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Solenidade de São Pedro e São Paulo

st-peter-and-st-paul-2Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos. Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos” por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.

Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro. Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo.

Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.

Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.

Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério. Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação.

Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.

São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

Leituras do Dia – Solenidade de São Pedro e São Paulo

1ª Leitura – At 12,1-11

Agora sei que o Senhor enviou o seu anjo
para me libertar do poder de Herodes.

Leitura dos Atos dos Apóstolos 12,1-11

Naqueles dias,
1o rei Herodes
prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los.
2Mandou matar à espada Tiago, irmão de João.
3E, vendo que isso agradava aos judeus,
mandou também prender a Pedro.
Eram os dias dos Pães ázimos.
Depois de prender Pedro,
Herodes colocou-o na prisão,
guardado por quatro grupos de soldados,
com quatro soldados cada um.
Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo,
depois da festa da Páscoa.
5Enquanto Pedro era mantido na prisão,
a Igreja rezava continuamente a Deus por ele.
6Herodes estava para apresentá-lo.
Naquela mesma noite,
Pedro dormia entre dois soldados,
preso com duas correntes;
e os guardas vigiavam a porta da prisão.
7Eis que apareceu o anjo do Senhor
e uma luz iluminou a cela.
O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse:
“Levanta-te depressa!”
As corrrentes caíram-lhe das mãos.
8O anjo continuou:
“Coloca o cinto e calça tuas sandálias!”
Pedro obedeceu e o anjo lhe disse:
“Põe tua capa e vem comigo!”
9Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade
o que estava acontecendo por meio do anjo,
pois pensava que aquilo era uma visão.
10Depois de passarem pela primeira e segunda guarda,
chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade.
O portão abriu-se sozinho. Eles saíram,
caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou.
11Então Pedro caiu em si e disse:
“Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo
para me libertar do poder de Herodes
e de tudo o que o povo judeu esperava!”
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 5)

R.De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
2Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, *
seu louvor estará sempre em minha boca.
3Minha alma se gloria no Senhor; *
que ouçam os humildes e se alegrem! R.

4Comigo engrandecei ao Senhor Deus, *
exaltemos todos juntos o seu nome!
5Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, *
e de todos os temores me livrou. R.

6Contemplai a sua face e alegrai-vos, *
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
7Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, *
e o Senhor o libertou de toda angústia. R.

8O anjo do Senhor vem acampar *
ao redor dos que o temem, e os salva.
9Provai e vede quão suave é o Senhor! *
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! R.

2ª Leitura – 2Tm 4,6-8.17-18

Agora está reservada para mim a coroa da justiça.

Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 4,6-8.17-18

Caríssimo:
6Quanto a mim,
eu já estou para ser derramado em sacrifício;
aproxima-se o momento de minha partida.
7Combati o bom combate,
completei a corrida, guardei a fé.
8Agora está reservada para mim a coroa da justiça,
que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia;
e não somente a mim,
mas também a todos que esperam com amor
a sua manifestação gloriosa.
17Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças;
ele fez com que a mensagem
fosse anunciada por mim integralmente,
e ouvida por todas as nações;
e eu fui libertado da boca do leão.
18O Senhor me libertará de todo mal
e me salvará para o seu Reino celeste.
A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.
Palavra do Senhor.

Evangelho – Mt 16,13-19

Tu és Pedro e eu te darei as
chaves do Reino dos Céus.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-19

Naquele tempo:
13Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe
e ali perguntou aos seus discípulos:
“Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”
14Eles responderam:
“Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias;
Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
15Então Jesus lhes perguntou:
“E vós, quem dizeis que eu sou?”
16Simão Pedro respondeu:
“Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
17Respondendo, Jesus lhe disse:
“Feliz es tu, Simão, filho de Jonas,
porque não foi um ser humano que te revelou isso,
mas o meu Pai que está no céu.
18Por isso eu te digo que tu és Pedro,
e sobre esta pedra construirei a minha Igreja,
e o poder do inferno nunca poderá vencê-la.
19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus:
tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus;
tudo o que tu desligares na terra
será desligado nos céus”.
Palavra da Salvação.

