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A inteligência artificial ameaça a fé: entenda como religiao e tecnologia podem ser aliadas

O uso da inteligência artificial (IA) é uma das tendências mais significativas em várias áreas. Não surpreendentemente, a IA também está começando a ser aplicada em algumas religiões em todo o mundo. Neste artigo, exploraremos o uso da IA nas religiões e suas implicações.

O uso da IA nas religiões

Existem vários exemplos de uso da IA nas religiões em todo o mundo. Algumas das aplicações mais comuns incluem chatbots religiosos, assistentes virtuais e robôs religiosos. Quem nunca viu o vídeo da senhora rezando com a assitente virtual Alexa?

Vovó rezando com a Alexa

Essas tecnologias podem ser usadas para ajudar as pessoas a encontrar respostas para perguntas religiosas, guiar os fiéis em suas práticas religiosas e fornecer uma experiência de adoração mais envolvente.

Um exemplo de uso da IA na religião é a utilização de chatbots para responder a perguntas religiosas. O chatbot Ask Moses é um exemplo disso. Ele responde a perguntas de judeus ortodoxos sobre a Torá e outros textos sagrados. Outro exemplo é o chatbot QuranBot, que responde a perguntas sobre o Alcorão para muçulmanos.

Os assistentes virtuais também estão sendo usados em algumas religiões. Por exemplo, o assistente virtual Amica é um chatbot cristão que pode ajudar as pessoas a encontrar uma igreja próxima, responder a perguntas religiosas e fornecer orientações sobre oração.

Outro exemplo de uso da IA na religião é a criação de robôs religiosos. Um exemplo disso é o robô Xian’er, que foi criado por monges budistas na China. O robô pode responder a perguntas religiosas e ensinar os fiéis sobre o budismo.

E na Igreja Católica?

Por exemplo, a Vatican News, a agência de notícias oficial do Vaticano, lançou um chatbot chamado “Pope Francis News” em 2017. Esse chatbot é alimentado por inteligência artificial e pode fornecer informações sobre as atividades do Papa, além de respostas a perguntas sobre a Igreja Católica e o Vaticano.

Além disso, existem outras iniciativas que combinam inteligência artificial e a fé católica. A empresa israelense de tecnologia Faithtech desenvolveu um aplicativo chamado Hallow que fornece meditações guiadas e orações. O aplicativo usa a tecnologia de reconhecimento de voz para detectar quando um usuário terminou uma meditação e oferece feedback personalizado para ajudar a melhorar a prática.

Outro exemplo é a startup norte-americana “Soultime”, que desenvolveu um aplicativo que usa inteligência artificial para fornecer orientações personalizadas para meditação e oração. O aplicativo tem se mostrado popular entre os católicos e outros fiéis religiosos.

Portanto, é possível observar que a Igreja Católica e seus fiéis estão explorando a tecnologia da inteligência artificial para enriquecer a experiência religiosa.

Implicações e preocupações

O uso da IA nas religiões apresenta algumas implicações e preocupações. Uma preocupação é a possibilidade de a IA ser usada para manipular a fé das pessoas. Por exemplo, se um chatbot for programado com respostas tendenciosas ou crenças extremas, isso pode levar os fiéis a ter uma compreensão distorcida de sua religião.

Outra preocupação é a possibilidade de a IA substituir a experiência humana de adoração. Se as pessoas começarem a depender exclusivamente da tecnologia para sua orientação religiosa, isso pode prejudicar a interação humana e a comunidade religiosa.

Por fim, o uso da IA nas religiões pode gerar questões éticas e morais. As decisões tomadas com base na IA podem não ser consideradas justas ou éticas por alguns, o que pode afetar a confiança dos fiéis em sua religião.

Conclusão

Em resumo, o uso da IA nas religiões está começando a ganhar impulso em todo o mundo. As aplicações incluem chatbots religiosos, assistentes virtuais e robôs religiosos. No entanto, existem preocupações com a manipulação da fé, a substituição da experiência humana e as questões éticas e morais que devem ser abordadas para garantir o uso responsável e eficaz da IA nas religiões.

Referências bibliográficas:

Ateus oferecem 5 Euros por cada crucifixo retirado de um lugar público na Espanha

(ACI/EWTN Noticias).- Por cada símbolo religioso que seja retirado de lugares públicos na Espanha, a Associação Valenciana de Ateus e Pensadores Livres pagará cinco euros.

A campanha “Retire um crucifixo dos serviços públicos”, pretende incentivar com pensamentos e economicamente o cumprimento da aconfessionalidade do Estado definida pela Constituição. Escolas, hospitais, quartéis, fóruns, prefeituras, centenas de edifícios são alvos desta campanha que, com um orçamento total de 2.500 euros, espera retirar 500 crucifixos.

“Queremos devolver os símbolos religiosos a seu lugar natural, que são as Igrejas, os templos ou os conventos. Os crucifixos que recolhamos, colocaremos em instituições religiosas que é onde eles devem estar”, explica Antonio Pérez Solís, presidente da associação. Segundo pesquisa do CIS de abril de 2014, 26,1% da população espanhola se declara não crente, agnóstica ou ateia.

O procedimento de retirada dos símbolos parece simples. “A campanha inclui qualquer organismo estatal, autonômico ou local que realize sua função na Comunidade Valenciana. O responsável pelo centro é quem entrará em contato com a associação. Não podemos pedir a um empregado que retire o crucifixo porque não tem a faculdade de fazê-lo e se mete em uma confusão”, explica Solís. “Estarão pelo trabalho os diretores dos centros?”.

O governo regional de Valência, regido pelo Partido Popular, – liberal- exigiu em numerosos centros públicos, (escolas, hospitais, etc) que se retirem os símbolos religiosos com base na “aconfessionalidade do Estado refletida na Constituição”. A campanha defende a laicidade porque “qualquer pessoa pode levar símbolos ou textos sagrados de sua confissão onde quer que vá sem necessidade de que o Estado os proporcione”.

