as leis de idade de consentimento, e as crianças sofrerão”.

O Liberty Counsel qualificou de “não científicas” as mudanças realizadas nas diversas edições do Manual de Diagnóstico e Estatística das Desordens Mentais (DSM).

“Na terceira edição do DSM, a APA disse que aquele que atua segundo a própria atração sexual pelas crianças é um pedófilo”, recordou a organização defensora da família, indicando que para a quarta edição do manual psiquiátrico mudou “o critério, dizendo que a pedofilia era uma desordem somente ‘se causasse um mal-estar clinicamente significativo ou deterioração nas áreas sociais, ocupacionais ou outras importantes do funcionamento’”.

Para o Liberty Counsel, depois dos dez anos que levou desenvolver este novo manual psiquiátrico “é difícil aceitar que a sua publicação tenha sido um equívoco ou um engano”.

“É mais provável que o protesto público tenha ocasionado o recente comunicado de imprensa da APA”, indicou a organização.

Mat Staver advertiu que a Associação Americana de Psiquiatria “perdeu a credibilidade com este último desatino sobre a classificação para a pedofilia. A APA se viu cooptada por uma agenda política. É difícil ver a APA de qualquer outra forma”.

“As implicações de reclassificar a lei natural, seja para o matrimônio homossexual ou para as relações adulto-crianças, são de longo alcance”, indicou.

E antes da repercussão contra essa grotesca determinação eles pensavam assim:

APA reconhece Pedofilia como orientação sexual 

Pedofilia é reconhecida como “orientação sexual” no EUA

Boy Watching Shadowy FigureNão sei o que comentar diante esse fato. A não ser que todos estão é loucos e orientados pelo coisa ruim. Como pode ser reconhecido o abuso de menos, crianças com orientação? Oremos, os tempos estão mudando e as pessoas esquecendo Deus e os seus princípios.

Vejam a matéria:

A Associação Americana de Psiquiatria dos Estados Unidos (APA, por suas siglas em inglês) aceitou dentro da quinta edição do seu Manual de Diagnóstico e Estatística das Desordens Mentais a “orientação sexual pedofílica”, e a diferenciou da “desordem pedofílica”.

Para a APA, a “orientação sexual” pedofílica consiste naqueles que “nunca atuaram em base a seus impulsos”.

Conforme informou o site informativo Neon Tommy, auspiciado pela Escola de Comunicações de Annenberg, da University of Southern Califórnia, a decisão da Associação Americana de Psiquiatria dos Estados Unidos deu lugar a que numerosos grupos de defesa da pedofilia ampliem “o alcance de suas organizações”.

Tal é o caso, indicaram, de B4U-ACT, uma organização criada em 2003 “principalmente como uma forma para que ‘pessoas atraídas por menores’ sejam abertas sobre as suas preferências sexuais em uma atmosfera de apoio”.

“De acordo ao porta-voz e agressor sexual com antecedentes, Paul Christiano, o grupo de defesa da pedofilia está “‘trabalhando para desestigmatizar a comunidade de saúde mental’. Christiano explicou que as atitudes negativas da sociedade para com as pessoas atraídas por menores ‘alcançam a elaboração de políticas e a comunidade de saúde mental’”, indicou o informativo.

abuso-sexual-pedofilia

Caitlin Myers, estudante de doutorado em Sociologia da University of Southern Califórnia explicou ao Neon Tommy que não se pode assegurar que a conduta dos pedófilos fique somente na mente, pois “é cientificamente impossível resolver a pergunta de se as pessoas atraídas por um menor atuarão ou não em base a seus impulsos”.

Fonte: Aci Digital

Nunca acobertei casos de pedofilia, diz Bento XVI em uma longa carta escrita a um ateu militante

ppbxvi240913(ACI/EWTN Noticias).- O matemático italiano e ateu militante, Piergiorgio Odifreddi, recebeu no último dia 3 de setembro uma carta muito especial. Um envelope selado, com 11 páginas com data de 30 de agosto e assinada por Bento XVI.

No texto, o Bispo Emérito de Roma responde ao livro de Odifreddi “Caro papa, ti scrivo” (Querido Papa, escrevo-te, Mondadori, 2011). Um livro que, como o autor recorda, desde a capa se define como uma “luciferina introdução ao ateísmo”.

No artigo no qual Odifreddi comenta as suas impressões ao receber esta carta afirma: “Não foi uma coincidência ter dirigido a minha carta aberta a Ratzinger. Depois de ter lido o seu “Introdução ao Cristianismo”, entendi que a fé e a doutrina de Bento XVI, a diferença de outros, eram o suficientemente coerentes e sólidas para poder confrontar perfeitamente e sustentar ataques frontais”.

