Da coluna de Gilberto Dimenstein na Folha de São Paulo: A estrela política da Parada Gay foi o católico conservador Geraldo Alckmin –ele deu um exemplo de respeito à diversidade. Um contraste com Fernando Haddad e José Serra que, certamente de olho nos votos dos religiosos, preferiram ficar longe do evento. Haddad talvez esteja preocupado com a repercussão do chamado kit-gay; e Serra vem, nos últimos tempos, se comportando com um pendor religioso que tem mais a ver com as urnas do que com Deus. Ao não participarem da Parada Gay, Serra e Haddad demonstraram pouco respeito não com os gays, mas com São Paulo –aliás, nenhum candidato a prefeito estava lá. Como católico fervoroso, desses que se confessam, Alckmin tem suas convicções religiosas. Mas, como governador de São Paulo, sabe que a Parada Gay representa a diversidade e um esforço de ajudar a combater a violência contra o grupo marcado pela discriminação. Neste ano, coube ao seu governo lançar a ideia de um museu, numa estação do metrô, em homenagem à diversidade sexual.
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A propaganda é a alma do negócio. Pela primeira vez, uma medição de público com caráter científico foi realizada na Parada Gay de São Paulo, ocorrida no último domingo. E os números mostram algo bem mais modesto do que os mais de 3 milhões de participantes alardeados nos últimos anos: “Míseros” 270 mil. – Fonte Datafolha
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