A Associação Valenciana de Ateus e Librepensadores recorda que “os símbolos religiosos não têm nenhuma funcionalidade objetiva que ajude a prestar um serviço público melhor ou de forma mais eficiente”.

O presidente da Associação Valenciana de Ateus e Pensadores Livres, –que recebe uma subvenção oficial- acrescenta que “é nas zonas rurais onde mais continuam fazendo uso desses símbolos religiosos em dependências públicas, sobretudo, nas escolas e bibliotecas porque dizem que não vulnera o direito dos pais à livre educação”.

Angola é o primeiro país a proibir o Islã

Angola entra para a história esta semana como a primeira nação a proibir a prática do Islamismo. O Islã foi vetado pelo Ministério da Cultura de Angola, que de acordo com a  diário marroquino La Nouvelle Tribune, a ministra Rosa Cruz afirmou que o processo de legalização da religião não foi aceito.

“O proceso de legalização  do islã não foi aprovado pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos [de Angola], e portanto as mesquitas em todo o país serão fechadas e demolidas”. ( Jornal La Nouvelle Tribune)

O país, por meio de seus governantes, faz questão de deixar claro que os extremistas do Islã não são bem-vindos “e que o governo angolano não está preparado para legalizar a presença de mesquitas em Angola”.

Com a decisão, a  nação se converteu na primeira do mundo a proibir o islã. Angola é um páis 95% cristão.

Proibição se estende a outras seitas e religiões

Angola já decidiu barrar dezenas de outras religiões e seitas que, segundo o governo, atentam contra a cultura da nação. Algumas delas são brasileiras como é o caso da Universal do Reino de Deus, a igreja do Pastor Edi Macedo. Também estava proibida, ao menos não temos notícia se foi autorizada, a Igreja Mundial do Poder de Deus.

Informações dadas pelo diário angolano O País, atestam que mais de 60 mesquitas já foram fechadas. A comunidade muçulmana tem denunciado as medidas do governo e afirma que não não uma pequena seita no país.

Opinião

A atitude polêmica de Angola tem causado reações adversas. Muitos nas rede sociais tem dado apoio e muitos tem sido contra. Eu particularmente, ao ver o que tem ocorrido nos países islâmicos, sou a favor. Não há católicos mais em alguns lugares onde a a Igreja nasceu. Não se fala mais de Cristo neste lugar.

Vi uma matéria da AIS – Ajuda a Igreja que Sofre – lamentando e prevendo que na Síria, o único povoado que se fala a língua de Cristo vai desaparecer. Por que? Por causa da intolerância islâmica. Ainda este ano, circulou pelas redes sociais a imagem de um padre e um fiel sendo executado na Síria.

E triste constatar, mas a a realidade de perseguição dos muçulmanos aos cristãos atualmente é grande. 

Há grandes exceções. O Brasil é uma delas. Em Foz do Iguaçu temos a maior comunidade islâmica do país e nem por isso há morte e perseguição. Católicos e Muçulmanos realizam até eventos juntos.

O mal da África é que há muita pobreza e desolação devido ao colonização europeia e as pessoas aproveitam disso. Por isso o governos, acredito, tenha tomado essas decisões contra oportunistas, seja cristão ou seja islâmico.

A religião, não pode pregar a morte. Deve pregar a vida. O que vemos nos países onde o islã tem crescido é que sua linha radical tem tomado conta.  Recentemente houve um pedido de um líder muçulmano para destruírem as igrejas católicas.

Evitá-los é o caminho? Não sei. Talvez sim. O que você pensa?

Papa pede espaço público para a religião

Cidade do Vaticano, 28 nov 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco alertou hoje no Vaticano para os “poderes mundanos” que querem transformar a religião numa “coisa privada”, pedindo aos católicos que mantenham a fé em todas as circunstâncias.

“Não se pode falar de religião, é uma coisa privada, não? Disto publicamente não se fala. Os sinais religiosos são removidos, tem de se obedecer às ordens que vêm dos poderes mundanos. Podem fazer-se muitas coisas, coisas bonitas, mas não adorar Deus: é proibido adorar”, alertou, na homilia da missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.

Francisco evocou a vida de Jesus, que sofreu com os “insultos” e “calúnias” até à crucifixão, para pedir “fidelidade e paciência” aos cristãos, sem medo das perseguições.

“Os cristãos que sofrem tempos de perseguição, tempos de proibição de adoração, são uma profecia do que acontecerá a todos”, observou.

O Papa questionou os presentes sobre a forma como “adoram” Deus, perguntando se fazem o “jogo do príncipe deste mundo”, uma expressão que remete para a figura do demónio.

“Esta semana vai fazer-nos bem pensar nesta apostasia geral, que se chama ‘proibição de adoração’ e perguntar-nos: Eu adoro o Senhor? Adoro Jesus Cristo, o Senhor”, acrescentou.

Citando uma passagem dos evangelhos sobre o fim do mundo, Francisco assinalou que “quando o tempo dos pagãos for cumprido” será altura de “levantar a cabeça”, porque estará próximo a “vitória de Jesus Cristo”.

“Não tenhamos medo, Ele apenas nos pede fidelidade e paciência”, declarou.

Deus realmente existe ou é só uma invenção do homem?

Há pessoas que dizem que Deus é uma invenção de alguns homens para conseguir exercer uma influência sobre os demais…

O pensamento de Deus ronda a mente do homem desde tempos imemoriais. Aparece com teimosa insistência em todos os lugares e todos os tempos, até nas civilizações mais arcaicas e isoladas que já se teve conhecimento. Não há nenhum povo nem período da humanidade sem religião. É algo que tem acompanhado o homem desde sempre, como a sombra que segue o corpo.