Pedro e Paulo, Apóstolos

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo de Guarabira(PB)

O dia 29 de junho é o dia da solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo, colunas da Igreja, que no Brasil é transferida para o domingo seguinte, quando esse dia ocorrer durante a semana, para que todos possam participar da celebração eucarística. O domingo é “Dia do Senhor ressuscitado”, do qual os apóstolos foram testemunhas qualificadas da ressurreição de Jesus Cristo; domingo também é dia de ouvir a Palavra de Deus e de celebrar a Eucaristia, transmitidas a todos pelos apóstolos, e de professar a fé que nos reúne na mesma Igreja fundada sobre o testemunho apostólico. Nesta solenidade, somos convidados a louvar a Deus pela vida e a missão de São Pedro e São Paulo. Duas figuras tão diferentes, que, no entanto se uniram no testemunho de Cristo até a morte. Pedro, o homem volúvel e frágil, mas ao mesmo tempo decidido, recebe uma atenção especial de Cristo. Homem corajoso, que confessa sua fé em Cristo, disposto a acompanhá-lo em sua paixão, caminha sobre as águas, quer defender o seu Mestre, mas ao mesmo tempo tão frágil a ponto de trair o seu Mestre, negando conhecê-lo, por três vezes.

Mas é sobre esta fragilidade fundamentada na fé que Cristo edifica sua Igreja. Paulo, homem zeloso, que passou de perseguidor da Igreja a apóstolo totalmente dedicado à pregação do Evangelho. Temperamento forte e difícil, mas cresce no amor de Cristo, a ponto de poder dizer: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”. A Solenidade de Pedro e Paulo nos dá ocasião para aprofundar o nosso amor à Igreja e a nossa missão aos povos. Em ambos vemos a nossa missão de discípulos missionários. Eles se doam totalmente à causa da Igreja. A esta mesma vocação somos todos chamados. Importa confiar no Senhor, buscando n’Ele a sua força. Então ainda hoje Deus há de intervir e guiar a Igreja. A nossa fé em Jesus Cristo passa pelos Apóstolos, passa pela Igreja. Cremos numa Igreja una, santa, católica e apostólica. Se Pedro é a coluna da unidade da Igreja e da comunhão na mesma fé, Paulo representa a dimensão missionária da Igreja, enviada para o meio dos povos para lhes comunicar sem cessar o Evangelho. “Ai de mim, se eu não evangelizar!”. Por ocasião desta Solenidade, celebramos o Dia do Papa. Unidos ao atual Sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, a exemplo dos primeiros cristãos que estavam unidos a Pedro, em oração, de modo especial, no momento em que ele mais sofria. “A Igreja rezava continuamente a Deus por ele” (At 12,5).

Hoje, também, somos convidados a permanecer unidos ao Santo Padre, rezando por ele. Como sinal de comunhão e de partilha, oferecemos, nas missas da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, o Óbolo de São Pedro, oferta a ser enviada ao Papa para atender às necessidades da Igreja no mundo inteiro. Em Roma, solenidade comemorada mesmo no dia 29 de junho, onde Pedro e Paulo deram a vida por Cristo e são patronos da cidade, o Papa entrega o pálio aos novos arcebisposdo mundo inteiro, isto é, um pano de lã branca confeccionado com a lã de cordeiros, adornado com seis cruzes e três cravos, símbolo da Paixão. O simbolismo da lã pura sobre os ombros recorda o Bom Pastor que leva as ovelhas consigo, e as cruzes bordadas em lã lembram as chagas de Cristo e sua Paixão salvadora. Revigoremos nossa vida cristã no testemunho no testemunho apostólico para realizarmos hoje a missão que Jesus confiou a eles e também a nós. Sigamos o exemplo destes dois Apóstolos que nos deram as primícias da fé.

Reze com São Pedro e São Paulo

Hoje é dia de São Pedro e a igreja festeja este apóstolo amado por todos e por Jesus, afinal sobre ele que Cristo edificou a sua igreja. Neste  domingo celebramos também São Paulo, o 13º apóstolo, que sempre pregava o amor, mandamento maior de Jesus Cristo. Rezemos com estes santo para que também sejamos santos como Cristo é.

Prepare a Solenidade de São Pedro e São Paulo

Sagrada Escritura:
Leituras do Dia

Primeira: At 12,1-11
Salmo 33
Segunda: 2Tm 4,6-8.17-18
Evangelho: Mt 16, 13-19

Nexo entre as leituras

A liturgia comemora São Pedro e São Paulo, os dois grandes Apóstolos da primeira comunidade cristã, como mestres e confesores da fé. «Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo», proclama Pedro em nome dos demais discípulos, diante da pergunta de Jesus: «E vós, quem dizeis que eu sou?». Esta mesma confissão de fé leva Herodes Agripa a perseguir e encarcerar Pedro para dar satisfação aos escribas e fariseus (primeira leitura). Por sua parte, já no fim da vida, Paulo abre a alma para Timóteo nesta bela e significativa frase: «Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé»; e, alguns versículos mais adiante, «O Senhor esteve do meu lado e me deu forças, Ele fez que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações».

