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Aprovado 2º milagre do Beato João Paulo II

1003422_687147661300299_1891759118_nOs cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos aprovaram o segundo milagre atribuído ao papa João Paulo II, morto em 2005, segundo informaram fontes do Vaticano nesta terça-feira, 2. Agora, falta a aprovação do papa Francisco, que deverá assinar um decreto após reunião de cardeais, ainda sem data definida, para que ele seja declarado santo.

A expectativa é de que a canonização ocorra ainda neste ano, entre outubro e dezembro. Segundo fontes do Vaticano, João Paulo II pode se tornar santo juntamente com o papa João XXIII. A regra canônica prevê a necessidade do reconhecimento de um milagre para que um beato ou um mártir seja declarado santo. Karol Wojtyla havia sido beatificado em 1.º de maio de 2011.

A decisão da Congregação é um dos últimos passos em direção à canonização de João Paulo II. Antes, uma comissão médica e outra teológica haviam examinado o segundo milagre atribuído a Karol Wojtyla, atestando a cura considerada inexplicável e ocorrido efetivamente por meio da intercessão do papa polonês. De acordo com o jornal Corriere della Sera, o milagre atribuído a Wojtyla aconteceu na noite em que ele foi beatificado.

“Sou caipira, pira pora”, vou visitar Nossa Senhora Aparecida

Prezados leitores,

Hoje estou indo para o 3º Encontro da Pascom em Aparecida do Norte. Irei com a caravana dos membros da pastoral de minha diocese, Itabira/Cel. Fabriciano. Vou ficar lá até domingo. Durante este período pode ser que não consiga atualizar o blog como tenho feito, mas garanto a vocês que farei o máximo possível para o fazer, afinal sempre sobra um tempinho.

Não esquecerei de colocar sob os pés de Nossa Mãe cada um de vocês. Sei que não sei  o nome de cada um que visualiza este blog, mas Deus sabe e isto nos basta.

Fiquem com Deus e que ele lhes guarde. O amor de Maria o cubra e os guie nos passos de Jesus.

Marquione Ban

Pessoa e economia verde

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte

É uma convicção incontestável a importância de cuidar do verde e de se investir em ideias que gerem valor. Mais importante ainda é situar bem no centro dessas ideias a pessoa humana. Sem essa centralidade há sempre o risco de se obter avanços pouco significativos. Também será mais difícil atingir metas ousadas no contexto das urgências sociais e políticas desse tempo.

Ora, os graves problemas ecológicos exigem uma mudança efetiva de mentalidade levando as pessoas a adotarem novos estilos de vida. Se não houver uma evolução nesse caminho, não se avançará a passos largos em nenhuma das direções apontadas por ideias inteligentes. Só a pessoa detém a propriedade de buscar o verdadeiro, o belo e o bom, com a capacidade de gerar comunhão com o outro, influenciando, consequente e determinantemente, sobre as opções de consumo, poupança e investimentos.

Fica claro que se a economia verde se pautar simplesmente na lógica do lucro não será possível alcançar os resultados que a realidade contemporânea está urgindo. O comportamento de cada pessoa é determinante para desacelerar o processo de esgotamento dos recursos naturais, exigindo da sociedade contemporânea a revisão de conceitos sobre produção e consumo.

É óbvia a importância da tecnologia e da inovação.  Tem o seu lugar próprio o lucro. Contudo, não pode ser a força que preside todos os processos sob pena de impedir aberturas e compreensões que permitam situar e respeitar a centralidade da pessoa. É indispensável alavancar a ciência da sustentabilidade com uma antropologia assentada em princípios e valores consistentes para evitar decepções nas expectativas e nos compromissos de governos, empresas e todos os segmentos que são decisivos nos rumos da sociedade.

A rentabilidade, capítulo dessa questão, o respeito às leis e o arcabouço complexo dos engenhos técnicos e estratégicos devem ter como raiz e horizonte uma antropologia que considera a pessoa como referência central. É preciso evitar relativizações perigosas e altamente prejudiciais à vida, que deve ser respeitada em todas as suas etapas, da fecundação ao declínio com a morte natural.

É necessária uma antropologia que impulsione o desabrochamento de uma autêntica espiritualidade. Nesse sentido, é importante compreender, admitir e viver a vida como dom, relacionando-se com a natureza, bem da criação para todos, segundo lógicas permeadas pelo sentido de gratuidade. A natureza deve ser tratada como poderoso recurso social que pode alavancar, equilibradamente, um desenvolvimento humano integral.

É interpelador saber que a atividade econômica não resolverá todos os problemas sociais. A lógica mercantil não é suficientemente forte para isso. O agir mercantil não pode seguir, neste caso, um caminho distante que desconhece a força do agir político. A centralidade de cada pessoa evoca uma cidadania capaz de produzir energias morais indispensáveis para se garantir a busca da sustentabilidade na justiça.

Este é o olhar para a hermenêutica do documento final da Conferência Rio+20 e dos clamores da Cúpula dos Povos. Um olhar emoldurado por uma adequada antropologia para o caminho proposto. Com a autoridade e configuração, por exemplo, da antropologia cristã, fica enfraquecido o volume significativo das presenças, nações e dirigentes, passíveis de desculpas. Todos devem assumir as metas necessárias e mais corajosas. Assim, com o passar do tempo, a Rio+20 poderá ser considerada o grande evento mundial.

A economia verde, concebida à luz da centralidade de cada pessoa, deve ser agora uma grande força de princípios no enfrentamento da crise vivida pela civilização atual. Adverte bem o Santo Padre Bento XVI, na Encíclica Caritas in Veritate, quando diz que é urgente repensar nossa relação com a natureza, dada por Deus como ambiente de vida. Desejamos o exercício de um governo responsável para guardar a natureza, fazê-la frutificar e cultivá-la, com formas novas e tecnologias avançadas.