A existência de Deus se apresenta como a maior das questões filosóficas. E -como diz J.R.Ayllón- não por sua complexidade, mas por apresentar-se ao homem com um caráter radicalmente comprometedor. Como dizia Aristóteles, “Deus não parece ser um simples produto do pensamento humano, nem um inofensivo problema intelectual”.

Por mais forte que tenha às vezes sido a influência secularizante ao seu redor, jamais o homem ficou totalmente indiferente frente ao problema religioso. A pergunta sobre o sentido e a origem da vida, sobre o enigma do mal e da morte, sobre o além, são questionamentos que jamais se pôde evitar. Deus está na própria origem da pergunta existencial do homem.

Por isso, desde tempo imemorial, o homem tem se perguntado com assombro qual seria a explicação de toda essa harmonia que há na configuração e nas leis do Universo.

Quando se observa a complexidade e perfeição dos processos bioquímicos no interior de uma diminuta célula, ou dos mais gigantescos fenômenos e movimento e transformação das galáxias; quando se assoma ao mundo micro-físico e se propõe leis que tentam explicar fenômenos que ocorrem em escalas de até um bilionésimo de centímetro; ou quando se aprofunda na estrutura em grande escala do Universo em limites de mais de um bilhão de bilhões de quilômetros; contemplando este grandioso espetáculo, cada dia com mais profundidade graças aos avanços da ciência, fica cada vez mais difícil sustentar que tudo obedece a una evolução misteriosa, governada pelo azar, sem nenhuma inteligência por detrás.

Onde existe um plano, deve haver alguém que o planeja. E atrás de uma obra de tal qualidade e de tais proporções, deve haver um criador, cuja sabedoria transcenda toda medida e cuja potência seja infinita.

Pensar que toda a harmonia do universo e todas as complexas leis da natureza são fruto do azar, seria como pensar que as andanças de Dom Quixote de la Mancha, de Cervantes, puderam aparecer íntegras tirando-se letras ao azar de um gigantesco prato de sopa de letras. Recorrer a uma gigantesca casualidade para explicar as maravilhas da natureza é umaaudácia excessiva.

Pode o mundo ter existido desde sempre?

Quando vemos um livro, um quadro, ou uma casa, imediatamente pensamos que por detrás destas obras haverá, respectivamente, um escritor, um pintor, um arquiteto. E da mesma maneira que não ocorre a ninguém pensar que o Quixote surgiu de uma imensa massa de letras que caiu ao azar sobre o papel e ficou ordenada precisamente dessa maneira tão engenhosa, tampouco ninguém sensato diria que o edifício “está aí desde sempre”, nem que esse quadro “foi pintado sozinho”, ou coisas do estilo. Não podemos sustentar seriamente que o mundo “se fez sozinho”, “foi criado por si mesmo”. São incongruências que caem pelo seu próprio peso.

Desta maneira, pressupõe-se a existência de uma “causa primeira”, já que do nada, segundo explicava Leo J. Trese, “não se pode obter algo”. Se não temos Se nao temos semente, náo podemos plantar um carvalho. Sem pais, não há filhos. Assim, pois, se não existisse um Ser que fosse eterno(quer dizer, um Ser que nunca tenha começado a existir), e onipotente (capaz portanto de criar algo do nada), não existiria o mundo, com toda sua variedade de seres, e nós não existiríamos. Um carvalho procede de uma semente, mas as sementes crescem nos carvalhos. Quem fez a primeira semente ou o primeiro carvalho? Os filhos têm pais, e esses pais são filhos de outros pais, e estes de outros. Pois bem, quem criou os primeiros pais?

Alguns dizem que tudo começou de uma massa informe de átomos; bem, mas quem criou esses átomos? De onde procediam? Quem guiou a evolução desses átomos, segundo leis que podemos descobrir, e que evitaram um desenvolvimento caótico? Alguém teve que faze-lo. Alguém que, desde toda a eternidade, tem gozado de uma existência independente.

Todos os seres deste mundo, houve um tempo em que não existiram. Cada um deles deverá sempre sua existência a outro ser. Todos, tanto os vivos quanto os inertes, são elo de uma longa cadeia de causas e efeitos. Mas essa cadeia deve chegar a uma primeira causa: pretender que um número infinito de causas pudesse nos dispensar de encontra uma causa primeira, seria o mesmo que afirmar que um pincel pode pintar por si mesmo com tanto que tivesse um cabo infinitamente longo.

É possível a auto criação?

O big bang e a auto criação do universo são duas coisas bem diferentes. A teria do big bang, como tal, é perfeitamente conciliável com a existência de Deus. Entretanto, a teoria da auto criação -que sustenta, mediante explicações mais ou menos engenhosas, que o universo foi criado por si mesmo, e do nada-, deveria objetar duas coisas: primeiro, que desde o momento que falasse de criação partindo do nada, estaríamos já fora do método científico, posto que o nada não existe e portanto não se pode aplicar o método científico; e segundo, que faz falta muita fé para pensar que uma massa de matéria ou de energia possa Ter-se criado a si mesma.

Tanta fé parece fazer falta, que o próprio Jean Rostand -por citar um cientista de reconhecida autoridade mundial nesta matéria e, ao mesmo tempo, pouco suspeitoso de simpatia pela fé católica -, chegou a dizer que a teoria da auto criação é “um conto de fadas para adultos”.