A festa de hoje é por antonomásia a festa da fé: fé pessoal de Pedro e de Paulo em Jesus; fé proclamada e ensinada por ambos, ao longo de trinta anos, até a morte; fé confessada e testemunhada, dia após dia, entre perseguições e consolos, até o derramamento do seu sangue no martírio.

Mensagem Doutrinal

1. Fé pessoal. Em Pedro ela é, talvez, um processo contínuo, desde o primeiro encontro com Cristo, à beira-mar da Galiléia, até o grito entusiasta de «Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo», e o humilde reconhecimento: «Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo». No caso de Paulo, mais do que um processo, é uma irrupção, fulgurante, no caminho de Damasco. Essa fé em Jesus Cristo, que o encadeia com ataduras de liberdade, irá se aprofundando com os anos, e em suas cartas ele irá nos deixando pegadas dela: «Para mim, viver é Cristo, e morrer é lucro», «vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim». Nessa fé pessoal, incomovível, mais forte do que a morte, ambos fundam o seu ensinamento, seu testemunho e sua missão.

2. Mestre da fé. A primeira parte dos Atos dos Apóstolos mostra Pedro, sumamente ativo, pregando o kerigma cristão a judeus de Jerusalém e arredores e a pagãos, como é o caso da família de Cornélio. Proclama com vigor e sinceridade o que crê, e ensina o que viu, escutou e recebeu de seu Mestre e Senhor. Não tem nada próprio a dizer, só o mistério de Cristo que lhe é imposto com a força da evidência e da fé. Paulo tampouco tem nada próprio que dizer, mas só o que recebeu, como dirá aos coríntios. E quando, em algum caso, adiciona algo que não recebeu, ressalta que o faz segundo o Espírito de Cristo, que o possui e impulsiona a falar com autoridade.

3. Testemunhas da fé. As palavras, inclusive as mais sublimes, não serão acolhidas se forem somente palavras e não vida. A exemplo de Jesus, que deu a vida por todos em coerência com a sua pregação e doutrina, Pedro e Paulo culminarão o testemunho de vida cristã morrendo pela fé em que creram, que pregaram e que confessaram por toda a região mediterrânea. O martírio chega a ser, deste modo, o selo da autenticidade da sua fé, a prova segura, para nós, da verdade que eles nos comunicaram e da qual são igualmente colunas inquebrantáveis e perenes.

Sugestões Pastorais

1. Creio… cremos. Como pastores, temos que transmitir a fé da Igreja tal como formulada no Catecismo da Igreja Católica. Para transmiti-la com integridade e convicção, temos de fazer nossa toda a fé da Igreja. Fazê-la nossa com a inteligência, lendo, estudando, meditando as belas e doutrinalmente ricas páginas do catecismo. Fazê-la nossa com o coração, amando de verdade o corpo doutrinal, orgânico, completo, coerente, rejuvenecido e rejuvenecedor da Igreja Católica. Fazê-la nossa com a vida, para não sermos nem aparecermos como pregadores vazios, e sim como testemunhas da verdade eterna, que vem de Deus e que leva a Deus. Equipados com essa fé eclesial, tornada pessoal pela meditação, pelo amor e pelo testemunho, convidaremos nossos fiéis a crer individual e comunitariamente no que a Igreja nos ensina, a amar aquilo em que crêem e a testemunhar em seu mundo familiar e profissional aquilo que amam. E não teremos medo de proclamar, com humildade e com firmeza, as verdades «difíceis», porque o próprio Espírito que nos anima a proclamá-las trabalha eficazmente nos fiéis para que as aco-lham e as vivam.