Agressividade e descuido na argumentação

No fragmento da carta que foi publicado no jornal La Repubblica, pode-se ler como Bento XVI reconhece que desfrutou e aproveitou a leitura de algumas partes da carta, mas outras partes se surpreendeu por “uma certa agressividade e descuido na argumentação”.

No início da carta, o Bispo Emérito de Roma assinala que “você me dá a entender que a teologia seria ‘fantaciência’”. E frente a este argumento apresenta quatro pontos.

Ficção científica na religião… e a matemática

Em primeiro lugar assinala que “é correto afirmar que “ciência” no sentido mais estrito da palavra é somente a matemática, enquanto eu aprendi contigo que seria necessário distinguir ainda entre aritmética e geometria. Em todas as matérias específicas a científica tem a sua própria forma, segundo a particularidade do seu objeto. O essencial é que aplique um método verificável, exclua o arbítrio e garanta a racionalidade nas respectivas modalidades”.

Em segundo lugar, Bento XVI sustenta que “você deveria pelos menos reconhecer que, no âmbito histórico e no do pensamento filosófico, a teologia produziu resultados duradouros”.

Como terceiro aspecto afirma que “uma função importante da teologia é a de manter a religião unida à razão e a razão à religião. Ambas as funções são de essencial importância para a humanidade”.

Recordando a Habermas

Neste ponto recorda que no seu diálogo com Habermas “mostrei que existem patologias da religião e -não menos perigosas- patologias da razão. Ambas necessitam uma da outra, e tê-las continuamente conectadas é uma tarefa importante da teologia”.

No último ponto, muito mais longo que os anteriores, Bento expressa que “a “fantaciência” existe, por outro lado, no âmbito de muitas ciências e faz referências às teorias que Odifreddi expõe sobre o início e o fim do mundo em Heisenberg, Schrödinger, etc., que -continua Bento XVI-, “eu o designaria como ‘fantaciência’ no bom sentido: são visões e antecipações, para alcançar um verdadeiro conhecimento, mas são, de fato, somente imaginações com as que procuram aproximar-nos da realidade”.

Pouco nível: a pederastia

Depois de desenvolver com mais detalhe estas ideias, Bento XVI se detém no capítulo sobre o sacerdote e a moral católica e nos distintos capítulos sobre Jesus. “No que se refere ao que você diz do abuso moral de menores por parte de sacerdotes, posso -como você sabe- mostrar somente uma profunda consternação. Nunca tentei acobertar estas coisas. O fato de o poder do mal penetrar até este ponto no mundo interior da fé é para nós um sofrimento que, por um lado, devemos suportar, e por outro, nos obriga a fazer todo o possível para que estes casos não se repitam”.

“Não é tampouco motivo de tranquilidade saber que, segundo as investigações dos sociólogos, a porcentagem dos sacerdotes culpados destes crimes não é mais alta que em outras categorias profissionais semelhantes. Em qualquer caso, não se deveria apresentar este desvio ostentosamente como se fosse uma sujeira específica do catolicismo. Não é lícito calar o mal na Igreja, mas também não se deve fazer esquecer o grande rasto luminoso de bondade e pureza que a fé cristã deixou ao longo dos séculos”.

Por isso, Bento XVI recorda nomes como São Bento de Nursia e sua irmã Escolástica, Francisco e Clara de Assis ou Teresa de Ávila e João da Cruz.

O “Jesus histórico”, o do Hengel e Schwemer

Com respeito ao que o matemático diz sobre a figura histórica de Jesus, Bento recomenda ao autor os quatro volumes da obra que Martin Hengel publicou em conjunto com Maria Schwemer, “um exemplo excelente de precisão histórica e de amplíssima informação histórica”, assinala Ratzinger.

Assim mesmo, recorda, como já esclareceu no primeiro volume de seu livro sobre Jesus de Nazaré, que “a exegese histórica-crítica é necessária para uma fé que não propõe mitos com imagens históricas, mas reclama uma verdadeira historicidade e por isso deve apresentar a realidade histórica de suas afirmações também de forma científica”.

Em vez de Deus, uma natureza sem definir

Continua Bento XVI afirmando que “se você, entretanto, quer substituir Deus pela “Natureza”, fica a pergunta, quem ou o que é esta natureza. Em nenhuma parte você a define e aparece, portanto, como uma divindade irracional que não explica nada”.