Afirmação que André Frossard remarca ironicamente dizendo que “Há que se admitir que existem pessoas adultas que não são mais exigentes que crianças a respeito de contos de fadas” “As partículas originais -continua com sua ironia o pensador francês -, sem impulso nem direção exteriores, começaram a associar-se, a combinar-se aleatoriamente entre elas para passa dos quarks aos átomos, e dos átomos a moléculas de arquitetura cada vez mais complicada e diversa, até produzir depois de milhares de milhões de anos de esforços incessantes, um professor de física com óculos e bigodes. É : não dá mais! das maravilhas. A doutrina da criação não pedia mais do que apenas um milagre de Deus. A da auto criação do mundo exige um milagre a cada décimo de segundo.”

A doutrina da auto criação exige um milagre contínuo, universal, e sem autor.

E a teoria da evolução?

Para quem defende esta teoria, parece que o mundo não é mais do que uma questão de geometria extraordinariamente complexa. Entretanto, por muito que se compliquem umas estruturas e por muito que se admita uma vertiginosa evolução em sua complexidade, essa evolução da substância material enfrenta ao menos duas objeções importantes:

1. A evolução jamais explicaria a origem primordial dessa matéria inicial: a evolução transcorre no tempo; a criação é seu pressuposto.

2. Passar da matéria à inteligência humana supõe um salto ontológico que não pode dever-se a uma simples evolução fruto do azar.

A matéria, por mais que se desenvolva, não é capaz de produzir um só pensamento capaz de se compreender a si mesma, assim como nunca se veria -como sugere André Frossard- que um triângulo, depois de um extraordinário processo evolutivo, advertisse, maravilhado, que a soma de seus ângulos internos é igual a cento e oitenta graus.

Fonte: http://www.acidigital.com/apologetica/deusexiste.htm

É hora de censurarmos Michelangelo?

Este artigo escrito por Mirticeli Medeiros, da redação da Canção Nova, expressa de forma clara as questões envolvendo o estado e sua laicidade, além de nos alertar para a nossa hipocrisia referente aos símbolos cristãos.

Confia:

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Mirticeli Medeiros
Da Redação

A religião plasmou a cultura ocidental? Uma pergunta que em primeiro momento pode receber uma resposta negativa. Mas, se observamos com atenção o quanto tal pergunta é abrangente, é possível que, aos poucos, mudemos nossos conceitos.

Na era do Estado Laico, onde acontece a ruptura total entre Igreja e Estado, a religião é tida como questão privada e esquece-se, por exemplo que, a mesma é um fato social.

Os dias de guarda, instituídos pelo cristianismo, por exemplo, ainda não foram excluídos do calendário. Aliás, quem se atreveria a recusar um dia de descanso?

Dentro de uma realidade de Brasil, o que caracteriza a cidade do Rio de Janeiro é a figura do “Deus Cristão” de braços abertos, sendo assim, alguém se habilitaria a demolí-lo a fim de sustentar sua ‘laicidade’?

O teólogo responde

Diante das respostas à essas perguntas, que com certeza serão negativas, como não responder à primeira pergunta do texto com um generoso “Sim”?  O Papa Bento XVI, que escreveu um livro intitulado “Europa e seu fundamentos de hoje e de amanhã”, quando ainda era cardeal, reforçou o seu parecer sobre a religiosidade enraizada na cultura em um recente pronunciamento, na Alemanha.

“A cultura da Europa nasceu do encontro entre Jerusalém, Atenas e Roma, do encontro entre a fé no Deus de Israel, a razão filosófica dos Gregos e o pensamento jurídico de Roma. Este tríplice encontro forma a identidade íntima da Europa. Na consciência da responsabilidade do homem diante de Deus e no reconhecimento da dignidade inviolável do homem, de cada homem, este encontro fixou critérios do direito, cuja defesa é nossa tarefa neste momento histórico”, ressaltou Bento XVI durante discurso proferido no Parlamento alemão, em setembro de 2011.

E agora? Excluímos os símbolos religiosos?

Diante de tamanha fundamentação, é hora de ir adiante, aos dias atuais. Tirar os crucifixos das escolas e demais locais públicos diminuiriam a laicidade de um estado ou seria o caso de desenvolver-se uma maior “consciência cultural” capaz de discernir aquilo que está enraizado na história de um povo daquilo que não são traços característicos de tal cultura? O professor universitário Flaubert Paiva, jornalista com especialização em Jornalismo Cultural e doutorando em Humanidades e Artes pela Universidade Nacional de Rosário de Buenos Aires, Argentina, explica sobre este processo de fusão entre religião e Estado, que segundo ele, foi capaz de criar a identidade ocidental.

“Considero que a retirada de um crucifixo não vem contribuir em absolutamente nada, no que diz respeito a formação e ou intensificação da laicidade do Estado. A questão dos valores cristãos estão muito mais arraigados à nossa sociedade do que podemos pensar. Queiramos ou não, o nosso comportamento em sociedade – por mais transgressões que nós vejamos – é determinado pela conduta moral cristã. Acreditar que imagens sacras interferem na posição de um Estado Laico, ao meu ver, é a máxima demonstração de ignorância”, afirmou o professor.

Considerações finais e… culturais

Quando pensamos em afrescos, igrejas, belíssimas esculturas e obras de arte, pensamos em Michelangelo, considerado um dos maiores autores da história da arte do Ocidente. A admiração por este grande artista não diminui se pensarmos que sua matéria prima foi justamente a fé de um povo. E então, censuramos Michelangelo?

Quando a religião é uma desgraça…

Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (MS)

Após os atentados que, no dia do Natal de 2011, mataram dezenas de católicos na Nigéria – atentados que foram repetidos nos primeiros dias de janeiro de 2012, com outras tantas vítimas –, dentre os muitos leitores que se manifestaram em portais da internet, gravei a opinião de dois deles. O primeiro, que se assina simplesmente “Ateu”, escreveu: «Quando alguém adota uma religião – qualquer uma: cristianismo, judaísmo, islamismo, budismo, hinduísmo, espiritismo – a primeira coisa que morre nele é a humanidade. Depois, a tolerância, a compaixão e o senso de justiça. E tenho dito!».