2. Fiéis ao Magisterio. A Igreja é um corpo vivo, que se constrói com pedras vivas. Todos colaboramos na construção, mas sob a guia e supervisão dos que são sucessores de Pedro (o Papa) e dos demais Apóstolos (os bispos). Como partícipes do sacerdócio de Cristo e colaboradores dos bispos, os presbíteros e diáconos são moralmente obrigados a escutar a voz do Santo Padre, da Conferência Episcopal, do bispo diocesano; a conhecer, estudar, difundir e, se necessário, defender os seus ensinamentos, que são as orientações que eles nos oferecem a serviço da nossa fé e do nosso comportamento moral. Falemos sempre bem, para os nossos fiéis, do Santo Padre, dos bispos; criemos em torno deles um ambiente de respeito, de acolhimento, de disponibilidade, de sincero afeto filial. São homens como nós, mas são, sobretudo, os mestres da nossa fé, os confessores e testemunhas da verdade revelada por Deus em Jesus Cristo, mediante o Espírito Santo.

Festas juninas relembram vidas dos santos

Músicas, quadrilhas, bandeirinhas, balões, fogueira e muita comida boa! Em todo Brasil, a Festa Junina se tornou uma das maiores e mais tradicionais festas populares.

Nos festejos são homenageados quatro santos: Santo Antônio (no dia 13), São João (no dia 24), São Pedro e São Paulo (no dia 29).

“Os santos que são lembrados nas festas juninas são homens de Deus que pautaram suas vidas no ensinamento da Igreja como membros vivos dela e pautaram suas vidas no Evangelho colando essa vida numa consagração a serviço de Jesus e do Reino de Deus”, salienta o Arcebispo de Aracaju (SE), Dom José Palmeira Lessa.

A tradição dessas festividades foi trazida pelos portugueses. As festas juninas são celebradas de maneiras diversas especialmente no norte da Europa — Dinamarca, Estónia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Noruega e Suécia —, mas são encontrados também na Irlanda, na Galiza, partes do Reino Unido, França, Itália, Malta, Espanha, Ucrânia, outras partes da Europa e em outros países como Canadá, Estados Unidos, Porto Rico e Austrália.

No nordeste brasileiro, as grandes festas reúnem toda a comunidade e muitos turistas com fartura de comida, quadrilhas e muito forró. Campina Grande (PB) e Caruaru (PE) todos os anos disputam para ver quem tem a maior festa de São João do mundo.

No interior de São Paulo, ainda se mantém a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras.

“Todas essas tradições bonitas estão ligadas ao espírito cristão, mas o mundo moderno caminha tentando de alguma maneira que a festa seja desvinculada do aspecto cristão”, ressalva Dom Lessa.

Para o Arcebispo de Aracaju, é importante que os cristãos se alegrem, dancem e façam festa, alimentando cada vez mais a fé no que está subjacente a toda essa alegria, sem cair num mundanismo, num tipo de festa pagã onde Deus não tem seu lugar e sem perder o sentido da vida dos santos.

“Que Deus renove em todos nós a lembrança da Palavra de Deus, a lembrança da vida de cada santo, para que possamos festejar como cristãos: dançando, brincando, se alegrando, soltando foguete, comendo comidas típicas, agradecendo e dando glória a Deus e, ao mesmo tempo, celebrando aquela cultura que eleva o coração do homem, que dá a verdadeira alegria ao homem, não deixando a marca do pecado”, conclui.

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos será junto a festa de pentecostes

Promovido mundialmente pelo Conselho Pontífice para Unidade dos Cristãos (CPUC) e pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC)acontece em períodos diferentes nos dois hemisférios.

No hemisfério sul, em que janeiro é tempo de férias, as Igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de Pentecostes (como foi sugerido pelo movimento Fé e Ordem em 1926), que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas que, neste ano, acontecem de 20 a 27 de maio, sob o tema de 1 Coríntios 15:51-58: “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo”.

No hemisfério norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) é de 18 a 25 de janeiro. Essas datas foram propostas em 1908 por Paul Watson porque cobriam o tempo entre as festas de São Pedro e São Paulo e tinham, portanto, um significado simbólico.

Levando em conta essa flexibilidade no que diz respeito à data, estimulamos vocês a compreender o material aqui apresentado como um convite para achar oportunidades ao longo de todo o ano para expressar o grau de comunhão que as Igrejas já tenham atingido e para orar juntos por aquela unidade plena que é desejo de Cristo.

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SOUC 2012

Coro anglicano de Westminster cantará para o Papa em junho

Pela primeira vez na história, o célebre coro da Abadia de Westminster, Inglaterra, cantará na Basílica de São Pedro. O evento reunirá os cantores do Coro da Capela Sistina e os membros do coro inglês no dia 28 de junho, durante as primeiras vésperas da Solenidade de São Pedro e São paulo que o Papa presidirá na Basílica de São Paulo fora dos muros e também na missa presidida por Bento XVI na Basílica Vaticana.

