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Aff: Evangélicos querem fazer protestos contra os gastos do Governo com a JMJ

Da coluna na Veja Online de Ricardo Setti

RELIGIÕES EM CONFLITO

A presidente Dilma Rousseff foi informada na semana passada de que as principais igrejas evangélicas preparam uma grande manifestação no Rio de Janeiro para o fim de semana de 20 e 21 de julho, véspera da chegada do papa Francisco à cidade.

O objetivo dos religiosos é reunir mais de 1 milhão de pessoas contra os gastos públicos com a visita do líder católico, estimados em 120 milhões de reais.

Dilma até admite receber lideranças evangélicas, mas não sabe o que poderia oferecer para evitar o protesto.

Opinião

Aff. Minha primeira reação ao saber de tal possibilidade. Entendo que o que a mídia tem divulgado sobre os gastos são muito altos, mas o protesto vim de onde vem é um tanto quanto hipócrita e anticristão. Fiquei com preguiça só de saber.

No entanto, não se justifica a falta de clareza em responder a tais críticas como tem sido com a organização da JMJ. Outro dia, vi um meme afirmando que o Governo colocaria R$ 118 milhões na JMJ. Isso é muito, muito mesmo. Então envie um e-mail a Assessoria de Imprensa da JMJ e adivinha? Meu e-mail não foi respondido. Pedi apenas que se pronunciassem sobre.

Na última quarta a Arquidiocese do Rio negou tudo em nota. Mas nada claro. Por se tratar de críticas tão sérias entendo que a igreja deveria abrir as contas e mostrar. Simples e objetivo e sanaria todas as dúvidas. Para que deixar brasas acessas? Só geram dúvidas.

É valido lembrar ainda, que a maior parte das pessoas são voluntárias. Muitos ou quase todos vão dormir e comer em casas de retiro e de fiéis. Que o Papa é um chefe de estado e por isso é mais que simples e aceitável que o Governos disponibilize seguranças para sua passagem. Outra coisa é que os locais onde o Papa vai visitar não houve pedido da igreja para que a prefeitura e governo façam melhorias in loco. Caso da favela que o Papa vai visitar e que hoje recebe obras de infraestrutura do Governo. Opção do Governo para esconder as mazelas sociais.

Concluído para não dar mais ibope para algo tão, tão, tão “aff” peço que rezemos. Rezemos muito.

As lições espirituais da Copa das Confederações

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo Diocesano de Campos

A Copa das Confederações foi ganha pelo Bras¬¬il, esta edição da Copa teve características atípicas e inéditas que nos fazem pensar e refletir. Uma primeira consideração a fazer que foi a primeira vez que o foco da atenção do pais não esteve no campo do jogo mas nas ruas.

A paixão pelo futebol do povo brasileiro deixou espaço para o protesto, o comentário não foram as jogadas do time da seleção mas o time do povo, os jovens que tomaram as cidades do pais sendo jogadores de outra copa, sem duvida mais importante porque define a vida de todos.  Por primeira vez os governantes descobriram atônitos que não basta investir pesadas somas e quantias de dinheiro no padrão FIFA da Copa  para agradar ao povo, mas estar mais perto e cientes das demandas do dia a dia, na saúde, educação e segurança.

O povo acordou e sentiu-se arbitro, ator principal, expressando claramente aquilo que não quer, transporte público de péssima qualidade, impunidade, corrupção, venalidade e descaso na administração pública. O brado e o grito das ruas é certamente impreciso, desfocado, sem prioridades, mas sincero e autêntico, também com a presença infeliz de provocadores que incitam a atos de violência.

No entanto, ignorá-lo seria alienar-se de um verdadeiro sentimento popular de repulsa e de uma indignação visceral com a banalização da mediocridade, do mal e da prática maquiavélica do exercício do poder. Estamos contentes com a conquista da Copa, pois nossa seleção apresentou um time que prioriza o trabalho de equipe, o coletivo, o grupo como família, só assim nos tornamos merecedores de aspirar a objetivos e vitórias transcendentes.

Quem sabe o Brasil todo vira o jogo e se torna uma equipe campeã, no certame da vida pública, no desenvolvimento integral para todos/as, na luta contra a corrupção e a miséria, ganhando a Copa da educação, da cidadania, construindo um poder-serviço e uma democracia participativa realmente eficaz.

Deus seja louvado!

‘É o despertar de nova consciência’, diz Dom Odilo sobre manifestações

Juliana Cardilli | Do G1, em São Paulo | O cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, disse nesta terça-feira (18) ver de maneira muito positiva as manifestações que têm ocorrido nos últimos dias em diversas cidades do país, classificadas por ele como “o despertar de uma nova consciência política, sobretudo dos jovens”. Nesta terça, o sexto ato contra o aumento das passagens de ônibus em São Paulo foi iniciado na Praça da Sé, onde fica a Catedral da Sé, que foi fechada devido ao grande número de manifestantes na região.