O segundo, cujo nome – não sei se fictício – é Tonho, parece querer justificar os desmandos atuais de algumas religiões trazendo à memória as culpas da Igreja Católica na Idade Média: «Já não houve fundamentalismo católico? A Santa Inquisição? Os acusados de heresia não eram queimados vivos em praça pública?».

Mais do que com Tonho, preciso concordar com o ateu: a religião é uma desgraça para todos quando, ao invés de um encontro com um Deus que é sempre e somente amor, ela se transforma numa ideologia a serviço dos interesses humanos. Não será por isso que aumenta constantemente o número dos ateus? Se a religião não é capaz de transformar as pessoas em cidadãos que atuam por um mundo justo e fraterno, para nada serve.

Sobre os massacres ocorridos na Nigéria, a Organização das Nações Unidas assim se manifestou: «A ONU condena nos termos mais fortes esses ataques e expressa suas condolências ao povo da Nigéria, assim como às famílias que perderam entes queridos. O Secretário-Geral apela mais uma vez para se pôr fim a todos os atos de violência sectária no país, e reitera sua firme convicção em que nenhum objetivo pode ser justificado com o recurso da violência».

“Nenhum objetivo”, muito menos a religião, cuja tarefa principal deveria ser a promoção da paz e da concórdia. É o que declarou também o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi: «O atentado contra as igrejas na Nigéria, precisamente no dia de Natal, manifesta infelizmente mais uma vez um ódio cego e absurdo, que não tem nenhum respeito pela vida humana».

Mas não é apenas na Nigéria que a religião é instrumentalizada pela maldade humana. No Iraque, nenhuma missa foi celebrada na noite do Natal, para não pôr em risco a segurança dos fiéis, aterrorizados por inúmeros ataques perpetrados contra eles. (No dia 31 de outubro de 2011, foram mortos 57 cristãos).

Outro fato doloroso aconteceu no Tadjiquistão, no dia seguinte ao Natal. Um jovem de 24 anos foi morto a facadas por um grupo de muçulmanos enfurecidos quando ele visitava familiares e amigos na madrugada de segunda-feira, vestido como Ded Moroz – o Papai Noel da tradição russa. De acordo com as fontes policiais, o assassino gritou na hora do crime: “Infiel!”.

Totalmente diferente deve ser o relacionamento entre as religiões que desejam subsistir. A indiferença, a desconfiança e o ressentimento que as mantêm distantes uma da outra, precisam ser substituídos pela estima, pelo diálogo e pelo encontro. É esta também a convicção do teólogo espanhol, Pe. Andrés Torres Queiruga: «O diálogo não é um capricho, mas constitui uma condição intrínseca da verdade, porque não é possível aproximar-se sozinhos, fechados no egoísmo dos próprios limites, da riqueza infinita da oferta divina. Unicamente juntos, dando e recebendo, num contínuo intercâmbio de descobertas e experiências, de crítica e enriquecimento mútuos, é que se vai construindo na história a resposta à revelação salvífica. Cada religião reflete a verdade à sua maneira e a partir de uma situação particular. Todavia, à medida que elas sobem e se aperfeiçoam, se aproximam entre si, segundo a famosa frase de Teilhard de Chardin: “Tudo o que sobe, converge”.

Talvez, por isso, convenha ir substituindo – ou pelo menos completando – a palavra “diálogo” pela palavra “encontro”. O diálogo pode implicar a conotação de uma verdade que já se possui plenamente e que vai ser “negociada” com o outro, que também já tem a sua. O encontro, pelo contrário, sugere muito mais um sair de si, unindo-se ao outro, para ir em busca daquilo que está diante de todos».

Conheça os países que mais perseguem cristãos no mundo

A Classificação de países por perseguição (WWL, sigla em inglês) é uma lista de 50 países onde a perseguição de cristãos por motivos religiosos é pior. Em primeiro lugar, a lista engloba a perseguição aos cristãos de todas as denominações, em todo o país. O foco está nas  perseguições por causa da fé, e não política, econômica, social, étnica ou por razões inesperadas. A lista é desenvolvida pelo site Portas Abertas. Veja o link ao lado.

O dez mais

Os dez países que mais perseguem cristãos no mundo são:

  1. Coréia do Norte;
  2. Irã;
  3. Afeganistão;
  4. Arábia Saudita;
  5. Somália;
  6. Maldivas;
  7. Iémen;
  8. Iraque;
  9. Uzbequistão;
  10. Laos.

Veja no mapa a localização dos países:

por Marquione Ban

Imagem Portas Abertas


Dom Francisco Biasin aguarda inscrições para o curso sobre “Diversidade religiosa no Brasil”

biasinA Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo inter-religioso promove curso sobre “Diversidade religiosa no Brasil”, desafios e possibilidades para o diálogo ecumênico e inter-religioso, de 10 a 12 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Os objetivos são,  Compreender os aspectos determinantes do pluralismo eclesial e religioso no Brasil,  Capacitar agentes de pastoral para o diálogo ecumênico e inter-religioso,  Capacitar professores do ensino religioso em escolas públicas e particulares.

A motivação principal para a realização do curso, descrita no material de divulgação, é a seguinte: “o crescente pluralismo eclesial religioso no Brasil apresenta a necessidade de desenvolvermos posturas de respeito, acolhida, diálogo e cooperação ecumênica e inter-religiosa. Para tanto, faz-se necessária adequada formação, capaz de aprofundar o conhecimento sobre o diálogo já realizado, bem como compreender as exigências e as possibilidades para a continuidade do diálogo ecumênico e inter-religioso no Brasil”.

A metodologia compreende conferências, trabalhos em grupos, plenários e celebrações.  O curso será realizado no Centro de Acolhida Missionária Assunção (CENAM).