Foi o próprio Papa, informa um comunicado, a pedir que a colaboração musical entre as duas companhias musicais reflita a vocação cristã do coro e encoraje a rica troca de experiências entre as duas tradições litúrgicas e culturais. Já que  a abadia de Westminster tem como título formal aquele de “Igreja Colegiada de São Pedro’, o fato que ambos os coros celebrem juntos seus respectivos patronos dará ao evento uma importante relevância comum.

O convite de ir a Roma surgiu com a visita que Bento XVI fez a Abadia em setembro de 2010, durante a viagem apostólica na Inglaterra. O Pontífice que rezou ao lado de Rowam Willians, arcebispo anglicano de Canterbury diante da tumba de Eduardo, o confessor,  teria dito que seria para ele seria um prazer se o coro de Westminster fosse a Roma na Solenidade de São Pedro e São Paulo.

São Pedro e São Paulo

Dom José Alberto Moura, CSS

Arcebispo Metropolitano de Montes Claros – MG

Numa só festa comemoramos Pedro e Paulo. Ambos foram martirizados em Roma. A sepultura do primeiro se encontra embaixo do altar mor da basílica do Vaticano. Os restos mortais do segundo se encontram na basílica com seu nome, fora dos muros antigos de Roma. Deram a vida para serem fiéis à resposta ao chamado de Jesus, testemunhando sua divindade. Não fosse sua convicção de fé não se teriam sacrificado, dando tudo de si na missão recebida de levar a todos Evangelho. São sustentáculos da Igreja instituída pelo Divino Mestre.

Pedro, colocado como chefe da Igreja, nos dá a garantia de seguirmos com segurança o caminho de Jesus, tendo a força de sermos, como Igreja, grande farol indicativo do caminho que leva à vida plena. Na sua realidade humana confiou plenamente na força do Senhor para realizar a incumbência oferecida pelo Ressuscitado: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,16); “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dou-te as chaves do reino dos céus, e o que ligares na terra será ligado nos céus” (Mateus 16, 18-19).

Paulo, convertido após Jesus ter realizado sua missão de nos salvar, dedicou-se totalmente a espalhar de modo ardoroso e destemido a Boa-nova de Jesus por onde pode estar presente, convicto do envio que Jesus lhe fez: “Tenho, porém, a ambição de pregar o Evangelho onde Cristo não foi ainda anunciado”(Romanos 15,20). Sua grande preocupação: “Não tenho, de fato, de que gloriar-me, se eu anuncio o Evangelho; é um dever este que me incumbe, e ai de mim, se não pregasse!” (1 Cor. 9,16). A fé move sua pregação: “Acreditei; por isso, falei” ( 2 Cor. 4,13).

Estes dois baluartes da Igreja instituída por Jesus nos dão, além do mais, as seguintes seguranças na caminhada como verdadeira comunidade eclesial de Cristo: o ensinamento surgido de Jesus e transmitido pelos Apóstolos. Pedro nos garante a solidez da fé no Ressuscitado; Paulo nos forma na mesma fé para também anunciarmos a pessoa do Salvador e o que Ele nos ensinou através dos Apóstolos. Não podemos abrir mão de nossa fé, sendo verdadeiros seguidores ou discípulos de Jesus. Não podemos também abrir mão de nossa vocação e ação missionária, tão necessárias no mundo de muitas propostas desviadoras dos valores do Evangelho. A sucessão apostólica nos dá base para compararmos os ensinamentos, mesmo sobre Jesus e seu Evangelho, com sua sustentação doutrinária e magisterial.  O diálogo com as culturas e religiões nos favorece, com a força da autoridade de Pedro e Paulo, para termos a nítida revelação de Jesus com a certeza da autoridade dada a estes apóstolos e seus sucessores. Deste modo, respeitamos a todos, mas não deixamos de mostrar nosso entendimento, com o valor da pessoa do Ressuscitado e de seus ensinamentos, que podem ser coincidentes com outros irmãos de outras confissões religiosas. O melhor é justamente nossa fraternidade para, em coerência e nitidez sobre os ensinamentos de Jesus, ajudarmos a sociedade a viver mais na justiça, na solidariedade e na paz. A Igreja é instrumento de serviço para a humanidade, promovendo a ética, a dignidade e a vida plena para todos.