Dando um lida nos jornais locais encontrei essa matéria do repórter Bruno Jackson, Jornal Diário do Aço, que fala sobre a ação de oito anos do Grupo de Jovens JUBAP, da paróquia Cristo Redentor, em proteger um jequitibá centenário localizado na divisa de Ipatinga com Paraíso. A árvore impressiona pela beleza.
Leia a bela matéria:
Com o propósito de despertar a consciência do poder público, dos órgãos ambientais e da sociedade, o grupo Jovens Unidos Buscando Amor e Paz (Jubap), da comunidade São Jorge, Paróquia Cristo Redentor, em Ipatinga, realiza, no feriado desta quarta-feira (15), Dia da Assunção de Nossa Senhora, a 8ª edição da Visita ao Jequitibá Centenário.
O evento é dividido em três fases. Primeiro, a concentração para a caminhada até o jequitibá. A saída acontece às 7h30, em frente à Igreja Católica da comunidade São Jorge, na rua Quebec, 266, no bairro Bethânia. A árvore centenária está localizada nas imediações do bairro Jardim Vitória, na divisa de Ipatinga com Santana do Paraíso. A segunda etapa é uma oração no local. O último momento é a partilha de lanche, perto de uma nascente d’água nas proximidades do jequitibá. Em seguida, todo o lixo é recolhido e devidamente descartado. Os organizadores do evento aproveitam para recolher detritos acumulados no local.
A árvore centenária está numa área de responsabilidade da empresa Hematita Empreendimentos Imobiliários que, recentemente, além de fazer um cerco de proteção, disponibilizou um segurança para vigiar a árvore e desestimular a ação de vândalos. A iniciativa da empresa é fruto da mobilização da visita anual dos integrantes do Jubap.
Há sete anos, o grupo notou que o avanço imobiliário está ameaçando o jequitibá de destruição. Na primeira edição do evento, em 2004, a visita foi realizada duas vezes. Em 2010, o evento ganhou a adesão do Centro de Defesa dos Direitos da Natureza (CDDN). A árvore centenária “adotada” pelos jovens cristãos é da espécie Jequitibá-rosa (Cariniana legalis).
Conforme Gilneto Victor, membro do Jubap e um dos organizadores do evento deste ano, a mobilização não pode parar. “Nosso esforço em proteger esse jequitibá centenário só faz sentido se conseguirmos agregar mais pessoas em torno desta luta. Exigimos que o poder público e os órgãos ambientais estejam ao nosso lado. Não estamos apenas defendendo um jequitibá. Nosso compromisso é com a defesa do meio ambiente, que está ameaçado pelos interesses econômicos”, ressalta Gilneto.
Repórter : Bruno Jackson