Confira a programação e a ficha de inscrição

III SIMPÓSIO DE FORMAÇÃO ECUMÊNICA 
XV ENCONTRO DE PROFESSORES DE ECUMENISMO E DE DIÁLOGO INTERRELIGIOSO

TEMA: A DIVERSIDADE RELIGIOSA NO BRASIL

Local: Assunção: Centro de Acolhida Missionária – CENAM
R. Almirante Alexandrino – 2023
Bairro Santa Teresa – Rio de Janeiro – RJ
Fone: 21 2224 9963 – 2252 5931

Contribuição: Diária R$ 75.00 completa; R$ 45.00 apenas refeições.

Programação

10/02/2012

15:00 – Reunião com os bispos referenciais para o diálogo ecumênico e inter-religioso nos Regionais da CNBB – No Sumaré.
19: 00 – Acolhida dos participantes do Simpósio/Encontro de Professores

20:00 – Celebração de abertura

11/02/2012

7:00 – Espiritualidade
7:30 – Café
8:00 – A diversidade religiosa no Brasil – Análise sócio-fenomenológica
10: 00 – Intervalo
10:30  – O pentecostalismo no Brasil – Análise sócio-fenomenológica
12:00 – Intervalo
14:00 – A diversidade religiosa no Brasil – Análise teológico-pastoral
16:00 – Intervalo
16:30 – A diversidade religiosa no Brasil – Análise teológico-pastoral
18:00 – Celebração Eucarística
19:00 – Jantar
20:15 – Grupos de trabalho

12/02 /2012
7:00 – Celebração eucarística
8:00 – Café
8:30 – O pentecostalismo no Brasil – Desafios e perspectivas para o diálogo
10:00 – Intervalo
10:30 – O pentecostalismo no Brasil – Desafios e perspectivas para o diálogo
12:00 – Intervalo
14:00 – A articulação do diálogo ecumênico e inter-religioso no Brasil
16:00 – Intervalo
16: 30 – A articulação do diálogo ecumênico e inter-religioso no Brasil
18:00 – Avaliação e Celebração de encerramento

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Fixa de inscrição:
Nome:
Igreja:
Instituição – Função:
Endereço:
CEP:                                                         Cidade:
Fone:                                                          e.mail:

Enviar a ficha de inscrição até 30-01-2012 para:
Dom Francisco Biasin
Rua 06 n. 98 Jardim Caroline Voldac
27286 – 320 Volta Redonda – RJ

Da intolerância à acolhida

Dom Redovino Rizzardo, cs

Bispo de Dourados – MS

No dia 10 de outubro, a imprensa informou que Juan Pablo Pino, jogador do Al Nasr, na Arábia Saudita, foi preso por exibir uma tatuagem de cunho religioso. O incidente ocorreu quando o atleta passeava com a esposa num shopping de Riad, capital do país. Com uma camiseta sem mangas e a imagem de Jesus à mostra, acabou revoltando as pessoas que estavam no local. A confusão chamou a atenção da polícia, e o rapaz foi preso.

No dia 11, em Roma, o cardeal Leonardo Sandri demonstrou seu pesar pelo massacre de um grupo de 26 cristãos ortodoxos ocorrido no domingo anterior, no Egito: «Estes irmãos ortodoxos, depois de sofrerem o incêndio de sua igreja, quiseram expressar, como quaisquer outros cidadãos, seu desejo de liberdade religiosa e de respeito a seus direitos. Infelizmente, nesta manifestação, encontraram o cálice amargo do sacrifício e da morte. Para todos, é um fato desolador, triste e angustiante. Solidarizamo-nos com a Igreja ortodoxa e com os familiares das vítimas de uma violência sem sentido».

No dia 14, os bispos da Igreja Católica do Canadá se posicionaram sobre a condenação à morte do pastor evangélico Youssef Nadarkhani, preso no Irã por ter deixado o Islã e abraçado o Cristianismo. Em carta às autoridades políticas e judiciárias daquele país, Dom Brendan O’Brien convidou-as a respeitar a liberdade religiosa: «Pedimos que o pastor Nadarkhani, assim como todas as demais pessoas que vivem uma situação similar em seu país, sejam tratadas de acordo com o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos”».

Por fim, no dia 28, em Perth, na Austrália, durante uma reunião dos 16 países que integram a Comunidade Britânica, foram revistas algumas das leis que regem a sucessão real no Reino Unido há 300 anos. Quem explicou a razão das mudanças foi o primeiro-ministro David Cameron: «A ideia de que o filho mais novo deva ser rei no lugar da irmã mais velha pelo simples fato de ser homem, ou de que um futuro monarca possa casar com uma pessoa de qualquer religião, menos a católica, é uma forma de pensar que está em desacordo com os países modernos que nos tornamos». Na verdade, os católicos continuam proibidos de assumir o trono inglês, pela interferência entre o governo civil e a Igreja Anglicana existente no país.

No Brasil, à primeira vista, parece que tudo seja diferente e tranquilo. De acordo com uma pesquisa realizada em 23 países pela Empresa Ipsos, ele é o terceiro país do mundo em que mais se acredita em Deus. Sobre 18.829 entrevistados, 51% creem numa entidade divina. Os que não acreditam são 18%, e os que não têm certeza, 17%.

Crer em Deus, porém, não significa que os brasileiros acolham pacificamente a doutrina pregada pelas denominações religiosas. Assim, por exemplo, somente 32% deles acreditam numa vida após a morte, enquanto 12% optam pela reencarnação.

Entre os pesquisados, um total de 18% afirmam que não acreditam em nenhum ser supremo. No topo da lista dos descrentes está a França; a Suécia vem em segundo lugar e a Bélgica em terceiro. No Brasil, de acordo com estudo publicado a 23 de agosto de 2011 pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, de 2003 a 2009, o grupo dos “sem religião” (ateus e agnósticos) passou de 5,1% para 6,7.

