A Salve Rainha é uma das mais tradicionais saudações a Nossa Senhora, a Rainha da Igreja. Os católicos continuamente estão saudando e honrando a Mãe de Jesus.
Na saudação da Salve Rainha pedimos a Nossa Senhora misericórdia e justiça na terra, já que a Virgem Santíssima é a nossa advogada diante de Jesus Cristo e de Deus.
Salve Rainha, Mãe de Misericórdia,
Vida e doçura esperança nossa salve!
A vós bradamos degredados filho de Eva.
A vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e
depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa ó doce e sempre Virgem Maria.
V Rogai por nós Santa mãe de Deus,
R para que sejamos dignos da promessa de Cristo. Amém.
Salve, Regina, Matermisericordiae,
Vita, dulcedo, et spes nostra, salve.
Ad te clamamus, exsules filii Hevae,
Ad te suspiramus, gementes et flentes In hac lacrimarum valle.
Eia, ergo, advocata nostra, illos tuos Misericordes oculos ad nos converte;
Et Jesum, benedictum fructum ventris tui, Nobis post hoc exilium ostende. O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria.
V.: Ora pro nobis sancta Dei Genetrix.
R.: Ut digni efficiamur promissionibus Christi.
Porque não é uma bem uma oração
A “Salve Rainha” não é propriamente uma oração, mas uma saudação a Maria, Rainha da Igreja.
Foi elaborada pelo monge Hermannus Contractus (ano 1050?), no mosteiro de Reichenan, na Alemanha.
Foi um tempo de muito sofrimento na Europa central e de doenças, ameaças de invasão por outros povos bárbaros normandos, magiares e muçulmanos.
Hermannus experimentou em si mesmo as piores misérias da vida humana neste “vale de lágrimas”, como disse. Nasceu doentio e viveu sempre com muitas limitações, quando a Europa vivia sacrificada, ameaçada e pisada por tantos problemas e invasores.
Nesta prece “bradamos” como “degredados”, “suspiramos gemendo e chorando”. Vemos o mundo como “um vale de lágrimas”, como um “desterro”.
Entretanto, essa visão da vida acaba num sentimento de esperança que a ultrapassa e domina com a confiança em Nossa Senhora.
Sofrendo, e vendo as dores do povo, Hermannus tinha muitos motivos de tristeza, mas pedindo ajuda à Virgem Maria, Rainha do céu de da terra, mostrou-se animado por um horizonte de expectativas reconfortantes e consoladoras. Sabia que a Virgem Maria, é “Mãe de misericórdia”. A vida de Maria é doçura, esperança e salvação para os sofredores. É nossa Advogada, de olhos misericordiosos.
Frei Contractusera consciente da triste época em que vivia, mas tinha outras razões, além disso tudo. Conta a história que ele nasceu raquítico e disforme. Adulto, mal conseguia andar e escrevia com dificuldade, de mirrados que eram os dedos das suas mãos. Nasceu em 18 de fevereiro de 1013 em Altshausen, na Swabia hoje Alemanha.
Hermannus, desde o seu nascimento apresentou-se com muitas deficiências físicas e psicológicas. Mas, tornou-se um grande devoto e poeta da Virgem Maria.
A saudação da “Salve Rainha”, cujas últimas palavras seriam “mostrai-nos Jesus, o bendito fruto do vosso ventre”, foram modificadas e enriquecidas pela exclamação de São Bernardo, que, num arroubo de entusiasmo pela mãe do Senhor, gritou, sozinho, no meio da catedral: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria”… A partir dessa data estas palavras foram incorporadas à “Salve Rainha” original.
Há quase mil anos, os fiéis se identificam com os sentimentos de sofrimento expressos na Salve Rainha. Os devotos, vivendo suas aflições,não perdem a esperança. Eles se inspiram em Herman que tinha grande esperança na Virgem Maria, a amável Mãe do Nosso Salvador, que intercede pelos pobres sofredores.