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Deus é a base da cultura: legalizar a maconha não resolve o problema das drogas, afirma Arcebispo de Santiago

Arcebispo de Santiago, Dom Ricardo Ezzati.

(ACI).- O Arcebispo de Santiago (Chile), recordou à sociedade que a cultura atual “tem um fundamento que é Deus”; além de assinalar a necessidade imediata de uma melhor distribuição da riqueza para melhorar a confiança no país. O Prelado advertiu ainda em recentes declarações ao jornal Mercurio, reproduzidas pelo site Iglesia.cl, que legalizar a maconha não solucionará o problema das drogas no país.

“Preocupa-me a crise de confiança no mundo político. O Chile pode crescer muito mais, muito mais em eqüidade, em solidariedade, em superação da extrema pobreza e pobreza, em uma distribuição justa dos bens. Isto, na medida em que a arte de governar encontre a confiança dos diversos projetos e haja uma colaboração para procurar o bem comum”, expressou.

Dom Ezzati afirmou que isto se deve ao fato que a sociedade do bem-estar “não avançou ao mesmo ritma no aprofundamento da relação com o outro”. Para isso, indicou, é preciso trabalhar na transmissão de valores dentro das famílias, porque “se os pais tiverem confiança nos seus filhos, os filhos acolherão o patrimônio que os pais transmitem”.

Do mesmo modo, durante a entrevista o Arcebispo afirmou que conforme as instituições e a sociedade chilena amadureçam, a mediação da Igreja já não será necessária na solução de conflitos.

“É bom que a Igreja vá perdendo seu papel mediador, que ela vá cedendo, porque isto quer dizer que a sociedade é capaz de solucionar seus próprios problemas, embora sempre estaremos disponíveis”, assinalou.

Sobre os casos de abusos sexuais cometidos por alguns clérigos, o Prelado disse que se está vivendo um segundo momento de recuperar a confiança. “Dependerá fundamentalmente da claridade com a que atuamos aqueles que temos responsabilidades na Igreja, e sobre tudo da qualidade da imensa maioria de sacerdotes que são muito queridos em suas comunidades”, assinalou.

Nesse sentido, recordou a transparência com a que a Igreja atuou diante dos casos de abusos.
“Não sei se outras instituições foram tão abertas como a Igreja Católica para pôr sobre a mesa problemáticas dessa natureza. Não parece que sejamos heróis, reconhecemos nossa responsabilidade e rêmora”, expressou.

Mons. Ezzati também afirmou que os jovens têm razões para protestar contra o lucro na educação, pois “descuidou-se uma dimensão que é fundamental que é a gratuidade, e não só a gratuidade econômica, mas também a gratuidade do fato educativo, da entrega educativa”. Entretanto, esclareceu que a violência nunca é aceitável.

Finalmente, o Arcebispo da capital chilena rechaçou que o combate às drogas seja feito legalizando o consumo da maconha, pois isto terminará prejudicando os próprios jovens. O necessário é a prevenção, afirmou.

Mensagem das Pontifícias Obras Missionárias para o Dia Mundial das Missões 2012

A Igreja lembra em outubro, o Mês Missionário. No penúltimo domingo, dia 21, celebramos o Dia Mundial das Missões. Neste fim de semana, gostaríamos que todos vivessem este tempo propício com fé e em unidade.

É um momento forte para a ação missionária em todo o mundo. Todos os cristãos devem sentir o compromisso com o trabalho missionário. É tempo de manifestar nossa solidariedade. A oferta ou coleta missionária é a forma concreta do nosso apoio para as Missões. Somos convidados a motivar e incentivar as pessoas, em nossos grupos e nas celebrações das comunidades, da importância deste gesto concreto.

São milhares de projetos no mundo, que dependem da nossa ajuda. Em países do continente africano, por exemplo, é a única ajuda que recebem através da coleta que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) encaminham e chega até os irmãos mais pobres. Sabemos que há necessidades em nosso meio, mas não podemos fechar-nos e deixar de olhar além, pois existem outras realidades com mais carências.

O tema deste mês missionário é muito sugestivo: “Brasil missionário, partilha tua fé”. Temos um bom número de missionários brasileiros que atuam além-fronteiras. Faz bem repartir o recurso humano e nossa oração, mas precisamos também repartir o recurso econômico com a nossa oferta. Sabemos que podemos colaborar mais daquilo que já estamos fazendo. Deus tem sido generoso conosco. Como nós partilhamos ou retribuímos a Deus, tudo o que Ele tem nos dado?

O papa Bento XVI em sua Mensagem ao Dia Mundial das Missões, nos convida a um compromisso maior ante as necessidades do mundo. A fé é dom que nos foi concedido para ser partilhado e que dê frutos, mas a fé deve se transformar em caridade. “Ai de mim, se eu não evangelizar” (1 Cor.9,16).

Sejamos sensíveis, pois, vamos abrir nosso coração e colaboremos com a Missão da nossa Igreja.

Maria, missionária do Pai, nos deu grande testemunho de serviço e partilha. Sigamos seu exemplo e sejamos missionários como Jesus pediu: “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinai-os a guardar todas as coisas que vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28, 19 – 20)”.

Padre Camilo Pauletti
Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias do Brasil