Em 2012, a Igreja Católica celebrará o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II. Se as religiões quiserem voltar a ocupar o lugar que lhes cabe na sociedade, não podem esquecer as palavras pronunciadas pelo Papa João XXIII no dia 11 de outubro de 1962, na abertura dos trabalhos conciliares: «A Igreja sempre se opôs aos erros, condenando-os, às vezes, com a máxima severidade. Em nossos dias, porém, ela prefere recorrer mais ao remédio da misericórdia do que ao da severidade. Ela julga satisfazer melhor às necessidades atuais mostrando a validade da fé do que condenando os erros. Ela quer ser benigna, paciente e cheia de misericórdia para com todos».

Cine Anunciador apresenta “Moisés”

Durante o mês da Bíblia, celebrado em setembro, a Igreja refletiu o livro do Êxodo. Em comunhão com essa caminhada da Igreja vamos apresentar o filme “Moisés”. Ele narra a história da fuga do povo hebreu do Egito.

Veja o filme:

 

 

A democracia favorece a religião?

Dom Aloísio Roque Oppermann scj

Arcebispo de Uberaba – MG

Os países muçulmanos acham que não. Sua aversão a esse regime é notória. No dia em que se instalar um governo verdadeiramente democrático naquela região, adeus unidade religiosa daqueles povos. Hoje, por força de suas leis, e levados por suas práticas de grande imposição, em certas nações nem se admite que cristãos se vistam com trajes do país… No Brasil, aparentemente, o Império favorecia a religião católica.

Desde o tempo da república, no entanto, a porcentagem de católicos entrou em constante declínio. Acabou a proteção do Estado, e entrou o conceito de Estado laico. Mas interpretado em sentido quase ateu, como no famoso “Programa Nacional de Direitos Humanos – 3” do governo anterior. Embora não se consiga apontar os países que tem verdadeiras democracias – quase todas são maquiadas – o fato é que em todas as chamadas democracias a religião católica tem extremas dificuldades para se manter. Por que seria isso?

Quero alertar aos menos avisados de que sou a favor do “Estado Laico”, e a favor dos regimes democráticos de governo. Mas fico perplexo diante do crescimento gigantesco do mal em todas as democracias. A instalação pacífica de qualquer entidade, que consiga convencer o público – mesmo sem o mínimo conteúdo de verdade – é progressiva. A democracia tem uma fraqueza congênita: ela não possui armas para se defender de seus inimigos, nem protege seus grupos internos, entregues à sanha dos mais espertos. Tem a intuição de que o povo, no seu conjunto, acaba acertando.  A religião católica é fraca no seio das democracias: não consegue se defender dos impérios econômicos; nem dos seus perseguidores. Nem ao menos tem força para desmascarar os ilusionistas da prosperidade e da saúde completas. Precisamos competir, sem ter armas. Só nos resta empatar muito na instrução, no aprofundamento da fé, e no exemplo da caridade fraterna. Somos, de fato, como pobres “ovelhas no meio de lobos” (Mt  10, 16). Sem eufemismos, não levamos vantagem diante da audácia da falsidade.

Conheça os países que mais perseguem cristãos no mundo

A Classificação de países por perseguição (WWL, sigla em inglês) é uma lista de 50 países onde a perseguição de cristãos por motivos religiosos é pior. Em primeiro lugar, a lista engloba a perseguição aos cristãos de todas as denominações, em todo o país. O foco está nas  perseguições por causa da fé, e não política, econômica, social, étnica ou por razões inesperadas. A lista é desenvolvida pelo site Portas Abertas. Veja o link ao lado.

O dez mais

Os dez países que mais perseguem cristãos no mundo são:

  1. Coréia do Norte;
  2. Irã;
  3. Afeganistão;
  4. Arábia Saudita;
  5. Somália;
  6. Maldivas;
  7. Iémen;
  8. Iraque;
  9. Uzbequistão;
  10. Laos.

Veja no mapa a localização dos países:

por Marquione Ban

Imagem Portas Abertas


Dalai Lama anuncia que deixará o poder tibetano a representante eleito

O líder espiritual Dalai Lama, anunciou nesta quinta-feira (10) a decisão de deixar o poder de político formal que atua como chefe das autoridades tibetanas no exilo a um representante ‘livremente eleito’.

Em comunicado, o Dalai Lama explicou que na próxima sessão do Parlamento, que terá início na segunda-feira (14), proporá formalmente uma emenda à Constituição para tornar possível seu desejo de transferir a autoridade a um líder eleito.

Com 75 anos, o líder espiritual e político dos tibetanos, exilado na Índia, assegurou que a decisão não tem relação com uma vontade de se esquivar de responsabilidades e lembrou que vem propondo sua aposentadoria há muito tempo.

No comunicado, o Dalai Lama repassou os poucos avanços nas negociações com a China sobre o futuro do Tibete, para o qual voltou a reivindicar uma “autonomia genuína”.

Também mencionou a “notável luta não-violenta pela liberdade e a democracia” em vários países do norte da África, em alusão às rebeliões em Tunísia, Egito e Líbia.

Nos últimos ano o Dalai Lama teve alguns problemas de saúde, o que obrigou a relaxar sua agenda oficial , embora as viagens ao exterior, as reuniões com líderes e os seminários de filosofia e prática budista continuem frequentes.

Fonte A12

Imagem da Internet

 

 

Intolerância contra cristãos gera discussão na UE

UNIÃO EUROPEIA – Na semana passada, após intensas discussões, o Conselho de Assuntos Exteriores da União Europeia (UE) adotou uma resolução na qual manifesta “firme condenação” à violência praticada contra cristãos e membros de outras comunidades religiosas no Oriente Médio e Ásia.

