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Ipatinga-MG terá marcha do Terreiros de Umbanda

No próximo feriado. dia 15, Ipatinga-MG terá sua primeira Caminhada dos Terreiros de Umbanda. O evento será no bairro Canaã, a partir das 8h. Segundo os organizadores, a marcha tem como objetivo pedir por liberdade religiosa.

Em entrevista ao jornal local, Diário do Aço, a líder do terreiro Ilê Axé de Ogum, Fátima de Oxum falou que a caminhada ocorre no Dia Nacional da Umbanda. A data de 15 de novembro, já consagrada à comemoração da Umbanda em diversos municípios brasileiros, se refere ao dia em que o médium Zélio Fernandino de Moraes teria recebido, em Niterói (RJ), a missão de fundar o novo culto, no ano de 1908, cuja prática seria a caridade espiritual.

A Umbanda é uma religião brasileira com raízes africanas.  Segundo Fátima de Oxum ainda hoje o preconceito a religião é grande devido a falta de informação.  “É preciso parar com essa briga de religião, isso é horrível. O pedido que fazemos é por respeito. Eu não quero que me amem, mas quero que me aceitem e respeitem. Durante a caminhada, essa frase será repetida”, destacou Fátima de Oxum ao Diário do Aço.

A concentração da marcha será organizada na praça da avenida Galiléia, no Canaãzinho, às 8h. Por volta de 9h, o cortejo sairá pelas ruas do bairro. A caminhada será encerrada com uma celebração e almoço no terreiro Ilê Axé de Ogum, localizado na rua Madalena, 137, no mesmo bairro.

com informações do DA

Dia da pátria é marcado pelo Grito dos Excluídos em Ipatinga/MG

Na última sexta a Igreja no Brasil organizou em todos as dioceses o tradicional Grito dos Excluídos. Na diocese de Itabira/Cel. Fabriciano o evento aconteceu no Regional III, que compreende a região mineira do Vale do Aço. Precisamente ao Grito ocorreu na cidade de Ipatinga.

Veja a matéria feita pelo repórter do jornal Diário do Aço Wesley Rodrigues.

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IPATINGA – Já tradicional na data em que se comemora o Dia da Independência, em sua 18ª edição, o Grito dos Excluídos mobilizou cerca de 400 pessoas, conforme os organizadores, na manhã dessa sexta-feira (7). Com o tema “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos à população”, movimentos sociais, pastorais e organizações populares fizeram uma passeata, saindo da Praça dos Três Poderes, no Centro, em direção ao Parque Ipanema.

As mobilizações do Grito dos Excluídos ocorrem por todo o país, na Semana da Pátria, exigindo melhorias na área social. O Grito em Ipatinga foi coordenado por católicos da regional 3 da diocese Itabira – Coronel Fabriciano, que reúne 22 paróquias. De acordo com a secretária da instituição religiosa e integrante da organização do grito, Marlene Gonçalves Bonifácio, o manifesto ocorre em 7 de setembro para se contrapor a uma “suposta Independência do Brasil e para expressar a indignação dos participantes com injustiças sociais”.

Dentre os temas protestados pelo movimento, assuntos como saúde pública, soberania popular, consumo de drogas, violência contra a mulher, e outros pontos que “são postos à margem pelo Estado”, eram expressados nos cartazes e bandeiras carregados pelos manifestantes.

“Nós queremos um novo Estado, que esteja a serviço da nação. Todos nós sabemos que o país vivenciou um crescimento nos últimos anos. Por outro lado, ainda há muita pobreza. Somos dominados por um sistema capitalista que privilegia poderosos e os serviços básicos à classe baixa são marginalizados”, disse o bispo diocesano, Dom Odilon Guimarães Moreira, presente à manifestação.

Motivação

Nascida na França, Irmã Nicole Henner, 65 anos, mora há 16 anos em Coronel Fabriciano. E, desde que se mudou para o município, participa da mobilização. “É uma manifestação importante para que as pessoas abram os olhos para a realidade em que vivem. Já alcançamos conquistas como a Lei da Ficha Limpa, por meio de uma mobilização que está além do grito, mas da qual somos parte. As pessoas estão mais acomodadas nos últimos anos e a luta é difícil. E, nossas conquistas, por menores que sejam, nos motivam a continuar lutando e manifestando contra as injustiças sociais”, enfatizou a religiosa, que atua na paróquia Santo Antônio.

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Manifesto chama atenção  para o voto consciente

A passeata ressaltou também a seriedade das eleições em face do pleito que definirá prefeitos e vereadores no próximo mês. “Há um ditado que diz ‘o povo tem o governo que merece’. É o momento para que a população tome consciência da seriedade e responsabilidade do voto. O voto é algo sério – é como se assinássemos um cheque em branco, colocando todas as responsabilidades nas mãos de governantes”, comentou Dom Odilon, bispo da diocese Itabira – Coronel Fabriciano.

E com o mesmo sentimento, os jovens Iuri Fernandes Araújo e Axell Dancar Macclawd foram ao Grito dos Excluídos pela primeira vez. Os estudantes, ambos com 16 anos, votarão pela primeira vez neste ano. “As pessoas só reclamam da atuação dos políticos. Mas é preciso fazer por onde para poder reclamar, votando certo”, disparou Iuri. Axell, por sua vez, afirma que será criterioso na escolha de seus representantes.

“Devido ao incidente no Hospital Municipal e a saúde da nossa região, a saúde pública é o primeiro critério que avalio das propostas dos candidatos. E, além disso, a educação”, resume.

Repórter : Wesley Rodrigues