E acrescenta: “Queria, portanto, sobretudo destacar que na Sua religião da matemática três temas fundamentais da existência humana ficam sem serem considerados: a liberdade, o amor e o mal. Qualquer coisa que a neurobiologia diga sobre a liberdade, no drama real da nossa história está presente como realidade determinante e deve ser levada em consideração”.

Na última parte publicada da carta de Bento, assinala que a “minha crítica sobre o seu livro é por um lado dura, mas a franqueza faz parte do diálogo; só assim o conhecimento pode crescer”.

Veja parte da carta que foi traduzida por Moisés Sbardelotto.

Ilustríssimo Senhor Professor Odifreddi, (…) gostaria de lhe agradecer por ter tentado até o último detalhe se confrontar com o meu livro e, assim, com a minha fé; é exatamente isso, em grande parte, que eu havia intencionado com o meu discurso à Cúria Romana por ocasião do Natal de 2009. Devo agradecer também pelo modo leal como tratou o meu texto, buscando sinceramente prestar-lhe justiça.

O meu julgamento acerca do seu livro, no seu conjunto, porém, é em si mesmo bastante contrastante. Eu li algumas partes dele com prazer e proveito. Em outras partes, ao invés, me admirei com uma certa agressividade e com a imprudência da argumentação. (…)

Várias vezes, o senhor me aponta que a teologia seria ficção científica. A esse respeito, eu me admiro que o senhor, no entanto, considere o meu livro digno de uma discussão tão detalhada. Permita-me propor quatro pontos a respeito de tal questão:

1. É correto afirmar que “ciência”, no sentido mais estrito da palavra, só a matemática o é, enquanto eu aprendi com o senhor que, mesmo aqui, seria preciso distinguir ainda entre a aritmética e a geometria. Em todas as matérias específicas, a cientificidade, a cada vez, tem a sua própria forma, segundo a particularidade do seu objeto. O essencial é que ela aplique um método verificável, exclua a arbitrariedade e garanta a racionalidade nas respectivas modalidades diferentes.

2. O senhor deveria ao menos reconhecer que, no âmbito histórico e no do pensamento filosófico, a teologia produziu resultados duradouros.

3. Uma função importante da teologia é a de manter a religião ligada à razão, e a razão, à religião. Ambas as funções são de essencial importância para a humanidade. No meu diálogo com Habermas, mostrei que existem patologias da religião e – não menos perigosas – patologias da razão. Ambas precisam uma da outra, e mantê-las continuamente conectadas é uma importante tarefa da teologia. Continuar lendo Nunca acobertei casos de pedofilia, diz Bento XVI em uma longa carta escrita a um ateu militante

Em “Motu Proprio” Papa reforma código penal do Vaticano e estabelece “linha dura” contra a pedofilia

Cidade do Vaticano (RV) – Punições mais severas em caso de crime contra menores e lavagem de dinheiro são algumas das novas normas contidas no ‘Motu Proprio’ apresentado na manhã de quinta-feira, 11., no Vaticano. Papa Francisco decreta também que estas novas leis penais sejam empregadas em todo o âmbito da Santa Sé e inseridas no regulamento do Vaticano.

O primeiro resultado disso será a aplicação da ‘linha dura’ contra a pedofilia e a criminalidade transnacional e organizada. As novas normas foram apresentadas na Sala de Imprensa pelo Presidente do Tribunal do Vaticano, Giuseppe Dalla Torre, e por Padre Federico Lombardi.

O “decreto” nasce da constatação que “em nossos tempos, o bem comum está cada vez mais ameaçado pela criminalidade, pelo uso impróprio do mercado e pelo terrorismo” – escreve Papa Francisco.

Ganha destaque no texto a “introdução do crime de tortura e a ampla definição dos crimes contra menores (venda, prostituição, recrutamento, violência sexual; pornografia infantil, possesso de material pornográfico com crianças, e atos sexuais com menores”.

“As leis adotadas – explicou o jurista Dalla Torre – são o prosseguimento na adequação das normas jurídicas vaticanas com as ações já empreendidas por Bento XVI”.

Outro efeito desta reforma do código penal é a abolição da pena de prisão perpétua, considerada inútil e desumana e que, portanto, será substituída com a detenção de 30 a 35 anos. 

Um campo importante também se refere às normas relativas à cooperação judiciária internacional, com a adoção de medidas que se adéquam às convenções internacionais mais recentes. Na prática, como explicou Dalla Torre, a reforma do código penal faz com que as normas possam ser aplicadas aos funcionários dos dicastérios da Cúria, escritórios, comissões, nunciaturas, e em geral, a todos as entidades dependentes da Santa Sé.

Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/07/11/com_motu_proprio,_papa_reforma_o_c%C3%B3digo_penal_do_vaticano/bra-709554 do site da Rádio Vaticano

O mundo de cabeça para baixo: corte holandesa aprova Associação de Pedófilos

Martijn Uittenbogaard, presidente da associação Martijn
Martijn Uittenbogaard, presidente da associação Martijn

Estamos mesmo próximos do fim. Só pode. O mundo todo aprovando ideologias satânicas, não há outra palavra para explicar sem ser essa. Hoje a Holanda, amanhã outro país e até que os “maria vão com as outras” de  nosso Brasil resolvam seguir o exemplo.

Irmãos, oremos. Vigiemos e nos comprometamos com a vida. A cultura de morte está sendo disseminada como se fosse natural e normal.

Leia a matéria:

(ACI/EWTN Noticias).- Em uma decisão controvertida, um Tribunal de recurso na Holanda aprovou a existência de uma associação de pedófilos, que, em primeira instância, havia sido dissolvido no ano passado, considerando que esta não seria “uma ameaça para a desintegração da sociedade”.

De acordo com o jornal ABC de Madri, a associação Martijn, que defende o sexo consensual entre crianças e adultos, poderá continuar suas funções, uma vez que o Tribunal de apelação de Arnhem, Leeuwarden, salientou que “o trabalho da associação é contrário à ordem pública, mas não há uma ameaça de desintegração da sociedade”.

Apelando para a “liberdade de expressão”, o Presidente da Associação Martijn Uittenbogaard, apelou a decisão de um tribunal em Assen, que ordenou a dissolução do grupo de pedófilos em junho de 2012.

Fundada em 1982, a associação Martijn, cuja sede era no distrito judicial de Arnhem, Leeuwarden, diz que ele é a favor da aceitação do sexo consentido entre adultos e crianças, mas indica que eles são contra qualquer tipo de abuso sexual.

O recurso levantado contra a associação afirmava que os antecedentes criminais de alguns membros do abuso sexual poderiam estar relacionados com a associação, mas que eles nunca haviam cometido um crime tipificado como pedofilia.

“O texto e imagens publicadas no site de Martijn são legais e nunca estimularam adultos a terem relações sexuais com crianças”, acrescenta o Tribunal que proferiu a controvertida decisão.

O Tribunal porém assinalou que a associação é contrária a certos princípios da lei dos Países Baixos, porque “banaliza os perigos do contato sexual com crianças e fala bem destes contatos”.

Por sua parte, o Presidente da associação, através de sua conta no Twitter, escreveu que “ainda existem sábios juízes, felizmente”.

No dia 21 de novembro de 2011, o Tribunal de Leeuwarden rejeitou abrir um processo contra a associação. No entanto, o ex-presidente do mesma entidade, Ad van den Berg, foi condenado em 18 de outubro de 2011 na cidade de Haarlem a três anos de prisão, por posse de fotografias, filmes e revistas de pornografia infantil.

Papa Francisco quer que Igreja ‘aja decisivamente’ contra abuso sexual

Reuters

The Conclave Of Cardinals Have Elected A New Pope To Lead The World's CatholicsESTADÂO – O papa Francisco quer que a Igreja Católica “aja decisivamente” para eliminar os abusos sexuais de crianças por padres e garantir que os responsáveis enfrentem o processo devido, disse o Vaticano nesta sexta-feira.

Autoridades do Vaticano disseram que Francisco, em uma reunião com o chefe de doutrina da Santa Sé, arcebispo Gerhard Muller, declarou que combater o abuso sexual é importante “para a Igreja e sua credibilidade”.

Francisco herdou uma Igreja manchada por problemas e envolvida num grande escândalo de abusos sexuais de crianças cometidos por padres.

(Reportagem de Philip Pullella)

Padre Marcio é inocentado e Diocese de Itabira/Cel. Fabriano divulga sobre o assunto

(DeFato) A Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano divulgou nesta sexta-feira, 28 de dezembro, uma nota à imprensa sobre o resultado das investigações, envolvendo uma grave acusação ao padre Márcio, há cerca de dois anos e meio.