“A Praça da Sé é palco tradicional de manifestações em São Paulo. Ali tiveram lugar grandes manifestações pela redemocratização do país, clamores também pela justiça, pelos direitos humanos, de repúdio à violência”, disse Dom Odilo ao G1. “Então de fato é natural que haja também na Praça da Sé manifestações desse tipo, porque de alguma forma é um espaço símbolo para as grandes reivindicações, manifestações da coletividade.”

O cardeal arcebispo de São Paulo também disse que as manifestações têm gerado uma consciência de que o bem estar e os frutos do crescimento econômico do país precisam alcançar toda a população. E lembrou que elas se tornaram palco de exposição das necessidades da população.

“Se estas manifestações tiveram início no protesto contra o aumento dos bilhetes de transporte urbano, em seguida elas tomaram orientações várias, e trouxeram à pauta a questão da saúde, da educação, da segurança, a questão das despesas com a Copa do Mundo, as Olimpí-adas, das despesas também com o custo da corrupção no Brasil. Elas estão se tornando o momento de dar voz a muitas preocupações latentes no meio da população, muitos anseios e muitas necessidades que não estão sendo devidamente atendidos”, explicou.

Em meio aos elogios aos atos, Dom Odilo criticou apenas os atos de violência, que se tornaram isolados nos últimos dias em São Paulo. “Eu vejo um fato positivo nesse despertar de uma consciência coletiva a respeito dos rumos que o país está tomando. Por outro lado, a gente fica apreensivo quando estas manifestações vêm misturadas com fatos de violência. A violência não é boa, não importa de onde ela venha.”

Os renegados do ex-padre Beto organizam protesto

Certamente ninguém os impedirá, afinal estamos em uma democracia e o diretor a expressão é livre, e partindo deste princípio que chamo a atenção aos fiéis católicos que pretendem participar dessa manifestação.

Irmãos, lembrem-se que Cristo morreu na Cruz por obediência ao Pai e por misericórdia a nós. Ele deixou-nos ensinamentos, um deles é perdoar e amar o próximo como ele nos amou. Amar como Jesus amou não significa aceitar tudo de errado que próximo faça. pelo contrário é mostrar a ele o erro para que ele possa se corrigir. Sei que ex-padre, Beto, é uma pessoa amada por cada um de vocês e por isso mesmo devem orar para que ele entenda o que a Igreja está defendendo.

Lembrem-se que a autoridade foi dada ao bispo para tal correções. É nosso dever de cristãos obedecer. Manifestações são justas quando a causa é justa. No entanto, o Beto, feriu a doutrina da Igreja não desta vez, mas várias vezes conforme nota divulgada da Diocese de Bauru.

Se as declarações sobre a causa gay fossem o motivo pela sua excomunhão, ainda assim a Diocese estaria correta. A bíblia, e não a Igreja por si só, condena as ações. Leiam sobre isso AQUI.

Não fiquemos vazios e acreditando no mundo. A Igreja está no mundo, mas não se alimenta de seus valores e ideias. Ela se alimenta na fonte de água viva, Jesus Cristo. Rezem e estudem mais os documentos.

Quanto aos oportunistas que aproveitam o ensejo para subjugar a igreja fica a dica: Jesus é por nós.

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Estado de São Paulo | CHICO SIQUEIRA, ESPECIAL PARA O ESTADO, ARAÇATUBA (SP) – O Estado de S.Paulo

Moradores de Bauru, no interior de São Paulo, organizam um protesto contra a excomunhão do padre Roberto Francisco Daniel, o padre Beto, que declarou apoio a bissexuais e homossexuais. Passados três dias do anúncio feito pela Diocese de Bauru, milhares de simpatizantes do padre já se declararam contra a decisão.

Uma moção de repúdio pela excomunhão postada na segunda-feira em uma rede social havia recebido, até as 18 horas de ontem, mais de 3,5 mil adesões e a expectativa era de atingir 5 mil até hoje. O grupo Eu Apoio Padre Beto, formado na internet, já tinha mais de 2,1 mil participantes.

Outro protesto está marcado para este sábado, com concentração na frente da Catedral Divino Espírito Santo, na Praça Rui Barbosa, no centro da cidade. Entre os organizadores estão dois grupos de simpatizantes do padre e a Associação Bauru pela Diversidade, a mesma que organizou a Parada Gay na cidade, que reuniu 50 mil pessoas.

O vereador Marcos Souza (PMDB), o Marquinhos da Diversidade, estima que entre 1,5 mil e 2 mil pessoas devam comparecer ao ato. “O padre Beto é muito querido, não só por seu comportamento exemplar de tratar todas as pessoas sem preconceito, mas também pelos trabalhos sociais que ele realiza”, disse o vereador.

Sigilo. A Diocese de Bauru disse que o bispo d. Caetano Ferrari não comentaria as declarações do padre Beto sobre a semelhança do ato de excomunhão com as posições do deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), conhecido por suas declarações polêmicas sobre homossexuais e negros. Segundo a Assessoria de Imprensa da Diocese, o bispo está proibido de fazer comentários por causa do sigilo imposto pelo processo de demissão do estado clerical que a Igreja move contra padre Beto. Anteontem, o padre ironizou a decisão. “Dou graças a Deus que não existem mais fogueiras”, disse ele, em referência à Inquisição.