O esboço do texto foi aprovado depois da reunião realizada pelos ministros de Relações Exteriores dos Estados-membros da UE, que ocorreu em Bruxelas, Bélgica, na segunda-feira, dia 21.

“O Conselho reafirma o forte compromisso da União Europeia na promoção e proteção da liberdade de religião ou de crença, sem qualquer discriminação”, diz o texto.

Havia uma forte pressão para que os ministros mencionassem o termo “cristãos”, porque é esta comunidade que tem sido alvo de intensos ataques em países predominantemente muçulmanos nos últimos dias. No entanto, o texto foi ameno.

Poucas palavras

No documento, os ministros dos 27 manifestam “profunda preocupação pelo crescente número de atos de intolerância e discriminação religiosa”, destacando a ocorrência de “atos de terrorismo em vários países” contra cristãos e seus locais de culto, peregrinos muçulmanos e outras comunidades.

Os responsáveis pela diplomacia da UE manifestaram as suas condolências e “solidariedade” às vítimas, afirmando que “a liberdade religiosa é um direito humano universal que tem de ser protegido em toda a parte e para todas as pessoas”.

Esta declaração amena surgiu depois de uma tentativa mal sucedida de consenso, no dia 31 de janeiro de 2011.

Fonte Portas Abertas/Agencia Ecclesia

Imagem Internet

 

CMI debate harmonia entre as religiões

Promover a unidade dos cristãos e a harmonia inter-religiosa são as principais metas propostas pelo Conselho Mundial das Igrejas – CMI, a serem usadas como instrumentos para enfrentar os desafios da sociedade.

Este temas serão discutidos no contexto dos preparativos para a reunião do Comitê Central, que será realizado no dia 22 de fevereiro.

Durante uma reunião realizada na última quinta-feira (17), ficou estabelecido que uma das atitudes urgentes a serem tomadas pela Instituição é a de reforçar os valores cristãos e desenvolver o diálogo com as várias religiões.

De acordo com o co-mediador dos trabalhos conjuntos da Igreja Católica com o Conselho Mundial de Igrejas, padre Gosbert Byamungu, ambas as instituições entraram em um clima de confiança recíproca e de amizade.

Durante o encontro, falou-se também sobre a difícil situação dos cristãos na Indonésia e do clima de tensão em alguns países árabes. Por fim, foi reforçado o compromisso na definição de uma agenda ecumênica que ponha no centro um programa de atitudes concretas em favor da paz, compreendida não somente como recusa à guerra, mas como superação de toda forma de violência em nome de Deus.

Fonte A12

Foto: Divulgação

Um antigo Dicionário latim-malaio é a prova decisiva para permitir aos cristãos usar a palavra “Alá”

Um antigo dicionário latim-malaio, publicado pela Congregação de Propaganda Fide em 1631, representa para a Igreja Católica na Malásia a autorização para usar a palavra Alá nos ritos eclesiais e publicações da igreja.

“A prova decisiva na questão do uso do termo Alá para os cristãos”, disse Pe. Andrew Lawrence, sacerdote de Kuala Lumpur e diretor do Herald Weekly, o semanário da Diocese Católica de Kuala Lumpur em uma entrevista à Agência Fides. Tudo isso devido a igreja anos atrás se encontrava no centro da batalha legal sobre o uso da palavra “Alá” para se referir a Deus na adoração, liturgia e publicações cristãs.

Símbolo do Ecumenismo

O semanário e a Igreja malaia iniciaram uma disputa legal no Tribunal Superior, após o veredicto do governo da Malásia ter proibido aos cristãos da Malásia de usar a palavra “Alá” para o seu Deus. Alá, dizia-se no decreto, deve continuar a ser prerrogativa dos fiéis muçulmanos para evitar confusão. Por outro lado, os cristãos, argumentavam que o uso foi comum durante séculos e nunca tinha gerado conflitos.

A Alta Corte decidiu em favor da Igreja e a sentença causou, em janeiro de 2010, uma onda de violência contra as igrejas cristãs em todo o país, a obra de radicais islâmicos.

O governo da Malásia, no entanto, interpôs recurso e a sentença foi suspensa. No momento, portanto, “não podemos usar a palavra Alá. Estamos esperando pacientemente, mas parece que o novo processo vai levar tempo”, observa Pe. Andrew.

Nesta situação, o padre vê como “uma dádiva de Deus”, a nova publicação da “Dictionarium Malaio-Latim e Latim-Malaio”, que teve lugar após 11 anos de rigorosa pesquisa histórica e edição, graças ao impulso e interesse do Bispo de Trento, Dom Luigi Bressan, que foi Delegado Apostólico na Malásia de 1993 a 1999. A preciosa cópia original do precioso Dicionário está agora na biblioteca da Pontifícia Universidade Urbaniana.

Na edição nova, moderna, Dom Bressan escreveu um prefácio para o dicionário, que é “um texto histórico e prova irrefutável de que séculos atrás os missionários trabalharam para o intercâmbio cultural e linguístico e que a comunidade cristã na Malásia, utilizava em 1600, a palavra “Alá”, disse o Pe. Andrew. “Apresentaremos mais esta prova ao tribunal, dizendo que é uma experiência de herança para as comunidades cristãs da Malásia”, acrescentou.

O governo e alguns grupos muçulmanos – conta o sacerdote – gostariam de colocar a questão no plano teológico, mas “para nós permanece apenas uma questão de linguística e queremos permanecer nesta área”. Neste momento, disse o Pe. Andrew, “continuamos em nossa pacífica campanha acompanhando este processo com a oração, para que nos seja restituído o direito de rezar e se dirigir a Deus com o nome que sempre usamos, que utilizaram nossos pais, e que nunca tinha criado nenhum problema”.

 

Fonte Catolica Net