Na ocasião, padre Márcio foi acusado de estupro de vulnerável, com pena prevista de 8 a 15 anos de reclusão.
O caso ganhou repercussão, inclusive nacional, e a igreja, na época, veio a público defender a inocência do padre. O caso correu em segredo de Justiça por ter um menor envolvido. Confira a nota na íntegra a seguir:
Carta da Diocese de Itabira/Cel.Fabriaciano  

Em toda a história da salvação, Deus agiu e continua a manifestar a sua graça em nossos dias atuais. Em nosso caminhar, às vezes, encontramos alguns “tropeços”, que somente com fé conseguimos superar.

Nesta noite, nas vésperas de celebrarmos o Nascimento do Nosso Salvador, bendizemos a Deus por todas as graças recebidas em nossas vidas e na vida de nosso Pároco, Padre Márcio.
 
Há mais de dois anos e meio, Padre Márcio foi acusado de um crime grave: estupro de vulnerável, com pena prevista de 08 a 15 anos de reclusão.
 
Instaurado inquérito policial para averiguar o suposto fato, Padre Márcio imediatamente procurou a autoridade policial para prestar todas as informações necessárias e desvendar aquela caluniosa e abjeta acusação.
 
E como não poderia deixar de ser, Padre Márcio, sem entender o porquê do ocorrido, pediu que os fatos fossem apurados com todo rigor possível e com a menor brevidade para prestar esclarecimentos a toda a comunidade itabirana.
 
Em momento algum Padre Márcio apresentou receio com relação aos resultados dessa investigação e até colaborou com a polícia, pois, tinha clareza de sua postura ética e seus princípios, e desejava que a verdade fosse conhecida e apresentada a todos. Tal colaboração se deu por meio de esclarecimentos, coleta de material genético apto a excluir a sua responsabilidade pelo crime.
 
Depois de longo, sério e minucioso inquérito policial, o Sr. Delegado de Polícia relatou o inquérito policial, não tendo indiciado o investigado (Padre Márcio), vez que não existiam elementos, menor que fossem, que indicassem que Padre Márcio havia cometido o crime. Ato seguinte os autos da investigação foram remetidos à Justiça, sendo registrado sob o n. 0317.10.0009.721-9.
 
Após análise dos autos pelo Ministério Público, a ilustre Promotora de Justiça se manifestou, opinando pela extinção do inquérito. Como era de se esperar, o Juiz de Direito, seguindo o parecer ministerial, determinou a extinção daquela investigação, tendo em vista a completa ausência de lastro probatório suficientemente capaz de amparar a acusação anteriormente feita.
 
Fica esclarecido que nenhuma acusação pesa sobre Padre Márcio. Sua inocência está comprovada. Todavia, nos é vedado detalhar os fatos e procedimentos ocorridos durante a investigação, visto que sobre o inquérito pesa o segredo de justiça.
 
Contudo, podemos afirmar com certeza que se fez justiça e, apuradas as responsabilidades, a pena foi aplicada a quem de direito.
 
Agradecemos a todos que se mostraram solidários para com nosso sacerdote e acreditaram em sua conduta coerente com os valores evangélicos.
 
Louvado Seja Deus por esta graça alcançada.

Simpósio em Roma sobre combate à Pedofilia

UniversidadeA Universidade Gregoriana de Roma e a Congregação para a Doutrina da Fé promovem, a partir de segunda-feira, 6 de fevereiro, Simpósio com o tema “Em direção à cura e à renovação” sobre o problema dos abusos sexuais. O Frei Evaldo Xavier Gomes, assessor canônico da CNBB, é o representante da Conferência no encontro.

A CNBB é uma das primeiras conferências episcopais a tratar do assunto por meio de um documento específico  que está sendo preparado e logo deverá se publicado. Cada Conferência Episcopal enviou um seu representante, e participam também 30 representantes das ordens religiosas. Entre os palestrantes do Simpósio em Roma está o brasileiro, Pe. Edênio Vale.

O encontro vai proporcionar  a aquisição de informações para os bispos e os superiores religiosos sobre os recursos disponíveis, mundial e interculturalmente, para responder ao abuso sexual tanto dentro da Igreja como na sociedade em geral. O Simpósio vai levar em consideração a recente Carta Circular (de maio de 2011) da Congregação para a Doutrina na qual se pede que todas as dioceses desenvolvam “procedimentos adequados tanto para assistir as vítimas de tais abusos como para a formação da comunidade eclesial em vista da proteção dos menores”.  Especialistas em Direito Canônico, Teologia e Pastoral vão compartilhar seus conhecimentos para que os participantes possam promover uma resposta consistente e mundial por parte da Igreja que protege os mais frágeis.